quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Dave Bickler

Em 2019, o vocalista original do Survivor se apresentaria em Londres em 11 de março. Eu estaria no Reino Unido nesta data, mas retornando de Liverpool para Londres. No dia seguinte, ainda de madrugada, partiria meu voo para Veneza. Fazer esse corre seria possível, mas um tanto arriscado pois, em uma cidade em que eu não estava 100% familiarizado, o risco de não conseguir chegar ao aeroporto por perder a última condução era real. Mesmo assim, me dispus a tentar.


Entretanto, meus planos foram frustrados quando o ônibus que me trouxe de Liverpool chegou quase uma hora atrasado em seu destino, a estação Victoria. De lá, ao invés de ir ao local do show, para tentar vê-lo na saída, tive que abortar o plano e seguir diretamente para a estação Stratford, de onde deveria tomar o trem para o aeroporto de Stansted. Ainda assim tive problemas mas, bem, isso é uma outra história. O que importa aqui é que não consegui nem ao menos tentar ver um artista que até então jamais se apresentara no Brasil. 

Eu acreditei ter perdido para sempre a oportunidade, pois dificilmente algum produtor brasileiro o traria ao Brasil. O pior é que, poucos meses depois, ele se apresentou em Santiago, junto com outros  nomes raros no Brasil: Bobby Kimball (vocalista original do Toto), Joe Lynn Turner (ex vocalista de Deep Purple e Rainbow) e Fran Cosmo (ex vocalista do Boston). Eu não tenho foto com nenhum deles. O único que recordo já ter vindo ao país, ao menos no tempo em que faço corres, é Joe Lynn Turner, mas foi na época em que eu tentava conhecer somente quem sou realmente fã - e este não era o caso.

Foi então que o destino me surpreendeu mais uma vez com meu amigo Silvio, da Open the Road Agency, que anunciou a vinda do vocalista ao país, menos de um ano após a oportunidade perdida. Contra todos os prognósticos, eu teria a minha chance de conhece-lo.

Mas era difícil determinar o dia exato da chegada dele. Como viria sozinho, para tocar com uma banda de brasileiros, era certo esperar que chegasse alguns dias antes, para que pudesse ensaiar para as apresentações no país. Eu até poderia perguntar para o Sílvio, ele é meu amigo e provavelmente responderia, mas não é o tipo de coisa que costumo fazer. Não gosto de ficar enchendo o saco dos outros. Então, fiquei monitorando: quando tive certeza que ele já estava no Brasil - através de um anúncio de um programa de rádio, é que pude pensar em agir.


Até era possível ir à rádio e fazer o corre lá. Como eu havia combinado com o Marcelo Zava que iria com ele, e ele não estava respondendo às minhas mensagens, optei por ir ao hotel mais tarde. Ele passou em minha casa, na zona oeste, as 18:40. Teríamos que passar pelas avenidas Dr. Arnaldo e Paulista a essa hora. Quem mora em São Paulo sabe que não é fácil, muito trânsito. Chegamos ao hotel por volta das 19:50. Entramos e esperamos no máximo cinco minutos até que ele aparecesse, vindo da rua, carregando algumas compras de mercado.

O abordamos e ele foi extremamente simpático e solícito. Por algum motivo, tirei duas fotos do Zava com ele em que o flash não disparou. Ficaram boas mas, na minha vez, o flash funcionou. Bickler pediu para eu tirar mais uma dele com o Zava. Assinou às fotos que levamos sem problema algum. Nos disse que chegou de manhã cedo de New York, e que estava extremamente cansado, então subiria para descansar.


Quando cheguei em casa, mandei as fotos e os relatos para Zé, um amigo, ex produtor, que é muito fã de Survivor. Como ele mesmo definiu "o que é o Iron Maiden para você é o Survivor para mim". Depois, fui comer alguma coisa, ficar um pouco com a mulher. Quando retornei para o computador, mais uma surpresa: Zé enviou minha foto para o vocalista, que é seu amigo no Facebook. Bickler gostou tanto que a postou em seu perfil no Instagram. Sensacional! Um dos melhores e mais curtos corres de todos os tempos.


Zé comprou o ingresso do show e do meet & greet, mas tinha muitos itens para autografar e, no meet, só poderia levar dois. Ele explicou a situação para Bickler, que entendeu e agendou um horário para encontra-lo no hotel, pouco antes de virem busca-lo para o ensaio com a banda. Desnecessário dizer que autografou tudo. 

O Zé me disse: "O que mais ele repetia é de como as pessoas aqui são legais.  Falou da rádio... Dos caras que foram no hotel... Você e seu amigo.... Dos funcionários... Pqp!". Por mais artistas assim, por favor!

Zé encontrou-se com o vocalista antes do ensaio. Bickler assinou tudo com o maior prazer



Nenhum comentário:

Postar um comentário