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Harold tornou-se conhecido com o meme 'rindo de nervoso' |
O aviso, entretanto, veio atrasado. A publicação era do dia anterior, o que significava que ele já estava entre nós há algumas horas. Restava saber o que diabos veio fazer, e em qual cidade, então passei a monitorar cuidadosamente. Mas os dias passaram sem absolutamente nenhuma novidade. Não dava para simplesmente escolher um hotel no chute, até porque eu teria errado. Se tivesse que chutar, diria que ele poderia estar em algum hotel na região da Avenida Paulista. Sem saber o motivo da viagem, seria apenas um chute ruim. O pior é saber que o cara é gente boa. Um amigo do Chile, Eduardo, enviou-me sua foto com ele, tirada em outra ocasião.
Após 24 horas sem nenhuma novidade, fiz o que era possível fazer: enviei uma mensagem educada no direct do Instagram, assim como fiz com Ross Halfin anos antes - e me dei bem na ocasião - mas desta vez não obtive resposta. Mais 24 horas se passoram sem novidades e o mistério só aumentava: que diabos veio fazer aqui? Foi quando ele postou uma foto em um bar, cantina, restaurante ou sei la o que. Sou "especialista" em reconhecer hotéis através de fotos, mas não tenho a mesma habilidade em locais para comer e/ou beber. Eu continuava sem a menor ideia de onde poderia estar.
O jeito foi postar a foto no Facebook. Quem sabe eu tivesse a sorte de algum dos meus contatos reconhecer o lugar. Além do mais, neste corre, tornar menos fechada a informação poderia ser uma vantagem. Haveria três ou quatro interessados em fazer o corre, e três ou quatro pensam melhor do que um. Valeria tentar, porém nem mesmo o mais pinguço dos meus amigos foi capaz de reconhecer o local. O mistério continuava.
Stephanie, sempre ela, encontrou o seguinte comentário entre as centenas do post: "Encontrei com ele na rua Olimpíadas ontem". Não lembro onde essa rua fica, então joguei no Google Maps. Foi então que a primeira pista surgiu: é a rua do Pullman Vila Olímpia. Comentei isso com ela inclusive, que achava que ele poderia estar lá. Mas era noite, tarde para arriscar sair de casa para um hotel do outro lado da cidade, ainda mais por puro achismo. O jeito era continuar monitorando.
No dia seguinte acordei mais ou menos cedo, por volta das 09:00hs (isso é cedo, sou absolutamente noturno), mas já havia uma mensagem de Stephanie, dizendo que enviou um direct para ele e foi respondida. Fdp, respondeu a ela rapidinho, mas ignorou minha mensagem... Entretanto, nenhuma informação relevante foi obtida.
Não demorou para Harold postar uma foto no Parque do Ibirapuera. Pensei em ir, mas é uma área imensa e ele poderia estar em qualquer parte, ou até mesmo já ter ido para outro lugar. Sem celular, não pareceu uma boa ideia. Nem demorou muito e ele postou mais uma foto, desta vez na Avenida Paulista. Em seguida, uma foto na Liberdade. Mas que diabos! Ele estava rodando São paulo toda e nós sempre um passo atrás. Mas ao menos parecíamos estar fazendo a coisa certa. De noite eu provavelmente tentaria ir ao Pullman para verificar se minha intuição estaria correta. Digo "provavelmente" porque, poucas horas mais tarde, ele postou um vídeo já dentro do avião, despedindo-se do Brasil. Este corre foi um fiasco, nem começou e já estava terminado.
Admitida mais uma derrota, surgiu a cofirmação do que eu desconfiava desde a véspera: um funcionário do Pullman postou uma foto com ele, onde claramente é possível ler o nome do hotel. Eu estava certo, mas agora era tarde demais. O pior, entretanto, viria no mesmo dia, quando Harold já voava a caminho de casa. Eduardo, o chileno, enviou duas postagens de um perfil do Facebook onde o próprio Harold revelou o hotel um dia antes. Puta que pariu! Monitorei Instagram, Twitter e até a página oficial dele no Facebook. O que não fiz, nem nenhum de meus amigos, foi monitorar a página pessoal dele, que eu nem sabia que existia. Era uma foto ganha, fácil, mas comemos bola, deixamos passar. Será que os dois anos de pandemia nos tornaram tão ruins assim?! 😪
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