quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Xuxa, a Rainha dos Baixinhos

Maria da Graça Meneghel, ou simplesmente Xuxa, é um dos maiores nomes entre as celebridades nacionais. Ela construiu o maior império de entretenimento infanto-juvenil ibero-americano. É uma unanimidade, indiscutível, então é claro que era alguém que eu gostaria de conhecer. Por muitos anos, entretanto, nem ao menos considerei a possibilidade de tentar, pois achava que seria algo que beirasse o impossível.

As dificuldades eram muitas. Com um patrimônio que ultrapassa 700 milhões de reais, Xuxa é uma das poucas artistas que não utiliza voos comerciais, apenas jato privado. Sim, ela tem seu próprio avião, e espera-la em Congonhas jamais seria uma opção. Mesmo se fosse, sua base de fãs não seria a mais educada, civilizada ou organizada. Se ela desembarcasse aleatoriamente, tudo bem, desde que eu tivesse a sorte de estar no desembarque. Porém, se os fãs desconfiassem de sua vinda - por um story postado no Instagram, por exemplo - seria o que já conheço bem de corres com artistas que atraem público jovem: aeroporto lotado, berros, choro, um querendo passar por cima do outro...

Foi o que aconteceu no passado quando amigos a encontraram em eventos, como em um ocorrido no Parque do Ibirapuera. Todos a descreveram como boazinha, atenciosa, que tenta atender todos os fãs: o problema são os próprios fãs, que simplesmente não sabem se comportar. Não é possível tirar uma foto boa com ela, pois está sempre cercada por todos os lados, com cada um querendo ser o próximo a ser atendido. Não sabem se organizar, não sabem ser educados. Ok, eu já vi isso acontecer em corre do Iron Maiden e em poucos outros, mas nos corres que costumo fazer essa é a exceção, jamais a regra.

Em 2019 recebi uma informação muito vaga, dando conta que ela estaria gravando em São Bernardo do Campo e que, quando saía do local das gravações, era possível aborda-la para tentar conseguir uma foto. Pelo que soube, parece que ela abria o vidro do carro, e o fã posava do lado de fora. Não é uma foto muito boa, mas ainda assim é uma foto com a Xuxa. Porém, não animei tentar com as informações que tinha.

No final do ano, entretanto, surgiu a luz no fim do túnel: Deca me disse que seu ex marido trabalhava com a produção de Xuxa, que estava gravando um programa chamado The Four - um reality show musical onde os  participantes precisavam batalhar para garantir seus lugares na final do programa. Apenas um deles seria o vencedor e embolsaria o prêmio de R$ 300 mil.


Após cada gravação, Xuxa dispunha-se a tirar uma foto com cada participante da plateia, que era composta por cerca de 500 pessoas. Sim, Xuxa tirava foto com 500 pessoas. Era permitido levar itens para autografar, mas eles deviam ser deixados com a produção no momento da revista e entrega dos termos. Xuxa autografa tudo no camarim, antes de entrar no palco. Após as gravações, os itens podiam ser retirados no mesmo lugar onde foram deixados na entrada.

Deca presenteou-me com este compatcto da Copa de 1982, que foi devidamente autografado por Xuxa

Era muitíssimo raro Xuxa não atender. Até onde sei, aconteceu apenas 4 vezes (e eu estava em duas delas, ó vida, ó azar). É apenas para evitar reclamações ou processos nas ocasiões em que ela não puder atender. 
  • Na primeira vez, em 2019, foi quando seu cachorro morreu. Eu a compreendo perfeitamente, muitas vezes perder um cão é pior que a perda de um membro da família ou, ao menos, tão ruim quanto.
  • Na segunda, também em 2019, Xuxa precisava voar ao Rio de Janeiro para despedir-se de Sasha, que embarcaria para os Estados Unidos.
  • Na terceira, em 2020, Xuxa também foi se despedir de Sasha, desta vez no aeroporto de Guarulhos. Só sei disso porque Tadeu, um amigo de Brasília que é viajante profissional, estava embarcando para Miami e as encontrou se despedindo. Ele também encontrou com Bruna Marquesine, que também viajava na ocasião. Ele aproveitou para tirar fotos com Xuxa e Bruna.
  • Na quarta, na sexta feira em que se iniciava o carnaval 2020, Xuxa teve que correr ao aeroporto para participar do desfile.
Como já disse antes, quem cuidou de todo o meu processo de participação, bem como da Arianne, foi a Deca. Apenas mandamos nossos nomes e números dos documentos para ela, que fez todo o resto. 

Não tivemos sorte nas duas primeiras vezes que fomos. Na terceira, como faz normalmente, ela tirou foto com as mais de 500 pessoas que compunham a plateia. Para atender esse número absurdo, tudo era feito de maneira quase robotizada: formavam-se algumas filas, e todos deveriamm olhar para frente o tempo todo. Xuxa vinha por trás, posava por meio segundo, sempre sorrindo. O fotógrafo batia uma foto, e repetiam os procedimentos com quem estava ao lado. Deste modo, ela conseguia esvaziar o lugar em apenas 10 ou 15 minutos.

Não era poss[ivel nem mesmo agradecer ou falar com ela: mal a foto era batida, o segurança (bem cavalo) já te puxava da formação e empurrava para saída. Os artistas vivem dizendo para não encostar (e, pode observar em minhas fotos, eu já tomei isso como padrão), mas os seguranças não veem problemas em encostar em você. Está certo que a Xuxa tem alguns fãs complicados, mas achei bem errado isso aí, tem que agir contra quem apronta, não contra todos que estão lá apenas para tirar uma foto...


Ao término da segunda gravação que fui - e que Xuxa não atendeu - aproveitei para tentar conseguir fotos com os jurados. Como há várias saídas do lugar, consegui apenas com a Aline Wirley, que saiu na que eu estava. Ela foi super fofinha, atendeu muita gente também, fazendo questão de conversar com cada um. Isso é ótimo pela atenção que você ganha, mas péssimo pelo tempo que é necessário esperar na fila para que chegue a sua vez. Eu estava sem câmera, então tive que me virar com o celular da Deca.

Aline Wirley

Fabíola Fisher venceu uma batalha no terceiro programa mas perdeu no quarto

Tita Garcia, uma das candidatas, não foi classificada para batalhar no quarto programa
O vocalista do Sioux66, Igor Godoi, perdeu a batalha contra Alma no quarto programa

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Eros Ramazzotti

Após o fiasco do corre de 2016 e do cancelamento dos shows de 2019, eu deveria estar com sangue nos olhos para me encontrar com Eros Ramazzotti, certo?! Errado! Eu simplesmente esqueci da vinda dele ao Brasil. Em janeiro, montei uma planilha com todos os shows do ano mas, por alguma falha, não anotei esse, então passou completamente batido. Não fosse Marcelo Zava perguntar "E o Eros, quando vamos?", teríamos perdido o dia. Após consultar as datas no site oficial do artista, minha resposta foi algo como "fodeu, é hoje!". 

Rapidamente fizemos o planejamento, e concluímos que o melhor seria tentar após o show. A dúvida é se tentaríamos no hotel ou na saída do evento. Outros hunters nos contaram como foi quando ele saiu do hotel para o show - atendeu, mas apenas tirou foto coletiva - e também sabíamos que haveria gente demais esperando por ele no hotel, então pareceu uma boa ideia tentar no Espaço das Américas. 

Quando chegamos, identificamos logo que teríamos problemas, pois o carro estava estrategicamente pronto para partir, já com a porta aberta. Ouvimos uma menina da produção dizer que ele sairia direto, sem parar. A mesma menina solicitou que o local fosse gradeado para impedir qualquer contato com os fãs. Se Eros quisesse atender, nada disso seria problema, mas sabíamos que ele não foi tão legal de tarde, quando aceitou apenas a foto coletiva. 

Concluímos que era melhor tentar na chegada ao hotel. Lá, conosco, havia nove pessoas - e uma delas era Anebelle* que, pra variar, estava nervosa e surtadinha. Ela sempre pode estragar qualquer corre, mas aquele, felizmente, não era o dia. Quando o carro chegou, Eros atendeu a todos com fotos e autógrafos. Meio doido, ele dava um gritos "do nada" de vez em quando. Se recusou a retirar outra foto com Anebelle que, pra variar, achou que a foto ficou ruim e queria outra - ela nunca se contenta com apenas uma.


sábado, 15 de fevereiro de 2020

Lacuna Coil e Uncured

Meu terceiro corre do Lacuna Coil - e primeiro do Uncured - começou como todos, com o planejamento, que sempre é feito em conjunto com Carlos e Jéssica, já que faço a maioria dos corres com eles. Embora tivéssemos uma noção muito boa, havia dúvidas sobre qual hotel a banda ficaria e também por qual aeroporto chegaria.

Claro que qualquer banda vinda de cidades brasileiras poderia pousar em qualquer um dos aeroportos, Congonhas ou Guarulhos, mas geralmente há padrões bem definidos que interferem em nossa tomada de decisão. Muitas vezes é uma simples questão de preço: os vôos que chegam em Guarulhos tendem a ser mais baratos do que os que chegam em Congonhas.

Há exceções: a Liberation, produtora responsável por traze-los ao Brasil, não tem um padrão claramente definido. No passado, enviou duas bandas que compartilharam o mesmo palco no mesmo evento, para a mesma cidade, cada uma por um aeroporto. A chance de acertar o aeroporto era de 50% - mas eu teria acertado se tivesse seguido minha intuição, Guarulhos. Entretanto, optei por ir ao hotel, onde a chance de acerto era de 33%, já que tínhamos 3 possibilidades em mente.

O hotel correto era um dos que pensamos inicialmente, mas não o que resolvi arriscar primeiro. Encontrei com uma amiga querida, que eu não via há anos. Ela estava acompanhada por outras quatro amigas. Logo, éramos seis. Como nada acontecia no hotel onde estávamos, e a Jéssica ainda estava a caminho - Carlos resolveu não fazer este corre - pedimos para que ela desviasse o caminho e verificasse o segundo hotel. Desta vez, o palpite estava correto, portanto solicitamos duas corridas pelo Uber e seguimos para lá.

Quando chegamos, Jéssica estava com um amigo minúscula na área de fumantes do hotel que, é claro, é destinada aos hóspedes. Fui até lá apenas para cumprimenta-la, mas as meninas que me acompanhavam também foram, o que lotou o espaço. Na sequência, o baixista do Uncured apareceu para fumar (cigarro eletrônico). Enquanto o amigo da Jéssica conversava com ele, alertei que seria melhor sairmos de lá e esperar na calçada em frente ao hotel, pois ali tinha muita gente e, se algum hóspede quisesse utilizar a área, teria dificuldades, pois estávamos lotando o lugar. Mal terminei de falar e uma das funcionárias do hotel, a mais mal-educada, apareceu para nos expulsar: "vocês devem atravessar a rua e esperar calçada". Até parece...

Naquela tarde, quase nada aconteceu. Apenas o novo baterista do Lacuna Coil, Richard Meiz, apareceu para falar conosco.

Richard Meiz, baterista do Lacuna Coil

Mais 3 fãs se juntaram a nós e, nesse momento, éramos 11 pessoas. Isso é muita gente mas, quando se trata de bandas de gothic metal, sempre é possível piorar. Quando as bandas saíram para o local do show, alguns chamaram o nome dos integrantes, principalmente de Andrea Ferro e Cristina Scabbia. Quase todos os músicos sinalizaram que atenderiam, mas somente quando voltassem, o que significa muitas horas depois. A maioria dos fãs seguiu para o show, eu voltei para casa, pois não faria sentido esperar mais seis horas.

De noite, Roberto ficou de passar em minha casa. O GPS não estava localizando o número, então tivemos um desencontro que nos atrasou em quase dez minutos, até que conseguíssemos nos encontrar. Isso parecia especialmente ruim, pois deveríamos estar no hotel às 22:00 hs, e agora tínhamos menos de 20 minutos para chegar. Por sorte, o trânsito estava livre. Por mais sorte ainda, encontramos a melhor das vagas para estacionar na rua, vazia como se estivesse à nossa espera. Em apenas dois minutos, a van com os integrantes do Lacuna Coil chegou - quase que o atraso do GPS nos custou muito caro.

Avançamos um pouco na área de manobra de veículos do hotel para poder chamar pela banda, fazer os integrantes perceberem que estávamos lá. Outro funcionário mal-educado não perdeu tempo em incomodar: colocou-se entre nós e a banda, enquanto berrava para sairmos, pois aquela era uma propriedade particular. Esse cara é tão babaca que até mesmo quando estou hospedado - o que já aconteceu algumas vezes - tenta barrar a minha entrada. Por isso, quando hóspede, faço questão de ser o mais desagradável possível para ele e para a outra funcionária que nos incomodou de tarde, pois é assim que sou tratado por eles quando não estou hospedado - ou até mesmo quando estou. Além disso, sempre escrevo para a matriz do hotel no exterior fazendo reclamações sobre cada um deles. Mesmo que cumpram ordens, chegam sempre na maldade, sempre na má educação.

Ele foi devidamente ignorado, é claro, e a banda veio nos atender. Minha foto com Andrea não ficou tão boa, mas ok, já tenho com ele em outras oportunidades. Para ser sincero, eu não vi Marco - Jéssica conseguiu com ele, que logo subiu, antes mesmo que eu percebesse que esteve ali.

A sempre simpática Cristina Scabbia, vocalista do Lacuna Coil
Andrea Ferro, vocalista do Lacuna Coil. Sempre gente boa
Diego Cavallotti, guitarrista do Lacuna Coil
Mais uma com Richard Meiz. Desta vez, maquiado na volta do show
Missão cumprida, retornamos à calçada. Os meninos do Uncured não chegaram desde que saíram para o Carioca Club, então ainda esperávamos por eles. À distância, foi possível ver que Cristina e Andrea subiram, mas Diego e Richard permaneceram um bom tempo com os fãs, cujo número só aumentava com o passar do tempo. Naquela hora, cerca de 50 estavam com eles.

Quando o Uncured chegou, a molecada mostrou o quanto é gente boa e não se importou em tirar fotos e confraternizar conosco por um bom tempo. Grande noite! 👍

Uncured: Micah Smith (baixo), Liam Manley (bateria), Zak Cox (guitarra), Rex Cox (vocal)
Micah Smith não se posicionou direito na primeira foto. Sem problemas, tiramos mais uma!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Ronnie Von

Fazia pelo menos seis anos que Alvaro esperava por uma oportunidade para conhecer Ronnie Von que, idoso e provavelmente sem tanta intimidade com a tecnologia, não administra diretamente seus perfis em redes sociais, tornando-se extremamente difícil descobrir quando e onde ele estará. Quando descobríamos onde esteve, não estava mais, e isso era um pouco frustrante.

Em 2019 houve três oportunidades, todas perdidas. Tentei encontra-lo na pré-estreia do filme de Edir Macedo, Nada a Perder 2, que aconteceu no Shopping Bourbon. Fiquei próximo à entrada do teatro, onde o evento aconteceu, mas ele chegou pela garagem. Na saída, tentei na garagem, mas ele saiu pelo teatro. Naquele dia, tirei cerca de 45 fotos com sub-celebridades diversas, mas perdi meus dois alvos principais: ele e Gugu, que não apareceu. Poucos meses depois, Gugu faleceu. A segunda oportunidade foi em um evento com o Caçulinha. Ronnie era um dos convidados, mas simplesmente não apareceu. A terceira ocasião foi quando ele foi entrevistado na Kiss FM. Eu não poderia ir e Alvaro ficou receoso de tentar em um lugar em que ele não conhecia o esquema, perdendo foto fácil e certa.

Nesta manhã, Alvaro perguntou se eu iria com ele tentar conhecer Ronnie Von, que estaria presente em uma apresentação de seu filho Léo no Paris 6 Burlesque, na Rua Augusta. Confirmei que iria. Na verdade,  já tenho foto com Ronnie, mas nunca gostei dela. Em 2012, no Café Paon, em Moema, Ronnie chegou ao local praticamente na hora do show, então imaginei que faria o mesmo desta vez. Alvaro me disse que a apresentação começaria às 21:00 hs, perguntando que horas deveríamos chegar. Respondi que às 20:00 hs parecia um bom horário.

Ficamos na porta do lugar, mas nem sinal dele. O manobrista nos disse que ele chegou cedo, com o filho, e não saiu mais. O desespero de Alvaro era tamanho, que ele tentou comprar ingresso para entrar no local, mas o sistema de venda online já havia finalizado, devido à proximidade de inicio do evento. Sendo assim, fomos comer alguma coisa e retornamos ao local para tentar a saída.

Quando terminou, Léo Von saiu, mas apenas para retirar o carro do estacionamento, que tem horário para fechar. Ao estacionar em frente ao local, o abordamos e conversamos por dois ou três minutos. Ele foi bastante simpático e disse que seu pai não demoraria a sair. Na verdade, demorou - mas isso foi bom, porque deu tempo para que a frente do lugar esvaziasse.

Por volta da meia noite, Ronnie saiu sozinho, já perguntando quem o estava esperando: "meu filho avisou". Foi extremamente simpático e agradável, tivemos pelo menos cinco minutos de boa conversa. Alvaro disse que sua mãe é extremamente fã, e Ronnie sugeriu que ele gravasse um vídeo com uma mensagem dele para ela. Foi um corre que era para ser curto, acabou sendo longo, mas com final delicioso.


Naquele dia, houve também um vacilo: o apresentador de televisão Amaury Junior ficou cerca de dois minutos ao nosso lado, esperando pelo carro que viria busca-lo, e simplesmente não o reconhecemos. Só nos ligamos que era ele pois o carro que veio busca-lo era o do programa. Seria um bônus interessante. Seria...

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Dave Bickler

Em 2019, o vocalista original do Survivor se apresentaria em Londres em 11 de março. Eu estaria no Reino Unido nesta data, mas retornando de Liverpool para Londres. No dia seguinte, ainda de madrugada, partiria meu voo para Veneza. Fazer esse corre seria possível, mas um tanto arriscado pois, em uma cidade em que eu não estava 100% familiarizado, o risco de não conseguir chegar ao aeroporto por perder a última condução era real. Mesmo assim, me dispus a tentar.


Entretanto, meus planos foram frustrados quando o ônibus que me trouxe de Liverpool chegou quase uma hora atrasado em seu destino, a estação Victoria. De lá, ao invés de ir ao local do show, para tentar vê-lo na saída, tive que abortar o plano e seguir diretamente para a estação Stratford, de onde deveria tomar o trem para o aeroporto de Stansted. Ainda assim tive problemas mas, bem, isso é uma outra história. O que importa aqui é que não consegui nem ao menos tentar ver um artista que até então jamais se apresentara no Brasil. 

Eu acreditei ter perdido para sempre a oportunidade, pois dificilmente algum produtor brasileiro o traria ao Brasil. O pior é que, poucos meses depois, ele se apresentou em Santiago, junto com outros  nomes raros no Brasil: Bobby Kimball (vocalista original do Toto), Joe Lynn Turner (ex vocalista de Deep Purple e Rainbow) e Fran Cosmo (ex vocalista do Boston). Eu não tenho foto com nenhum deles. O único que recordo já ter vindo ao país, ao menos no tempo em que faço corres, é Joe Lynn Turner, mas foi na época em que eu tentava conhecer somente quem sou realmente fã - e este não era o caso.

Foi então que o destino me surpreendeu mais uma vez com meu amigo Silvio, da Open the Road Agency, que anunciou a vinda do vocalista ao país, menos de um ano após a oportunidade perdida. Contra todos os prognósticos, eu teria a minha chance de conhece-lo.

Mas era difícil determinar o dia exato da chegada dele. Como viria sozinho, para tocar com uma banda de brasileiros, era certo esperar que chegasse alguns dias antes, para que pudesse ensaiar para as apresentações no país. Eu até poderia perguntar para o Sílvio, ele é meu amigo e provavelmente responderia, mas não é o tipo de coisa que costumo fazer. Não gosto de ficar enchendo o saco dos outros. Então, fiquei monitorando: quando tive certeza que ele já estava no Brasil - através de um anúncio de um programa de rádio, é que pude pensar em agir.


Até era possível ir à rádio e fazer o corre lá. Como eu havia combinado com o Marcelo Zava que iria com ele, e ele não estava respondendo às minhas mensagens, optei por ir ao hotel mais tarde. Ele passou em minha casa, na zona oeste, as 18:40. Teríamos que passar pelas avenidas Dr. Arnaldo e Paulista a essa hora. Quem mora em São Paulo sabe que não é fácil, muito trânsito. Chegamos ao hotel por volta das 19:50. Entramos e esperamos no máximo cinco minutos até que ele aparecesse, vindo da rua, carregando algumas compras de mercado.

O abordamos e ele foi extremamente simpático e solícito. Por algum motivo, tirei duas fotos do Zava com ele em que o flash não disparou. Ficaram boas mas, na minha vez, o flash funcionou. Bickler pediu para eu tirar mais uma dele com o Zava. Assinou às fotos que levamos sem problema algum. Nos disse que chegou de manhã cedo de New York, e que estava extremamente cansado, então subiria para descansar.


Quando cheguei em casa, mandei as fotos e os relatos para Zé, um amigo, ex produtor, que é muito fã de Survivor. Como ele mesmo definiu "o que é o Iron Maiden para você é o Survivor para mim". Depois, fui comer alguma coisa, ficar um pouco com a mulher. Quando retornei para o computador, mais uma surpresa: Zé enviou minha foto para o vocalista, que é seu amigo no Facebook. Bickler gostou tanto que a postou em seu perfil no Instagram. Sensacional! Um dos melhores e mais curtos corres de todos os tempos.


Zé comprou o ingresso do show e do meet & greet, mas tinha muitos itens para autografar e, no meet, só poderia levar dois. Ele explicou a situação para Bickler, que entendeu e agendou um horário para encontra-lo no hotel, pouco antes de virem busca-lo para o ensaio com a banda. Desnecessário dizer que autografou tudo. 

O Zé me disse: "O que mais ele repetia é de como as pessoas aqui são legais.  Falou da rádio... Dos caras que foram no hotel... Você e seu amigo.... Dos funcionários... Pqp!". Por mais artistas assim, por favor!

Zé encontrou-se com o vocalista antes do ensaio. Bickler assinou tudo com o maior prazer