Acredite se quiser: Metallica já foi uma das minhas bandas favoritas. No começo dos anos 90, eu provavelmente não saberia dizer se era mais fã de Iron Maiden ou de Metallica. Estive no primeiro show da banda em São Paulo, no Ginásio do Ibirapuera, em 1989. Em 1993, foram 2 shows no Parque Antarctica, mas eu só tinha dinheiro para comprar um ingresso. Então, no primeiro dia, fui para frente do estádio, onde ao menos poderia ouvir o som. Depois subi em uma árvore e consegui assistir boa parte, porém ela estava cheia de formigas. No dia seguinte, retornei e assisti ao segundo show, desta vez dentro do estádio.
O que veio a seguir me afastou completamente da banda, hoje em dia eu não ouço nem mesmo os álbuns que adorava (todos até o Black Album). Load, Reload, St. Anger, Lulu, a guerra contra o Napster... Some-se a isso o fato de que Kirk Hammett e, principalmente, James Hetfield têm péssima fama no trato com os fãs, eu realmente não tinha mais motivos para ouvi-los, e muito menos para conhece-los. Entretanto, para quem faz corres na quantidade que eu faço, chega uma hora onde é como se fosse uma coleção de figurinhas. E os músicos do Metallica eram figurinhas novas para mim.

Para nossa surpresa, foi rápido: pouco tempo após nossa chegada, os integrantes começaram a sair do hotel para ir ao autódromo de Interlagos, onde se apresentariam no Lollapalooza. Trujillo, sempre gente boa, atendeu a todos, Lars veio em seguida e atendeu também. Kirk foi o terceiro, nós o chamamos e ele a princípio não queria vir até nós, mas quando percebeu que Lars estava conosco, ficou sem graça e veio.
Nesse momento éramos apenas 5 pessoas, e ainda assim Kirk apenas autografou, não quis saber de tirar fotos. É claro que pedimos, mas ele respondeu "talvez amanhã". Fala sério, se não rolou com 5 pessoas, imagine no dia seguinte, quando haveria 50 ou mais fãs?! Para nós, o corre acabou ali, já que sabíamos que James Heatfield não atenderia. Com efeito, ele saiu, nos viu, entrou novamente e, quando saiu estava com o celular no ouvido, fingindo que conversava. Apenas acenou à distância. Quando a banda foi embora do hotel, dois dias mais tarde, havia apenas um fã, mas nem mesmo assim Kirk ou Heatfield atenderam.
Nesse momento éramos apenas 5 pessoas, e ainda assim Kirk apenas autografou, não quis saber de tirar fotos. É claro que pedimos, mas ele respondeu "talvez amanhã". Fala sério, se não rolou com 5 pessoas, imagine no dia seguinte, quando haveria 50 ou mais fãs?! Para nós, o corre acabou ali, já que sabíamos que James Heatfield não atenderia. Com efeito, ele saiu, nos viu, entrou novamente e, quando saiu estava com o celular no ouvido, fingindo que conversava. Apenas acenou à distância. Quando a banda foi embora do hotel, dois dias mais tarde, havia apenas um fã, mas nem mesmo assim Kirk ou Heatfield atenderam.
Trujillo é sempre sociável, sempre gente boa |
Lars também costuma atender aos fãs, especialmente quando não há bagunça nem loucos berrando por perto |
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Assinado por Robert Trujillo, Lars Ulrich e Kirk Hammett |
Carlos, que faz corres desde 1987, conta que "todos os hunters das antigas" tem fotos com o Metallica. Em 1989, quando eu nem sonhava em fazer corres, a banda ficou no Hilton que existia no centro de São Paulo, próximo à praça Roosevelt. "Os músicos eram bonzinhos, todos atenderam, incluindo Kirk, Hetfield e Jason Newsted. Em 1993, ficaram no Crowne Plaza e todos atenderam novamente". Com o passar dos anos, Jason saiu e foi substituído por Trujillo, e Kirk e Hetfield se tornaram malas chatos.
Hoje em dia, é possível conseguir uma foto com Kirk se você estiver em seu dia de sorte. É difícil, mas não impossível. Hetfield é tão mala, mas tão mala, que não aparece nem mesmo no meet & greet que é sorteado para os membros do fã-clube. Em 2019, foi anunciado que ele participaria de um meet & greet pago nos shows de 2020. O preço? 2500 dólares, quando o dólar estava cerca de 4 reais. Porém, 2020 chegou e com ele veio o corona vírus...
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Nem pagando 10.000 reais: conseguir hoje em dia uma foto com James Hetfield é impossível |