Fazia 18 anos que Ace Frehley não vinha ao Brasil, sua última vinda foi com o Kiss em 1999. Carlos conta que, na época, só rolou autógrafos, mas ele não quis tirar foto, assim como Peter Criss. Pode-se dizer, então, que era alguém com quem ninguém tinha conseguido foto.
Isso seria um problema, pois todos os hunters da cidade certamente tentariam, principalmente os "hunters de famosos", que só aparecem quando uma banda série A está na cidade. Para eles, bandas menores não importam, não são fãs de nenhuma. Só se interessam por shows menores quando envolve algum integrante ou ex integrante das bandas grandes, só querem fotos com alguém que todo mundo conheça.
Por esse motivo, Eu, Carlos e Jéssica descartamos ir ao aeroporto para tentar recepciona-lo. Era previsível que "a cidade inteira" estaria lá e que, portanto, hotel provavelmente seria uma aposta melhor. Fomos ao Estanplaza International e aguardamos pela chegada do músico. Após algum tempo, recebi mensagens de Leo contando como foi no aeroporto:
"Quando Ace desembarcou, eu o abordei. Ele foi educado e autografou meus álbuns. Quando eu ia tirar foto com ele, Jonas apareceu ensandecido, tentando forçar selfie. Ace disse que não precisava disso, que atenderia a todos se ele soubesse aguardar a vez, mas ainda assim ele não desgrudava, tentava abraça-lo, ficava cercando, cutucando, berrando. Tanto fez que Ace se emputeceu e começou a berrar, dizendo que a produtora que o contratou era uma porcaria, pois não providenciou seguranças para protege-lo."
Na verdade, havia um "segurança". Era um tour manager, mas com porte físico mais avantajado que o de muito segurança, o cara é enorme. Ele sempre trabalhou para uma produtora de São Paulo, mas não é incomum vê-lo recepcionar artistas de outras produtoras. Eu tive problemas com ele apenas na primeira vez que o encontrei, quando ele me impediu de conseguir a foto com Mike Terrana, então baterista da Tarja, quando já estávamos posando para a foto. Ele o arrancou de perto de mim e o conduziu até a van. Na época, achei que ele fosse um filho da puta, mas o reencontrei em diversas oportunidades depois disso como, por exemplo, quando veio Yngwie Malmsteen, e ele sempre foi legal.
Ele nada poderia fazer contra Jonas naquele dia. Apenas um não daria conta do infeliz histérico. Dentro do hotel do Aeromith, em 2012, eu vi Jonas ser arrastado do Skye por três seguranças, berrando e balançando os pezinhos no ar, após tentar "atacar" Steven Tyler. Quando esse imbecil encontra um músico que realmente gosta, ele se transforma, perde todo o bom senso, o respeito, e age como uma menininha tiete que só sabe berrar. No corre do Twisted Sister, em 2010, ele também aprontou. Posso citar mais uma dezena de estórias, pelo menos, onde ele se comportou mal.
O jeito era esperar que isso não respingasse em nós, que Ace conseguisse se acalmar no percurso ao hotel, e que nos atendesse quando chegasse. Porém, algo que não contávamos aconteceu: apenas a banda chegou ao hotel. Ace foi hospedado em outro. Para piorar o que já estava ruim, houve algum problema com a câmera, então tive que usar um celular sem flash (iPhone 4), e as fotos não ficaram grande coisa. Só não consegui com o baterista Scot Coogan, mas haveriam outras oportunidades.
O jeito era esperar que isso não respingasse em nós, que Ace conseguisse se acalmar no percurso ao hotel, e que nos atendesse quando chegasse. Porém, algo que não contávamos aconteceu: apenas a banda chegou ao hotel. Ace foi hospedado em outro. Para piorar o que já estava ruim, houve algum problema com a câmera, então tive que usar um celular sem flash (iPhone 4), e as fotos não ficaram grande coisa. Só não consegui com o baterista Scot Coogan, mas haveriam outras oportunidades.
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Richie Scarlet, guitarrista do Ace Frehley |
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Chris Wyse, baixista do Ace Frehley |
No dia seguinte, depois do show, eu, Carlos e Jéssica descobrimos que Frehley estava hospedado no mesmo hotel que o Kiss sempre fica quando vem a São Paulo. Fomos até lá, mas nada aconteceu. Na noite seguinte, seria a última possibilidade de conseguir, no aeroporto. Quando o carro com Ace chegou, o "segurança" desembarcou e veio conversar conosco:
"Fala galera, eu sei que vocês são de boa, mas infelizmente não vai rolar, o Ace está muito puto com o que aconteceu na chegada. Ele fez uma reclamação de mim para o dono da produtora, então se vocês virem aquele branquinho, pode avisar que se ele aparecer em banda que eu estiver trabalhando, vou moer ele na porrada. Banda minha ele não pega mais nenhuma, isso eu garanto". A banda embarcou primeiro, então consegui a foto que faltava com o baterista.
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Scot Coogan, baterista do Ace Frehley |
Quando Ace finalmente desceu, após a produção fazer todos os procedimentos de check-in, já entrou no saguão caminhando como um touro brabo, nem olhava para os lados, e ainda protegido pela produção. Como já sabíamos que ele não atenderia, coloquei a câmera em modo vídeo, e a deixei pendurada no pescoço, gravando tudo. Observe: ao contrário de Jonas, eu respeito quando o artista não quer atender. Lamento, mas respeito. Também não berro que nem uma menininha, nem fico cercando. Acompanho à distância, o vídeo deixa isso bem claro. Se quer atender, ok. Se não quer, fazer o que?! O próprio Jonas disse uma vez que sou, usando as palavras dele, "o picture hunter educado".
Jéssica correu até ele, a essa altura já no corredor que antecede o portão de embarque. Incrivelmente ele parou para autografar. Quando vi, corri também e consegui o meu. Foto não rolou, mas ao menos isso.
É foda, né?! Quando uma banda ou um artista anuncia show em São Paulo, eu já penso logo em como será o corre. Tem aquela espera de meses até a chegada do grande dia, todo o planejamento, invisto tempo e dinheiro para ficar cinco segundos na frente do cara... Aí vem um imbecil desequilibrado e simplesmente estraga tudo!!!!
Por fim: houve a comercialização de meet & greet, Se eu tivesse comprado, teria a foto com Ace. Por que não comprei? Simples: estava totalmente sem dinheiro. Esse corre representou outra ruptura exatamente por esse motivo. Um amigo que fazia alguns corres conosco afastou-se de nós porque descobrimos o hotel e não passamos a informação para ele. Lógico que não passamos: ele comprou o meet & greet, Ace era um cara difícil... A foto dele estava garantida, a nossa não. "Ah, mas no meet só poderia autografar 2 itens, eu queria conseguir mais autógrafos". Problema seu! Faça seu corre, fazemos o nosso! Nós somos bons o bastante, não precisamos de sua ajuda! Tanto que descobrimos o hotel, você não!
Por fim: houve a comercialização de meet & greet, Se eu tivesse comprado, teria a foto com Ace. Por que não comprei? Simples: estava totalmente sem dinheiro. Esse corre representou outra ruptura exatamente por esse motivo. Um amigo que fazia alguns corres conosco afastou-se de nós porque descobrimos o hotel e não passamos a informação para ele. Lógico que não passamos: ele comprou o meet & greet, Ace era um cara difícil... A foto dele estava garantida, a nossa não. "Ah, mas no meet só poderia autografar 2 itens, eu queria conseguir mais autógrafos". Problema seu! Faça seu corre, fazemos o nosso! Nós somos bons o bastante, não precisamos de sua ajuda! Tanto que descobrimos o hotel, você não!
Há alguns meses atrás eu tive uma conversa com o Jonas a respeito. Após uma sucessão de casos comigo, todos em relação ao Rock Nacional (com músicos com grande história, mas que passam batidos na rua).
ResponderExcluirFomos no Made in Brazil e, após o show, subimos ao foyer do teatro. Conversei com alguns integrantes (que já me conhecem de vista) e com pessoas que encontrei no show que há muitos anos eu não os via.
Enquanto isso, passava alguém, e ele ficava gritando "Disposto, Disposto", "tira, tira, tira a foto", etc. Porra, além da falta de educação em me interromper em conversas, o foyer estava cheio. Qualquer um poderia tirar a foto para ele.
Uma outra ocasião: estávamos em um evento beneficente para arrecadar dinheiro em prol do tratamento do Franklin Paolillo (baterista do Made in Brazil, Joelho de Porco, Rita Lee & Tutti Frutti, Camisa de Vênus, Jessé, etc.), onde vários músicos participariam. O show era muito interessante, pois seria uma Jam com Blues e Rock.
Em caráter de huntear, me interessava um autógrafo do Faiska, um do Daniel Gerber (guitarrista do Made no disco Deus Salva...O Rock Alivia). Foto e autógrafo mesmo, me interessava o Sérgio Della Monica (baterista que substituiu o Franklin no Tutti Frutti, e tocou em praticamente todos os discos do Cazuza - a chance de ter autografos no disco do Cazuza).
O Sérgio estava sentado lá fora, fumando e conversando com um amigo, sentado no mesmo banco de praça.
Eu estava lá esperando ele terminar o cigarro e o papo com o amigo, para após isso pedir licença e entregar os encartes. Foi quando Jonas me viu parado ali, perguntou quem era. Eu confirmei a ele, para que? O bicho ficou desesperado. Agitado ao extremo. Como se o cara fosse entrar em um portal e sumir.
Eu estava incomodado e envergonhado. Eu já estava há uns 5 minutos esperando. Fiz amizade com o filho do Sérgio enquanto isso. Ele contou algumas histórias da época e tal. Aí o Jonas chega, interrompe a conversa, começa a falar "não acredito" umas trocentas vezes, passa a mão no rosto do cara...pqp
Depois de alguns meses, quando tive a oportunidade, falei tudo isso ao Jonas. Pô, até o Bacia disse da postura do Jonas com o Ace.
Jonas pediu desculpas, disse que entendeu, me deu toda a razão. Mas não fizemos mais corre juntos...