sexta-feira, 11 de janeiro de 1985

Rock in Rio 1 (1985)


O primeiro Rock In Rio foi muito especial, pois colocou o Brasil na rota dos shows internacionais, que até então eram raríssimos e esporádicos, somente de bandas gigantes, como Queen (1981), Van Halen (1983) e Kiss (1983). Um show de uma banda internacional em uma cidade como São Paulo ou Rio de Janeiro era um evento tão raro, que tornava-se o assunto do ano, só se falava nele.

Imagine como foi para mim, com 12 anos, saber que minha banda favorita viria ao país, apenas dois meses depois de ouvi-la pela primeira vez. Conhecer o som do Iron Maiden foi quase como conhecer o amor de minha vida. Tanto que, 36 anos depois, aqui estou eu, mais fã do que nunca. Desde então tive todas as mulheres da minha vida - coincidentemente meu primeiro beijo foi em 1985.

O Brasil ainda vivia o regime militar, a moeda era o desvalorizado cruzeiro. Uma ligação internacional não era direta: era necessário falar com a telefonista, que seria capaz de completar a chamada. Em um mundo muito diferente do que existe hoje, dominado pelas gravadoras, o Brasil não era um mercado atrativo nem rota obrigatória na turnê de qualquer banda. O Rock In Rio não mudou isso imediatamente. Em 1985, excluindo o Rock In Rio, o show do ano foi Quiet Riot. Em 1986, Venom/Exciter. Apenas em 1989, quando o Motörhead e o Metallica vieram, a coisa começou a caminhar, mas com certeza quem abriu essa porta foi o festival de 4 anos antes.

Por essas e por outras, o primeiro Rock In Rio foi tão importante para mim. Quando desenvolvi a habilidade para fazer corres, decidi que conheceria o máximo possível das bandas e artistas que tocaram no festival, não importa se sou fã ou não. Foram 29 atrações, 14 internacionais, 15 nacionais - mas conto como se fosse 16 pois, embora fosse contado como um só, o show de Baby Consuelo e Pepeu Gomes contou com apresentações individuais, primeiro Baby, depois Pepeu; portanto considerei que foram dois shows.

Das 30 atrações, conheci ao menos um integrante de 22. Duas bandas completas com a formação da época: Iron Maiden e Scorpions. Provavelmente, no futuro, eu ainda conheça Ivan Lins, Lulu Santos e Rita Lee e consiga fotos com outros integrantes que tocaram no festival com Kid Abelha (Paula Toller), Paralamas do Sucesso (Herbert Vianna) e Blitz (Fernanda Abreu). Entre as internacionais, talvez acabe conhecendo Rod Stewart e integrantes do The B-52's, além de AC/DC (Brian Johnson) e Yes (Jon Anderson). Mais do que isso é difícil, muito difícil. Al Jarreau faleceu em 2017, Nina Hagen e The Go-Go's nunca vieram ao Brasil desde que comecei a fazer corres, em 2008.
  1. AC/DC - conheci 3 integrantes que tocaram no festival, Angus Young, Cliff Willims e Simon Wright. Levei naba de Brian Johnson. Não tive chance com Malcom Young
  2. Al Jarreau 
  3. Alceu Valença - conheci 
  4. Baby Consuelo - conheci
  5. Barão Vermelho - conheci um integrante que tocou no festival, Frejat
  6. Blitz - conheci dois integrantes que tocaram no festival, Evandro Mesquita e Juba
  7. Eduardo Dusek - conheci
  8. Elba Ramalho - conheci
  9. Erasmo Carlos - conheci
  10. George Benson - conheci
  11. Gilberto Gil - conheci
  12. Iron Maiden - conheci a formação completa que tocou no festival
  13. Ivan Lins 
  14. James Taylor - conheci
  15. Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens - conheci um integrante que tocou no festival, George Israel
  16. Lulu Santos 
  17. Moraes Moreira - conheci
  18. Ney Matogrosso - conheci
  19. Nina Hagen
  20. Os Paralamas do Sucesso - conheci um integrante que tocou no festival, João Barone
  21. Ozzy Osbourne - conheci 3 integrantes da formação que tocou no festival, incluindo Ozzy Osbourne, Tommy Aldridge e Don Airey (tecladista do Deep Purple, que excursionou com Ozzy em 1984 e 1985)
  22. Pepeu Gomes - conheci
  23. Queen - conheci 2 integrantes que tocaram no festival, Brian May e Roger Taylor
  24. Rita Lee
  25. Rod Stewart
  26. Scorpions - conheci a formação completa que tocou no festival
  27. The B-52's
  28. The Go-Go's
  29. Whitesnake - da formação que tocou no festival, conheci apenas o principal integrante de todas as formações: David Coverdale 
  30. Yes - conheci 3 integrantes da formação que tocou no festival: Tony Kaye, Chris Squire e Alan White. Levei naba de Jon Anderson
Todas as bandas internacionais se apresentaram duas vezes, exceto o Iron Maiden, que abriu uma brecha na World Slavery Tour para encaixar a apresentação no primeiro dia do Rock In Rio, mas no dia seguinte já voou para New York. Entre as nacionais, todas se apresentaram duas vezes, exceto Ney Matogrosso, Ivan Lins e Rita Lee.

11 de janeiro

Ney Matogrosso, o encontrei sem querer em duas oportunidades, ambas em 2013
Fiz o corre do Erasmo Carlos em 2017
Fiz o corre do Pepeu Gomes em 2015, e o reencontrei em 2016, com os Novos Baianos
Fiz o corre dos Novos Baianos em 2016, ocasião em que conheci Baby Consuelo
Encontrei duas vezes com David Coverdale, vocalista do Whitesnake, em 2011 e 2016
Felizmente estou perdendo a conta de quantas vezes me encontrei com Steve Harris, baixista do Iron Maiden
Fiz o corre do Queen em 2015, quando conheci o guitarrista Brian May
12 de janeiro

Ivan Lins, nunca o encontrei
Fiz o corre do Grande Encontro em 2016, ocasião em que conheci Elba Ramalho
No corre do M. Night Shyamalan, em 2017, FOTASSA (pingo d'agua na lente) com Gilberto Gil
Al JarreauTentei encontra-lo em 2014, mas não tive sorte. Faleceu em 2017, então não tive segunda chance
Fiz o corre do James Taylor em 2017
Fiz o corre do George Benson em 2016
13 de janeiro

Fiz o corre do Call The Police em 2017, ocasião em que conheci João Barone, baterista do Paralamas do Sucesso (2017)
Lulu Santos. Nunca o encontrei
Fiz o corre da Blitz em 2012, quando conheci Evandro Mesquita (voz, guitarra e violão)
The Gogo's, nunca vieram ao Brasil desde que comecei a fazer corres
Nina Hagen, nunca veio ao Brasil desde que comecei a fazer corres
Rod Stewart. Nunca fiz o corre, mas hunters mais experientes dizem que é mala

14 de janeiro 


O quarto dia de festival teve apenas 4 atrações, duas nacionais inéditas e duas internacionais que faziam a segunda apresentação, George Benson e James Taylor.

Fiz o corre dos Novos Baianos em 2016, ocasião em que conheci Moraes Moreira, que faleceu em 2020
Fiz o corre do Grande Encontro em 2016, ocasião em que conheci Alceu Valença

15 de janeiro

Durante o corre do A-ha, em 2015, encontrei George Israel, saxofonista do Kid Abelha e os Abóboras Selvagens
Encontrei Eduardo Dusek aleatoriamente no Aeroporto de Congonhas, em 2018
Encontrei Frejat, do Barão Vermelho, aleatoriamente no Aeroporto de Congonhas, em 2017
Encontrei duas vezes com Klaus Meine, vocalista do Scorpions, em 2012 e 2019
Fiz o corre do AC/DC em 2009, quando conheci o guitarrista Angus Young

16 de janeiro

O sexto dia de festival teve 5 atrações: uma nacional e uma internacional inéditas, duas nacionais  e uma internacional que faziam a segunda apresentação, Os Paralamas do Sucesso, Moraes Moreira e Rod Stewart.

Nos últimos anos, todo ano Rita Lee lança um livro. Sempre falo que vou conhece-la, mas nunca vou
Em 2018, participei do meet & greet do Ozzy Osbourne

17 de janeiro

Com uma semana de festival, restavam apenas duas apresentações inéditas, uma delas da banda Yes, a única inédita do dia.

Fiz o corre do Yes em 2013, quando conheci o baixista  Chris Squire

18 de janeiro

Enfim a última inédita.

Ao menos conscientemente, jamais fiz um corre do The B52's

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