As primeiras edições do evento "Arnold Sports Festival South America" no Brasil foram no Rio de Janeiro, começando em 2013, se repetindo em 2014, 2015 e 2016. Em ao menos uma dessas ocasiões, Estéfano foi ao Rio de Janeiro, mas não conseguiu nada, voltou dizendo que o Extreminador do Futuro é um mala do inferno: "Eu o via através dos vidros do hotel e mostrava o caderno, dando a entender que gostaria de um autógrafo. Ele olhava, mas não reagia, era como se eu não existisse".
Quando anunciaram que o evento seria realizado em São Paulo em 2017 - não sei porquê, mas batizado como Arnold Classic South America - quase não acreditei. Se eu conseguisse, seria a foto mais incrível de minha vida, mas desde o início eu sabia que não seria fácil. Coloquei na cabeça que tentaria o quanto fosse necessário, nem que tivesse que virar 24x7 atrás dessa foto. E algo estava a meu favor: Sheila estaria no Mato Grosso do Sul, visitando a mãe, então ela não reclamaria se eu fizesse o corre como deveria ser feito, quase sem aparecer em casa.
Embora desse para imaginar em que dia ele chegaria, era difícil ter 100% de certeza, então não arrisquei aeroporto. Começaria quando ele chegasse ao hotel. Eu não tinha a menor ideia de onde ele se hospedaria, mas alguém com essa importância nunca escapa por muito tempo dos repórteres e paparazzis, e é claro que a presença dele, pela primeira vez em São Paulo, iria deixa-los em polvorosa. Bastou monitorar: logo que chegou já fiquei sabendo, identificando o hotel através de uma foto publicada na matéria que anunciou a chegada do astro.
É um hotel que eu conheço muito bem: Sheraton. Isso foi motivo para comemoração: com entrada integrada ao shopping D&D, esse hotel nunca teve problemas com fãs, portanto os funcionários não nos enchiam o saco, nem tentavam nos expulsar. Dava para ficar aguardando no hall de boa, então a tarefa estava um pouco mais fácil.
Também pelas fotos na mesma matéria, reconheci o segurança que acompanhava Arnold, e era outra boa notícia, pois ele nunca foi chato com os fãs. Não facilita, mas não atrapalha, assim como tem que ser. Restava apenas saber se Arnold nos atenderia. Assim que concluí qual era o hotel, falei com Marcelo Zava, que ficou de passar em casa. Em breve saberíamos se ele atenderia ou não.
Quando chegamos, Arnold estava na rua, foi participar da abertura do evento que levava seu nome. Tão logo chegou ao hotel, entrou como um touro brabo, ignorando os ainda poucos fãs que ali estavam. Percebendo que ele não atenderia, Marcio fez uma FOTASSA e desistiu, foi embora. É impressionante como ele se contenta com isso, só quer provar que esteve no mesmo ambiente - e nem ao menos é uma foto boa - eu nunca entenderei isso.
Eu ouvi dizer que ele não gostava de ser abordado por ser ator, mas não se importava de atender quando era tratado como governador. Por isso, levei uma foto mais séria para autografar, onde ele estava de terno e constava o nome e o título dele: Governador da Califórnia. Quando me dirigia a ele, o chamava por governador, mas essa tática não foi muito eficiente.
Ao sair para jantar, Enzo o abordou. Ao contrário de todas as expectativas, Arnold parou e tirou uma foto com ele. Me aproximei, exibindo a foto que levei para autografar. Ele assinou. Por um segundo pensei "conseguimos! ele vai atender a todos e vamos para casa felizes". Sem mais nem menos, desistiu de atender e saiu caminhando, mais uma vez como touro brabo. Naquela noite nada mais aconteceu.
O dia seguinte foi um tormento. Logo cedo Marcelo passou em casa para tentarmos mais uma vez. Víamos Arnold o tempo todo: quando ele saiu para almoçar, quando voltou, quando saiu para andar de bicicleta, quando voltou, quando saiu para o evento, quando voltou, quando saiu para jantar, quando voltou. Eu o abordava em todas as oportunidades, e a resposta era sempre a mesma: Não! Ao menos conseguimos um bônus: Aline Riscado, que participou do evento de Arnold, apareceu no hotel. Japonês a reconheceu e conseguimos a foto. Na hora nem lembrei, mas ela foi a responsável por não termos conseguido a foto com Quentin Tarantino, em 2015.
Quando chegamos, de manhã, era apenas eu e Marcelo Zava. De noite, já eram 40 pessoas, todas tomando naba. Com esse número, ficava bem claro que ele não atenderia. Por isso, abortei o corre temporariamente e fui fazer outro, em Santo André, para tentar conhecer o ator Roberto Arduin, mais conhecido por interpretar o Tio Sukita. Era melhor garantir uma foto do que ficar no hotel levando naba. Fiz bem: Arnold de fato não atendeu ninguém naquela noite.
No dia seguinte, domingo, o Evanescence estava na cidade. Apenas para cumprir uma promessa feita há anos à Jess, fui com ela tentar, mas não pude ficar muito tempo, pois Sheila retornou da viagem. Cansado, me dei folga pelo resto do dia, para curtir um pouco em família, com Sheila e nossos bichos. Sem mim, Marcelo Zava tentou o dia inteiro, com os mesmos resultados de sábado: uma coleção de nabas.
Na segunda-feira cedo, lá estava ele em minha porta. Deu carona para mim e para Sheila - que trabalhava, literalmente, no prédio vizinho ao hotel. No caminho, Marcelo contou sobre a saga de outra Sheila, que chegou ao hotel no sábado, "dormiu" no hall, passou o dia inteiro levando naba no domingo e mais uma vez iria "dormir" no hall. Quando chegamos, ela estava lá, reclamando que foi expulsa do hall de madrugada, tendo que dormir no frio em um banco em frente ao hotel. Que loucura! Guerreira pra cacete, isso que eu chamo de realmente querer uma foto.
Mais uma vez, vimos Arnold um monte de vezes durante aquele dia: quando saiu para almoçar, quando retornou, quando saiu para se encontrar com o prefeito João Doria, quando retornou. Depois, deu uma saída rápida, que não demorou 5 minutos, e retornou. Nabas, nabas e mais nabas! A essa altura, éramos somente 5 pessoas: eu, Marcelo Zava, Japonês, Sheila e a mãe dela. A outra Sheila - minha ex - também juntou-se a nós, após trabalhar o dia todo.
Então, nossa última chance: Arnold saiu a pé do hotel e veio em nossa direção. Estávamos ao lado do carro que o levaria ao aeroporto. O abordamos mais uma vez, e mais uma vez levamos naba. Ele entrou no carro e fiquei com cara de "eu não acredito que esse filho da puta fez isso com a gente". Mas não fez: ele saiu e disse que nos atenderia. Foram 6 fotos, e aproveitei para conseguir mais um autógrafo.
Carlos e Estéfano perderam por muito pouco, pois chegaram ao hotel cerca de 10 minutos depois que ele partiu. Japonês, um dos que conseguiu uma foto com ele naquele dia, com fogo no rabo, tentou mais uma vez no aeroporto de Guarulhos - e tomou naba, foi completamente ignorado, quase que atropelado pelo "touro brabo". Se não saísse da frente, ele passaria por cima. Arnold mirou o portão de embarque e foi, nada poderia detê-lo. Fica a pergunta: pra que diabos o Japonês foi tentar novamente??? Tem muita gente nos corres que parece que é boba.
Embora desse para imaginar em que dia ele chegaria, era difícil ter 100% de certeza, então não arrisquei aeroporto. Começaria quando ele chegasse ao hotel. Eu não tinha a menor ideia de onde ele se hospedaria, mas alguém com essa importância nunca escapa por muito tempo dos repórteres e paparazzis, e é claro que a presença dele, pela primeira vez em São Paulo, iria deixa-los em polvorosa. Bastou monitorar: logo que chegou já fiquei sabendo, identificando o hotel através de uma foto publicada na matéria que anunciou a chegada do astro.
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Essa foto foi tudo o que eu precisava para identificar o hotel corretamente |
É um hotel que eu conheço muito bem: Sheraton. Isso foi motivo para comemoração: com entrada integrada ao shopping D&D, esse hotel nunca teve problemas com fãs, portanto os funcionários não nos enchiam o saco, nem tentavam nos expulsar. Dava para ficar aguardando no hall de boa, então a tarefa estava um pouco mais fácil.
Também pelas fotos na mesma matéria, reconheci o segurança que acompanhava Arnold, e era outra boa notícia, pois ele nunca foi chato com os fãs. Não facilita, mas não atrapalha, assim como tem que ser. Restava apenas saber se Arnold nos atenderia. Assim que concluí qual era o hotel, falei com Marcelo Zava, que ficou de passar em casa. Em breve saberíamos se ele atenderia ou não.
Quando chegamos, Arnold estava na rua, foi participar da abertura do evento que levava seu nome. Tão logo chegou ao hotel, entrou como um touro brabo, ignorando os ainda poucos fãs que ali estavam. Percebendo que ele não atenderia, Marcio fez uma FOTASSA e desistiu, foi embora. É impressionante como ele se contenta com isso, só quer provar que esteve no mesmo ambiente - e nem ao menos é uma foto boa - eu nunca entenderei isso.
Eu ouvi dizer que ele não gostava de ser abordado por ser ator, mas não se importava de atender quando era tratado como governador. Por isso, levei uma foto mais séria para autografar, onde ele estava de terno e constava o nome e o título dele: Governador da Califórnia. Quando me dirigia a ele, o chamava por governador, mas essa tática não foi muito eficiente.
Ao sair para jantar, Enzo o abordou. Ao contrário de todas as expectativas, Arnold parou e tirou uma foto com ele. Me aproximei, exibindo a foto que levei para autografar. Ele assinou. Por um segundo pensei "conseguimos! ele vai atender a todos e vamos para casa felizes". Sem mais nem menos, desistiu de atender e saiu caminhando, mais uma vez como touro brabo. Naquela noite nada mais aconteceu.
O dia seguinte foi um tormento. Logo cedo Marcelo passou em casa para tentarmos mais uma vez. Víamos Arnold o tempo todo: quando ele saiu para almoçar, quando voltou, quando saiu para andar de bicicleta, quando voltou, quando saiu para o evento, quando voltou, quando saiu para jantar, quando voltou. Eu o abordava em todas as oportunidades, e a resposta era sempre a mesma: Não! Ao menos conseguimos um bônus: Aline Riscado, que participou do evento de Arnold, apareceu no hotel. Japonês a reconheceu e conseguimos a foto. Na hora nem lembrei, mas ela foi a responsável por não termos conseguido a foto com Quentin Tarantino, em 2015.
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Foto: reprodução de matéria veiculada à época |
Bailarina, atriz e apresentadora, capa de Playboy, Aline Riscado participou do Arnold Classic 2017 |
Quando chegamos, de manhã, era apenas eu e Marcelo Zava. De noite, já eram 40 pessoas, todas tomando naba. Com esse número, ficava bem claro que ele não atenderia. Por isso, abortei o corre temporariamente e fui fazer outro, em Santo André, para tentar conhecer o ator Roberto Arduin, mais conhecido por interpretar o Tio Sukita. Era melhor garantir uma foto do que ficar no hotel levando naba. Fiz bem: Arnold de fato não atendeu ninguém naquela noite.
No dia seguinte, domingo, o Evanescence estava na cidade. Apenas para cumprir uma promessa feita há anos à Jess, fui com ela tentar, mas não pude ficar muito tempo, pois Sheila retornou da viagem. Cansado, me dei folga pelo resto do dia, para curtir um pouco em família, com Sheila e nossos bichos. Sem mim, Marcelo Zava tentou o dia inteiro, com os mesmos resultados de sábado: uma coleção de nabas.
Na segunda-feira cedo, lá estava ele em minha porta. Deu carona para mim e para Sheila - que trabalhava, literalmente, no prédio vizinho ao hotel. No caminho, Marcelo contou sobre a saga de outra Sheila, que chegou ao hotel no sábado, "dormiu" no hall, passou o dia inteiro levando naba no domingo e mais uma vez iria "dormir" no hall. Quando chegamos, ela estava lá, reclamando que foi expulsa do hall de madrugada, tendo que dormir no frio em um banco em frente ao hotel. Que loucura! Guerreira pra cacete, isso que eu chamo de realmente querer uma foto.
Mais uma vez, vimos Arnold um monte de vezes durante aquele dia: quando saiu para almoçar, quando retornou, quando saiu para se encontrar com o prefeito João Doria, quando retornou. Depois, deu uma saída rápida, que não demorou 5 minutos, e retornou. Nabas, nabas e mais nabas! A essa altura, éramos somente 5 pessoas: eu, Marcelo Zava, Japonês, Sheila e a mãe dela. A outra Sheila - minha ex - também juntou-se a nós, após trabalhar o dia todo.
Então, nossa última chance: Arnold saiu a pé do hotel e veio em nossa direção. Estávamos ao lado do carro que o levaria ao aeroporto. O abordamos mais uma vez, e mais uma vez levamos naba. Ele entrou no carro e fiquei com cara de "eu não acredito que esse filho da puta fez isso com a gente". Mas não fez: ele saiu e disse que nos atenderia. Foram 6 fotos, e aproveitei para conseguir mais um autógrafo.
Carlos e Estéfano perderam por muito pouco, pois chegaram ao hotel cerca de 10 minutos depois que ele partiu. Japonês, um dos que conseguiu uma foto com ele naquele dia, com fogo no rabo, tentou mais uma vez no aeroporto de Guarulhos - e tomou naba, foi completamente ignorado, quase que atropelado pelo "touro brabo". Se não saísse da frente, ele passaria por cima. Arnold mirou o portão de embarque e foi, nada poderia detê-lo. Fica a pergunta: pra que diabos o Japonês foi tentar novamente??? Tem muita gente nos corres que parece que é boba.
Top demais a história! Parabéns por todo o esforço !
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