Thaís, vizinha e amiga de Facebook, sempre via minhas fotos com as bandas. Às vezes comentava alguma coisa, geralmente pessoalmente. Até então nunca me pediu nada, mas desta vez pediu-me para ajuda-la a conhecer o A-ha. De acordo com ela, Morten Harket era seu amor platônico há pelo menos 30 anos. Morten é conhecido por ser absurdamente legal com os fãs. Carlos sempre conta que em 2012 ele veio ao país com um show solo e centenas de fãs decidiram esperar por ele no aeroporto. "Eu contei, era mais de cento e trinta. Pensei logo que seria impossível rolar alguma coisa, mas ele fez questão de atender um por um, foto e autógrafo, nunca vi nada assim".
Por isso, mesmo o A-ha sendo um nome grande, julguei que não haveria problemas em levar Thaís. Ela foi com seu filho Carlos, o mesmo que levei poucos meses antes ao corre do Sílvio Santos. O bom é que eu e Sheila ganhamos carona na ida e na volta. Fomos ao hotel Unique, mas somente o tecladista Magne Furuholmen saiu para encontrar os fãs. Todos conseguimos fotos, mas não houve nem sinal de Morten.
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Magne Furuholmen foi o único disposto a sair do hotel para atender os fãs |
No dia seguinte, Carlos - o vizinho - acompanhou-me ao estacionamento do Espaço das Américas, onde eu julgava ser possível ter algum contato com a banda. Thaís não juntou-se a nós pois estava trabalhando. Quando chegamos, uma surpresa: usaram uma estrutura toda murada para que a banda entrasse no local sem ser incomodada. Nunca vi algo assim com qualquer outra banda ou artista, nem antes nem depois. O corre que todos disseram que seria fácil estava se complicando.
Restava uma última alternativa: aeroporto, no dia seguinte, quando a banda deixaria São Paulo rumo à próxima cidade da turnê, ainda em território brasileiro. Chamei Thaís para ir comigo em Congonhas, mas ela recusou-se, pois estaria no trabalho. Ainda alertei que o vôo era próximo da hora do almoço, então se fizesse direitinho dava pra dar uma enrolada no chefe (afinal, quanto vale o sonho de conhecer um antigo crush? Será que um dia comum de trabalho vale mais?), mas ainda assim não foi. Azar o dela, pois embora apressadamente, todos atenderam.
Como chegamos cedo, eu, Zava, Leandro Caíque, Japonês e Bono decidimos congonhar um pouco, ou seja, ficar no embarque ou no desembarque, abordando qualquer celebridade que passasse aleatoriamente. Encontramos Ricardo Ramalho já congonhando, então ele uniu-se a nós.
O primeiro a passar foi Geraldo Azevedo, que tempos depois formou "O Grande Encontro" com Alceu Valença e Elba Ramalho. Como não o conhecia, não tirei foto. O curioso é que no ano seguinte fiz o corre de "O Grande Encontro" e conheci Elba e Alceu, mas faltou justamente Geraldo Azevedo. Também não tirei com Arnaldo Antunes, ex Titãs, pois não sou fã da banda nem de seu trabalho solo.
O primeiro com quem que eu quis foto foi com George Israel, que tocou com o Kid Abelha. Kid Abelha tocou no primeiro Rock in Rio, então é claro que era uma foto interessante. Nunca vou entender o que se passa na cabeça de Leandro Caíque. Ele abordou George e conseguiu uma foto linda com ele. Quando atendeu a todos, George despediu-se de nós, lhe desejamos boa viagem, e ele entrou na escada rolante que sobe para onde fica o portão de embarque. Alguém me diz por que diabos Caíque subiu com ele? É apenas pelo prazer de ser chato, inconveniente? Fala sério! Tinha que ser o idealizador dos hunters do bem mesmo...
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Multi instrumentista, George Israel fez parte do Kid Abelha |
Zélia Duncam passou a seguir, mas como já tenho foto com ela, tirei apenas a foto com Marcelo Zava. O segundo com quem tirei foi o ator e político Stepan Nercessian. Pra dizer a verdade eu nem sabia quem ele era, mas Zava o abordou, e ele foi tão gente boa que acabei tirando uma foto também. Depois passou Fabiano, da dupla com César Menotti. Como não sou fã, não tirei foto com ele.
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Stepan Nercessian foi tão gente boa quando Zava o abordou, que acabei tirando uma foto também |
O A-ha enfim chegou ao aeroporto. Abordei primeiro o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy, pois não tinha referência se ele é ou não mala, então se fosse chato eu teria mais tempo e espaço para tentar convence-lo. É quietão, mas chato não foi. Então entrei no saguão e tirei foto com Morten Harket.
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Eu não sabia se o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy é ou não é mala, mas foi de boa |
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Morten Harket estava com pressa, mas também assinou e tirou fotos |
Como estava um dia bom para congonhar, continuamos. O ator Daniel Rocha foi o próximo a passar. Tirei as fotos de Zava e Bono com ele, mas não quis tirar uma com ele. Com o ator seguinte, Marcos Frota, tirei. E tirei também com a próxima que vimos, Nicole Bahls. Foi minha terceira foto com ela, mas nem ligo, poderia tirar mil de boa. Carinhosa como sempre, posou beijando eu e Bono, e sorrindo com Zava e Caíque. Justamente na minha foto, dois aleatórios, que provavelmente esperavam pelo desembarque de algum parente ou amigo, viraram pra ver o que estava acontecendo, dando a impressão de que estavam com uma certa inveja pelo fato da Nicole estar me beijando, por isso ficou uma foto engraçada.
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Não sou noveleiro nem assisto TV aberta, mas com certeza lembro do rosto de Marcos Frota, então algum trabalho dele eu vi |
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Demorei anos querendo conhecer Nicole, mas foi a terceira vez que a encontrei em apenas um ano |
Mariana Ximenes foi a próxima a passar pelo portão de desembarque. Foi simpática, mas contou que estava vindo do enterro do ator Domingos Montagner no Rio de Janeiro. As modelos Caroline Trentini e Aline Weber passaram a seguir e não se importaram em falar conosco e tirar uma foto.
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Sorriso está lindo, mas Mariana Ximenes retornava de um enterro |
Passou outra mulher muito bonita na sequência. Alertei Marcelo Zava, que logo a reconheceu: era Anitta. Havia um grupo de doze fãs esperando por ela. Comigo, Zava e Caíque, quinze. Ela atendeu quase todos. Quando faltava somente eu e mais um, desistiu de atender e correu para o carro. Fiquei sem, mas que se dane, não sou fã.
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Anitta e Zava. É linda, mas seu talento é completamente irrelevante para mim. |