quarta-feira, 26 de abril de 2017

Suicidal Tendencies

Desde que comecei a fazer corres, o Suicidal Tendencies se apresentou 3 vezes em São Paulo, em 2012, 2014 e 2016, mas ignorei todas essas oportunidades. Muitas bandas vinham ao Brasil ao mesmo tempo, era impossível fazer todos os corres, por mais que eu tentasse. Fui adiando, sempre era "na próxima eu vou".

Desta vez era hora de enfim conhecer Mike Muir e o resto da banda, principalmente porque o novo baterista era ninguém menos que Dave Lombardo, ex Slayer. Além de ser um monstro sagrado das baquetas, sempre foi grande referência para mim. Se não bastasse, também sempre foi muito amigável, um dos melhores músicos para se encontrar.

Para descobrir o hotel bastou uma foto postada por Ra Diaz. Eu tinha os detalhes que precisava: o prédio ao lado e a arquitetura da área da piscina do hotel. Com isso, consegui identificar corretamente onde a banda estava hospedada.

Eu, Carlos e Daniela fomos ao hotel Slaviero Essential São Paulo Jardins e esperamos pelo retorno da banda, que estava ensaiando em um estúdio. O primeiro show no país seria no Rio de Janeiro, no dia seguinte, mas a banda fez uma parada em São Paulo para ensaiar. 

Quando o ensaio terminou e a van com os músicos chegou ao hotel, Lombardo foi justamente o primeiro a entrar, já que, é claro, não carregava seu instrumento. Simpático como sempre, nos atendeu numa boa. O problema foi que Daniela insistiu em tirar uma foto dando um abraço. Ele ficou super sem graça, o semblante mudou assim que sentiu as mãos dela o envolvendo. Porém, ela também pediu para tirar uma foto dando um beijo na bochecha dele. Ainda mais sem graça, Lombardo recusou e mostrou a aliança para ela, dando a entender de que é casado e não iria rolar.

Dave Lombardo, baterista do Suicidal Tendencies

Daniela era nova (17 anos), relativamente inexperiente em corres. Eu e Carlos dávamos uns toques, dicas de como deveria se comportar quando em frente aos músicos, mas não adianta. Brasileiro sempre tem essa mania de achar que deve sair beijando e abraçando todo mundo. Esse é um hábito comum no Brasil, mas estranho e até mesmo desagradável para muitos - especialmente para os europeus. 

Entenda: Lombardo pode até ser importante para ela, mas ela não era para ele, era apenas uma fã como as milhares que ele já deve ter conhecido. Embora seja cubano e também tenha nacionalidade norte-americana, ele não se sentiu a vontade para abraça-la, e muito menos para receber um beijo, ainda que no rosto.

Com o resto da banda, as coisas foram um pouco mais aceleradas. Mike Moir foi gente boa, mas piscou na hora da foto. Como não percebi, não tirei outra. Jeff e Dean queriam subir para seus quartos, então se juntaram para tirar fotos com cada fã. Não gosto muito, mas ok. Quando fui ver, outra FOTASSA, pois Jeff nem ao menos olhou para a câmera. Somente com Ra Diaz foi como tem que ser, sem pressa, ninguém piscou, todo mundo olhou para onde deveria olhar.

Mike Muir, vocalista do Suicidal Tendencies
Jeff Pogan e Dean Pleasants, guitarristas do Suicidal Tendencies
Ra Diaz, baixista do Suicidal Tendencies

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