segunda-feira, 12 de março de 2018

Londres: Ilona

Exceto se você for fã de Iron Maiden, daqueles que se interessam pelo período 1975-1979, e portanto, sabe quem é Tony Moore, provavelmente jamais ouviu falar de Ilona. Tony foi o único tecladista de uma formação oficial do Iron Maiden, esteve com a banda em 1977. Depois tornou-se um nome conhecido no Reino Unido por ser o tecladista da banda Cutting Crew, e por apresentar programas de rádio e TV com músicos convidados, apresentações ao vivo, entrevistas, críticas e tudo relacionado ao universo musical.

Tony Moore também foi o responsável por gerenciar artistas em início de carreira, incluindo nomes como KT Tunstall, Damien Rice, Imogen Heap, Paolo Nutini, Ed Sheeran, Newton Faulkner, Muse, entre outros. Foi também proprietário da casa de shows The Kashmir Klub. Atualmente, Tony investe seu tempo em uma banda com a jovem e talentosa cantora Ilona, sempre postando clipes e apresentações ao vivo em seu perfil no Facebook. Não tem nada de mais, é um rock básico, mas sinceramente gostei, a voz dela me agrada muito.





























Já que estava a caminho de Londres, pensei "o que me impede de conhecer Ilona?". Sabendo que é uma artista pequena e pouco conhecida, entrei em contato diretamente a partir da página no Facebook. Ela foi muito receptiva e aceitou se encontrar comigo.

O primeiro contato foi feito quando eu ainda estava no Brasil, na véspera da viagem. O segundo foi no meu quarto dia em Londres. Eu ainda estava um pouco confuso quanto à locomoção na cidade, mas teria que aprender rápido, pois ela marcou o encontro para dali a uma hora.












Você conhece o sistema metropolitano londrino? Chamado de underground (não subway, como nos Estados Unidos), conhecido ainda por The Tube, serve grande parte da Grande Londres e as áreas vizinhas de Essex, Hertfordshire e Buckinghamshire, e constitui o sistema de metropolitano mais antigo e extenso do mundo.

Ok, sou de São Paulo, a maior cidade do hemisfério sul, mas é impossível comparar, pois o sistema metropolitano paulistano é ridículo. Tem menos de 50 anos (iniciou a operação comercial em 1974) e até o início deste século tinha apenas três ramais em operação. Eu sempre zuei amigos que vem a São Paulo a partir de outras cidades e estados, e sentem-se perdidos ao ter que fazer uma simples baldeação. Neste dia me senti como eles: teria que entender essa zona e chegar à Ilona em menos de uma hora.

Felizmente tive o auxílio do excelente aplicativo Tube Map. Com o utilíssimo recurso "Route Planner", bastou selecionar a estação inicial (Camden Town) e a final (Earl's Court), que o programa calculou quantas estações haviam até o destino, onde era necessário descer e baldear, que linha e sentido devia-se utilizar em cada desembarque. A única falha é que tive que descobrir por conta própria que, no mesmo trilho, é possível passar trens de linhas diferentes - isso não existe no metrô de São Paulo, então jamais imaginei que pudesse existir no de Londres. Logo, com poucas correções, consegui chegar, e com isso passei a entender como me locomover no sistema metropolitano londrino - isso seria muito útil dali em diante.

Quando finalmente cheguei em Earl's Court, caminhei poucas quadras até encontrar o bar que Ilona mencionou em nossa troca de mensagens. Eu poderia ter entrado, mas preferi aguardar fora do local, então a avisei de minha chegada. Ela saiu toda sorridente, curiosa demais sobre minha história - acho que fui o primeiro fã de fora da Europa a aborda-la desse modo. Me abraçou, me beijou no rosto, foi uma festa, ela é realmente simpática e amigável. Nosso encontro durou cerca de 10 minutos. Eu estava pronto para fazer selfie, mas ela fez a gentileza de chamar um amigo no bar para tirar as fotos.


Tempos depois, fiquei sabendo que toda a banda dela estava no bar na ocasião, incluindo Tony Moore. Ele eu conheci dois dias antes, no Burr Fest, mas poderia ter aproveitado para conhecer também o baterista Matthew Mason, e principalmente a baixista KT Parker (que sempre achei gatinha demais hehe).

Para retornar ao hotel, foi um pouco mais fácil do que na ida, pois eu já estava esperto que era necessário ler para onde cada trem que passasse iria.

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