sábado, 31 de outubro de 2015

Olho Seco + Cólera

Pode não parecer, mas sou fã de Cólera desde 1986. Tudo começou em meu aniversário, quando meu tio levou-me ao Center Norte para comprar presente. Dei uma fuçada em uma loja de vinis que tinha lá, e encontrei o "Pela Paz em Todo o Mundo". Eu não conhecia o som, mas levei para conhecer e curti bastante. A partir de então, procurei colecionar, tive também o álbum "Tente Mudar o Amanhã", o EP "É Natal!!?", as compilações "Grito Suburbano", "Ataque Sonoro", "Sub", "Cólera e Ratos de Porão ao vivo no Lira Paulistana".

Cresci admirando Redson, é um cara que lamento muito não ter conhecido. Ele faleceu em 2011, aos 49 anos, vítima de hemorragia interna causada por uma úlcera no esôfago. Ok, comecei a fazer corres três anos antes, mas ainda não tinha todas as habilidades necessárias para encontra-lo. Poucos meses antes de Redson falecer, o Cólera apresentou-se no Sesc Pompéia, pertíssimo de onde eu morava, mas infelizmente não fiquei sabendo.

Quatro anos se passaram e agora o Cólera se apresentaria novamente no Sesc Pompéia, desta vez com a companhia do Olho Seco, outra banda que eu curtia desde os anos 80. Chegou a hora de conhecer seus integrantes. Tive a companhia de Raphael - um hunter que se especializou em tirar fotos com bandas brasileiras - e sua esposa. Com ele, reconhecer os músicos não seria um problema. Fomos, inclusive, para assistir aos shows. 

Tão logo entramos já encontramos Clemente Nascimento, dos Inocentes. Fiquei surpreso quando Raphael contou que ele também estava no Plebe Rude há algum tempo. Sinceramente não sabia. Claro que conheço Plebe Rude, também desde os anos 80, mas não ouvi falar mais nada desde "O Concreto já Rachou", não acompanhei.

Não sou grande fã de Inocentes, mas é necessário reconhecer a importância de Clemente Nascimento para o punk rock brasileiro

Antes mesmo dos shows começarem, eu e Raphael já abordamos os caras do Olho Seco. Que prazer conhecer e trocar uma ideia rápida com Fábio Sampaio, o vocalista. Esse cara é uma lenda! Conhecer os músicos foi bacana, mas conhecer Fábio foi especial, pois a história dele confunde-se com a própria história do punk paulistano.

Fabio Sampaio é definitivamente uma lenda, com história e relevância absurda na cena punk
Ricardo Quattrucci (guitarrista) e Fabio Braga (baixista) do Olho Seco
Felipe Khaos, baterista do Olho Seco

Quanto ao Cólera, só conseguimos abordar os músicos depois do show. Se por um lado é impossível conhecer Redson, por outro 2/3 da formação clássica ainda estava lá, o baixista Val e o baterista Pierre. Levei todos os LPs que encontrei para os músicos assinarem. Não sei se brincando ou não, mas Val viu o que eu tinha e disse: "velho, você tem umas coisas aqui que nem nós da banda temos".

Wendel Barros foi roadie do Cólera por 3 anos e teve aulas de canto com Redson. Tornar-se o vocalista era a opção natural
Redson cantava e tocava guitarra. Como Wendel apenas canta, a banda contratou também o guitarrista Fábio Belluci
Val esteve por alguns anos afastado do Cólera, mas retornou antes da morte de Redson e está até hoje
Pierre é irmão de Redson e tem um autógrafo interessante: 兀R

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Picture hunters não serão bem vindos

Heloísa, assessora de imprensa que trabalha com a Free Pass, é super de boa, super amigável. Ela é, inclusive, minha amiga no Facebook e sempre me cumprimenta com um sorriso no rosto quando me encontra nos hotéis. Ela não facilita minha vida, não me passa informações, mas principalmente, não me atrapalha. Ela sabe o que vou fazer e como vou fazer, ou seja, se a banda ajudar, em apenas cinco minutos estarei a caminho de minha casa, com as fotos e autógrafos. Algumas vezes vou aos shows, algumas vezes não, e está tudo bem!

Por outro lado, existem profissionais cujo trabalho relaciona-se diretamente com as produtoras que trazem bandas ao Brasil, que parecem bobos. Eles incomodam-se com o fato de haver fãs que querem conhecer e tirar fotos com os integrantes de suas bandas favoritas. Aqui darei nome ao boi: no caso, me referiro a Costábile, assessor de imprensa independente que trabalha com diversas produtoras de São Paulo.

Houve mais, mas citarei dois exemplos: em 2013, quando veio o Anvil, ele estava em frente ao hotel quando cheguei e abordei Robb Reiner. Assim que me viu, fez um "tsc" de desaprovação. No mesmo dia, fomos estranhamente expulsos de um hotel de 3 estrelas, e eu poderia apostar que foi recomendação dele ao gerente. Se neste caso ficou a dúvida, dois anos depois houve a certeza: no corre do Opeth, nos viu no hotel, foi reclamar na recepção, que reagiu enviando um segurança "estagiário" para nos expulsar. Em ambas as ocasiões, ele atrapalhou pouco, pois conseguimos as fotos do mesmo jeito.

Se trabalhasse com uma produtora grande, que traz as bandas gigantes - aquelas que lotam estádios - talvez fosse capaz de nos atrapalhar de verdade, instruindo aos seguranças para não aliviar em nada. Trabalhando com produtoras de bandas pequenas, no máximo consegue nos irritar. Eu me pergunto porquê um cara desses quer me ver irritado? E se eu me irritasse de verdade e fosse à porta do show para avisar todos os fãs da fila em que hotel a banda está?! A coisa poderia tomar proporções inesperadas.

Já imaginou produtora pequena tendo que gastar mais dinheiro hospedando as bandas em um hotel melhor ou contratando seguranças? Isso certamente impactaria o preço dos ingressos, que já estão caros. E tudo por que? Porque um assessor de imprensa se incomoda em me ver nos hotéis, mesmo sabendo que não sou problema, não arrasto uma multidão comigo, geralmente resolvo tudo em cinco minutos e vou embora.

Essa implicância sem sentido atingiu outro patamar quando, em 2015, foi o responsável pela coletiva de imprensa do CJ Ramone. Nas redes sociais, divulgou o seguinte comunicado:

Puta merda... Quem vê pensa que é a coletiva de imprensa do Ozzy Osbourne 😆 A sorte de Costabile é que C.J. Ramone veio ao Brasil diversas vezes, então todos que fazem corre já têm foto com ele. Apenas por esse motivo, nenhum "picture hunter" prestigiou o evento. Se fosse algum artista que algum "picture hunter" não tivesse foto ainda, a coisa seria bem diferente.

domingo, 25 de outubro de 2015

Lucero

Sendo muito sincero: eu não tinha ideia de quem era Lucero, mas quando ela veio a São Paulo, em 2015, Marcelo Zava insistiu que eu o acompanhasse no corre: "é a menina que fez Chispita". Até aí tudo bem, lembro vagamente, é do meu tempo mas não assisti, então realmente não tinha muito ideia de quem ela é. Desde que eu não atrapalhasse nenhum fã, por mim tudo bem.

O problema seria outro: corre teen. Os fãs dela são aqueles típicos retardados que vão ao aeroporto em bando para berrar e ganhar tchauzinho à distância. É o tipo de corre que não gosto de fazer, dá vontade de sair metendo porrada. Eu vou a corres para ter o melhor tipo de interação com o artista, quero apenas foto, autógrafo, e procuro incomodar o mínimo possível, mas eventualmente isso se transforma em conversa, sempre na maior educação e civilidade. Não tenho nem idade nem saco pra ficar no meio de adolescentes gritando.


Quando assisti ao vídeo e li relatos de como foi a chegada dela, pensei seriamente em desistir. A coisa mudou quando a própria Lucero anunciou uma tarde de autógrafos gratuita no hotel Radisson Faria-Lima. Somos hunters, gostamos de fazer corre, de conseguir no "hard mode". Tarde de autógrafos é somente a última opção, geralmente preferimos deixar eventos como esse para fãs comuns.

Na véspera do evento, fomos ao hotel, que já estava rodeado pelos fãs, mas entramos sem nenhum problema, já que não temos "cara de fã". Quem esperaria que um cabeludo com camiseta de banda estivesse lá por Lucero?!

Como sempre, esperamos um tempo no hall. Quando Lucero apareceu, acompanhada por um segurança, mostrei a foto que levei para autografar, ela assinou. Marcelo Zava colou nela, tirei a foto dele, ficou perfeita. Quando ia tirar a minha, o segurança disse que ela estava com pressa e a retirou para o elevador. Fiquei sem foto.

O jeito foi encarar a tal sessão de autógrafos. Zava adorou o autógrafo que consegui, então pediu o arquivo para fazer uma foto igual. Teve todo o trabalho de mandar para revelação, buscar quando ficou pronto, pagar. No dia seguinte, lá estávamos nós no meio da molecada, a fila estava enorme.

Para conseguir atender a todos, foi decidido que ela apenas tiraria fotos, sem autógrafos ou conversas. Zava tentou negociar com o manager, alegando que veio no dia anterior, conseguiu foto, mas agora queria apenas autógrafo. Nada feito, teve que se contentar em tirar outra foto. Puto da cara, saiu do hotel rasgando a foto que fez para ela autografar, tanto trabalho para nada...


terça-feira, 13 de outubro de 2015

A-ha

Thaís, vizinha e amiga de Facebook, sempre via minhas fotos com as bandas. Às vezes comentava alguma coisa, geralmente pessoalmente. Até então nunca me pediu nada, mas desta vez pediu-me para ajuda-la a conhecer o A-ha. De acordo com ela, Morten Harket era seu amor platônico há pelo menos 30 anos. Morten é conhecido por ser absurdamente legal com os fãs. Carlos sempre conta que em 2012 ele veio ao país com um show solo e centenas de fãs decidiram esperar por ele no aeroporto. "Eu contei, era mais de cento e trinta. Pensei logo que seria impossível rolar alguma coisa, mas ele fez questão de atender um por um, foto e autógrafo, nunca vi nada assim".

Por isso, mesmo o A-ha sendo um nome grande, julguei que não haveria problemas em levar Thaís. Ela foi com seu filho Carlos, o mesmo que levei poucos meses antes ao corre do Sílvio Santos. O bom é que eu e Sheila ganhamos carona na ida e na volta. Fomos ao hotel Unique, mas somente o tecladista Magne Furuholmen saiu para encontrar os fãs. Todos conseguimos fotos, mas não houve nem sinal de Morten. 

Magne Furuholmen foi o único disposto a sair do hotel para atender os fãs

No dia seguinte, Carlos - o vizinho - acompanhou-me ao estacionamento do Espaço das Américas, onde eu julgava ser possível ter algum contato com a banda. Thaís não juntou-se a nós pois estava trabalhando. Quando chegamos, uma surpresa: usaram uma estrutura toda murada para que a banda entrasse no local sem ser incomodada. Nunca vi algo assim com qualquer outra banda ou artista, nem antes nem depois. O corre que todos disseram que seria fácil estava se complicando.

Restava uma última alternativa: aeroporto, no dia seguinte, quando a banda deixaria São Paulo rumo à próxima cidade da turnê, ainda em território brasileiro. Chamei Thaís para ir comigo em Congonhas, mas ela recusou-se, pois estaria no trabalho. Ainda alertei que o vôo era próximo da hora do almoço, então se fizesse direitinho dava pra dar uma enrolada no chefe (afinal, quanto vale o sonho de conhecer um antigo crush? Será que um dia comum de trabalho vale mais?), mas ainda assim não foi. Azar o dela, pois embora apressadamente, todos atenderam.

Como chegamos cedo, eu, Zava, Leandro Caíque, Japonês e Bono decidimos congonhar um pouco, ou seja, ficar no embarque ou no desembarque, abordando qualquer celebridade que passasse aleatoriamente. Encontramos Ricardo Ramalho já congonhando, então ele uniu-se a nós.

O primeiro a passar foi Geraldo Azevedo, que tempos depois formou "O Grande Encontro" com Alceu Valença e Elba Ramalho. Como não o conhecia, não tirei foto. O curioso é que no ano seguinte fiz o corre de "O Grande Encontro" e conheci Elba e Alceu, mas faltou justamente Geraldo Azevedo. Também não tirei com Arnaldo Antunes, ex Titãs, pois não sou fã da banda nem de seu trabalho solo.

O primeiro com quem que eu quis foto foi com George Israel, que tocou com o Kid Abelha. Kid Abelha tocou no primeiro Rock in Rio, então é claro que era uma foto interessante. Nunca vou entender o que se passa na cabeça de Leandro Caíque. Ele abordou George e conseguiu uma foto linda com ele. Quando atendeu a todos, George despediu-se de nós, lhe desejamos boa viagem, e ele entrou na escada rolante que sobe para onde fica o portão de embarque. Alguém me diz por que diabos Caíque subiu com ele? É apenas pelo prazer de ser chato, inconveniente? Fala sério! Tinha que ser o idealizador dos hunters do bem mesmo...

Multi instrumentista, George Israel fez parte do Kid Abelha

Zélia Duncam passou a seguir, mas como já tenho foto com ela, tirei apenas a foto com Marcelo Zava. O segundo com quem tirei foi o ator e político Stepan Nercessian. Pra dizer a verdade eu nem sabia quem ele era, mas Zava o abordou, e ele foi tão gente boa que acabei tirando uma foto também. Depois passou Fabiano, da dupla com César Menotti. Como não sou fã, não tirei foto com ele.

Stepan Nercessian foi tão gente boa quando Zava o abordou, que acabei tirando uma foto também

O A-ha enfim chegou ao aeroporto. Abordei primeiro o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy, pois não tinha referência se ele é ou não mala, então se fosse chato eu teria mais tempo e espaço para tentar convence-lo. É quietão, mas chato não foi. Então entrei no saguão e tirei foto com Morten Harket.

Eu não sabia se o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy é ou não é mala, mas foi de boa
Morten Harket estava com pressa, mas também assinou e tirou fotos

Como estava um dia bom para congonhar, continuamos. O ator Daniel Rocha foi o próximo a passar. Tirei as fotos de Zava e Bono com ele, mas não quis tirar uma com ele. Com o ator seguinte, Marcos Frota, tirei. E tirei também com a próxima que vimos, Nicole Bahls. Foi minha terceira foto com ela, mas nem ligo, poderia tirar mil de boa. Carinhosa como sempre, posou beijando eu e Bono, e sorrindo com Zava e Caíque. Justamente na minha foto, dois aleatórios, que provavelmente esperavam pelo desembarque de algum parente ou amigo, viraram pra ver o que estava acontecendo, dando a impressão de que estavam com uma certa inveja pelo fato da Nicole estar me beijando, por isso ficou uma foto engraçada.

Não sou noveleiro nem assisto TV aberta, mas com certeza lembro do rosto de Marcos Frota, então algum trabalho dele eu vi
Demorei anos querendo conhecer Nicole, mas foi a terceira vez que a encontrei em apenas um ano

Mariana Ximenes foi a próxima a passar pelo portão de desembarque. Foi simpática, mas contou que estava vindo do enterro do ator Domingos Montagner no Rio de Janeiro. As modelos Caroline Trentini e Aline Weber passaram a seguir e não se importaram em falar conosco e tirar uma foto.

Sorriso está lindo, mas Mariana Ximenes retornava de um enterro

Passou outra mulher muito bonita na sequência. Alertei Marcelo Zava, que logo a reconheceu: era Anitta. Havia um grupo de doze fãs esperando por ela. Comigo, Zava e Caíque, quinze. Ela atendeu quase todos. Quando faltava somente eu e mais um, desistiu de atender e correu para o carro. Fiquei sem, mas que se dane, não sou fã.

Anitta e Zava. É linda, mas seu talento é completamente irrelevante para mim.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ian Anderson's Jethro Tull

Minha vingança contra o líder do Jethro Tull demorou 2 anos e meio mas aconteceu. Fui ao aeroporto de Congonhas com o Marcio e combinei com ele que eu não iria abordar Ian Anderson de uma maneira muito tradicional, mas que ele deveria estar pronto para tirar minha foto. Quando Ian desembarcou, sozinho, parecia um tanto perdido, sem saber direito para onde deveria ir. Eu o cutuquei e simplesmente apontei para uma direção. Sem entender nada, ele olhou e Marcio tirou a foto. Incrivelmente, pareceu uma foto posada, mas não foi o que aconteceu. Eu não pedi, não agradeci, apenas apontei, ele virou, e a foto aconteceu. E sim, eu levei a foto que ele autografou dois anos antes.

Ian Anderson nos deixou sem foto em 2013, mas em 2015 levou o troco. 1x1

O resto da banda desembarcou aos poucos. Como para mim só faltava com John O'Hara, fui tirando foto com os músicos conforme desembarcavam. Quando consegui a foto com ele, nem esperei pelo baixista David Goodier.

Florian Opahle, guitarrista do Ian Anderson's Jethro Tull
Scott Hammond, baterista do Ian Anderson's Jethro Tull
John O'Hara, tecladista do Ian Anderson's Jethro Tull

Ao sairmos do aeroporto, eu e Marcio tomamos um ônibus que nos deixou próximos ao Largo São Francisco. Como ele tinha que fazer alguma coisa na Galeria do Rock, o acompanhei, pois poderia tomar o ônibus para casa em um ponto perto da Praça da República. Quando estávamos passando pelo Viaduto do Chá, vimos uma movimentação anormal. Parecia a gravação de algum programa, algo assim. Nos aproximamos e ficamos surpresos ao constatar que era Ellen Rocche. No intervalo entre as cenas, ela atendia alguns fãs, mas eram muitos, não dava pra atender a todos. Então, como eu já tinha com ela, apenas pedi para ela tirar uma foto com o Marcio. Ela aceitou. Desta vez, tirei foto dela, não com ela. Sem problemas, eu já tinha. Que mulher, meus amigos, que mulher!


Mais uma curiosidade a respeito desse corre: alguns dias antes, uma menina, Jéssica, comentou em uma foto minha no Instagram algo como "eu sempre vejo suas fotos, como você consegue?". Não sei porquê, resolvi responder - geralmente eu apenas ignoro, apenas imagine quantas pessoas me perguntam isso o tempo todo.

Ela queria fazer o corre do Ian Anderson comigo, mas eu tinha outra ideia: como ele tocaria no mesmo local que tocou em 2013, concluí que ficaria no mesmo hotel, então eu conseguiria no aeroporto e ela no hotel. Um cara difícil desses, não era uma boa ideia levar quem eu nem conhecia. Entretanto, errei feio: ele não ficou lá e não descobri onde ficou.

Para me desculpar, eu disse que ela poderia tentar quando ele voltasse de Belo Horizonte para sair do país. Como Kevin também tentaria na conexão de saída, eu os apresentei virtualmente, e eles se encontraram no aeroporto. Conseguiram.

Esse foi o primeiro corre de Jéssica, ela fez corres comigo e com Carlos até o final de 2021, quando mudou-se para Lisboa.

sábado, 3 de outubro de 2015

Turisas

A bem da verdade, o que o Turisas fez, eu nunca vi banda nenhuma fazer. Após tocar em um show no Carioca Club, que tem capacidade para 1.000 pessoas, com ao menos metade da capacidade preenchida, a banda decidiu sair e atender a todos os fãs que gostariam de conhece-la. Eu, Leo e Ellen estávamos no carro, prontos para seguir a van, pois não sabíamos o hotel, mas não foi necessário. Ali, na frente do Carioca, todos os fãs conseguiram fotos e autógrafos. Nunca vi outra banda fazer isso, nem antes, nem depois.

Quando é alguém como Bruce Dickinson, muitas vezes não quer atender um ou dois fãs, e ainda tem milhares de idiotas para defende-lo: "ah, mas ele não é obrigado", "ah, talvez ele estivesse em um dia ruim"... Quando vejo uma banda como o Turisas atendendo todo mundo, só consigo pensar em responder "vai dar meia hora de bunda... você e o Bruce Dickinson!". "Ah, mas o Turisas é muito menor que o Iron Maiden". Vai dar mais meia hora de bunda, não foi o suficiente! O Iron Maiden só fica em hotéis 5 estrelas, o Turisas fica em hotéis baratos; o Iron Maiden tem seu próprio avião, o Turisas viaja de classe econômica, como todo mundo. Os ganhos financeiros nem se comparam, a vida é muito mais fácil para Bruce Dickinson do que para um integrante do Turisas, então, deixe de babaquice: Bruce é chato e babaca sim! Eles atenderam naquela noite o que ele não atende em um ano!

Mathias Nygard, vocalista do Turisas
Jussi Wickström, guitarrista do Turisas
Jesper Anastasiadis, baixista do Turisas
Jaakko Jakku, baterista do Turisas
Olli Vänskä, violinista do Turisas
Kasper Martenson, tecladista que excursionou com o Turisas. Não é integrante da banda