Também votei no Doria para governador em 2018, quando ele usava o slogan "Bolsodoria", e parecia que seria um aliado do presidente Bolsonaro, mas ele rapidamente traiu a todos os seus eleitores e nunca mais será eleito a nenhum cargo que disputar. Ainda assim, reconheço que historicamente o partido e alguns de seus representantes tiveram seus méritos. Fernando Henrique Cardoso, como Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, foi indiretamente o pai do Plano Real, que conseguiu reduzir os índices inflacionários brasileiros a níveis aceitáveis, estabilizando a economia, que só voltou a ser ameaçada após o desastroso primeiro governo de Dilma Rousseff. Foi necessário derruba-la e conduzir ao poder seu vice, Michel Temer, para limpar a merda que já estava em curso avançado. Por isso, é claro que uma foto com eles seria sensacional, ainda que na pandemia e com máscara.
domingo, 29 de novembro de 2020
Políticos do PSDB
domingo, 8 de novembro de 2020
Krisiun
Preservei a identidade da doida para evitar processo, mas a foto real está exatamente assim: banda sem máscara e ela com |
Alex Camargo, baixista e vocalista do Krisiun |
Max Kolesne, baterista do Krisiun |
sábado, 7 de novembro de 2020
Paula Toller
Eu sempre soube que Paula Toller é mala. Muitos amigos tem foto com ela, mas todos, sem exceção, dizem que é chata. Marcelo Zava, por exemplo, contou que uma vez sabia que ela desembarcaria em Congonhas, e que aproveitou para levar dois CDs para autografar. Ela disse que só assinaria um, e que ele teria que escolher em qual deles queria. No fim ela assinou os dois, mas apenas porque Zé Congonhas, que não levou nada para assinar, tirou o outro CD da mão de Zava e deu para ela assinar. Sem alternativa, assinou. Mas que estresse desnecessário, né não?!
Carlos diz que, quando a encontrou, também no aeroporto, estava à espera de outra banda, mas havia dois fãs de Paula que queriam tirar foto com ela e, claro, ele também tiraria, como bônus. Os fãs fizeram a abordagem assim que ela passou pelo portão de desembarque, mas ela sugeriu que fosse uma foto coletiva. "Mas estamos só nós dois aqui", retrucaram. "Pois é, mas depois o fotógrafo também vai querer tirar, então serão 3 fotos". Puto da cara com a atitude imbecil, Carlos respondeu "Não, eu nem sei quem é você, só vou tirar as fotos deles, mas não quero foto com você".
Por isso, torci o nariz quando Anebelle me chamou para acompanha-la no corre da Paula Toller, que se apresentou no Teatro Santander, em show com isolamento social. Porém, como ela me ajudou no corre do Salt Bae, pareceu justo retribuir, embora eu soubesse que a naba seria certa. Se Paula já é chata em situações normais, imagine tendo a desculpa do COVID. Ah, dane-se, pelo menos eu sairia de casa... Bora!
Nossa experiência dizia que Paula ficaria no Hilton ou no Hyatt. Combinamos que tentaríamos antes do show no Hilton. Se não fosse lá, tentaríamos depois do show no Hyatt. Quando chegamos, ficamos de boa em frente ao hotel, quando fomos abordados por um segurança que não conhecíamos: "Posso ajudar?". Para não entregar nossa intenção, enrolei, dizendo que já me hospedei diversas vezes no hotel (o que é verdade) e estava com saudade, então vim dar uma volta por ali.
Algum tempo depois, Paula saiu do hotel e embarcou em um veículo. Anebelle nem a viu, pois estava desatenta, olhando para outro lado. Eu demorei demais para reconhece-la de máscara, pois já tinha visto diversas loiras mascaradas e todas pareciam mais ou menos iguais. Quando tive certeza que era ela, não havia mais tempo, pois já estava entrando no carro. Decidimos, então, ir ao Mc Donald's, já que teríamos longas horas de espera pela frente. Ao passarmos pelo tal segurança, ele disse "eu sabia que vocês estavam aqui pela Paula Toller", o que confirmou que era ela mesmo. Conversamos um pouco com ele, que se mostrou gente boa e não disposto a nos atrapalhar.
Comemos, retornamos e, de fato, foram longas horas de espera. Nesse meio tempo, conversei com um dos seguranças antigos, que me confirmou que entre os funcionários, nenhum morreu, embora ele conheça outras pessoas vitimadas pela doença. Então, ao menos no mundo dos corres, o COVID não trouxe mudança alguma: ninguém morreu. Eu soube do falecimento de alguns seguranças que trabalham com bandas, mas nenhum trabalhava com as bandas que costumo conhecer.
Quando Paula chegou já era quase uma hora da manhã. Anebelle fez a abordagem, mas Paula não reagiu. Ficou olhando para ela, sem dizer nada. A mulher que a acompanhava (assessora? empresária?) falou por ela, dizendo que se Anebelle quisesse uma foto, teria que ser com distanciamento social. Eu tirei a foto dela, quase um metro distante da Paula. Depois ela tirou a minha, unicamente para eu ter uma prova de que realmente estava fazendo corre, já que passei quase 12 horas fora de casa, e isso evitaria confusão com a Arianne. Porém, nada neste mundo me fará postar a foto real. Postarei essa com efeito de transformação em desenho, porque assim sempre poderei negar que fiz esse corre. Que ridículo, foto com distanciamento social!
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
O primeiro corre pós início da COVID-19
Um reflexão sobre o COVID-19
A bem da verdade: a pandemia de COVID-19 veio para foder todos nós. O que é pior: as pessoas enloqueceram! É claro que o vírus é perigoso e é fato que mais de 1.000.000 de pessoas morreram ao redor do planeta, mas o que foi feito, da forma como foi feito, foi loucura. A vida como conhecemos simplesmente deixou de existir.
Longe de minimizar qualquer morte, mas considerando apenas matematicamente, o que é 1.000.000 perto de quase 8 bilhões?! É apenas um número desprezível. Claro que isso muda quando trata-se de vidas perdidas, mas desde o início houveram muitas pessoas que não tiveram a opção de se isolar ou de ficar em casa. São os profissionais de serviços essenciais, desde quem trabalha na produção de alimentos até quem os comercializa, profissionais da saúde, bombeiros, forças de segurança pública etc etc etc. A vida deles importa ou somente a de seus familiares e amigos?
Outra parcela da população foi forçada a permanecer em casa, embora uma parte significativa tenha aceitado com prazer. Muitas empresas não tiveram outra saída senão fechar suas portas, sob pena de multas e intervenções governamentais. No Brasil houveram muitas cenas especialmente grotescas, como a de cidadãos sendo retirados à força de praias e parques, enquanto outros enfrentavam diariamente meios de transporte absolutamente lotados, até porque os governadores e prefeitos "gênios" proibiram a circulação de veículos particulares através da instituição de rodízios. Parece claro que deve ser mais seguro estar em um ônibus lotado do que solitário em seu próprio automóvel.
Vimos a maior parte dessa população ser dizimada pelos efeitos do vírus? Não! O vírus é mortal apenas para uma parcela pequena. Sei que não adianta dizer isso para quem perdeu um ente querido, mas nos últimos anos também perdi diversos amigos com menos de 50 anos, por motivos "bobos". Um, de 34 anos, morreu por infecção hospitalar. Outra, de 42, foi internada por um problema na garganta e saiu em um caixão. Outro, que não tinha nem 25 anos, não sobreviveu a uma cirurgia, fora os casos de câncer e infarto. Minha ex, Mel, foi assassinada com 45 anos. Infelizmente pessoas morrem com ou sem COVID-19.
Bares e restaurantes foram fechados por meses. Quando reabriram, o aumento no número de casos não aconteceu ou não foi significativo. Os campeonatos de futebol foram paralisados por meses. Quando o futebol voltou, diversos casos foram reportados, mas absolutamente nenhum jogador morreu, nem dos times milionários, nem daqueles que vendem o almoço para comprar a janta.
No final de semana do feriado de 7 de setembro, boa parte dos paulistanos, já de saco cheio de ficar em casa, decidiu viajar para a praia. As notícias, após duas semanas - que é o tempo de incubação do vírus após infectar um indivíduo - alertavam que o aumento de casos de COVID no litoral chegou a 60%. A realidade: aumentou 3 casos, eram 5, tornaram-se 8.
O que quero dizer com tudo isso: é claro que o vírus é perigoso e mortal, mas não se deve deixar de viver por causa dele. Basta tomar os cuidados, como máscara, alcool gel, manter distancia minima em filas... Vão morrer algumas pessoas?! Vão! Mas morreriam do mesmo modo se não houvesse o COVID. Morrer faz parte, infelizmente. Eu prefiro morrer como homem a viver como rato entocado.
Dito isso, é necessário retornar a março de 2020
Para entender o que aconteceu nesse meio tempo, será necessário retornar a março, quando meus relatos pararam de ser escritos, unicamente porque não se havia mais corres a fazer. Durante o carnaval, em 26 de fevereiro, foi confirmado oficialmente o primeiro caso de coronavírus no Brasil. No dia seguinte, já eram 132 os casos suspeitos. O segundo caso confirmado veio em 29 de fevereiro. Em 2 de março eram 2 casos confirmados e 433 suspeitos...
Na época, eu estava fazendo o corre da Xuxa. Nas duas primeiras vezes que eu e Arianne fomos ao programa, onde ela sempre tira foto com todos após as gravações, não demos sorte. Na primeira, ela correu para o aeroporto de guarulhos para se despedir de Sasha, que estava retornando aos Estados Unidos. Na segunda, tinha que embarcar ao Rio de Janeiro para participar do carnaval. E então houve o primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil. Eu e Arianne ficamos um pouco receosos: será que ela tiraria fotos com os fãs ainda assim??? Felizmente tirou.
Depois disso, entre os dias 4 e 11 de março, fiz um corre de teatro (Precisamos Falar de Amor sem Dizer Eu te Amo, com Priscila Fantin e Bruno Lopes), Martin Barre's Jethro Tull, Gilby Clarke + Matt Sorum + Sebastian Bach, John Cale e Mauro Castano. E então chegou o fatídico dia 14. Alguns shows foram cancelados, mas o daquele dia, da banda The Hellacopters, que se apresentou no Carioca Club, estava confirmadíssimo.
Fazer um corre custa dinheiro, e às vezes custa muito dinheiro. Se eu tiver sorte, pode custar apenas R$4,40, que é o valor de uma passagem de ônibus em São Paulo - com o bilhete único, é possível fazer até quatro embarques em ônibus diferentes em um período de 3 horas. No entanto, para isso acontecer, seria necessário chegar e conseguir fechar a banda em um tempo extremamente curto. Já aconteceu?! Algumas poucas vezes.
Na maior parte das vezes, três horas é tempo insuficiente para finalizar um corre com sucesso. Então, sendo realista, provavelmente eu pagaria R$8,80 para ir e voltar. Mais o preço da foto para autografar, R$6,00, mais provavelmente um lanche no McDonald's, cerca de R$23,00. Contando por baixo, cada corre custa em média R$37,80. Esse valor pode aumentar se for necessário usar outras conduções (como trem ou metrô) ou retornar outros dias para finalizar um corre inacabado.
Se eu soubesse que aquele seria o último corre em muito tempo, eu teria ido, mesmo sem conhecer a banda direito. Descobrir o hotel foi moleza: Ida Edlund, namorada de um dos integrantes entregou o ouro em seu perfil no Facebook. Embora somente essa foto seria o bastante para que eu identificasse corretamente, ela facilitou ainda mais ao adicionar marcação ao hotel. Mais mole que isso, impossível.
Carlos e Jessica me chamaram para acompanha-los, mas preferi ficar em casa. Se eu soubesse que a vocalista do Lucifer, Johanna Sadonis, esposa de Nicke Andersson, veio com o marido, eu os teria acompanhado. Eles tiraram fotos lindas com ela, mas não lamentei muito, pois em breve aconteceria o corre do ano para mim: Sammy Hagar. O problema é que a partir de então foi um festival interminável de cancelamentos, que se estende até hoje. Faltava apenas uma semana, e o show foi simplesmente cancelado!!!
Beleza! Vamos ficar em casa por uma semana, e então estará tudo bem, foi o que pensei. Durante 7 dias, não saí de casa para nada. A bem da verdade, eu tinha tudo o que precisava: cigarro, comida, coca-cola, ração pros gatos... Depois desse período, foi necessário sair para fazer algumas compras. Então comecei a sair duas ou duas vezes por semana somente para o essencial: comprar ração dos gatos, fazer feira, fazer mercado.
Nos primeiros 30 dias não usei máscara. Somente comecei a usar quando isso se tornou obrigatório e os estabelecimentos passaram a exigir para permitir a entrada dos clientes. As saídas se tornaram mais frequentes e diversificadas: McDonalds, correios... Só não fazia corres pois não havia corres a fazer.
Ok, não perdi ninguém devido ao vírus. Nenhum amigo próximo, nenhum parente. Mas não importa, minha família foi dizimada poucos anos antes da pandemia, e perdi amigos próximos também antes da pandemia. Quando o coronavírus chegou, os fracos e doentes já haviam partido, não havia mais quem morrer...
Os meses foram passando... abril, maio, junho, julho, agosto, setembro... e nada da vida retornar ao normal. Então, o chef e restaurateur turco Nusret Gökçe, mais conhecido como Salt Bae, anunciou que viria ao Brasil para gravar filmes publicitários para a Marfrig. A princípio não me interessei muito, muitos amigos me alertaram sobre essa possibilidade de corre, mas não animei. Depois pensei "foda-se, é o que tem pra hoje, ao menos acabarei com essa abstinência do satanás". Eu não o conhecia, mas dane-se, eu estarei. Além do mais, pelos vídeos que ele postava, certamente seria uma figura que valeria a pena conhecer.
Entretanto, no dia das gravações, comi bola, simplesmente esqueci. Alisson foi e conseguiu uma foto bacana com ele, ambos sem máscara! Quando retornou ao hotel, Salt Bae postou uma foto e reconheci imediatamente que se tratava do Renaissance. O problema é que a vi de madrugada, e nesse dia ele seguiria ao Rio de Janeiro, onde gravaria uma live no canal do Youtube de Michel Teló. Sem problemas, eu poderia esperar pela volta. Provavelmente ele ficaria no mesmo hotel. Mas não foi o que aconteceu.
Ele foi e retornou no mesmo dia, de jato particular. No dia seguinte, visitou fazendas e açougues, passou o tempo todo ocupado. De noite, houve uma recepção no hotel Tangará. No dia seguinte, minha dúvida era: ir para o Tangará ou ir para o aeroporto? Anebelle era a única que seria doida o bastante para me acompanhar num corre varzeano desses, então, mesmo sendo doida, a convidei. Ela queria tentar no Tangará, eu no aeroporto. O Tangará sempre foi um hotel chato com fãs. Além do mais, eu estava com saudade de ir ao aeroporto. Mesmo sabendo que o voo seria apenas de noite, decidimos ir cedo.
Que cena triste, meu amigo! Próximo ao desembarque do terminal 3, onde ficava o Bob's, a área foi fechada completamente para reformas. Pelo menos isso, estão aproveitando o tempo quase ocioso para fazer reformas e melhorias. Na área de embarque, um enorme quiosque oferece testes de coronavírus, obrigatórios para chegar na maioria dos países. Como o movimento é mínimo, muitas das portas automáticas foram desativadas e bloqueadas. Mas o mais triste foi ver o quadro de voos, tanto de chegadas, como de partidas. Pouquíssimos voos. Era meio dia e o quadro de chegadas indicava mais meia dúzia de voos naquele dia. Deprimente!
quarta-feira, 11 de março de 2020
Mauro Castano
John Cale
domingo, 8 de março de 2020
Gilby Clarke + Matt Sorum + Sebastian Bach
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Foto: reprodução do Instagram |
Como já estava um pouco melhor, decidi ir relativamente cedo ao aeroporto para tentar conhecer o Powerwolf, já que eu já tinha fotos com o Amon Amarth. Quando cheguei, por volta das 10:00 hs, havia um pequeno grupo de fãs e hunters esperando também. Mas logo descobrimos que foi viagem perdida, pois a banda postou uma foto dentro do avião, se despedindo de São Paulo. Fazer o que, não da para ganhar todas...
Givaldo e Hana aceitaram me acompanhar ao hotel para confirmar as suspeitas. Foi uma longa espera em um dia chuvoso. Um amigo de Givaldo informou que Sorum iria naquele dia para Piracicaba, onde participaria de um evento de lançamento de sua cerveja personalizada. Sheila (não minha ex) e Marcio, que estavam à procura dos músicos, nos viram em frente ao hotel e permaneceram conosco. Houve uma hora em que um carro estacionou, a atriz Regina Casé desembarcou e entrou no hotel. Não houve como aborda-la, mas a abordaríamos se e quando saísse.
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Foto: reprodução do Instagram |
Por volta das 14:30, Sorum saiu do hotel e nos atendeu na maior simpatia. Ele é sempre legal.
Três horas mais tarde, Regina Casé saiu. A abordamos e ela aceitou tirar fotos, desde que fosse rápido, pois estava indo participar das gravações do Faustão. Sempre ouvi dizer que ela era chata, alguns congonheiros sempre falavam mal (embora ela estivesse na lista de Zé Congonhas como uma das "legais"), mas a achei muito simpática.
quinta-feira, 5 de março de 2020
Martin Barre
Em 2019, foi anunciado um show com Martin Barre no Espaço das Américas, acompanhado de Barriemore Barlow, baterista do Jethro Tull de 1971 a 1980. O tecladista do Ozzy Osbourne, Adam Wakeman (filho de Rick Wakeman) seria um convidado especial para esta apresentação. Já em 2020, poucas semanas antes do show, a participação de Barriemore Barlow foi cancelada, sendo substituído por Dee Palmer.
O corre começou na véspera do show, quando Carlos me enviou uma foto com a vista do hotel, postada por Adam Wakeman no Instagram. Não parecia a vista do Renaissance, onde a princípio pensamos que a banda de Martin Barre poderia ficar. Após investigar a vista de alguns hotéis no Google Maps, rapidamente cheguei à conclusão de qual era o hotel correto.
A expectativa confirmou-se na mesma noite, quando Barre postou uma foto em sua página oficial no Facebook: a banda toda reunida, jantando em um restaurante que eu conhecia muito bem, já que participei de muitos almoços familiares no lugar. Reconheci imediatamente o local: ficava na mesma rua e quadra do hotel que identifiquei.
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Foto: reprodução do Facebook |
No dia seguinte, fui cedo, pois tinha a informação de que, em ocasiões anteriores, Barre foi ao local do show muito cedo e passou o resto do dia por lá. Cheguei por volta de 09:00 hs e, como este não é um hotel problemático com fãs, entrei e esperei sentado em um sofá no hall. Não demorou muito e Kevin chegou. Isso tinha um lado bom, pois não gosto de fazer corres sozinho.
Kevin observou que Palmer também fazia seu desjejum no restaurante do hotel. Enquanto esperávamos que ela terminasse a refeição, Martin entrou no hotel e foi direto à recepção, onde disse alguma coisa. Quando virou-se para ir ao elevador, Kevin o chamou. Foi então que percebemos seus sérios problemas de visão: ele tentou ver quem o chamava, mas não fixou o olhar em nossa direção, parecia que não conseguia identificar em que direção ou por quem foi chamado.
Martin Barre tornou-se um senhor extremamente simpático e educado, foi um prazer enorme conhece-lo |
Barre subiu, tomou banho, e desceu novamente. Encontrou-se com o baixista Alam Thomson e com o baterista Darby Todd no hall, e saíram para passear. Abordamos somente Alam, pois não tínhamos certeza se Darby era mesmo Darby - havia um técnico de som parecido com ele, então estávamos em dúvida. Até saber quem era quem, não nos arriscaríamos a fazer uma abordagem errada.
Alam Thomson, o baixista, foi um dos mais simpáticos, pareceu realmente curtir o contato com os fãs |
Dee Palmer finalizou seu café da manhã, e a abordamos quando deixava o restaurante. Também nos atendeu sem problemas, tirando fotos conosco e autografando os álbuns de Kevin.
David, seu nome de nascimento, é hermafrodita, ou seja, nasceu com órgãos genitais masculino e feminino. Na infância, foi criado como menino, assumindo a identidade masculina. Chegou até mesmo a se casar com uma mulher. Três anos após a morte da esposa, em 1998, Palmer assumiu sua identidade transgênero, passando por uma cirurgia de mudança de sexo, e respondendo pelo nome de Dee.
Como seus trabalhos com o Jethro Tull foram concebidos antes da mudança de gênero, o nome creditado nos álbuns foi o de registro (David Palmer).
Independentemente de sua condição intersexual, Dee foi educada e atenciosa, e isso é o que interessa para nós |
Quando Martin, Alam e Darby retornaram, já havíamos solucionado a dúvida com o produtor, então abordamos Darby para tirar uma foto com ele.
Um casal apareceu no hotel para se encontrar Adam Wakeman. Chamado ao hall, ele desceu, foi quando aproveitamos para aborda-lo. Ele nos atendeu e saiu com o casal.
Martin desceu e sentou-se próximo a nós, no mesmo sofá onde estava Kevin. Neste momento, o que aconteceu me deixou totalmente boquiaberto: Anebelle entrou no hotel, desesperada como sempre. Eu jamais imaginaria que ela seria capaz de encontrar o hotel, pensava que ela estava por aí perdida e sem informação, mas fui obrigado a dar o braço a torcer: infelizmente ela aprendeu a fazer corres. Como estava sozinha, ela pediu para que eu tirasse suas fotos, o que concordei. Então, abordou Martin e tirei sua foto com ele.
Os outros integrantes foram descendo e se reunindo no hall, onde estávamos. Marcio, avisado por Anebelle, também chegou ao hotel. Fui tirando as fotos dos dois com cada integrante que aparecia. Dan Crisp, o único integrante que faltava para mim e Kevin, foi o quarto músico a descer. Eu e Kevin finalizamos, mas ainda faltavam dois integrantes para Marcio e Anebelle. No entanto, em menos de cinco minutos, todos desceram, e pudemos finalizar o corre. Ou quase...
Tem vezes que eu gostaria de ser sem noção como Kevin. De manhã, abordou Martin Barre assim que ele chegou ao hotel após os exercícios, conseguiu foto e autógrafo. Depois o abordou novamente para pedir uma palheta (isso é algo que não faço; se já pedi foto e autógrafo, vou ficar pedindo palheta também?). Martin respondeu que não tinha, mas que lhe daria uma mais tarde. Quando desceu, algumas horas depois, cumpriu a promessa e lhe entregou a palheta. Kevin, chato como sempre, pediu para tirar mais uma foto, desta vez segurando a palheta.
Agora, não satisfeito, o abordou mais uma vez, para pedir uma foto com todos os integrantes da banda. Já dava para perceber que Martin, tão gentil e educado na primeira abordagem, começava a ficar de saco cheio. A foto rolou, e até mesmo eu tirei com todos. Mas é complicado, Kevin fica todo o tempo abordando, importunando...
Martin Barre's Jethro Tull + Dee Palmer + Adam Wakeman |
Finalizamos o corre. Fui a uma padaria próxima com Marcio e Anebelle, onde comemos alguma coisa. Enquanto aguardávamos pela comida, Marcio e Anebelle receberam uma mensagem de uma hunter do bem, aquela melhor do que a CIA, dizendo que sabia o hotel, perguntando se queriam a informação.
quarta-feira, 4 de março de 2020
Precisamos Falar de Amor sem Dizer Eu te Amo
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Xuxa, a Rainha dos Baixinhos
Foi o que aconteceu no passado quando amigos a encontraram em eventos, como em um ocorrido no Parque do Ibirapuera. Todos a descreveram como boazinha, atenciosa, que tenta atender todos os fãs: o problema são os próprios fãs, que simplesmente não sabem se comportar. Não é possível tirar uma foto boa com ela, pois está sempre cercada por todos os lados, com cada um querendo ser o próximo a ser atendido. Não sabem se organizar, não sabem ser educados. Ok, eu já vi isso acontecer em corre do Iron Maiden e em poucos outros, mas nos corres que costumo fazer essa é a exceção, jamais a regra.
Em 2019 recebi uma informação muito vaga, dando conta que ela estaria gravando em São Bernardo do Campo e que, quando saía do local das gravações, era possível aborda-la para tentar conseguir uma foto. Pelo que soube, parece que ela abria o vidro do carro, e o fã posava do lado de fora. Não é uma foto muito boa, mas ainda assim é uma foto com a Xuxa. Porém, não animei tentar com as informações que tinha.
No final do ano, entretanto, surgiu a luz no fim do túnel: Deca me disse que seu ex marido trabalhava com a produção de Xuxa, que estava gravando um programa chamado The Four - um reality show musical onde os participantes precisavam batalhar para garantir seus lugares na final do programa. Apenas um deles seria o vencedor e embolsaria o prêmio de R$ 300 mil.
Após cada gravação, Xuxa dispunha-se a tirar uma foto com cada participante da plateia, que era composta por cerca de 500 pessoas. Sim, Xuxa tirava foto com 500 pessoas. Era permitido levar itens para autografar, mas eles deviam ser deixados com a produção no momento da revista e entrega dos termos. Xuxa autografa tudo no camarim, antes de entrar no palco. Após as gravações, os itens podiam ser retirados no mesmo lugar onde foram deixados na entrada.
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Deca presenteou-me com este compatcto da Copa de 1982, que foi devidamente autografado por Xuxa |
- Na primeira vez, em 2019, foi quando seu cachorro morreu. Eu a compreendo perfeitamente, muitas vezes perder um cão é pior que a perda de um membro da família ou, ao menos, tão ruim quanto.
- Na segunda, também em 2019, Xuxa precisava voar ao Rio de Janeiro para despedir-se de Sasha, que embarcaria para os Estados Unidos.
- Na terceira, em 2020, Xuxa também foi se despedir de Sasha, desta vez no aeroporto de Guarulhos. Só sei disso porque Tadeu, um amigo de Brasília que é viajante profissional, estava embarcando para Miami e as encontrou se despedindo. Ele também encontrou com Bruna Marquesine, que também viajava na ocasião. Ele aproveitou para tirar fotos com Xuxa e Bruna.
- Na quarta, na sexta feira em que se iniciava o carnaval 2020, Xuxa teve que correr ao aeroporto para participar do desfile.
Não era poss[ivel nem mesmo agradecer ou falar com ela: mal a foto era batida, o segurança (bem cavalo) já te puxava da formação e empurrava para saída. Os artistas vivem dizendo para não encostar (e, pode observar em minhas fotos, eu já tomei isso como padrão), mas os seguranças não veem problemas em encostar em você. Está certo que a Xuxa tem alguns fãs complicados, mas achei bem errado isso aí, tem que agir contra quem apronta, não contra todos que estão lá apenas para tirar uma foto...
Ao término da segunda gravação que fui - e que Xuxa não atendeu - aproveitei para tentar conseguir fotos com os jurados. Como há várias saídas do lugar, consegui apenas com a Aline Wirley, que saiu na que eu estava. Ela foi super fofinha, atendeu muita gente também, fazendo questão de conversar com cada um. Isso é ótimo pela atenção que você ganha, mas péssimo pelo tempo que é necessário esperar na fila para que chegue a sua vez. Eu estava sem câmera, então tive que me virar com o celular da Deca.
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Aline Wirley |
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Fabíola Fisher venceu uma batalha no terceiro programa mas perdeu no quarto |
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Tita Garcia, uma das candidatas, não foi classificada para batalhar no quarto programa |
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O vocalista do Sioux66, Igor Godoi, perdeu a batalha contra Alma no quarto programa |