quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Sharon Corr

Conheci Alex, se não me engano, no corre do Mayan em 2011 e fiquei puto com ele porque a banda ficou algum tempo na cidade, e a cada dia ele levava mais e mais pessoas ao hotel, que por sua vez também levavam mais e mais pessoas. Ok, geralmente eram mulheres, mas mesmo assim. Não sei qual era a dele, se pensava que iria comê-las em troca de conhecer a banda, mas é claro que hotel lotado me irritava profundamente.

Se levasse uma ou duas, ok, eu mesmo faço isso de vez em quando, mas estamos falando de um batalhão, até porque quem ele levou sempre acabava falando para mais alguém, que falava para mais alguém... Por outro lado, ele provavelmente também não ia muito com a minha cara. Por mais de uma vez amigos avisaram que falou mal de mim, mas não liguei muito, é o tipo de coisa que acontece o tempo todo no mundo dos corres. Porém, o tempo passou e aconteceu com ele o mesmo que acontece com qualquer um que leva muitas pessoas aos corres: por causa delas, perde-se uma foto importante. É uma dura maneira de aprender a lição, mas extremamente eficiente.

Alex é conhecido por ser grande fã do Nightwish. Chegou a ir à Finlândia apenas para conhecer a terra de uma de suas bandas prediletas e assistir a um show lá. Ele, porém tinha ao menos outras duas paixões musicais: Iron Maiden e The Corrs. Quando foi anunciado o show de Sharon Corr no Brasil, alguns meses antes, pediu minha ajuda. "Eu já era fã de The Corrs antes mesmo de conhecer o Nightwish". Ok, leva-lo não atrapalharia em nada, então aceitei.

Mas nem foi necessário pois Sharon, aproveitando a passagem por São Paulo, promoveu o lançamento do CD "The Same Sun" através de uma sessão de autógrafos na livraria Cultura do shopping Iguatemi. Eu o avisei sobre este evento assim que soube. Ele foi e conseguiu conhece-la, mas ainda assim me dispús a ajudar caso ainda quisesse fazer o corre, no entanto deu-se por satisfeito com a foto conseguida no evento. Esse foi o final de nossas diferenças e o início de uma parceria de sucesso.

Por outro lado, eu e Sheila não passávamos pelos melhores dias no casamento. Ela viajou por uma semana para ver sua família, que mora no Mato Grosso do Sul, e me fez prometer que ficaria quieto em casa, sem fazer corres. Como este era um evento com hora marcada, só chegar e conseguir, e não um corre propriamente dito, fui e ainda pedi para que Sharon autografasse o CD com dedicatória à Sheila, que com certeza é mais fã dela que eu. Ela, no entento, quando ficou sabendo não concordou com a minha tese e me deu uma senhora comida de rabo. 😆


Já que ouvi um monte por fazer "corre", o que decidi fazer? Um corre, é claro! Desta vez, corre secreto, sem ela saber. Sharon é uma gracinha e Marcelo Zava não conseguiu ir ao evento, então me ofereci para acompanha-lo quando fosse vê-la, o que aconteceu no dia seguinte, pois era dia de show. Corre no HSBC (atual Tom Brasil) pode ser simples ou não. Geralmente a van para em frente à entrada lateral que dá direto nos camarins. Porém, se o artista estiver de carro, o portão pode ser aberto para estacionar na única vaga interna, o que torna tudo um pouco mais difícil. Esse não era o caso, pois logo que chegamos vimos a van estacionada em frente ao portão.

Após o show, quando Sharon saiu, a abordamos e foi simpática como na noite anterior. Por algum motivo, o flash da câmera não disparou quando Zava bateu minha foto. Fiquei satisfeito, mas ele não. Decidiu seguir a van para tirar outra foto minha com ela, mesmo eu dizendo que não era necessário. Isso teve um lado bom porque ela estava em um hotel que ainda não conhecíamos, o Novotel São Paulo Morumbi. É sempre uma opção a mais para pensar quando algum artista vier para tocar no HSBC.

Como o inglês de Zava não é bom, eu mesmo a abordei. Bastante constrangido, pois já estava começando realmente a me tornar um perseguidor, expliquei que a foto não ficou boa. Ela não se importou em tirar mais uma. Provavelmente não lembrasse que a vi um dia antes, mas com certeza sabia que a abordei há alguns minutos. Acho chato, é o tipo de coisa que não gosto de fazer, incomodar...

Sharon Corr é simpática, nos atendeu sem problemas ao sair do HSBC
Segunda foto do dia, já no hotel

Minha saga com Sharon Corr neste ano ainda não havia terminado, entretanto. Três dias depois, Sheila retornou da viagem. Era domingo, data do segundo show de Sharon em São Paulo e ela quis fazer o corre. A acompanhei, mas não deixei que Sharon me visse, pois ficaria extramamente constrangido se isso acontecesse. Como Sheila prefere tirar selfie, o que me dispensa de tirar a foto dela, me escondi atrás de uma pilastra e só saí quando ela entrou no hotel.

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