segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ringo Starr & His All Starr Band

Era a segunda vez que Ringo Starr veio ao Brasil e era minha segunda tentativa para conseguir uma foto com ele. Começarei com um spoiler: não vi nem sinal de Ringo desta vez. Com ele, ficou para uma próxima tentativa.

Sua banda, no entanto, é formada por músicos maravilhosos, não apenas no domínio de seus respectivos instrumentos, mas principalmente como pessoas. É evidente que para estar na banda de Ringo é necessário ter uma carreira acima da média e todos, sem exceção, gravaram e/ou excursionaram com artistas de primeira grandeza, mas ainda assim foram inacreditavelmente educados, receptivos e atenciosos.

É claro, fizemos como sempre fazemos, na maior educação e civilidade. No hotel, estávamos somente eu, Marcelo Zava, Sheila e Deca, todos muito experientes em corres. Além de nós, é claro, Claudia Tapety, uma das maiores fãs de Beatles do Brasil, que conheci no corre do Paul McCartney em 2010. Apenas com hunters e fãs de verdade, não houve nenhum tipo de problema ou contratempo.

Alguns dias antes, Sheila comentou com uma colega de serviço que tentaria ver Ringo Starr. Ela disse algo como "Sério?! Que legal! Sou muito fã do baterista que excursiona com ele, o Gregg Bisonette". Como o aniversário dessa colega acontecia na mesma semana, Sheila resolveu surpreende-la, presenteando-a com uma foto autografada por ele, com dedicatória. Para isso, pediu que eu fizesse uma foto apenas dele e me incumbiu de conseguir o rabisquinho. Estava fácil, pois também sou fã dele e já intencionava levar uma foto para ele autografar, bastava então mandar fazer mais uma.

O super simpático Gregg foi o primeiro que encontramos. Ele, que tocou em ábuns de dezenas de artistas, incluindo os três primeiros lançamentos solos de David Lee Roth, não se importou em autografar duas fotos, e em uma delas escreveu "Happy Birthday". Na minha escreveu "Oi" com uma carinha feliz.

Gregg Bisonette foi muito gente boa, é um cara totalmente do bem
O segundo músico que vimos foi o tecladista Gregg Rolie. Ele também tem uma carreira consolidada como vocalista nas bandas de Santana e Journey – ambas as quais foi co-fundador. O próximo foi o sorridente saxofonista Mark Rivera, mais conhecido por seu trabalho com Billy Joel. Como Bisonette, Rolie e Rivera foram bastante simpáticos concosco.

Todos os músicos nos atenderam inacreditavelmente bem, incluindo Gregg Rolie
Nem parecia que estávamos em frente a alguns dos melhores e mais experientes músicos do planeta
O guitarrista Steve Lukather foi o próximo a falar conosco. Que cara absurdamente bacana! Antes de integrar o Toto, trabalhou durante a década de 1970 como músico de estúdio, gravando mais de 1.500 álbuns de uma extensa gama de artistas e gêneros, o que lhe concedeu o status de ser um músico prolífico. Também contribuiu para álbuns e singles de sucesso como compositor, arranjador e produtor, mais notavelmente como um importante colaborador de vários álbuns de estúdio de Michael Jackson, incluindo Thriller. 

Para completar a banda, vimos Todd Rundgren, que foi introduzido no Rock & Roll Hall of Fame em 2021. Considerado um pioneiro nas áreas de música eletrônica, rock progressivo, videoclipes, software de computador e entrega de música pela Internet. Organizou o primeiro concerto de televisão interativa em 1978, projetou o primeiro tablet gráfico colorido em 1980 e criou o primeiro álbum interativo, No World Order, em 1994.

Só conheci gente fraca neste dia, não?! Mesmo ainda faltando conhecer o baixista Richard Page, meu corre finalizou aí. Eu não voltaria para tentar ver Ringo, ainda mais depois da forma patética que ele saiu do hotel em 2011, fazendo sinal de paz e amor com a mão, enquanto ignorava solemente os menos de dez fãs que ali estavam para tentar ao menos tirar uma foto com ele. Ou o que será que ele achou? Que estávamos no hotel para ganhar tchauzinho à distância?!

Provavelmente você não consiga ter noção de quanto Steve Lukather é gente boa!
Todd Rundgren foi o último a aparecer. Como todos, foi incrível no atendimento aos fãs 

Nesta tarde conheci dois fãs de Beatles, Denis e Guilherme, que faziam alguns corres ocasionalmente. Eles vieram falar comigo pois sabiam, através de amigos em comum, que eu era um dos caras que conseguiu ver Paul McCartney. Sinceramente, não liguei muito. Eu conheço gente o tempo todo, e a maior parte fica pelo caminho. Vida de corre é difícil, parece divertido mas não é. Não é todo mundo que realmente se transformará em alguém como eu, Carlos ou Leo, para citar alguns exemplos. 

A façanha que os dois estavam prestes a conseguir é quase inacreditável até mesmo para mim. Eles foram os únicos que acreditaram que seria possível ver Ringo, então foram os únicos a retornar ao hotel no dia em que a banda seguiu para a próxima cidade da turnê. Tal como aconteceu comigo com Paul McCartney em 2010, um segurança de Ringo os viu fora do hotel e foi até eles para avisar que Ringo os atenderia.

Quando menos se deram conta, Ringo já estava em frente a eles. Rolou não apenas fotos, como também autógrafos, no caso, nas camisetas que usavam. Todo mundo sabe que Ringo não assina mais nada já há alguns anos. Só acreditei quando vi as fotos. Simplesmente impressionante! Provavelmente foi a última vez que me impressionei com uma foto, pois realmente não acreditava que Ringo atenderia, tanto que não retornei ao hotel para tentar.

Tempos depois, Denis contou que essa foi sua segunda foto: "Antes do Ringo, conheci apenas o Duff McKagan". Sorte de principiante?!

Ringo e Denis

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