A princípio eu não tinha muito ideia de em qual hotel o Anvil seria hospedado pela produtora que trouxe a banda a São Paulo. Um dos integrantes da banda, não recordo quem, deu uma forcinha, postando nas redes sociais uma foto com a placa com o nome do hotel: Linson, na rua Augusta, um 3 estrelas já bem conhecido de quem fazia corres. Assim fica fácil demais. Combinei de encontrar com Givaldo e Arthur, que eram os únicos que estavam disponíveis para o corre em horário comercial, como eu estava.
Quando cheguei, descobri que fui o primeiro a chegar, mas não poderia esperar por eles, pois o baterista Robb Reiner estava a toa parado em frente ao hotel. Eu o abordei e consegui uma selfie. Ele entrou no hotel e subiu para o quarto. Givaldo e Arthur chegaram na sequência, então as fotos ficaram melhores. O primeiro a nos atender foi o hoje ex-baixista, que tem o curioso nome de Sal Italiano. Gente finíssima! O segundo foi Steve "Lips" Kudlow, também gente finíssima.
Robb Reiner é quietão, na dele, mas me atendeu numa boa quando o abordei |
Sal foi gente boa, ficou um tempo conversando conosco |
Lips também atendeu a todos na maior educação e boa vontade |
Fabi chegou ao hotel quinze minutos depois. Lips parecia um tiozinho, estava no sofá folheando uma revista, com o óculos de leitura apoiado no nariz. Sal, que também subiu ao quarto, retornou. Imagino que não houve tempo para tomar banho, mas com certeza trocou de roupa. Robb Reiner também desceu e tirou foto com todos.
Aproveitei para tirar mais uma com Robb Reiner, porque sou péssimo para tirar selfies. |
Sheila chegou no hotel a seguir. Lips ainda estava no lobby, então o chamei, apresentei Sheila, e pedi para ele tirar uma foto com ela, no que fui atendido prontamente. Estávamos fazendo como sempre fizemos, de forma calma, educada, sem incomodar ninguém, sem gritar. Neste momento, o gerente nos abordou para pedir que saíssemos das dependências do hotel. Houve um rápido bate-boca, pois não fizemos nada que justificasse. Enquanto eu discutia com o cidadão, Sheila aproveitou para tirar as fotos com Sal e Robb, então me chamou e "atendemos" o pedido imbecil do gerente.
Saímos comentando o quanto foi absurdo ser expulsos de um hotel 3 estrelas, ainda mais sem um motivo que justificasse a atitude do gerente. Atravessando a rua, na esquina, há poucos metros, há uma padaria. Sempre que estávamos nessa região com algum dinheiro, passávamos lá para comer alguma coisa e tomar um sorvete, foi o que fizemos. Eu, Sheila, Fabi, Givaldo e Arthur conseguimos foto com todos os músicos, então todos fomos para lá. Inclusive a banda.
Tão logo atravessamos a rua, percebemos que os músicos saíram do hotel logo depois de nós, vindo em nossa direção. Quando também atravessaram a rua, todos percebemos para onde iriam. Já na padaria, sentaram em torno da mesa que ficava literalmente ao lado da que estávamos, mas é claro que não os incomodamos mais.
O gerente provavelmente estava se achando o espertão porque nos expulsou do hotel... No ano seguinte, ̶m̶a̶n̶i̶f̶e̶s̶t̶a̶n̶t̶e̶s̶ vândalos protestavam contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Aquela palhaçada do "não vai ter Copa", lembra? A tropa de choque foi convocada pelo governador Geraldo Alckmin para dispersa-los. Para fugir, invadiram o hotel, provocando pânico entre os hóspedes. Perguntar não ofende: onde estava o gerente machão para expulsar os ̶m̶a̶n̶i̶f̶e̶s̶t̶a̶n̶t̶e̶s̶ vagabundos de lá???? Felizmente, em 2016 ̶a̶q̶u̶e̶l̶a̶ ̶e̶s̶p̶e̶l̶u̶n̶c̶a̶ o hotel foi fechado, cercado por tapumes e nunca mais reabriu.
De acordo com o Google Maps, esta foto, que exibe o que foi o hotel Linson, é de dezembro de 2021 |
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