sexta-feira, 24 de junho de 2016

Bill Pulmann

O ator Bill Pulmann, que conheço bem por interpretar o presidente dos Estados Unidos no filme Independence Day, viria a São Paulo para participar da estreia oficial de Independence Day 2, em evento realizado no Allianz Parque. Como eu já tinha amigos(as) no aeroporto, pedi para uma delas verificar no sistema de passagens da American Airlines se ele tinha voo marcado para o Brasil, para fora dele ou ambos. Recebi como resposta este print revelador:


Eu e Carlos fomos ao aeroporto no dia 22 - algo óbvio: se o voo sai de Los Angeles no dia 21, chega em São Paulo no dia 22 - e monitoramos o desembarque de passageiros, mas Bill não estava entre eles. Desnorteados, retornamos para casa. Tínhamos o voo exato, mas algo deu terrivelmente errado. Falei com minha amiga, que olhou novamente no sistema e disse que ele tinha alterado o voo de ida poucos dias antes do embarque. Ele chegou no mesmo dia 22, em outro voo, que nem ao menos apareceu no painel de chegadas. Mas que porra! Enfim, perdemos a vinda. Restava a volta...

No dia 23, o dia do evento, alguns hunters conseguiram vê-lo no hotel Emiliano. No dia 24, eu e Carlos fizemos nossa tentativa. Mas havia um problema: era aniversário de meu avô e haveria uma reunião para cortar o bolo e cantar parabéns, como fazíamos todos os anos. Se Bill saísse do hotel para o aeroporto até umas 18:00hs seria de boa, mais tarde que isso me complicaria. 

Com efeito, por volta das 18:00hs, meus avós começaram a chatear, ligando para meu celular. Eles eram xiitas com horários e não admitiam atrasos. Ainda assim, decidi ficar até às 18:30hs, mas nem um minuto a mais. Quando chegou esse horário, comuniquei a Carlos que tinha que ir embora. Ele não queria fazer corre sozinho, então admitimos a derrota e começamos a caminhar. Porém, andamos poucos metros e vimos quando um carro passou por nós e entrou no Emiliano. Será??? Retornamos. 

Milagrosamente era ele, que passou o dia fora do hotel, fazendo compras, conhecendo São Paulo ou em algum outro compromisso. Assim que desceu do carro, nós o chamamos, ele veio até nós e fez o que tinha que fazer. Neste corre, assim como aconteceu com M. Night Shyamalan no ano seguinte, fomos literalmente salvos com um gol aos 52 minutos do segundo tempo, com o juíz já olhando para o relógio. Minha foto foi tirada às 18:32hs.

Segui para o apartamento de meus avós, onde levei uma bronca pelo atraso. Minha avó faleceu poucos meses depois. Meu avô no ano seguinte, um mês antes de aniversariar novamente. Mesmo se eu soubesse que eles não estariam presentes em apenas mais um ano, ainda assim teria permanecido esses minutos extras no corre. Morrer faz parte da vida. Ter Bill Pulmann em minha cidade era oportunidade única, que felizmente consegui aproveitar.

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