sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Blaze Bayley

O show de Blaze Bayley no Aquarius Rock Bar estava absurdamente barato: 20,00 a pista promocional antecipada, 40,00 a pista inteira lote 1, por isso decidi conferir. De tarde fui ao local, onde encontrei com Kevin e Arthur, pois planejávamos encontrar Blaze quando ele chegasse para passar o som.

Foi uma aventura: desci na estação Dom Bosco, onde tomei um ônibus e fui acompanhando pelo GPS. O problema é que o sinal da operadora era fraco nessa região da cidade, o GPS travou, então passei do ponto onde teria que descer, o que me obrigou a caminhar um ou dois quilômetros. Até aí tudo bem, o problema seria mais tarde, quando Sheila teria que passar pelo mesmo para me encontrar. Por isso, mandei SMS (na época whatsapp não era popular) recomendando que ela tomasse um táxi quando chegasse em Dom Bosco (Uber, 99 e Cabify não existiam).

Depois de sair do trabalho, ao chegar na estação, ela tentou achar um táxi. Mais de meia hora se passou até que conseguisse - e recebi vários SMS "xingando" nesse intervalo. Houve um momento em que mandou uma mensagem dizendo "estou perto, o táxi deve virar na próxima rua". De fato um táxi passou por nós, mas seguiu em frente. Mandei mensagem "você passou, peça para o motorista fazer a volta", ela respondeu "mas eu não te vi". Já estava escuro e estávamos em frente ao portão do local, que é negro. Na segunda tentativa, ela conseguiu nos encontrar.

Nosso plano não deu certo, pois Blaze já estava dentro do Aquarius há muito tempo. Quando a casa abriu, logo percebemos que os integrantes da formação acústica - Thomas Zwijsen e Anne Bakker - estavam no meio da galera, então já tiramos as fotos com eles. Se encontrássemos Blaze faríamos o mesmo, mas ele não deu as caras. 

Anne Bakker
Thomas Zwijsen

Já se passava da meia noite e nada de Blaze subir no palco. Irritada, Sheila localizou o produtor para reclamar, que justificou dizendo que esperava o local lotar um pouco mais, porque o número de pessoas estava longe de corresponder ao número de ingressos vendidos. Seja como for, é um desrespeito comum nos shows de metal nacionais. Começa a hora que quiser e dane-se se o público não tiver como retornar para casa e tiver que passar a madrugada na rua. Felizmente, nós tínhamos, pois Kevin nos levaria.

Essa reclamação teve um lado bom: foi dessa maneira que conhecemos Silvio, o dono da Open The Road, que sempre foi gente boa com os fãs. Isso me interessa bem mais do que shows que comecem no horário, embora admita que o ideal seria se começassem.

Após o show, lá pelas duas e pouco da manhã, a paciência de Sheila já estava no limite, por isso achei melhor desistir de entrar na fila para tirar foto com o Blaze. Apesar disso, foi uma experiência divertida - ao menos para mim - mas ainda assim cheguei à conclusão que não valeria assistir outro show nesse local, pois é muito longe, muito fora de mão, não adiantava nada economizar no ingresso e gastar em táxi.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Stevie Wonder

Logo após o corre do Kreator, era a vez de Stevie Wonder, que se apresentaria no Circuito Banco do Brasil, no Campo de Marte. Eu e Sheila retornamos do aeroporto e nos encontramos com Marcelo Zava. O problema é que combinamos dar uma passada no Fasano e no Emiliano, para ver a movimentação, mas quando chegamos, Marcelo quis ir ao Tivoli. Assim, do nada, sem mais nem menos. Não entendi muito bem o porquê, ele disse que era uma intuição muito forte.

Ele estacionou o carro na rua de trás, e enquanto caminhávamos para o hotel, a doida da Annebelle saiu esbaforida de um estacionamento, sem nem ao menos perceber que estávamos logo atrás dela. Eu achava aquela estória muito estranha. Como assim, o Zava desiste de ir aos hotéis que combinamos, e do nada Anebelle aparece?!

Enfim, fomos ao hotel, entramos, e esperamos por cerca de meia hora no hall. Sim, a "intuição" estava certa. Stevie Wonder entrou no hotel, acompanhado por um segurança, que não se importou que tirássemos fotos com ele, mas não permitiu que eu entregasse nada para o músico autografar. Sim, sei bem que ele é cego, mas diz a lenda que até mesmo os cegos são capazes de dar autógrafos. Não foi neste dia que consegui comprovar a teoria. 


Eu e Sheila já fazíamos corres há quase 6 anos, mas Sheila comemorou essa foto como se fosse a primeira, ela parecia não acreditar que conseguimos e, mais, que foi tão fácil. Para mim, foi apenas uma foto a mais. Com o tempo, se perde toda a emoção, vira algo banal, rotineiro. Cá entre nós, eu já tinha muito mais corres no curriculum do que Sheila, ela me ajudava muitas vezes, mas nem sempre.


domingo, 8 de dezembro de 2013

Steve Vai

Outro corre que teve tudo para ser simples, mas não foi. Logo cedo, Leo passou em casa e eu e Sheila fomos com ele ao aeroporto de Congonhas para tentar conhecer Steve Vai. Sem a ajuda dos Congonheiros, reconhecemos apenas dois famosos que desembarcaram: o jogador Edmundo, ex Palmeiras e Vasco, e o apresentador Marcelo Rezende.

Edmundo, o Animal, foi seco, mas pelo menos parou para a foto
Marcelo Rezende alegou estar com pressa, mas também parou para uma foto

Após passar toda a manhã e boa parte da tarde no aeroporto, admitimos que algo deu muito errado: Vai não passou por lá. O jeito foi seguir para o Credicard Hall, onde o show aconteceria, para tentar descobrir se seria possível aborda-lo lá. Após observar por algum tempo, concluímos: seria impossível, pois onde entram e saem os artistas é completamente isolado, com acesso proibido. Não lembro exatamente quem, mas alguém descobriu o hotel e nos avisou: Blue Tree Berrini. Seguimos para lá.

Após o show, Vai chegou acompanhado por um segurança, e atendeu a todos, com fotos e autógrafos. Todo corre que dá certo é um corre que vale a pena, só não precisava ter durado 14 horas. Como dizem por aí... que sorte!

Sempre ouvi dizer que Steve Vai é legal com os fãs, mas agora pude confirmar por mim mesmo

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sarah Brightman

Pareceu uma boa ideia tentar conhecer a soprano inglesa cujas vendas superaram os 30 milhões de álbuns e 2 milhões de DVDs pelo mundo. Seria uma boa foto. Consultei Estéfano, bem mais experiente em corres do que eu, e ele me disse que ela era “um amorzinho”. O que não disse é que essa avaliação baseou-se na esperiência de uma amiga que pagou pelo meet & greet.

Em 2013, apenas 3 pessoas a aguardavam, todas adultas, comportadas e experientes. Não contávamos apenas com a escalação do segurança que a acompanhou no Brasil. Embora ele fizesse esse trabalho há muito tempo - antes mesmo de eu começar a fazer corres - não nos encontramos tanto assim, pois aquela era a segunda vez em que eu o via - a primeira foi no corre do Dream Theater. Desse dia em diante, passou a trabalhar com muitos artistas grandes, especialmente com atores. Porém, com ele, é sempre dureza, sempre difícil – mesmo com aqueles que foram fáceis e amigáveis em outras ocasiões, quando acompanhados por outros seguranças. Com ele, todos os artistas “estão cansados”, “não querem contato com os fãs”... Há sempre uma desculpa.

Mal saiu da sala de desembarque e ele já a blindou. Não nos deixou tentar nada. Só repetia aos berros “não cheguem perto”. Chegou ao cúmulo de dizer que ela estava com medo de nós. Ele se colocava na frente e não permitia o menor contato visual entre nós e Sarah, e assim foi até a saída do saguão.

O carro que a levaria ao hotel demorou pelo menos dez minutos para chegar, o que é totalmente incomum, com certeza houve algum problema. Ela poderia aproveitar a espera para atender, mas fez questão absoluta de nos dar as costas o tempo todo. Nem chamávamos mais, de tão broxados que estávamos.

Quando o carro chegou ela entrou, mas pediu, para uma mulher que a acompanhava, pegar o nosso material autografável. O meu era a foto, onde ela fez questão de escrever “Love, Sarah”.


Contei o que aconteceu à Karina, que também queria conhece-la. Ela resolveu tentar ainda assim e foi, com Sara, ao hotel. Assim que o mesmo segurança do aeroporto as viu, solicitou aos funcionários do hotel que as expulsasse. Ao total, apenas 5 pessoas tentaram algum contato com ela. Nenhuma conseguiu.

Eu gostaria apenas de entender qual é o problema em dizer “não quero tirar fotos, mas ficaria feliz em autografar”. Seria honesto e nos daria uma boa lembrança, mesmo sem foto.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Salário Mínimo e Golpe de Estado

Duas bandas que curto desde os anos 80 se apresentariam no Sesc Consolação em comemoração aos 35 anos da Baratos Afins. Em minha coleção de vinis, eu tinha o SP Metal com participação do Salário Mínimo, bem como o álbum Beijo Fatal da mesma banda. Lembro de receber uma correspondência que anunciava a criação do Golpe de Estado lá pra 1985 ou 1986. O que mais me atraiu em conhecer o som da banda foi a presença do guitarrista Hélcio Aguirra, ex Harppia. Quando finalmente escutei, tornei-me fã imediatamente. Golpe de Estado e Forçando a Barra foram dois dos meus álbuns prediletos na época, mas nunca pude assistir uma apresentação de nenhuma das duas bandas. Era hora de isso mudar.

Antes de entrar no teatro, acendi um cigarro e fiquei fumando em frente ao Sesc, então vi quando Luiz Carlos Calanca chegou para o evento. Ele é proprietário da loja Baratos Afins, localizada na Galeria do Rock, e também da gravadora com o mesmo nome, que lançou centenas de álbuns que, em minha opinião, tem uma importância enorme na história da música underground paulistana. Aproveitei para tirar uma foto com ele. Logo a seguir, encontrei Serguei, que fez uma participação com o Golpe de Estado neste dia.

O lendário Luiz Carlos Calanca, São Paulo não teria a mesma relevância musical sem ele
Serguei era considerado uma lenda do rock brasileiro. Faleceu em 2019

Após as apresentações, sozinho e sem uma foto para auxiliar no reconhecimento dos integrantes das bandas, não me saí nada bem. Do Golpe de Estado, consegui fotos com o vocalista Dino Linardi e com o baixista Nelson Brito, em frente ao Sesc. Como Hélcio demorou demais para sair, optei por não espera-lo, já que o tinha conhecido na Expo Music em 2012. Se eu ainda não o conhecesse seria um dos maiores erros de minha vida, pois faleceu inesperadamente aos 54 anos, menos de dois meses após esta apresentação. Se eu ao menos imaginasse que esta era a última chance, com certeza teria esperado.

Curti muito a voz e a presença de palco de Dino Linardi, a quem eu ainda não conhecia. Lembrou demais o Catalau
Com esta com Nelson Brito, agora eu tinha fotos com toda a formação que considero clássica, exceto Catalau

Retornei ao teatro e cometi uma das maiores gafes de minha "carreira", pois abordei o fotógrafo Bolívia Rock, conhecidíssimo na cena do metal e rock’n roll nacional, acreditando que era China Lee. Ele achou minha confusão engraçada e mostrou-me onde estava o vocalista do Salário Mínimo. Embora eu nunca tenha trocado idéia com Bolívia, o vi por aí diversas vezes, sempre acompanhado por sua inseparável esposa Cátia, especialmente quando o evento em questão envolvia o Made in Brazil. Ele faleceu em 2019. Para ter idéia de como sou péssimo fisionomista, Bolívia tinha cavanhaque, enquanto China estava de cara limpa, fora os outros detalhes... Realmente uma confusão nada a ver... 

Além de China, o único que ainda estava por lá era o baixista Diego Lessa. Quando postei a foto com Diego em meu Facebook, descobri que ele é o pai do filho de uma amiga. China e Diego foram os dois que consegui conhecer do Salário Mínimo nesta noite. Não vi meu alvo principal, o guitarrista Junior Muzzili, que inclusive participou das gravações do SP Metal, o cara é uma lenda. China me disse que ele saiu tão logo o show do Salário, que fez a abertura, terminou. Não consegui conhece-lo até hoje, apesar de ter feito outras tentativas após esta.

China Lee, vocalista do Salário Mínimo. Gente boa
Diego Lessa, baixista do Salário Mínimo. Curti a postura de palco dele, agita pra caramba

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Anvil

A princípio eu não tinha muito ideia de em qual hotel o Anvil seria hospedado pela produtora que trouxe a banda a São Paulo. Um dos integrantes da banda, não recordo quem, deu uma forcinha, postando nas redes sociais uma foto com a placa com o nome do hotel: Linson, na rua Augusta, um 3 estrelas já bem conhecido de quem fazia corres. Assim fica fácil demais. Combinei de encontrar com Givaldo e Arthur, que eram os únicos que estavam disponíveis para o corre em horário comercial, como eu estava.

Quando cheguei, descobri que fui o primeiro a chegar, mas não poderia esperar por eles, pois o baterista Robb Reiner estava a toa parado em frente ao hotel. Eu o abordei e consegui uma selfie. Ele entrou no hotel e subiu para o quarto. Givaldo e Arthur chegaram na sequência, então as fotos ficaram melhores. O primeiro a nos atender foi o hoje ex-baixista, que tem o curioso nome de Sal Italiano. Gente finíssima! O segundo foi Steve "Lips" Kudlow, também gente finíssima.

Robb Reiner é quietão, na dele, mas me atendeu numa boa quando o abordei
Sal foi gente boa, ficou um tempo conversando conosco
Lips também atendeu a todos na maior educação e boa vontade

Fabi chegou ao hotel quinze minutos depois. Lips parecia um tiozinho, estava no sofá folheando uma revista, com o óculos de leitura apoiado no nariz. Sal, que também subiu ao quarto, retornou. Imagino que não houve tempo para tomar banho, mas com certeza trocou de roupa. Robb Reiner também desceu e tirou foto com todos.

Aproveitei para tirar mais uma com Robb Reiner, porque sou péssimo para tirar selfies.

Sheila chegou no hotel a seguir. Lips ainda estava no lobby, então o chamei, apresentei Sheila, e pedi para ele tirar uma foto com ela, no que fui atendido prontamente. Estávamos fazendo como sempre fizemos, de forma calma, educada, sem incomodar ninguém, sem gritar. Neste momento, o gerente nos abordou para pedir que saíssemos das dependências do hotel. Houve um rápido bate-boca, pois não fizemos nada que justificasse. Enquanto eu discutia com o cidadão, Sheila aproveitou para tirar as fotos com Sal e Robb, então me chamou e "atendemos" o pedido imbecil do gerente.

Saímos comentando o quanto foi absurdo ser expulsos de um hotel 3 estrelas, ainda mais sem um motivo que justificasse a atitude do gerente. Atravessando a rua, na esquina, há poucos metros, há uma padaria. Sempre que estávamos nessa região com algum dinheiro, passávamos lá para comer alguma coisa e tomar um sorvete, foi o que fizemos. Eu, Sheila, Fabi, Givaldo e Arthur conseguimos foto com todos os músicos, então todos fomos para lá. Inclusive a banda. 

Tão logo atravessamos a rua, percebemos que os músicos saíram do hotel logo depois de nós, vindo em nossa direção. Quando também atravessaram a rua, todos percebemos para onde iriam. Já na padaria, sentaram em torno da mesa que ficava literalmente ao lado da que estávamos, mas é claro que não os incomodamos mais. 

O gerente provavelmente estava se achando o espertão porque nos expulsou do hotel... No ano seguinte, ̶m̶a̶n̶i̶f̶e̶s̶t̶a̶n̶t̶e̶s̶ vândalos protestavam contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Aquela palhaçada do "não vai ter Copa", lembra? A tropa de choque foi convocada pelo governador Geraldo Alckmin para dispersa-los. Para fugir, invadiram o hotel, provocando pânico entre os hóspedes. Perguntar não ofende: onde estava o gerente machão para expulsar os  ̶m̶a̶n̶i̶f̶e̶s̶t̶a̶n̶t̶e̶s̶  vagabundos de lá???? Felizmente, em 2016  ̶a̶q̶u̶e̶l̶a̶ ̶e̶s̶p̶e̶l̶u̶n̶c̶a̶ o hotel foi fechado, cercado por tapumes e nunca mais reabriu.

Isso foi seis anos antes do COVID. Por que estão todos mascarados? Boas intenções certamente não tinham!
O artigo 5º, inciso IV, da Carta Constitucional dispõe: "É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato"
De acordo com o Google Maps, esta foto, que exibe o que foi o hotel Linson, é de dezembro de 2021

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ringo Starr & His All Starr Band

Era a segunda vez que Ringo Starr veio ao Brasil e era minha segunda tentativa para conseguir uma foto com ele. Começarei com um spoiler: não vi nem sinal de Ringo desta vez. Com ele, ficou para uma próxima tentativa.

Sua banda, no entanto, é formada por músicos maravilhosos, não apenas no domínio de seus respectivos instrumentos, mas principalmente como pessoas. É evidente que para estar na banda de Ringo é necessário ter uma carreira acima da média e todos, sem exceção, gravaram e/ou excursionaram com artistas de primeira grandeza, mas ainda assim foram inacreditavelmente educados, receptivos e atenciosos.

É claro, fizemos como sempre fazemos, na maior educação e civilidade. No hotel, estávamos somente eu, Marcelo Zava, Sheila e Deca, todos muito experientes em corres. Além de nós, é claro, Claudia Tapety, uma das maiores fãs de Beatles do Brasil, que conheci no corre do Paul McCartney em 2010. Apenas com hunters e fãs de verdade, não houve nenhum tipo de problema ou contratempo.

Alguns dias antes, Sheila comentou com uma colega de serviço que tentaria ver Ringo Starr. Ela disse algo como "Sério?! Que legal! Sou muito fã do baterista que excursiona com ele, o Gregg Bisonette". Como o aniversário dessa colega acontecia na mesma semana, Sheila resolveu surpreende-la, presenteando-a com uma foto autografada por ele, com dedicatória. Para isso, pediu que eu fizesse uma foto apenas dele e me incumbiu de conseguir o rabisquinho. Estava fácil, pois também sou fã dele e já intencionava levar uma foto para ele autografar, bastava então mandar fazer mais uma.

O super simpático Gregg foi o primeiro que encontramos. Ele, que tocou em ábuns de dezenas de artistas, incluindo os três primeiros lançamentos solos de David Lee Roth, não se importou em autografar duas fotos, e em uma delas escreveu "Happy Birthday". Na minha escreveu "Oi" com uma carinha feliz.

Gregg Bisonette foi muito gente boa, é um cara totalmente do bem
O segundo músico que vimos foi o tecladista Gregg Rolie. Ele também tem uma carreira consolidada como vocalista nas bandas de Santana e Journey – ambas as quais foi co-fundador. O próximo foi o sorridente saxofonista Mark Rivera, mais conhecido por seu trabalho com Billy Joel. Como Bisonette, Rolie e Rivera foram bastante simpáticos concosco.

Todos os músicos nos atenderam inacreditavelmente bem, incluindo Gregg Rolie
Nem parecia que estávamos em frente a alguns dos melhores e mais experientes músicos do planeta
O guitarrista Steve Lukather foi o próximo a falar conosco. Que cara absurdamente bacana! Antes de integrar o Toto, trabalhou durante a década de 1970 como músico de estúdio, gravando mais de 1.500 álbuns de uma extensa gama de artistas e gêneros, o que lhe concedeu o status de ser um músico prolífico. Também contribuiu para álbuns e singles de sucesso como compositor, arranjador e produtor, mais notavelmente como um importante colaborador de vários álbuns de estúdio de Michael Jackson, incluindo Thriller. 

Para completar a banda, vimos Todd Rundgren, que foi introduzido no Rock & Roll Hall of Fame em 2021. Considerado um pioneiro nas áreas de música eletrônica, rock progressivo, videoclipes, software de computador e entrega de música pela Internet. Organizou o primeiro concerto de televisão interativa em 1978, projetou o primeiro tablet gráfico colorido em 1980 e criou o primeiro álbum interativo, No World Order, em 1994.

Só conheci gente fraca neste dia, não?! Mesmo ainda faltando conhecer o baixista Richard Page, meu corre finalizou aí. Eu não voltaria para tentar ver Ringo, ainda mais depois da forma patética que ele saiu do hotel em 2011, fazendo sinal de paz e amor com a mão, enquanto ignorava solemente os menos de dez fãs que ali estavam para tentar ao menos tirar uma foto com ele. Ou o que será que ele achou? Que estávamos no hotel para ganhar tchauzinho à distância?!

Provavelmente você não consiga ter noção de quanto Steve Lukather é gente boa!
Todd Rundgren foi o último a aparecer. Como todos, foi incrível no atendimento aos fãs 

Nesta tarde conheci dois fãs de Beatles, Denis e Guilherme, que faziam alguns corres ocasionalmente. Eles vieram falar comigo pois sabiam, através de amigos em comum, que eu era um dos caras que conseguiu ver Paul McCartney. Sinceramente, não liguei muito. Eu conheço gente o tempo todo, e a maior parte fica pelo caminho. Vida de corre é difícil, parece divertido mas não é. Não é todo mundo que realmente se transformará em alguém como eu, Carlos ou Leo, para citar alguns exemplos. 

A façanha que os dois estavam prestes a conseguir é quase inacreditável até mesmo para mim. Eles foram os únicos que acreditaram que seria possível ver Ringo, então foram os únicos a retornar ao hotel no dia em que a banda seguiu para a próxima cidade da turnê. Tal como aconteceu comigo com Paul McCartney em 2010, um segurança de Ringo os viu fora do hotel e foi até eles para avisar que Ringo os atenderia.

Quando menos se deram conta, Ringo já estava em frente a eles. Rolou não apenas fotos, como também autógrafos, no caso, nas camisetas que usavam. Todo mundo sabe que Ringo não assina mais nada já há alguns anos. Só acreditei quando vi as fotos. Simplesmente impressionante! Provavelmente foi a última vez que me impressionei com uma foto, pois realmente não acreditava que Ringo atenderia, tanto que não retornei ao hotel para tentar.

Tempos depois, Denis contou que essa foi sua segunda foto: "Antes do Ringo, conheci apenas o Duff McKagan". Sorte de principiante?!

Ringo e Denis

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Monsters of Rock 2013 - Dia 4

Após um day-off, era hora da única banda que ainda estava em São Paulo deixar a cidade, o Whitesnake. David Coverdale seria impossível, então nem ao menos tentei ve-lo embarcar. Às vezes, não é necessário estar presente para saber o que acontece. Como eu e Marcio conseguimos fotos com ele em Congonhas em 2011, os imitadores fizeram exatamente o que fizemos na ocasião, ou seja, estar em Congonhas. Todos eles! Logo, era óbvio que não valeria nem ao menos tentar. Quando se quer uma foto difícil é necessário fazer algo diferente. Imitar o que foi feito no passado simplesmente não é opção, pois todos farão o mesmo. Essa, enfim, é a diferença de quem sabe fazer corre e de quem não sabe.

Ainda cedo, eu e Sheila fomos ao aeroporto. Tão logo chegamos, surpresa: Ney Matogrosso, que eu tinha visto na tarde anterior, fazia check-in no balcão de uma companhia aérea. Sheila ficou um pouco chateada ao saber que consegui foto com ele e ela não, mas quis o destino que esse sentimento durasse pouco, quase nada. Assim que finalizou o procedimento, o abordamos. Ele ainda lembrava-se de mim, pois comentou alguma coisa sobre, só não recordo as palavras exatas. Coincidência incrível, nunca mais o encontrei ao acaso, nem antes nem depois.

Sheila nem conseguiu me invejar por muito tempo, pois quando chegamos ao aeroporto parecia que Ney estava esperando por ela

Quando a banda enfim apareceu, mirei somente nos músicos com quem ainda não tinha foto: o baterista Tommy Aldridge, o baixista Michael Devin e o tecladista Brian Ruedy. Missão cumprida, corre do Monsters of Rock finalizado, eu enfim poderia descansar, após sete dias consecutivos de corres diários.

Michael Devin foi baixista do Whitesnake de 2010 a 2021
Tommy Aldridge foi baterista do Whitesnake de 1987 a 1990, 2003 a 2007, e agora estava de volta à banda
Brian Ruedy, tecladista que tocou no Whitesnake de 2011 a 2014
Faltou apenas o autógrafo principal: David Coverdale, é claro

Apenas para constar: conforme previ, quando Coverdale deu as caras, o batalhão inteiro foi para cima dele, que correu e passou pelo portão de embarque o mais rápido que conseguiu. Quem sabe, sabe... 😉

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Monsters of Rock 2013 - Dia 3 (parte 2)

Esta é segunda parte do relato sobre o terceiro dia de corre no Monsters of Rock 2013. Se ainda não leu a primeira, clique aqui para ler.

Enquanto repetíamos as fotos, Warren DeMartini, guitarrista do Ratt, saiu do hotel apressado e seguiu pela rua Haddock Lobo no sentido contrário ao tomado por Ney Matogrosso. Eu e Leo o seguimos e conseguimos aborda-lo em frente ao Starbucks, então tiramos nossas fotos com ele.

Finalmente as vans começaram a chegar para buscar as bandas e conduzir seus integrantes ao aeroporto. A primeira foi a que levou o Buckcherry. O baixista Kelly LeMieux foi um dos últimos a embarcar. Ele veio como baixista substituto, então não havia uma foto oficial com ele. Desta forma, a foto do Buckcherry ficou com as assinaturas incompletas. O sempre gente boa Stevie D. veio se despedir, e me deu uma palheta. Até hoje não entendo porque não pedi mais uma foto com ele.

Eu e Leo seguimos Warren DeMartini até o Starbucks, mas valeu a pena
Kelly LeMieux veio ao Brasil como baixista convidado, mas acabou efetivado no Buckcherry
Não sei onde está minha foto com o guitarrista Keith Nelson, talvez tenha sido tirada com outra câmera, mas nunca a recebi
O guitarrista Stevie D. aproximou-se, se despediu e deu esta palheta. Uma pena eu não conseguir ser fã de Buckcherry

A segunda van conduziria o Dokken. Eu já tinha conseguido fotos com todos, faltava apenas o principal: Don Dokken. Quando saiu, embora caladão, não se importou em nos atender antes de embarcar. Também tirei mais uma foto com o baixista Sean McNabb, que agora estava de cabelo solto e sem óculos escuros, bem diferente do que quando o vi de manhã.

Don Dokken foi o último da banda a aparecer, já na hora de seguir ao aeroporto
Sean McNabb estava menos "disfarçado" desta vez
Mais uma completa para a coleção. Não sei dizer que diabos aconteceu na assinatura de Sean McNabb

A terceira van levaria o Ratt, então aquele que eu considerava como alvo principal saiu do hotel, o guitarrista Carlos Cavazo, da formação clássica do Quiet Riot. Como todos, foi gente boa e atendeu geral. Por fim, o baixista Juan Croucier fez o mesmo e foi o último a embarcar. Não sei o que aconteceu com o baterista Bobby Blotzer, ninguém o viu e com certeza não embarcou na van. Desta forma, a foto ficou sem a assinatura dele.

Carlos Cavazo, guitarrista do Ratt entre 2008 a 2014 e 2016 a 2018 era a grande cereja do bolo deste corre para mim
Juan Croucier, baixista do Ratt entre 1982 a 1992, 2012 a 2014 e 2016 a atualmente
Esta ficou incompleta, simplesmente nao vimos o baterista Bobby Blotzer

Por fim, saiu a van que levou os músicos do Geoff's Tate Queensrÿche. Como não vi Geoff Tate e a porta já estava prestes a fechar, corri até a van e perguntei onde ele estava. Rudy Sarzo respondeu que Geoff foi ao aeroporto de manhã cedo, antes de eu chegar. Fazer o que?! Com certeza eu o encontraria novamente em outra oportunidade no futuro. Fim de corre, ao menos por hoje. Era o sexto dia consecutivo de corres e ainda teria mais um.

Monsters of Rock 2013 - Dia 3 (parte 1)

Se o segundo dia de corre do Monsters of Rock foi totalmente improdutivo, o terceiro foi exatamente o oposto. Cheguei ao Renaissance por volta de 10:30hs e logo já consegui a primeira foto, com o irmão de Rudy Sarzo, o guitarrista Robert Sarzo do Geoff's Tate Queensrÿche. Não demorou para que Sean McNabb, baixista do Dokken, aparecesse e nos atendesse numa boa.

Robert Sarzo, guitarrista do Geoff's Tate Queensrÿche (que hoje passou a chamar-se Operation Mindcrime)
Sean McNabb, baixista do Dokken

Observei que Xavier Muriel, baterista do Buckcherry, estava no lobby do hotel e não dava sinais de que sairia tão cedo, então entrei para falar com ele. Felizmente os seguranças que trabalham no turno da manhã não são insuportáveis como os que trabalham à tarde e à noite, então consegui mais uma foto para a coleção. Quando estava saindo - afinal, não era necessário permanecer dentro do hotel, já que a maioria dos músicos nos atendia fora - vi Eddie Trunk e fui falar com ele novamente. Eu já o tinha visto cinco dias antes, mas é uma figura rara, talvez nunca retornasse ao Brasil, então aproveitei para tirar outra foto e agradecer pelos tuítes que fez após encontrar a mim e ao Alvaro no aeroporto.

Xavier Muriel, baterista do Buckcherry
Foi um prazer rever o gente finíssima Eddie Trunk

O ex baterista do AC/DC, Simon Wright, que agora integrava o Geoff's Tate Queensrÿche foi o próximo a aparecer. Ele é muito gente boa, eu já o conhecia há alguns meses, quando veio ao Brasil com o Dio Disciples. Foi um prazer revê-lo. Enquanto nos atendia, uma das meninas que estava no corre percebeu que um bônus interessante saiu do hotel, caminhando em direção à rua Haddock Lobo que, no trecho do hotel, é uma descida íngreme: Ney Matogrosso. Não sou fã, mas ele foi o primeiro a se apresentar na história do Rock in Rio, primeira atração do primeiro festival em 1985. Era a oportunidade de uma foto histórica, por isso nos apressamos em segui-lo. Na metade da descida conseguimos intercepta-lo. Foi um pouco seco, mas não se importou em tirar fotos.

O baterista Simon Wright, mais conhecido por seu trabalho com o AC/DC, é muito gente boa
O bônus da vez, Ney Matogrosso, foi o primeiro a artista a se apresentar em um Rock in Rio

Retornamos rapidamente ao hotel e uns quinze minutos se passaram sem que nada acontecesse. Então vimos quando Jon Levin, guitarrista do Dokken e Stephen Pearcy, vocalista do Ratt, que já estavam na rua, retornaram. Quase duas horas se passaram sem que nada acontecesse, quando o guitarrista Kelly Gray, do Geoff's Tate Queensrÿche apareceu. Assim que eu gosto, corres sem malas, todos atendendo, todos muito legais.

Jon Levin, guitarrista do Dokken
Stephen Pearcy, vocalista do Ratt
Kelly Gray, guitarrista do Geoff's Tate Queensrÿche
Kelly Gray foi o último integrante do Queensrÿche que consegui. Não vi Geoff Tate neste ano, consegui o autógrafo em outra ocasião

Mais uma hora se passou quando Mick Brown, baterista do Dokken, apareceu. As fotos que tiramos com ele não ficaram boas devido à posição do sol e das árvores do local, projetou muita sombra em nós. Pedimos uma nova sessão de fotos, pois as fotos de todos não ficaram tão boas, no que fomos prontamente atendidos com um sorriso no rosto. Que cara gente boa! Após nos atender, ficou conversando conosco e fumando. Meu amigo Luciano Piantonni tirou uma foto da gente fumando, parecia que eu não estava nem aí para a presença dele. Na verdade, não iria incomoda-lo mais com pedidos de fotos ou autógrafo, quanto a isso já estava plenamente satisfeito.

Esta foi a segunda foto que tirei com Mick Brown, baterista do Dokken, sem a sombra projetada das árvores
Pausa mais do que necessária para fumar um cigarro...

Este relato teve que ser dividido em partes devido a limitações do Blogger. Clique aqui para ler a parte 2.