domingo, 28 de maio de 2017

Europe

Mais uma vez eu estava em um corre de banda repetida, que não teve alteração de integrantes, apenas para ajudar alguém. No caso, Lizandra, que conheci no corre do Aerosmith em 2016. No primeiro dia fui com ela ao Hilton, onde a banda estava hospedada, mas conseguimos somente Joey Tempest e Ian Haugland. O problema é que todos os integrantes saíram ao mesmo tempo do hotel, então não foi possível parar todos, ainda mais com Anebelle causando, tentando encontrar alguém que tirasse a foto dela. Não valeria esperar, pois seriam muitas horas para a banda retornar. O jeito foi tentar novamente no aeroporto.

Joey Tempest é sempre gente boa. E sim, é Anebelle à direita. Não basta ser louca, tem que aparecer na foto dos outros
Ian Haugland também é gente fina, atendeu todo mundo

No dia seguinte, eu, Carlos, Jessica e Lizandra fomos ao aeroporto. Quando a banda chegou, Joey estava sem óculos. Lizandra animou-se para conseguir uma foto rara - já que ele está sempre com o acessório - porém, assim que pediu para tirar uma foto, ele colocou os óculos antes de aceitar. John Levén e Mic Michaeli nos atenderam sem problemas, como em 2012. 

John Levén, baixista do Europe
Mic Michaeli, tecladista do Europe

John Norum, entretanto, pediu para o segurança nos avisar que não iria atender. O que fizemos? Batemos nele, gritamos, nos humilhamos, choramos? É claro que não. Sabemos que não é possível ganhar todas, então não reagimos quando ele passou pelo portão de embarque rumo à Santiago. Quando chegou ao Chile, havia alguns fãs aguardando no aeroporto, e Norum não se importou em tirar fotos com eles. Fica a pergunta: qual o problema desses caras? Será que os chilenos são mais bonitos??? Azar o dele, perdeu a chance de tirar uma foto com Lizandra. Eu não perdi!

Liz, foi um grande prazer poder te ajudar. O corre só não foi perfeito porque John Norum é mala

sábado, 27 de maio de 2017

Abbath e Amon Amarth

Duas bandas relativamente fáceis - somente Johan Hegg, o vocalista do Amon Amarth, é um pouco mais chatinho. O que poderia dar errado? 

No passado, o hotel Meliá Jardim Europa foi um lugar muito bom para conhecer bandas, adorávamos quando alguma ficava lá. Chegávamos em grupos pequenos, de 3 ou 4 pessoas, entrávamos e esperávamos no hall. Não era raro irmos ao bar interno, próximo aos elevadores, para comprar um sanduíche ou uma porção de batatas fritas, sempre acompanhado de coca-cola, e comer enquanto esperávamos pela aparição dos músicos. 

Entretanto, há sempre os idiotas que acham que todos tem o direito de tentar, espalham a informação do hotel, chegam em bando e entram - é claro que não poderia acabar bem. Em 2016, quando o Testament estava lá, Jonas foi ao hotel completamente bêbado e incomodou hóspedes. Era o fim: nunca mais a entrada de fãs foi permitida.

O problema é que, daquele dia em diante, os funcionários do hotel estavam cada vez mais folgados e desrespeitosos. Sabíamos que nossa entrada não era mais permitida, e não nos incomodamos em aguardar na calçada. Poderíamos estar dentro, gastando dinheiro no bar, mas lá estávamos debaixo de um sol escaldante. Tudo bem, faz parte, o hotel é uma propriedade privada e estabelece suas próprias regras. O que não admitimos é ser maltratados pelos funcionários.

A área para manobra de veículos do hotel é extensa, o que nos deixava há uns 15 ou 20 metros da porta de entrada. Estávamos na calçada, esperando numa boa, quando um funcionário veio falar conosco: "vocês não podem ficar aqui, tem que esperar do outro lado da rua". Como é que é?! A calçada é do hotel agora?! Calçada é pública, mas ele insistia que deveríamos atravessar.


Sabe o que decidimos fazer?! Enche-lo de porrada! 5 ou 6 de nós - incluindo eu, Carlos e Leo - chegaram nele e disseram "se a gente não pode subir, você também não pode descer. Se descer vai apanhar de todo mundo aqui". Ele recuou, e ai se não recuasse, não estávamos para brincadeiras!

Superado o contratempo, apareceram alguns integrantes do Abbath, incluindo o próprio. Eles chamaram para nos atender próximo à porta do hotel e é ótimo quando isso acontece, pois os funcionários ficam putos mas não podem fazer nada, já que fomos convidados pelos hóspedes. Abbath viu minha camisa e disse que é grande fã de Iron Maiden. Depois, pediu para tirar foto dela, e ainda postou no Instagram. Que cara gente boa, sensacional!

Abbath Doom Occulta, gente finíssima 
King ov Hell, então baixista do Abbath. Ele saiu da banda em 2018

Horas mais tarde, todos os integrantes do Amon Amarth, exceto Johan Hegg, apareceram. Eles estavam na rua, voltando sabe-se lá de onde para o hotel, e aproveitamos para aborda-los. Todos são bastante secos, mas ao menos atendem. Eu não quero ser amigo deles, só quero tirar uma foto com eles, então está ótimo.

Olavi Mikkonen, guitarrista do Amon Amarth
Johan Söderberg, guitarrista do Amon Amarth 
Ted Lundström, baixista do Amon Amarth
Jocke Wallgren, baterista do Amon Amarth

Claro que eu poderia esperar para tentar conseguir fotos com os integrantes que faltaram das duas bandas, mas naquela noite havia um compromisso inadiável, um jantar com meu novo advogado para definir como seria feito o inventário e a abertura do testamento do meu avô. Por isso, finalizei o corre. No fim, só não consegui com o baterista do Abbath, 'Creature' Emil Wiksten. Eu já tinha foto com Johan Hegg desde 2014.


quarta-feira, 24 de maio de 2017

Chloe

Fui inventar de tentar conhecer Chloe, a garotinha que, por volta de 2014, observou a irmã Lily se emocionar com uma viagem surpresa para a Disney, reagindo com uma expressão facial que misturava tédio e desprezo. Parecia uma foto engraçada, bem humorada, que fugia completamente aos padrões que eu estava acostumado. Além disso, seria minha foto mais jovem, pois, até então, eu nunca abordara crianças.

Toda a família veio ao Brasil em uma viagem quase de férias bancada pelo Google. O gigante das buscas utilizou a imagem da menina em uma campanha, e o único compromisso oficial no país foi  uma visita às instalações da empresa, onde uma foto com a famosa expressão ilustrava um dos elevadores.


Tudo o que precisei para descobrir o hotel foi essa foto, postada no Instagram oficial das irmãs. Uma área plana, com muitas árvores e sem tantos prédios. Ao fundo, antenas, provavelmente as da Avenida Paulista. Ao centro, uma estrutura que deveria ser o ginásio do Ibirapuera. Com o Google Maps, confirmei que a intuição estava correta, pois consegui localizar o prédio ao lado da cabeça da mãe das meninas. A partir daí, foi fácil identificar o hotel como o "Marriott Executive Apartments". 


Não pude ir no dia em identifiquei o hotel, pois tinha um compromisso. Passei o nome do hotel para Lucas, um amigo que me ajudava com as buscas, ele foi e conseguiu. Parecia fácil e simples. 

No dia seguinte, foi a minha vez, sozinho. Quando a família retornou do passeio, abordei a mãe com mais tato e educação que de costume, perguntando se seria possível tirar uma foto com a filha dela. A menina, que estava no colo, reagiu muito mal e começou a chorar. A mãe ainda tentou convence-la, sem sucesso. Me explicou que ela estava assustada com o assédio pois, em todos os lugares que iam, todos queriam uma foto com ela. É claro que compreendi e não forcei a situação. Para não voltar de mãos vazias, perguntei se poderia tirar uma foto com toda a família. Todos aceitaram, mas Chloe recusou-se terminantemente, chorando ainda mais. A mãe a passou para a babá que os acompanhava, e consegui a foto de consolação com a família. Sim, eu levei naba de um meme!


Quando cheguei em casa, contei o que houve para Stephanie, um amiga que também queria conhece-la. Ela foi esperta: quando tentou, no dia seguinte, levou doces para presentear a garota. Exatamente como comigo, Chloe não queria fotos mas, como havia um presente, a mãe a obrigou a tirar.

domingo, 21 de maio de 2017

Tarja

Conheci Cassandra em 2013, durante o corre do Alcatrazz. Na ocasião, ela integrava a equipe que trabalhou no evento. Alguns meses depois, eu estava sem dinheiro para prestigiar o show "Super Peso Brasil", que contou com as bandas Stress, Taurus, Salário Mínimo, Metalmorphose e Centúrias, então fui com Sheila para a frente do Carioca Club, para tentar conseguir fotos na chegada/saída das bandas.

Para nossa surpresa, Cassandra era a responsável por controlar o acesso, ela conferia os ingressos e liberava a entrada. Conversamos por um tempo, e ela questionou se iríamos entrar. Quando dissemos que não estávamos muito bem de grana, ela liberou nossa entrada ainda assim, mesmo sabendo que não tínhamos ingresso. Surpresos, agradecemos e entramos, assistimos umas duas músicas somente, mas conseguimos a maioria das fotos que eu queria.

Em 2017, Cassandra me chamou para acompanha-la a Piedade-SP para ver o show gratuito que Tarja faria na cidade. Pra dizer a verdade eu não estava muito interessado, mas a coisa mudou quando ela disse que estava na produção e que me colocaria dentro do camarim da Tarja, o que facilitaria muito conseguir fotos e autógrafos, então aceitei.

No dia do show, seguimos com mais dois amigos para a cidade. Quando atravessávamos a área urbana, a caminho do local, uma van passou por nós, em sentido contrário, em uma rua de mão dupla. Como reconheço certos padrões com facilidade, não foi difícil saber que aquela era a van da banda, provavelmente retornando com a vocalista para o hotel após a passagem de som. Cassandra fez o retorno e a seguimos até o hotel JWF. Ao chegar, entretanto, o motorista apenas estacionou em frente ao hotel: a van estava vazia. Confusos, esperamos por algum tempo mas, como nada aconteceu, e com a proximidade do horário do show, concluímos que a banda provavelmente já estava no local, então seguimos para lá.

Quando chegamos, paramos em uma cancela com guarita, onde Cassandra identificou-se ao responsável como integrante da equipe da produção. Ele conferiu o crachá "all access" e liberou o acesso. Mas havia uma surpresa: Cassandra não fazia parte da produção. De fato, ela realmente já trabalhou em produções da Tarja em São Paulo, mas não fazia parte da equipe naquela noite. O crachá era verdadeiro, mas antigo. O cara na guarita não saberia diferenciar.

Fiquei chocado com a mentira, pois significou que não haveria nenhum acesso facilitado ao camarim. Eu deixei de fazer o corre da Tarja em São Paulo apenas porque Cassandra disse que conseguir acesso à vocalista em Piedade seria garantido. No entanto, como conhecia todo mundo no universo das produções, Cassandra logo identificou o verdadeiro responsável pela produção local e foi falar com ele, para tentar facilitar o meu lado. Ele respondeu que não seria possível, pois Tarja estava com péssimo humor. Ela reclamou da estrutura do local e quase que o show não aconteceu.


Ok, teríamos que tentar no hard mode. Menos mal que já sabíamos para onde ir quando o show terminasse. Quando acabou, retornamos para a frente do hotel e aguardamos. Outros fãs seguiram a van. Então, quando Tarja chegou, éramos ao todo 8 pessoas. Marcelo, o marido, a escoltou para o interior do hotel, não permitindo qualquer interação entre ela e os fãs. Claro que chamamos, sem resultado. A bem da verdade: se ela quisesse atender, não seria Marcelo quem conseguiria impedir. Ela que é chata mesmo.

O retorno para casa foi complicado. Cassandra não usou GPS, se perdeu, e a viagem que duraria duas horas durou o dobro. Pra dizer a verdade, já estava quase amanhecendo quando chegamos em São Paulo. Ainda era possível tentar no aeroporto, pois aquele foi o último show de Tarja no país, e haveria voos prováveis logo cedo.

Entretanto, não achei uma boa ideia, pois eu e Sheila estávamos nos divorciando. Não parecia certo chegar em casa na hora do almoço, mesmo sabendo que em poucos dias não seríamos mais casados. Eu deveria estar em casa desde o começo da madrugada, então desisti de tentar mais uma vez para evitar stress.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Sonata Arctica

Logo após o corre bem sucedido do Peppino di Capri no aeroporto de Guarulhos, eu e Carlos atravessamos a cidade rumo ao hotel Golden Tower, onde estava hospedada a banda Sonata Arctica, que se apresentava a noite no Aquarius Rock Bar. Não me recordo ao certo como sabíamos o hotel, mas o fato é que a banda estava muito longe do local do show.

O Golden Tower já foi o hotel padrão para as bandas que se apresentavam no Carioca Club. Quando os produtores passaram a hospeda-las lá, por volta de 2011, era uma maravilha. Entrávamos e aguardávamos em uma sala em frente aos elevadores, sentados confortavelmente nos sofás e navegando no wi-fi, que não é cobrado e não tem senha. Quando fazíamos isso, estávamos em no máximo 4 ou 5 pessoas, e todos sabíamos como nos comportar.

Com o passar do tempo, a informação se espalhou entre os fãs comuns, então tornou-se normal que grandes grupos de fãs saíssem do show diretamente para o hotel. Entravam e se comportavam como se ainda estivessem no show, falando alto, com latas de cerveja na mão, sentando nos sofás que eram destinados aos hóspedes. Quando há poucos fãs e muitos lugares para sentar, não há problema, mas quando hóspedes começam a ficar de pé porque os sofás estão todos tomados pelos fãs, a história muda. É claro que mais cedo ou mais tarde daria problema, e deu. Depois de três ou quatro anos, a entrada de fãs foi proibida.

Eu e Carlos, no entanto, nunca vimos problema em aguardar fora do hotel, então quando chegamos, foi o que fizemos. Estéfano logo se juntou a nós. Não demorou muito para que Tommy Portimo saísse falando ao celular. Sem perceber nossa presença, sentou em um canto e continuou a conversar. É claro que não o abordamos, não era a hora certa. 

Quando ele desligou, olhou para nós e veio falar conosco, sem que fosse necessário chama-lo. Assinou tudo o que tínhamos e tiramos fotos com ele. O segundo a aparecer foi Henrik Klingenberg, que também nos atendeu numa boa, mas minha foto com ele ficou totalmente tremida. Na hora não percebi, então ele retornou ao hotel. Sem problemas, quando a banda saísse para o show eu o abordaria novamente.

Tommy Portimo, baterista do Sonata Arctica
A primeira foto com Henrik não ficou boa, então essa foi uma das raras ocasiões em que abordei o mesmo músico 2 vezes

Os caras do Sonata, se abordados em uma boa hora (no relato de 2010, há um ótimo exemplo do que é uma abordagem em hora ruim), não se importam de interagir com os fãs. Exceto Tommy, todos são mais na deles, caladões, especialmente Tony Kakko. Isso não é problema, para nós o importante é conseguir fotos e autógrafos. Algum tempo depois, começou a anoitecer e todos os integrantes, um a um, saíram e nos atenderam de boa.

Abordei Henrik novamente, expliquei que a foto ficou ruim, e ele não se importou em tirar outra
Como não fiz o corre do Sonata em 2014, esta foi a primeira vez que encontrei o baixista Pasi Kauppinen
Elias Viljanen, guitarrista do Sonata Arctica
Tony Kakko é um gigante no palco, grande front man, mas fora dele é calado até demais

Nosso dia, em tese, ainda não havia terminado, pois havia um terceiro corre. A vocalista Tarja Turunen, ex Nightwish, também estava na cidade. Infelizmente a foto que mandei fazer para ela autografar ainda não estava pronta. Carlos seguiu para o Hilton, e eu retornei para a loja onde revelo as fotos, próxima de casa. Ao saber que ainda não estava pronta, desisti de encontrar com Carlos e Jessica.

Não deveria ser um problema, já que eu tinha uma amiga que jurava que era da produção da Tarja e que me colocaria em frente à vocalista se eu a acompanhasse ao show em Piedade (SP). Esse foi um dos grandes arrependimentos da minha vida, porque a foto de Carlos com Tarja foi a mais linda que já vi. Ela estava feliz, sorridente, bem diferente da mala que encontrei diversas vezes a partir de 2012 e jamais consegui tirar uma foto com ela novamente.

Tarja com Carlos, em um dia onde Carlos fez 3 corres bem sucedidos: Peppino di Capri, Sonata Arctica e Tarja

Peppino di Capri

O primeiro corre de Peppino di Capri, em 2016, foi tão bacana que decidi repetir a experiência quando ele retornou ao Brasil em 2017. Por sua vez, Carlos me acompanhou, mas seria seu primeiro encontro com Peppino. Nunca dá pra saber com certeza quando um artista vem por Congonhas ou por Guarulhos quando o voo parte de outra cidade brasileira. Embora a lógica aponte Congonhas na maioria das vezes, algumas produtoras podem enviar por Guarulhos para despistar os fãs (no caso de bandas maiores ou com fãs problemáticos) ou por questões logísticas: geralmente é mais barato pousar em Guarulhos. No entanto, nessa época, aproveitávamos uma falha nos apps das companhias aéreas que nos permitia saber com precisão em qual aeroporto deveríamos estar. Não somente, sabíamos o dia e a hora exata também.

Peppino se apresentou no Rio de Janeiro no dia 16 e o show em São Paulo era no dia 20. A lógica diz que ele viria por Congonhas no dia 17. No entanto, como é Rio de Janeiro, muitas vezes o artista adia sua vinda para curtir a cidade, que tem mais opções, como praia e lugares turísticos. Seria difícil saber sem o bug, mas graças a ele, determinamos que Peppino chegaria pelo aeroporto de Guarulhos, em um voo da Azul. Aguardamos próximos ao portão de desembarque com LPs na mão (que Carlos comprou em um sebo no centro de São Paulo por R$2,00 cada).

Assim que passou pelo portão, ele olhou em nossa direção e percebeu o que tínhamos nas mãos. Não precisamos nem ao menos chamar, veio todo sorridente até nós. Peppino é o tipo de artista que se emociona quando encontra fãs. Ok que deveríamos ser dois fãs meio esquisitos, porque ambos somos cabeludos, mas está valendo. Após assinar tudo e tirar fotos conosco, ele seguiu seu caminho. E nós também: seguimos para o hotel Golden Tower, onde estava hospedada a banda Sonata Arctica.

Que todos artistas possam proporcionar aos fãs uma experiência tão marcante quanto Peppino di Capri, ele é sensacional 



terça-feira, 16 de maio de 2017

João Doria

Exceto no segundo turno das eleições presidenciais de 2014, numa tentativa desesperada de impedir a reeleição de Dilma, nunca, jamais votei em candidatos do PSDB. Não tenho nenhuma simpatia pelo partido, para mim PT e PSDB se equivalem e apenas fingem rivalizar - tanto que em 2022 foi totalmente possível a formação da chapa com Lula e Alckmin para a disputa presidencial. Entretanto, os eleitores petistas sempre tiveram a capacidade de me irritar mais. 

Não fazia muito tempo que rolou o impeachment da presidanta Dilma, e também a vitória do até então quase desconhecido João Doria sobre Fernando Haddad, na disputa da vaga pela prefeitura de São Paulo. Isso fez com que os petistas chilicassem todas as vezes que viam uma referência tucana. Existe algo melhor do que irritar petistas?! Eu não conheço!

O então prefeito João Doria estava em Dubai e postou quando embarcava no voo de volta ao Brasil. Decidi ir até o aeroporto para conhece-lo, simplesmente para irritar petistas quando eu esfregasse a foto na cara deles.

Assim que ultrapassou o portão de desembarque, Doria foi cercado por alguns poucos admiradores. Infiltrei-me entre eles, e fui me aproximando até estar perto o bastante para pedir foto e pegar autógrafo. Afinal, corre é corre, tem que ser feito direitinho, de acordo com o padrão. Ta pensando que corre é bagunça?


Os anos se passaram e hoje Doria é governador de São Paulo, onde faz um péssimo governo, mas tenho certeza que se o governador fosse o opositor petista, seria ainda pior.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Charlie Hunnam

O ator Charlie Hunnam veio a São Paulo para participar da pré-estreia de "Rei Arthur - A Lenda da Espada", no Teatro Renault. Ele aproveitou a passagem pela cidade para turistar um pouco, mas dedicou boa parte do tempo na tarefa de recepcionar seus fãs. Antigamente, esse tipo de evento acontecia somente no Rio de Janeiro, era ótimo que agora também acontecia em São Paulo.

A notícia se espalhou, e muitos fãs foram ao hotel Unique, onde ele estava hospedado. Sem problemas, ele atendeu a todos. Um segurança colocava ordem na bagunça, possibilitando a entrada de fãs no hotel, divididos em grupos de cinco. Charlie tirava foto com todos, autografava, e o grupo saía para dar lugar ao grupo seguinte. Foi bacana, organizado.


A cada dia o número de fãs aumentava, mas ele não se incomodava em atender a todos. Eu fui apenas no primeiro dia, consegui, e para mim estava ótimo, nem voltaria mais. Porém, no terceiro dia, aconteceu o que não deveria. Um fã levou ao hotel uma faca igual à que o personagem Jackson "Jax" Teller, interpretado por Hunnan utilizava na série Sons of Anarchy. Para ele parecia ok mostra-la para Charlie, quem sabe conseguir um autógrafo nela, sei lá.

Apenas imagine o que passa na cabeça do segurança ao saber que há um fã com uma faca esperando na frente do hotel. É claro que Hunnam não atendeu mais ninguém no um dia e meio que ainda ficou no país. É difícil saber o que tem na cabeça de certas pessoas...


domingo, 7 de maio de 2017

Rhapsody Reunion

Após passar o dia inteiro no aeroporto de Congonhas sem encontrar os integrantes do Rhapsody Reunion, joguei a toalha e saí, com Carlos, à procura do hotel. A lógica dizia que a banda ficaria no Estanplaza International. Como era a única pista que tínhamos, fomos investigar. Após algum tempo sem sinal algum, fomos alertados por Samii que a banda estava no Hilton, então seguimos direto para lá. Quando chegamos, ainda conseguimos ver a porta da van se fechar, logo após Luca Turilli embarcar. Chegamos tarde... agora seria necessário esperar a banda voltar do show.

Esse é mais um show que eu iria fácil, gosto da banda, e os integrantes são o mais amigáveis possível, mas estava completamente sem dinheiro. O jeito, então, foi permanecer na frente do hotel até a chegada da banda. Quando retornou, descobrimos o porquê do aeroporto ter dado tão terrivelmente errado: a banda estava de tour bus.

Fabio Lione, vocalista do Rhapsody Reunion
Luca Turilli, guitarrista do Rhapsody Reunion
Dominique Leurquin, guitarrista do Rhapsody Reunion
Patrice Guers, baixista do Rhapsody Reunion
Alex Holzwarth, baterista do Rhapsody Reunion

Éramos apenas 5 pessoas (eu, Carlos, Kevin, Samii e mais uma). 5 pessoas não seguram 5 músicos, é impossível. Portanto, enquanto fazíamos as abordagens, o baterista Alex Holzwarth entrou no hotel. Carlos perguntou "faltou alguém?", e respondi "sim, o batera". Fabio Lione, que já começava a arranhar as primeiras palavras em português, entendeu, e fez o favor de busca-lo para nós (observe Alex dentro do hotel em minha foto com Patrice).

Mas a maior surpresa veio alguns meses depois, quando foi lançado o vídeo oficial. Aos 03:45 lá estávamos Carlos e eu, abordando Fabio Lione e Alex Holzwarth. Na hora nem percebemos que foi gravado. Que surpresa agradável desta banda que nem considero mais banda, para mim, são amigos! 



Congonhas + GBH

Eu e Marcelo Zava fomos cedo para o aeroporto de Congonhas. A intenção dele era simplesmente congonhar, mas a minha era esperar pelo Rhapsody Reunion, que se apresentaria em São Paulo naquela noite. Logo que chegamos ao aeroporto, demos de cara com Alessandra Negrini. Ela estava de óculos, eu nunca a reconheceria - pode acreditar, sou péssimo fisionomista. Como Zava a reconheceu, a foto rolou. Ela não foi muito simpática, apenas acenou com a cabeça quando perguntamos se poderíamos tirar uma foto com ela, mas pelo menos aceitou, e é isso que importa.

Alessandra Negrini

Em seguida, com a ajuda dos congonheiros para o reconhecimento, abordamos Renata Frisson, a Mulher Melão. Super simpática, daquelas que encosta mesmo em você, ta nem aí. Assim que eu gosto.

Renata Frisson, a Mulher Melão. Uma simpatia!

A terceira a desembarcar foi Maria Gadú. Tirei a foto do Zava com ela, mas não quis tirar uma também. Não sou fã, não consigo curtir o trabalho dela, acho ridículo seus posicionamentos políticos, enfim, não havia porquê.

O sempre apressado Pedro Bial desembarcou, sem olhar pros lados, e já foi descendo a rampa. Fomos atrás. Eu tinha algumas fotos de celebridades nacionais prontas, que sempre levava quando congonhava, se alguma desembarcasse eu estaria preparado. A fama de Bial não é muito boa entre os congonheiros, que sempre dizem que ele é um tanto chato, mas talvez ter uma foto dele para autografar tenha feito alguma diferença para faze-lo atender. Não foi simpático, mas a foto rolou.

Pedro Bial tem fama de ser chato com os fãs, mas ao menos desta vez atendeu de boa

A essa altura, Carlos já havia chegado ao aeroporto, para esperar pela banda GBH. Sentados em um banco próximo ao desembarque, conversávamos, quando houve uma movimentação atípica dos congonheiros, eles ficaram muito agitados. Fomos averiguar o que acontecia, Isis Valverde havia desembarcado. Carlos não quis nem saber e voltou para o banco, eu me enfiei entre os congonheiros. Ela foi bem simpática também, atendeu a todos.

É bom ver quando alguém no auge consegue ser tão simpática. Isis Valverde, obrigado pelo carinho!

A maior surpresa do dia desembarcou em seguida, e era internacional: a venezuelana Gabriela Spanic, eternamente conhecida por interpretar Paola Bracho, em a Usurpadora, telenovela mexicana. Sempre a considerei uma mulher incrivelmente sexy, e fazer o corre dela estava nos planos, mas fui pego totalmente despreparado. Eu não tinha nada para ela autografar naquele momento, então contentei-me em tirar uma foto com ela. Também foi bastante simpática.

Gabriela Spanic, que surpresa e que prazer conhece-la!

Foi então que o que era brincadeira ficou sério: o GBH desembarcou.

Colin Abrahall, vocalista do GBH
Colin "Jock" Blyth, guitarrista do GBH
Ross Lomas, baixista do GBH
Scott Preece, baterista do GBH
O autógrafo de Scott Preece borrou, mas ainda assim é uma grande lembrança

Em seguida, Zezé di Camargo desembarcou com sua então nova namorada, Graciele Lacerda. A princípio, pensei em tirar uma foto apenas com ela, mas acabei tirando com o casal. Para quem não sabe, por muitos anos, Zezé foi alguém que eu simplesmente detestava. Não a pessoa, claro, ele nunca me fez nada.

A voz de Zezé me irritava profundamente e, pior, não havia como escapar. Eu tinha que aguenta-lo cantando (?) todos os finais de semana, ao assistir Gugu ou Faustão na casa de alguma ex namorada. Até mesmo nos comerciais, o esganiçado estava lá cantando "Lojas Marabraz".

Quando o conheci pessoalmente, alguns anos antes, tirei a foto de Alvaro com ele e, claro, não pedi para tirar uma foto também. Depois me arrependi, pois ele foi mega gente boa, ficou alguns minutos trocando ideia. Então, desta vez, não vi problemas em tirar uma foto. Continuo odiando sua voz, mas a atenção que ele deu a quem obviamente nem ao menos é fã, me fez passar a ter um profundo respeito por quem ele é. Com o sucesso que alcançou, poderia ser um cuzão, mas não é. Valeu a foto! Por outro lado, logo depois o irmão dele, Luciano, passou por nós. Alguns congonheiros o abordaram mas, chato, não quis nem saber de papo.

Graciele Lacerda e Zezé di Camargo: um casal legal

Após o desembarque de mais alguns voos, Tom Cavalcante passou por nós, e não se importou de tirar uma foto conosco.

Tom Cavalcante: eu curtia o trabalho desse cara quando ele interpretava o porteiro Ribamar em Sai de Baixo

A próxima a passar pelo desembarque foi Maria Bethânia. Chata pra cacete, foi abordada por Marcelo Zava, tirou a foto com ele, reclamando, e já saiu correndo. Nem sei se eu tiraria com ela. Talvez até tirasse, porque era considerada uma das grandes cantoras brasileiras quando eu era criança e adolescente, e às vezes tenho esse saudosismo barato, mas não fiz questão alguma de correr atrás dela quando ela correu. Além disso, detesto suas posições políticas. No fundo, melhor assim.

Como o Rhapsody não apareceu, admitimos o nó tático que levamos, e o jeito seria tentar descobrir o hotel. Mas ainda houve tempo pra uma última foto: Mano Brown. Nunca curti o estilo de som que ele faz, e muito menos concordo com o que diz muitas de suas letras, mas ainda assim, consigo admira-lo de alguma maneira. Em seu estilo, ele é grande, muito bom no que faz. Tive uma ex namorada que curtia bastante.

O abordei dizendo algo como "Fala Mano Brown, só queria te dizer que até mesmo eu, que sou do metal, te respeito". Ele não disse nada, apenas me deu a mão, apertando forte, e foi assim que a foto saiu. Eu poderia até ter tirado fotos com os outro integrantes dos Racionais Mc, mas admito que não sabia quem era quem, então fiquei sem graça de aborda-los. É chato pedir uma foto para alguém que você nem mesmo sabe o nome...

Eu e Mano Brown. Uma foto inusitada?!

Este relato tem uma segunda parte, quando conseguimos encontrar com os integrantes do Rhapsody. Clique aqui para ler.