sábado, 15 de fevereiro de 2020

Lacuna Coil e Uncured

Meu terceiro corre do Lacuna Coil - e primeiro do Uncured - começou como todos, com o planejamento, que sempre é feito em conjunto com Carlos e Jéssica, já que faço a maioria dos corres com eles. Embora tivéssemos uma noção muito boa, havia dúvidas sobre qual hotel a banda ficaria e também por qual aeroporto chegaria.

Claro que qualquer banda vinda de cidades brasileiras poderia pousar em qualquer um dos aeroportos, Congonhas ou Guarulhos, mas geralmente há padrões bem definidos que interferem em nossa tomada de decisão. Muitas vezes é uma simples questão de preço: os vôos que chegam em Guarulhos tendem a ser mais baratos do que os que chegam em Congonhas.

Há exceções: a Liberation, produtora responsável por traze-los ao Brasil, não tem um padrão claramente definido. No passado, enviou duas bandas que compartilharam o mesmo palco no mesmo evento, para a mesma cidade, cada uma por um aeroporto. A chance de acertar o aeroporto era de 50% - mas eu teria acertado se tivesse seguido minha intuição, Guarulhos. Entretanto, optei por ir ao hotel, onde a chance de acerto era de 33%, já que tínhamos 3 possibilidades em mente.

O hotel correto era um dos que pensamos inicialmente, mas não o que resolvi arriscar primeiro. Encontrei com uma amiga querida, que eu não via há anos. Ela estava acompanhada por outras quatro amigas. Logo, éramos seis. Como nada acontecia no hotel onde estávamos, e a Jéssica ainda estava a caminho - Carlos resolveu não fazer este corre - pedimos para que ela desviasse o caminho e verificasse o segundo hotel. Desta vez, o palpite estava correto, portanto solicitamos duas corridas pelo Uber e seguimos para lá.

Quando chegamos, Jéssica estava com um amigo minúscula na área de fumantes do hotel que, é claro, é destinada aos hóspedes. Fui até lá apenas para cumprimenta-la, mas as meninas que me acompanhavam também foram, o que lotou o espaço. Na sequência, o baixista do Uncured apareceu para fumar (cigarro eletrônico). Enquanto o amigo da Jéssica conversava com ele, alertei que seria melhor sairmos de lá e esperar na calçada em frente ao hotel, pois ali tinha muita gente e, se algum hóspede quisesse utilizar a área, teria dificuldades, pois estávamos lotando o lugar. Mal terminei de falar e uma das funcionárias do hotel, a mais mal-educada, apareceu para nos expulsar: "vocês devem atravessar a rua e esperar calçada". Até parece...

Naquela tarde, quase nada aconteceu. Apenas o novo baterista do Lacuna Coil, Richard Meiz, apareceu para falar conosco.

Richard Meiz, baterista do Lacuna Coil

Mais 3 fãs se juntaram a nós e, nesse momento, éramos 11 pessoas. Isso é muita gente mas, quando se trata de bandas de gothic metal, sempre é possível piorar. Quando as bandas saíram para o local do show, alguns chamaram o nome dos integrantes, principalmente de Andrea Ferro e Cristina Scabbia. Quase todos os músicos sinalizaram que atenderiam, mas somente quando voltassem, o que significa muitas horas depois. A maioria dos fãs seguiu para o show, eu voltei para casa, pois não faria sentido esperar mais seis horas.

De noite, Roberto ficou de passar em minha casa. O GPS não estava localizando o número, então tivemos um desencontro que nos atrasou em quase dez minutos, até que conseguíssemos nos encontrar. Isso parecia especialmente ruim, pois deveríamos estar no hotel às 22:00 hs, e agora tínhamos menos de 20 minutos para chegar. Por sorte, o trânsito estava livre. Por mais sorte ainda, encontramos a melhor das vagas para estacionar na rua, vazia como se estivesse à nossa espera. Em apenas dois minutos, a van com os integrantes do Lacuna Coil chegou - quase que o atraso do GPS nos custou muito caro.

Avançamos um pouco na área de manobra de veículos do hotel para poder chamar pela banda, fazer os integrantes perceberem que estávamos lá. Outro funcionário mal-educado não perdeu tempo em incomodar: colocou-se entre nós e a banda, enquanto berrava para sairmos, pois aquela era uma propriedade particular. Esse cara é tão babaca que até mesmo quando estou hospedado - o que já aconteceu algumas vezes - tenta barrar a minha entrada. Por isso, quando hóspede, faço questão de ser o mais desagradável possível para ele e para a outra funcionária que nos incomodou de tarde, pois é assim que sou tratado por eles quando não estou hospedado - ou até mesmo quando estou. Além disso, sempre escrevo para a matriz do hotel no exterior fazendo reclamações sobre cada um deles. Mesmo que cumpram ordens, chegam sempre na maldade, sempre na má educação.

Ele foi devidamente ignorado, é claro, e a banda veio nos atender. Minha foto com Andrea não ficou tão boa, mas ok, já tenho com ele em outras oportunidades. Para ser sincero, eu não vi Marco - Jéssica conseguiu com ele, que logo subiu, antes mesmo que eu percebesse que esteve ali.

A sempre simpática Cristina Scabbia, vocalista do Lacuna Coil
Andrea Ferro, vocalista do Lacuna Coil. Sempre gente boa
Diego Cavallotti, guitarrista do Lacuna Coil
Mais uma com Richard Meiz. Desta vez, maquiado na volta do show
Missão cumprida, retornamos à calçada. Os meninos do Uncured não chegaram desde que saíram para o Carioca Club, então ainda esperávamos por eles. À distância, foi possível ver que Cristina e Andrea subiram, mas Diego e Richard permaneceram um bom tempo com os fãs, cujo número só aumentava com o passar do tempo. Naquela hora, cerca de 50 estavam com eles.

Quando o Uncured chegou, a molecada mostrou o quanto é gente boa e não se importou em tirar fotos e confraternizar conosco por um bom tempo. Grande noite! 👍

Uncured: Micah Smith (baixo), Liam Manley (bateria), Zak Cox (guitarra), Rex Cox (vocal)
Micah Smith não se posicionou direito na primeira foto. Sem problemas, tiramos mais uma!

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