sexta-feira, 29 de abril de 2022

Kiss

Os integrantes do Kiss estavam com aquela palhaçada de ficar atrás de uma proteção acrílica no meet & greet pago (e muito bem pago, 750 dólares) enquanto tiravam fotos com os fãs. Será que seriam pandêmicos como  ̶a̶q̶u̶e̶l̶a̶ ̶m̶e̶r̶d̶a̶ ̶d̶a̶q̶u̶e̶la Tarja, ou como os̶ ̶b̶u̶n̶d̶a̶-̶m̶o̶l̶e̶ ̶d̶o̶ A-ha, que no começo de 2022 só tiraram fotos de máscara no Chile?! Se fossem, provavelmente nem valeria fazer o corre. Eu tinha que saber como se comportariam nos aeroportos e hotéis dos outros países para decidir o que fazer. Já no começo da turnê sul-americana percebi que seria de boa, ao menos nesse quesito.

Tommy Thayer tirava fotos sem máscara numa boa. Gene parecia pandêmico, está de máscara na maioria das fotos, mas chegou a abaixa-la para tirar foto com Diego, no Chile. Paul Stanley atendeu seis pessoas no hotel de Porto Alegre, mas não consegui determinar se rolou apenas autógrafos ou foto também. Apenas Eric Singer ainda não havia dado o ar de sua graça.


























O Kiss hospedou-se em Porto Alegre, com relatos que batiam completamente ao que vimos na América do Sul e ao que ouvimos dos hunters sul-americanos. Impossível não era. Mas claro, aqui é São Paulo, está cheio de demente, desde os imbecis que postam o hotel em fan page com milhares de pessoas até a pior de todas, Anebelle. Gostaria de saber qual é o prazer que se tem ao divulgar o hotel. Kiss já é um corre naturalmente difícil. Com esse tipo de "ajuda" fica muito mais complicado. Ok, todos somos fãs (exceto Anebelle, que não sabe dizer cinco músicas do Kiss, mas vai para causar do mesmo jeito), todos temos o direito de tentar. Sou o primeiro a concordar com isso. Mas assim?! De mão beijada?! Só perguntar que alguém responde?! Triste! Eu "rezava" para o Kiss não ficar no mesmo hotel de sempre, seria a única chance que teríamos depois dessa demonstração rara de inteligência.

Após o show em Porto Alegre, o Kiss manteve-se na cidade, não seguiu para Curitiba. Seria base POA? Se fosse, fudeu, o corre terminaria aqui. Vimos uma foto de Paul Stanley em um local que poderia ser uma adega, um restaurante, não sei, mas ele não usava máscara. Ou seja, somente os trouxas que pagaram meet & greet viam a versão pandêmica dos músicos, que pagavam de bons moços ao demonstrar preocupação com o vírus. No mundo real a banda estava cagando para o COVID, assim como tem que ser. Afinal, estão todos vacinados. Vacinaram-se por que, se não confiam na vacina?!

No dia do show em Curitiba, a banda voou poucas horas antes de subir ao palco. Minha intuição dizia que deveria passar a madrugada em frente ao Emiliano, pois seria como foi em 2015, quando voaram imediatamente após o show de Brasília para São Paulo. Para testar essa hipótese, chamei Marcelo Zava e Carlos. Diferentemente de 2015, porém, mais gente teve a mesma ideia. Éramos cerca de 12 pessoas, um número absurdo para quem deseja conseguir uma foto com Paul Stanley. Menos mal que não havia nem sinal de Anebelle.

Pouco antes da banda chegar, por volta de 02:00hs, um segurança veio falar conosco, perguntou se estávamos esperando pelo Kiss, e avisou que a banda não atenderia, pois vieram direto mesmo, sem ao menos retirar a maquiagem. Isso confirmou-se quando, logo depois, as vans chegaram, com os músicos de roupão e toalhas na cabeça, era evidente que não atenderiam. O "boi de piranha" Thommy Thayer era o único vestido e sem maquiagem, então atravessou a rua e veio falar conosco. Mas ficou de ̶n̶u̶t̶e̶l̶i̶s̶s̶e̶ ao dizer que apenas autografaria, não tiraria fotos.

Se com doze fãs já estava assim, imagina no dia seguinte e nos próximos, quando haveria dezenas + Anebelle... Eu nunca consegui uma foto boa com esse cara, e pelo visto não conseguirei. Sempre com alguma desculpinha. Em 2012 "ui, não quero tirar foto porque estou preocupado com uma bagagem extraviada". Em 2015 poderia parar um mísero segundo para tirar uma foto, mas tive que tira-la caminhando ao seu lado. FOTASSA! Agora em 2022, apenas autografou o álbum "Monster!" que levei. 

Meses antes do corre começar, eu e Carlos discutimos a possibilidade da banda ficar em São Paulo e não se hospedar em Ribeirão Preto. Thayer, enquanto esteve conosco, disse algo que praticamente confirmou nossas suspeitas: "Vou ficar muitos dias nesta cidade".

Fomos dormir e retornamos no início da tarde. Como previsto, a frente do hotel estava tomada por fãs, que provavelmente viram o post na fan page, ou já sabiam qual era o hotel pelo fato da banda ficar lá todas as vezes anteriores. Eram literalmente dezenas, talvez até centenas, um mais imbecil que o outro. 

Quando algum integrante, como o próprio Tommy Thayer, dispunha-se a atender, não sabiam comportar-se como gente. Simplesmente incapazes de formar uma fila ou de ser minimamente organizados, avançavam, cercavam, um querendo passar por cima do outro, ser mais esperto que o outro. Resultado: o cara parava de atender e quase todos não conseguiam nada. Leo estava no corre apenas por Tommy, que era o único cara do Kiss com quem ele ainda não tinha foto. Tirei a foto de Leo com Tommy, pois ele o chamou após uma "chorada", mas não consegui a minha. Paciência.

Durante a tarde, Paul Stanley bem que tentou atender, mas aconteceu o que descrevi acima, ele desistiu e entrou na van. Anebelle e Fernando seguiram de táxi. Japonês tentou seguir de carro, mas o farol fechou e ele perdeu a van de vista. Leo e Zava me chamaram para dar uma volta a pé: há diversas lojas e restaurantes por perto, quem sabe víssemos alguma coisa, mas preferi ficar onde estava, assim como Carlos.

Quando retornou, Leo disse que andaram duas quadras na própria Oscar Freire, quando avistaram uma van parada em frente a uma joalheria. Ao aproximar-se, viram um dos seguranças que acompanhava Paul Stanley dentro da loja. Um pouco mais a frente, Anebelle e Fernando estavam meio escondidos. Anebelle ficou furiosa ao ve-los e já começou a berrar ali mesmo, dizendo que ela e Fernando tentariam primeiro porque chegaram primeiro. Como se ela respeitasse esse conceito quando é ela quem chega por último, né não?! 😂

Em 2015, Fernando fez algo inacreditável e absurdamente caro: hospedou-se no Emiliano com o objetivo de conhecer um de seus maiores ídolos, Paul Stanley. Naquela noite, houve também o show de Paula Toller. Ele saiu, assistiu ao show dela, retornou ao hotel, e descobriu que Paul Stanley atendeu justamente enquanto esteve fora. Fernando, como Stanley, tem microtia, uma deformidade congênita na orelha. Ao perceber Paul Stanley saindo da joalheria, fez um berreiro inacreditável. Stanley, porém, não atendeu, retornando ao hotel.

Ao chegar, mais uma vez tentou atender, mas mais uma vez os imbecis avançaram em cima dele e todos se ferraram - ou quase todos. No meio da multidão, Paul Stanley avistou Fernando, que retornou correndo ao hotel, e o chamou. Anebelle, é claro, tentou acompanha-lo, mas foi barrada pelos seguranças que a conhecem muito bem. O diálogo foi mais ou menos assim:

- Você não vai, só ele foi chamado.

- Mas eu estou com ele, vou tirar a foto dele.

- Pode deixar que outra pessoa tira.

- Mas... Mas...

- PODE PARAR! JÁ CHEGA! JÁ CHEGA! (berrando)

Anebelle teve que assistir Paul Stanley tirar um fotão com Fernando, sem poder fazer nada. Quando o músico entrou e Fernando aproximou-se dela, a louca descontrolada fez um dos maiores berreiros que se tem notícia da história dos corres. Berrava coisas como "se eu não conseguir uma foto com Paul Stanley você vai apagar a sua!" 😆 Até parece, nem mesmo Fernando faria tamanha burrice, afinal é uma foto difícil, que beira o impossível. Meses antes, ambos fizeram reserva para usar o bar do hotel, mas após conseguir a foto Fernando recusou-se a acompanha-la. Todos os seguranças viram que ele conseguiu e agora estavam vendo-a berrar descontroladamente, é claro que dariam um jeito de impedi-los de entrar. 

Desesperada, pois percebeu que não haveria ninguém para tirar a foto dela, caso Paul Stanley atendesse, Anebelle continuou a berrar na frente de todo mundo, cada vez mais descontrolada: "Acabou a amizade, bem que minha mãe disse pra eu não andar com esse gay!". Fernando tentava acalma-la, mas ela berrava ainda mais: "Tira a mão de mim! Não somos mais amigos! Bem que minha mãe avisou pra eu não andar com esse gay!".

Que diabos! Nem mesmo racismo ou homofobia são capazes de deter a loucura dela. No corre do Wezzer, saiu de hotel gritando palavras racistas para um segurança negro que a impediu de abordar a banda - eu não estava na ocasião, há muitas testemunhas, porém nada aconteceu. Agora, berrou esse absurdo na frente de todo mundo e mais uma vez nada aconteceu. Marcelo Zava, inclusive, gravou o áudio, ou ao menos o recebeu em seu celular. Ouvimos dezenas de vezes em frente ao hotel, inclusive debaixo de chuva, pois esse foi um dia muito chuvoso.

Mais tarde, toda a banda saiu para jantar. Japonês, acompanhado de Eric, Estéfano e Eliana, seguiu a van até o restaurante, Anebelle e Fernando também - sim, meia hora depois já estavam amigos novamente. Zava foi com eles. A banda não atendeu. Foi tudo o que aconteceu nesse dia.

No dia seguinte, conversei com Zava. Primeiro ele disse que apagou a gravação. Depois disse que na verdade não foi ele quem gravou, que apenas passaram para ele, e que a pessoa ficaria puta se a gravação se espalhasse. Decidi que a partir de agora não faremos mais corres juntos, é cada um por si. Ele está amigo demais da Anebelle pro meu gosto. É por isso que essa louca continua indo aos corres. Apronta, apronta, apronta, e sempre tem quem converse com ela, quem lhe faça companhia. Ela tem que se sentir isolada, odiada. Se Zava, que não tem foto com nenhum integrante do Kiss, não entende que perdeu a chance de tirar fotos por causa dela, só lamento. Simplesmente não serve mais para fazer corres comigo. Que faça os próximos com ela.

Ele, assim como ela e boa parte da galera que estava na sexta, retornou no sábado e no domingo, mas nada conseguiu. Tommy Thayer até tirava uma foto ou outra de vez em quando, mas só. O resto da banda parou de tentar atender e muitos fingem não saber porquê. Eu não apareci esses dias, principalmente por saber que o hotel estaria lotado com os mesmos seres que estavam na sexta feira. 

Caso eu e Carlos estivéssemos corretos, a banda ainda estaria aqui na segunda feira, quando a maioria dos fãs pensaria que já foi embora. Ou não... Quando esse cenário perfeito começava a se desenhar, chegou a informação de que Marcio - que foi ao meet & greet tirar foto com plástico - estava dizendo para todo mundo no hotel que achava que a banda retornaria para São Paulo após o show em Ribeirão Preto. Embora fosse uma suposição, é apenas Marcio sendo Marcio, broadcast do caralho! Realmente eu e Carlos deveríamos te-lo deixado no aeroporto quando estava sem dinheiro para retornar após o corre do Timo Tolkki. Ele não retornou ao hotel na segunda feira, mas plantou a pulguinha da dúvida em alguns fãs e, principalmente, em Anebelle, que certamente passaria por lá para confirmar ou não sua suposição. Ela seria incapaz de pensar nisso sozinha.

Na segunda feira, passamos o dia todo na frente do hotel. Apenas 15 pessoas, pessoal de boa, bacana, comportado. Anebelle estava do outro lado da rua apenas na espreita. Diz a lenda que o hotel registrou um B.O. contra ela, mas não sou capaz de confirmar esta informação. Outras pessoas diziam que ela estava lá apenas para fazer um escândalo caso Paul Stanley atendesse, impedindo assim qualquer chance de outras pessoas conseguirem. Aconteceu o que sempre acontece: as meninas do corre dizendo que a pegariam na porrada caso ela atrapalhasse, mas infelizmente, como todas as outras, falaram e nada fizeram.

Cheguei ao hotel por volta de meio dia. Estava mais preocupado em conseguir assinaturas do Ross Halfin. Neste dia, confesso, abusei dele. Levei 5 fotos para autografar, duas para mim, 3 para um amigo. É muito, mas fui um dos pouquíssimos que queria falar com ele, os fãs de Kiss nem ligaram. Ross pareceu visivelmente incomodado ao assina-las, tanto que assinou apenas 4. Só ler qualquer outro relato meu, não sou de abusar, mas nesse dia foi necessário. Na última foto, para meu espanto, ele escreveu HELP! Seria bom humor ou literalmente uma mensagem para o segurança que o acompanhava?! 


Foi a segunda vez que encontrei Ross Halfin, fotógrafo de bandas gigantes, como Iron Maiden, Foo Fighters, Kiss e muitas outras

Tommy Thayer saiu logo cedo para jogar golfe. Quando retornou, veio falar conosco, mas mais uma vez estava de n̶u̶t̶e̶l̶i̶s̶s̶e̶. Embora todos estivessem de boa e comportados, recusou-se a tirar fotos, apenas me dando um cumprimento pandêmico, aquele de soquinho.


Nesse dia, o único que realmente atendeu foi o gigantesco Nick Simmons, filho de Gene Simmons. Acabou sendo nosso prêmio de consolação.

Não sou tão baixo, tenho 1,76m. Mas pareci pequeno demais ao lado de Nick Simmons

Os seguranças faziam esquemas mirabolantes para que nem ao menos víssemos a banda, posicionando duas vans de modo que tapassem qualquer visão que poderíamos ter dos músicos saindo do hotel como, por exemplo, para jantar. Dias depois, uma amiga, que também é amiga de um dos seguranças, me chamou no Messenger: 

- Você sabe porque ninguém conseguiu nada com o Kiss, certo?

- Sim, por causa da Anebelle.

- Exato. O segurança me falou que todas as vezes que ela aparecer ninguém conseguirá nada.

Juro que eu penso todos os dias em gastar minha condição de réu primário com ela. Não vou fazer nada, claro, mas que penso nisso, penso, o tempo todo! Não é possível que na lei brasileira não haja um dispositivo sequer para manter dementes como ela trancados. Uma pessoa infeliz que aparece apenas para atrapalhar, que fala absurdos na frente de qualquer um, sempre aos berros, e nunca acontece nada com ela. Depois, se apanhar de alguém, quem bater é que estará errado perante à lei.

Se acha que estou exagerando, apenas veja os vídeos abaixo quando, em 2017, tentou humilhar o Guido. Eu nem estava nesse corre, estava em Curitiba para conseguir uma foto com o Alice Cooper. A propósito, ela tem quase 50 anos, não trabalha nem exerce qualquer atividade remunerada, é sustentada pela mãe, e como se não bastasse, ainda mentiu no cadastro do governo, alegando morar sozinha para receber auxílio emergencial - e até conseguiu receber algumas parcelas no primeiro ano da pandemia. Chamava esse dinheiro de "poupança Rock in Rio".


Não retornei no dia seguinte, nem valeria a pena. A banda saiu rumo ao Peru sem atender ninguém. Ok, o Kiss é uma banda chata, sempre foi, nada muda isso. Há um vídeo do Paul Stanley no Peru, e não foi muito diferente do que vimos aqui. Mas aqui sempre teremos o peso de ter uma demente à espreita. E que é incapaz de dizer 5 músicas do Kiss sequer.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Timo Tolkki

Timo Tolkki foi, no passado, um dos meus heróis. Stratovarius, para quem não sabe, está no meu top 3 de bandas prediletas, junto com Blind Guardian e Within Temptation - Iron Maiden não conta pois não é banda, é religião. A relevância que ele tinha na década de 1990 era absurda. Quando comecei a acessar a internet, discada, via modem 33.600, a internet não era o lugar amigável que é hoje. Não tinha Facebook e nem ao menos Orkut - as redes sociais surgiram apenas em 2004.

Na minha primeira experiência online, um amigo jogou-me em uma sala de bate-papo do UOL. Durante seis meses, foi basicamente o que fiz. Entrava todas as noites e madrugadas para papear e dar uma xavecada na mulherada. Época difícil, pois quase ninguém tinha fotos. Algo que lembro bem é que, em cada sala de bate-papo que eu entrava, havia pelo menos uns três Timo Tolkkis, ou seja, pessoas que utilizavam o nome dele como nickname. Os fãs da época o endeusavam absurdamente. Como esse gênio musical conseguiu sair dessa posição confortável para o quase ostracismo não é um mistério.

Em dezembro de 2003, Timo anunciou as saídas de Timo Kotipelto e Jörg Michael. No mês seguinte, anunciou que a banda continuaria com uma nova formação, incluindo uma mulher nos vocais, Miss K. Felizmente nada disso se confirmou e ele anunciou o fim do Stratovarius, mas na real, quem acabou saindo da banda foi ele, alengando estar mais interessado em novos projetos, como o Revolution Renaissance.

A nova banda não emplacou e ele tentou novamente como o Symfonia. Nem mesmo a presença de André Matos conseguiu salvar a banda, que tocou para as moscas em um Blackmore Bar absolutamente vazio. Depois Timo tentou emplacar um novo projeto, Timo Tolkki's Avalon, que apesar das presenças ilustres de convidados como Michael Kiske, Elize Ryd, James Labrie, Floor Jansen, Anneke van Giersbergen, Sharon den Adel, e até mesmo o brasileiro Raphael Mendes, conhecido por ter um timbre de voz muito parecido com o de Bruce Dickinson, mais uma vez Timo não conseguiu voltar ao topo.

Timo e Dominika, quando eram casados

Paralelamente, as palhaçadas em sua vida pessoal se multiplicavam. Em diversas ocasiões postou mensagens no Facebook em tom suicida, sem contar as polêmicas com sua agora ex esposa Dominika Gottová. Dominika é filha de Petr Macháček, um dos maiores cantores de todos os tempos da República Tcheca, alguém comparável ao que o Roberto Carlos representa no Brasil. Quando Petr adoeceu, Dominika, que vivia com Tolkki na Finlândia, retornou à República Tcheca para cuidar do pai. Timo aproveitou a ausência para ter um caso, não se importando em ser fotografado com o novo affair. As fotos chegaram à Dominika, que pediu o divórcio imediatamente. Até aí tudo ok, acontece todos os dias milhares de vezes no mundo todo. Petr, porém, faleceu em 2012, depois do divórcio, deixando para Dominika uma fortuna estimada em 66 milhões de euros. Timo e Dominika não estavam mais casados, mas ainda assim por algum motivo, ele se achou no direito de receber a metade desse valor. Muitas vezes ele vai à República Tcheca apenas para perturbar Dominika. É algo tão absurdo que repórteres e fotógrafos de tablóides já o esperam no aeroporto, pois sabem que ele chega pra causar.

Conheço essa historia pois tenho uma amiga que mora lá. Helen foi a responsável pela tradução do livro de Timo Tolkki para português. Eu enviei uma mensagem no Facebook dela em 2012, apenas cumprimentando-a pela tradução, mas acabamos nos tornando amigos. Nos encontramos duas vezes, uma em 2013 quando ela veio com uma comitiva do governo tcheco ao Brasil e em 2018, quando estive na República Tcheca apenas para almoçar com ela.

Timo, agora reduzido a "Gordinho Maluquinho", negociou em janeiro de 2022 a vinda de sua banda ao Brasil, com Marcos, da Dark Dimensions. Marcos ofereceu 500 dólares, alegando que um show dele não atrairia mais do que 80 pagantes. Timo sentiu-se ofendido, garantindo ser capaz de levar 2000 pessoas a um show em São Paulo. Será?! Jogando a merda no ventilador, expôs a situação em seu perfil no Facebook e bloqueou Marcos. Acabou vindo em abril sem produtora, em um acerto direto com o Manifesto Bar, e sem banda (somente ele com músicos locais). E ainda teve confusão com os músicos que contatou para o show.

Quem foi ao show diz que tinha 100 pessoas e olhe lá... Mas o maior indicador da popularidade de Timo é que ele divulgou o horário da chegada de seu voo a São Paulo, mas apenas três pessoas se dispuseram a prestigiar sua chegada ao país: eu, Carlos e Marcio. Todos estaríamos de qualquer jeito, mesmo que ele não tivesse divulgado.

Ao menos foi super gente boa. Três pessoas foram busca-lo no aeroporto. Ele as cumprimentou e disse "Vou ali falar com meus amigos e já volto". Tirou fotos, distribuiu autógrafos em todos os itens que levamos, e disse que lembrava de Carlos e de mim, mas não de Marcio. O encontrei duas vezes em 2009 e outras duas em 2011 - em sua até então última vinda ao Brasil - além dele ser meu amigo no Facebook. Nos despedimos e fomos embora, tomamos o ônibus para a estação de trem. 

Ao passar o bilhete único, Marcio estava sem saldo. Tentou carrega-lo com dois cartões, mas ambos foram recusados, também por falta de saldo. Carlos acabou pagando a passagem dele. Eu o teria deixado lá. Ele é legal, mas "faz broadcast", e como sempre acabou falando o que não deveria no corre do Kiss, no mês seguinte. Mas essa é outra história...

Timo é meio doido, mas é um cara legal

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Tarja

A última vez que tirei uma foto com a Tarja foi em 2012. Nos anos seguintes a vi diversas vezes, mas em quase todas levei naba. Em uma das ocasiões ela ofereceu a possibilidade de tirar uma porcaria de uma foto coletiva da qual, é claro, recusei-me a participar. Na última vez, em 2018, era final da madrugada quando eu, Arianne e mais seis fãs a vimos sair do hotel, mas ela recusou-se a tirar fotos. No entanto, chegou em Belo Horizonte e tirou fotos sem problemas com os fãs que a aguardavam no aeroporto. Eu a acho chata. Como será que estaria quando voltasse a fazer shows, pós pandemia?

Para nossa sorte (?), o primeiro show da turnê era em Limeira e o segundo em São Paulo. O humor dela não estaria afetado pela má atitude de outros fãs em outras cidades. Pelo contrário: ela postou um vídeo já no avião, anunciando que estava vindo ao Brasil, e parecia animada. Restava saber se seria ou não pandêmica. Fizemos um esforço extra para vê-la, já que seu vôo chegaria às 04:55hs, ou seja, teríamos que passar a noite no aeroporto, já que não havia outra maneira de chegar, exceto pelos caríssimos táxis, Ubers, 99 etc.

Combinei com a Jess e fomos, acompanhados pela namorada dela, Carla. Pegamos o trem expresso da meia noite na Luz. Sabíamos que haveria outros fãs no aeroporto, com certeza a galera de sempre, mas não combinamos ou assuntamos com mais ninguém. Tão logo chegamos, já encontramos Hanna e Guilherme. Mais próximo da hora do pouso, encontramos Kléber, Letícia e Allan. Todos figurinhas carimbadas de corre da Tarja. A Carla era a única novidade - e mesmo assim foi porque namorava a Jess, não porque é fã de Tarja.

Quando Tarja enfim passou pelo portão de desembarque, continuou em frente rumo às conexões. Fez alguns gestos estranhos - na hora não entendi nada, mas depois descobri que o Renatão da Top Link a esperava um pouco mais à frente, já gravando um vídeo, que ela utilizou no Instagram para promover a turnê.

Todos nos aproximamos, mas mantivemos a distância necessária e o bom corportamento, enquanto ela conversava com o Renatão. Quando, enfim, finalizaram a conversa e caminharam para o carro que já a esperava, nos aproximamos. Foi aí que as coisas começaram a dar errado: Renatão nos disse que ela estava com medo de pegar COVID, e pediu para colocarmos as máscaras, que não são obrigatórias em São Paulo em ambientes externos e internos. Contrariado, coloquei, mas não gostei nada disso. Os autógrafos rolaram numa boa, ela autografou tudo o que levamos sem chiar, mas não queria tirar fotos. 

Renatão sugeriu que tirássemos uma foto coletiva. Geralmente eu não participo de uma patifaria dessas, mas como fiquei de pegar autógrafos para dois amigos, era melhor participar.

Kleber foi o único que não aceitou participar de uma patifaria dessas, mas ele pode ser visto ao fundo conversando

Jess ficou especialmente indignada, disse que mais tarde iria ao hotel para conseguir uma foto "decente". Mesmo que fosse uma foto pandêmica, ao menos seria uma foto somente ela e Tarja. Eu a aconselhei a não ir, mas vocês sabem como é a Jess. Eu, ela e Carla tomamos o trem expresso das 06hs e nos separamos na Barra Funda. Fui para casa, mas a coitada da Carla ainda teria que trabalhar o dia todo, e Jess foi leva-la ao serviço. 

Quando cheguei em casa, vi que a Tarja postou uma foto da janela do hotel, o que me fez ter a certeza que ela estava no Gran Estamplaza da rua Arizona. Um pouco mais tarde, ainda fui ao CT do Palmeiras conseguir algumas assinaturas. Só depois disso dormi um pouco. Quando acordei, me enviaram o vídeo que o Renatão fez no aeroporto - e eu apareço no final.

Jess enviou uma mensagem dizendo que a Tarja foi na Kiss FM. Geralmente eu saberia disso, mas estava cansado demais para saber. É claro que Tarja, que morre de medo de pegar vírus, não se importou nem um pouco em tirar a máscara na Kiss. Nós podemos passar vírus para ela, mas os locutores e outros funcionários da rádio não, pois são imunes. Hipócrita do caralho, como qualquer pandeminion!


Enquanto o metal raíz, representado pelo Exciter - tira fotos sem máscara numa boa, no metal Nutella querem te obrigar a usar máscara mesmo sem ser obrigatório pelos governos locais. Agora entendo porque o Tuomas a demitiu do Nightwish, eu faria a mesma coisa se fosse chefe dessa pandêmica hipócrita.

Jess contou que sete fãs foram ao hotel e levaram naba. Tem coisas que nunca mudam, a chatisse da Tarja é uma delas!

A bem da verdade, se você completou a vacinação e continua usando máscara, você é um imbecil. Se vacinou por que, se não confia na vacina?


É claro, também, que Paulo Baron e o Rafael Bittencourt são imunes ao vírus. Somente os fãs podem transmiti-lo.

terça-feira, 12 de abril de 2022

Nogy (Canal 90)

Agora que conheço o esquema de alguns dos principais podcasts de São Paulo, de vez em quando me da vontade de fazer corres que normalmente eu não faria. O Podpah é relativamente próximo de casa. Geralmente vou de ônibus, mas na primeira vez que fui estava sem grana, então retornei para casa a pé, foi uns 45 minutos de caminhada.

Sempre assisti aos vídeos do Canal 90, canal do Youtube apresentado por Nogy, que é totalmente voltado à nostalgia dos anos 90. Nogy iria no Podpah. Por que não?! Ninguém quis me acompanhar, fui sozinho. Tiraria uma selfie e estaria tudo certo.

Quando cheguei, monitorei o movimento de quem entra pela porta da frente, mas também estava esperto com os carros que entravam na garagem. O movimento era pouco, pois o horário comercial já havia acabado. Um carro me chamou bastante a atenção, pois o passageiro desceu e perguntou para mim onde era a garagem. Indiquei, mas observei que o motorista provavelmente era o Nogy, então segui o carro até a garagem. Os dois, mais uma mulher - que mais tarde descobri tratar-se da esposa do Nogy, desembarcaram e foram fazer o acerto com o funcionário do estacionamento.

Me mantive à distancia, apenas observando. Quando passassem por mim, faria a abordagem. Já liguei a câmera, deixei tudo certo. O que eu não contava é que Nogy retornaria ao carro para estacionar. Aproveitei para me aproximar e falei novamente com o passageiro que me pediu informação. Confirmado que era mesmo o Nogy, anunciei o motivo de estar ali: tentar conseguir uma foto com ele. Todos foram extremanente simpáticos.

Nogy, entretanto, foi reconhecido por alguém quando retornava e ficou parado por um ou dois minutos conversando. Exatamente no momento em que retornou, a catástrofe: a câmera indicou que a bateria acabou. Fiz a abordagem, ele foi simpático, mas expliquei que estava sem celular e a bateria da câmera acabou. Ele respondeu que nao teria problema, pois tiraria uma selfie de seu celular e postaria nos stories no Instagram. Perguntou se eu tinha usuário no Instagram, pois assim ele me marcaria. Respondi que sim, "bandaseviagens", ele disse que faria a postagem imediatamente. Retornei para casa com o cu na mão de que ele não postasse a foto, mas postou. Que vergonha, mas foi assim que aconteceu. Nogy é gente finíssima!

Molchat Doma

Eu estava sossegado em casa, navegando na internet, quando Maria Cláudia perguntou se eu faria o corre do Molchat Doma. Ela,como já mencionei em outros textos, parece uma enciclopédia ambulante de rock, principalmente no que se refere a bandas estranhas. Respondi:

- Que desgraça é essa?!

- Uma banda da Bielorússia.

Fala sério! Eu nem sabia que na Bielorússia tinha banda, e ela já estava me chamando para o corre. Imediatamente procurei pelo som no Youtube e detestei o que ouvi. Não fosse Maria Cláudia perguntando, minha resposta seria "não" automaticamente. Foi ela, porém, quem me ensinou a fazer corre de bandas pequenas, e costumo ser uma pessoa grata, então aceitei, pois parecia ser a típica banda em que somente ela estaria interessada. Assim como no caso do Soen, eu iria apenas para ajuda-la.

No Chile, onde a banda apresentou-se antes de vir a São Paulo, foi fácil - "en Santiago es siempre mas facil". Eduardo e outros amigos chilenos conseguiram de boa.



O show em São Paulo foi em um domingo. Na segunda feira, quando a banda deixaria o país, combinei com Maria Cláudia que iríamos cedo ao aeroporto para conseguir fotos com os integrantes logo que fizessem o check-in na companhia aérea. Acordei cedo e fui, pois o horário de nosso encontro era às 08:30hs. Como eu estava sem celular, não havia como se comunicar após o momento em que saí de casa. O próximo show da banda seria em Hollywood, ou seja, os músicos teriam que voar para Los Angeles. Desde o início da pandemia de COVID-19, Sâo Paulo não oferecia mais voo direto para lá. Carlos não participou do corre diretamente mas ajudou a prever que o voo mais provável seria o Aeromexico com destino à Cidade do México.

Os minutos se passavam às dezenas e nada de Maria Cláudia chegar. Sentei na base de uma das pilastras internas do terminal, exatamente em frente ao check-in C e passei a monitorar a fila do check-in da Aeromexico. Vi quando uma passageira, ao empurrar seu carrinho de bagagem, deixou diversas malas cair ao chão e teve que recolher uma a uma. De repente, percebi que havia passageiros com cases de instrumentos, e consegui ler "Molchat Doma" neles. Fudeu, os caras estavam lá e nada da Maria Cláudia. Pior: eu não estudei esse corre, nem tinha uma foto dos caras para comparar, não tinha como acessar a internet para conferir a aparência deles. Eu sabia que estavam todos ali, roadies e banda, mas não sabia quem era quem. Esperava que Maria Cláudia estivesse comigo para isso, mas não estava. Embora tenha feito esse corre somente para ajudar, é claro que tiraria fotos com a banda também. É péssimo chegar em casa sem foto alguma, ainda que para mim fossem apenas "figurinhas novas".

Percebi quando um dos músicos - o único que eu fui capaz de recordar a fisionomia - afastou-se do grupo e caminhou aparentemente para o fumódromo. Fui atrás. Lá, identifiquei-me como fã. Ele estava de máscara - sabe-se lá porque, já que estava fumando - mas não se importou em abaixa-la para uma foto, que foi tirada por um dos roadies que o acompanhou. Agradeci e retornei para onde estava.

Egor Shkutko é o vocalista da desgraça biolorussa, ops, do Molchat Doma

Desta vez de pé, fiquei observando enquanto roadies e banda faziam o check-in, enquanto conversava com um daqueles motoristas corporativos que buscam e levam pessoas ao aeroporto o tempo todo. Ele que veio falar comigo, pois me observou e estava curioso quanto a quem seriam "os famosos". Também disse que aquela passageira que derrubou as malas pouco antes era Jade Picon, ex BBB. Eu não faria o corre dela de jeito nenhum, mas já que estava ali, por que não?! Infelizmente, assim que ele disse quem ela era a vi, à distância, passar pelo portão de embarque.

Fiquei por perto até todos - banda e roadies - terminarem o check-in e seguirem para a sala para despacho de bagagens com dimensões especiais - o que inclui guitarras e outros innstrumentos musicais. Foi aí que abandonei o corre e retornei para casa. Ao chegar, Maria Claudia disse que seu ônibus se envolveu em um acidente - nada muito sério, mas teve que ficar parado, o que a impediu de chegar a tempo. De acordo com ela, chegou dez minutos depois que desisti. Provavelmente a banda já teria embarcado.

Avisei Isaac, um amigo mexicano que também faz corres, que vi a banda embarcando no voo da Aeromexico. Ele agradeceu, fez o corre e conseguiu fotos com todos após algumas horas. Ele enviou um vídeo da banda chegando ao México. Comunicação com hunters estrangeiros, cooperação internacional é sempre genial.