quinta-feira, 8 de março de 2018

Epica + Jon Secada

Na véspera de nosso voo para Londres, eu e Ysabella nos hospedamos no hotel Pulmann, localizado a menos de 3 quilômetros do aeroporto de Guarulhos. No ano anterior, tive a traumática experiência de quase perder o voo para Belém, no dia em que mudei para a cidade, mesmo saindo de casa com quatro horas de antecedência, devido a um trânsito insano e totalmente não previsto. Desta vez preferi não correr riscos desnecessários. Já imaginou ter a realização de um sonho tão legal arruínada pelo trânsito?! Melhor não dar sorte ao azar...

Eu sabia que nesse dia os integrantes do Epica passariam pelo aeroporto de Guarulhos, vindos da Argentina, e que daria para ve-los na conexão, mas não me preocupei, já que não faria o corre. Pelo contrário: eu usava um app de paquera chamado Hapnn e tinha um encontro essa noite. Não, encontro não... Aventura mesmo!

Uma mulher, que tem mais ou menos a minha idade, trabalhava como corretora de imóveis em São Paulo e morava em Francisco Morato. Ela sugeriu que eu a acompanhasse de trem até sua cidade, para que pudéssemos conversar e nos conhecer. Como não bato bem da cabeça, aceitei. Então, deixei Ysabella no hotel, retornei a São Paulo, a encontrei na Barra Funda, e acompanhei-a em um trem lotado como lata de sardinha até Francisco Morato. Nos despedimos e fiz todo o caminho de volta até o hotel de Guarulhos.

Sim, você entendeu bem: eu estava em um hotel 5 estrelas, viajaria para Londres no dia seguinte, mas atravessei a cidade para literalmente ser espremido em um trem até Francisco Morato. Para ser sincero, gostei muito dela, e acredito que ela de mim. Se eu a tivesse beijado, seria correspondido. Em outra situação, poderíamos viver um romance que talvez durasse muito tempo, mas eu estava na melhor fase da minha vida, super bem de grana, viajando o tempo todo, não tinha como encarar estar com alguém morasse tão longe, o que me obrigaria a ir e voltar o tempo todo.

Já fiz muitos sacrifícios por mulheres nesta vida, mas desta vez não estava a fim, por mais que tenha ficado interessado em encontra-la novamente. Eu a vi duas vezes quando retornei de Londres, mas apenas como corretora, já que ela tentou vender o apartamento de meu avô. Nunca ficamos, e provavelmente foi melhor assim. 

Durante o retorno para Guarulhos, recebi algumas mensagens de Hana, totalmente surpresa, dizendo que o Epica ficou em São Paulo, não seguindo imediatamente para Belo Horizonte, como eu havia calculado. Isso também me pegou de surpresa, é claro. Ela soube porque um dos técnicos de guitarra postou uma foto de cerveja e foi possível ver o nome do lugar impresso no guardanapo embaixo do copo. Era o bar do Bristol International Airport Hotel. Se eu já estivesse na cidade, a teria acompanhado, mas ainda estava distante. Hana foi e conseguiu encontrar os músicos, as fotos rolaram numa boa. 

Jess me chamou para acompanha-la no dia seguinte, mas achei arriscado tentar; mais uma vez, minha preocupação eram os imprevistos no trânsito. Em tese seria totalmente possível mas e se não fosse?! Preferi não arriscar.

Quando cheguei, Ysabella estava totalmente sem graça devido a um pequeno acidente: "Quando você saiu, eu fiquei no bar do hotel bebendo, bebi umas cinco piña coladas. Voltei pro quarto, tomei banho de banheira. Mais tarde pensei em pedir comida no quarto, mas era muito caro, pois tinha taxas de serviço, então desci para comer no restaurante, onde provavelmente seria mais barato. Quando peguei a bandeja para começar a me servir, eu caí que nem merda. Eu estava muito bêbada, de salto, e todo mundo parou para me olhar, foi uma situação totalmente constrangedora".

Não demoramos a dormir e nosso plano era acordar tarde para estarmos totalmente dispostos para a viagem. Na manhã seguinte, quando descemos para tomar café da manhã, que estava incluso na diária, recebi uma mensagem do Carlos, comunicando que Jon Secada estava vindo em um voo que pousaria às 11:15hs no terminal 2. Ele sabia disso graças a um bug no app da Gol, que explorávamos para saber o voo exato em que determinado artista viria. Ele não faria esse corre, mas estava ajudando o Japonês a determinar em qual voo e aeroporto viria Secada.

Com uma oportunidade dessas, dane-se os planos de curtir o hotel. Avisei Ysabella que iríamos mais cedo ao aeroporto, então terminamos o café, subimos para o quarto, recolhemos nossas coisas, descemos, fizemos o check-out e embarcamos no transfer gratuito para o aeroporto. Quando chegamos ao terminal 2, o Japonês já estava por lá. Ainda assim, quase o perdemos. Eu não o reconheci quando ele desembarcou acompanhado por alguém da produção. Não me chamou atenção. Quando o Japonês alertou, ele já estava passando por nós. Demos uma corrida, o abordamos, e as fotos aconteceram fácil, na maior tranquilidade.

Depois do fiasco de 2014, finalmente eu e Jon Secada

Eu e Ysabella enrolamos quase 7 horas no aeroporto até embarcar, mas ao menos valeu a pena.


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