Os integrantes do Kiss estavam com aquela palhaçada de ficar atrás de uma proteção acrílica no meet & greet pago (e muito bem pago, 750 dólares) enquanto tiravam fotos com os fãs. Será que seriam pandêmicos como ̶a̶q̶u̶e̶l̶a̶ ̶m̶e̶r̶d̶a̶ ̶d̶a̶q̶u̶e̶la Tarja, ou como os̶ ̶b̶u̶n̶d̶a̶-̶m̶o̶l̶e̶ ̶d̶o̶ A-ha, que no começo de 2022 só tiraram fotos de máscara no Chile?! Se fossem, provavelmente nem valeria fazer o corre. Eu tinha que saber como se comportariam nos aeroportos e hotéis dos outros países para decidir o que fazer. Já no começo da turnê sul-americana percebi que seria de boa, ao menos nesse quesito.
Tommy Thayer tirava fotos sem máscara numa boa. Gene parecia pandêmico, está de máscara na maioria das fotos, mas chegou a abaixa-la para tirar foto com Diego, no Chile. Paul Stanley atendeu seis pessoas no hotel de Porto Alegre, mas não consegui determinar se rolou apenas autógrafos ou foto também. Apenas Eric Singer ainda não havia dado o ar de sua graça.
O Kiss hospedou-se em Porto Alegre, com relatos que batiam completamente ao que vimos na América do Sul e ao que ouvimos dos hunters sul-americanos. Impossível não era. Mas claro, aqui é São Paulo, está cheio de demente, desde os imbecis que postam o hotel em fan page com milhares de pessoas até a pior de todas, Anebelle. Gostaria de saber qual é o prazer que se tem ao divulgar o hotel. Kiss já é um corre naturalmente difícil. Com esse tipo de "ajuda" fica muito mais complicado. Ok, todos somos fãs (exceto Anebelle, que não sabe dizer cinco músicas do Kiss, mas vai para causar do mesmo jeito), todos temos o direito de tentar. Sou o primeiro a concordar com isso. Mas assim?! De mão beijada?! Só perguntar que alguém responde?! Triste! Eu "rezava" para o Kiss não ficar no mesmo hotel de sempre, seria a única chance que teríamos depois dessa demonstração rara de inteligência.
Após o show em Porto Alegre, o Kiss manteve-se na cidade, não seguiu para Curitiba. Seria base POA? Se fosse, fudeu, o corre terminaria aqui. Vimos uma foto de Paul Stanley em um local que poderia ser uma adega, um restaurante, não sei, mas ele não usava máscara. Ou seja, somente os trouxas que pagaram meet & greet viam a versão pandêmica dos músicos, que pagavam de bons moços ao demonstrar preocupação com o vírus. No mundo real a banda estava cagando para o COVID, assim como tem que ser. Afinal, estão todos vacinados. Vacinaram-se por que, se não confiam na vacina?!
No dia do show em Curitiba, a banda voou poucas horas antes de subir ao palco. Minha intuição dizia que deveria passar a madrugada em frente ao Emiliano, pois seria como foi em 2015, quando voaram imediatamente após o show de Brasília para São Paulo. Para testar essa hipótese, chamei Marcelo Zava e Carlos. Diferentemente de 2015, porém, mais gente teve a mesma ideia. Éramos cerca de 12 pessoas, um número absurdo para quem deseja conseguir uma foto com Paul Stanley. Menos mal que não havia nem sinal de Anebelle.
Pouco antes da banda chegar, por volta de 02:00hs, um segurança veio falar conosco, perguntou se estávamos esperando pelo Kiss, e avisou que a banda não atenderia, pois vieram direto mesmo, sem ao menos retirar a maquiagem. Isso confirmou-se quando, logo depois, as vans chegaram, com os músicos de roupão e toalhas na cabeça, era evidente que não atenderiam. O "boi de piranha" Thommy Thayer era o único vestido e sem maquiagem, então atravessou a rua e veio falar conosco. Mas ficou de ̶n̶u̶t̶e̶l̶i̶s̶s̶e̶ ao dizer que apenas autografaria, não tiraria fotos.
Se com doze fãs já estava assim, imagina no dia seguinte e nos próximos, quando haveria dezenas + Anebelle... Eu nunca consegui uma foto boa com esse cara, e pelo visto não conseguirei. Sempre com alguma desculpinha. Em 2012 "ui, não quero tirar foto porque estou preocupado com uma bagagem extraviada". Em 2015 poderia parar um mísero segundo para tirar uma foto, mas tive que tira-la caminhando ao seu lado. FOTASSA! Agora em 2022, apenas autografou o álbum "Monster!" que levei.
Meses antes do corre começar, eu e Carlos discutimos a possibilidade da banda ficar em São Paulo e não se hospedar em Ribeirão Preto. Thayer, enquanto esteve conosco, disse algo que praticamente confirmou nossas suspeitas: "Vou ficar muitos dias nesta cidade".
Fomos dormir e retornamos no início da tarde. Como previsto, a frente do hotel estava tomada por fãs, que provavelmente viram o post na fan page, ou já sabiam qual era o hotel pelo fato da banda ficar lá todas as vezes anteriores. Eram literalmente dezenas, talvez até centenas, um mais imbecil que o outro.
Quando algum integrante, como o próprio Tommy Thayer, dispunha-se a atender, não sabiam comportar-se como gente. Simplesmente incapazes de formar uma fila ou de ser minimamente organizados, avançavam, cercavam, um querendo passar por cima do outro, ser mais esperto que o outro. Resultado: o cara parava de atender e quase todos não conseguiam nada. Leo estava no corre apenas por Tommy, que era o único cara do Kiss com quem ele ainda não tinha foto. Tirei a foto de Leo com Tommy, pois ele o chamou após uma "chorada", mas não consegui a minha. Paciência.
Durante a tarde, Paul Stanley bem que tentou atender, mas aconteceu o que descrevi acima, ele desistiu e entrou na van. Anebelle e Fernando seguiram de táxi. Japonês tentou seguir de carro, mas o farol fechou e ele perdeu a van de vista. Leo e Zava me chamaram para dar uma volta a pé: há diversas lojas e restaurantes por perto, quem sabe víssemos alguma coisa, mas preferi ficar onde estava, assim como Carlos.
Quando retornou, Leo disse que andaram duas quadras na própria Oscar Freire, quando avistaram uma van parada em frente a uma joalheria. Ao aproximar-se, viram um dos seguranças que acompanhava Paul Stanley dentro da loja. Um pouco mais a frente, Anebelle e Fernando estavam meio escondidos. Anebelle ficou furiosa ao ve-los e já começou a berrar ali mesmo, dizendo que ela e Fernando tentariam primeiro porque chegaram primeiro. Como se ela respeitasse esse conceito quando é ela quem chega por último, né não?! 😂
Em 2015, Fernando fez algo inacreditável e absurdamente caro: hospedou-se no Emiliano com o objetivo de conhecer um de seus maiores ídolos, Paul Stanley. Naquela noite, houve também o show de Paula Toller. Ele saiu, assistiu ao show dela, retornou ao hotel, e descobriu que Paul Stanley atendeu justamente enquanto esteve fora. Fernando, como Stanley, tem microtia, uma deformidade congênita na orelha. Ao perceber Paul Stanley saindo da joalheria, fez um berreiro inacreditável. Stanley, porém, não atendeu, retornando ao hotel.
Ao chegar, mais uma vez tentou atender, mas mais uma vez os imbecis avançaram em cima dele e todos se ferraram - ou quase todos. No meio da multidão, Paul Stanley avistou Fernando, que retornou correndo ao hotel, e o chamou. Anebelle, é claro, tentou acompanha-lo, mas foi barrada pelos seguranças que a conhecem muito bem. O diálogo foi mais ou menos assim:
- Você não vai, só ele foi chamado.
- Mas eu estou com ele, vou tirar a foto dele.
- Pode deixar que outra pessoa tira.
- Mas... Mas...
- PODE PARAR! JÁ CHEGA! JÁ CHEGA! (berrando)
Anebelle teve que assistir Paul Stanley tirar um fotão com Fernando, sem poder fazer nada. Quando o músico entrou e Fernando aproximou-se dela, a louca descontrolada fez um dos maiores berreiros que se tem notícia da história dos corres. Berrava coisas como "se eu não conseguir uma foto com Paul Stanley você vai apagar a sua!" 😆 Até parece, nem mesmo Fernando faria tamanha burrice, afinal é uma foto difícil, que beira o impossível. Meses antes, ambos fizeram reserva para usar o bar do hotel, mas após conseguir a foto Fernando recusou-se a acompanha-la. Todos os seguranças viram que ele conseguiu e agora estavam vendo-a berrar descontroladamente, é claro que dariam um jeito de impedi-los de entrar.
Desesperada, pois percebeu que não haveria ninguém para tirar a foto dela, caso Paul Stanley atendesse, Anebelle continuou a berrar na frente de todo mundo, cada vez mais descontrolada: "Acabou a amizade, bem que minha mãe disse pra eu não andar com esse gay!". Fernando tentava acalma-la, mas ela berrava ainda mais: "Tira a mão de mim! Não somos mais amigos! Bem que minha mãe avisou pra eu não andar com esse gay!".
Que diabos! Nem mesmo racismo ou homofobia são capazes de deter a loucura dela. No corre do Wezzer, saiu de hotel gritando palavras racistas para um segurança negro que a impediu de abordar a banda - eu não estava na ocasião, há muitas testemunhas, porém nada aconteceu. Agora, berrou esse absurdo na frente de todo mundo e mais uma vez nada aconteceu. Marcelo Zava, inclusive, gravou o áudio, ou ao menos o recebeu em seu celular. Ouvimos dezenas de vezes em frente ao hotel, inclusive debaixo de chuva, pois esse foi um dia muito chuvoso.
Mais tarde, toda a banda saiu para jantar. Japonês, acompanhado de Eric, Estéfano e Eliana, seguiu a van até o restaurante, Anebelle e Fernando também - sim, meia hora depois já estavam amigos novamente. Zava foi com eles. A banda não atendeu. Foi tudo o que aconteceu nesse dia.
No dia seguinte, conversei com Zava. Primeiro ele disse que apagou a gravação. Depois disse que na verdade não foi ele quem gravou, que apenas passaram para ele, e que a pessoa ficaria puta se a gravação se espalhasse. Decidi que a partir de agora não faremos mais corres juntos, é cada um por si. Ele está amigo demais da Anebelle pro meu gosto. É por isso que essa louca continua indo aos corres. Apronta, apronta, apronta, e sempre tem quem converse com ela, quem lhe faça companhia. Ela tem que se sentir isolada, odiada. Se Zava, que não tem foto com nenhum integrante do Kiss, não entende que perdeu a chance de tirar fotos por causa dela, só lamento. Simplesmente não serve mais para fazer corres comigo. Que faça os próximos com ela.
Ele, assim como ela e boa parte da galera que estava na sexta, retornou no sábado e no domingo, mas nada conseguiu. Tommy Thayer até tirava uma foto ou outra de vez em quando, mas só. O resto da banda parou de tentar atender e muitos fingem não saber porquê. Eu não apareci esses dias, principalmente por saber que o hotel estaria lotado com os mesmos seres que estavam na sexta feira.
Caso eu e Carlos estivéssemos corretos, a banda ainda estaria aqui na segunda feira, quando a maioria dos fãs pensaria que já foi embora. Ou não... Quando esse cenário perfeito começava a se desenhar, chegou a informação de que Marcio - que foi ao meet & greet tirar foto com plástico - estava dizendo para todo mundo no hotel que achava que a banda retornaria para São Paulo após o show em Ribeirão Preto. Embora fosse uma suposição, é apenas Marcio sendo Marcio, broadcast do caralho! Realmente eu e Carlos deveríamos te-lo deixado no aeroporto quando estava sem dinheiro para retornar após o corre do Timo Tolkki. Ele não retornou ao hotel na segunda feira, mas plantou a pulguinha da dúvida em alguns fãs e, principalmente, em Anebelle, que certamente passaria por lá para confirmar ou não sua suposição. Ela seria incapaz de pensar nisso sozinha.
Na segunda feira, passamos o dia todo na frente do hotel. Apenas 15 pessoas, pessoal de boa, bacana, comportado. Anebelle estava do outro lado da rua apenas na espreita. Diz a lenda que o hotel registrou um B.O. contra ela, mas não sou capaz de confirmar esta informação. Outras pessoas diziam que ela estava lá apenas para fazer um escândalo caso Paul Stanley atendesse, impedindo assim qualquer chance de outras pessoas conseguirem. Aconteceu o que sempre acontece: as meninas do corre dizendo que a pegariam na porrada caso ela atrapalhasse, mas infelizmente, como todas as outras, falaram e nada fizeram.
Cheguei ao hotel por volta de meio dia. Estava mais preocupado em conseguir assinaturas do Ross Halfin. Neste dia, confesso, abusei dele. Levei 5 fotos para autografar, duas para mim, 3 para um amigo. É muito, mas fui um dos pouquíssimos que queria falar com ele, os fãs de Kiss nem ligaram. Ross pareceu visivelmente incomodado ao assina-las, tanto que assinou apenas 4. Só ler qualquer outro relato meu, não sou de abusar, mas nesse dia foi necessário. Na última foto, para meu espanto, ele escreveu HELP! Seria bom humor ou literalmente uma mensagem para o segurança que o acompanhava?!
Foi a segunda vez que encontrei Ross Halfin, fotógrafo de bandas gigantes, como Iron Maiden, Foo Fighters, Kiss e muitas outras |
Tommy Thayer saiu logo cedo para jogar golfe. Quando retornou, veio falar conosco, mas mais uma vez estava de n̶u̶t̶e̶l̶i̶s̶s̶e̶. Embora todos estivessem de boa e comportados, recusou-se a tirar fotos, apenas me dando um cumprimento pandêmico, aquele de soquinho.
Nesse dia, o único que realmente atendeu foi o gigantesco Nick Simmons, filho de Gene Simmons. Acabou sendo nosso prêmio de consolação.
Não sou tão baixo, tenho 1,76m. Mas pareci pequeno demais ao lado de Nick Simmons |
Os seguranças faziam esquemas mirabolantes para que nem ao menos víssemos a banda, posicionando duas vans de modo que tapassem qualquer visão que poderíamos ter dos músicos saindo do hotel como, por exemplo, para jantar. Dias depois, uma amiga, que também é amiga de um dos seguranças, me chamou no Messenger:
- Você sabe porque ninguém conseguiu nada com o Kiss, certo?
- Sim, por causa da Anebelle.
- Exato. O segurança me falou que todas as vezes que ela aparecer ninguém conseguirá nada.
Juro que eu penso todos os dias em gastar minha condição de réu primário com ela. Não vou fazer nada, claro, mas que penso nisso, penso, o tempo todo! Não é possível que na lei brasileira não haja um dispositivo sequer para manter dementes como ela trancados. Uma pessoa infeliz que aparece apenas para atrapalhar, que fala absurdos na frente de qualquer um, sempre aos berros, e nunca acontece nada com ela. Depois, se apanhar de alguém, quem bater é que estará errado perante à lei.
Se acha que estou exagerando, apenas veja os vídeos abaixo quando, em 2017, tentou humilhar o Guido. Eu nem estava nesse corre, estava em Curitiba para conseguir uma foto com o Alice Cooper. A propósito, ela tem quase 50 anos, não trabalha nem exerce qualquer atividade remunerada, é sustentada pela mãe, e como se não bastasse, ainda mentiu no cadastro do governo, alegando morar sozinha para receber auxílio emergencial - e até conseguiu receber algumas parcelas no primeiro ano da pandemia. Chamava esse dinheiro de "poupança Rock in Rio".
Não retornei no dia seguinte, nem valeria a pena. A banda saiu rumo ao Peru sem atender ninguém. Ok, o Kiss é uma banda chata, sempre foi, nada muda isso. Há um vídeo do Paul Stanley no Peru, e não foi muito diferente do que vimos aqui. Mas aqui sempre teremos o peso de ter uma demente à espreita. E que é incapaz de dizer 5 músicas do Kiss sequer.
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