Heloísa, assessora de imprensa que trabalha com a Free Pass, é super de boa, super amigável. Ela é, inclusive, minha amiga no Facebook e sempre me cumprimenta com um sorriso no rosto quando me encontra nos hotéis. Ela não facilita minha vida, não me passa informações, mas principalmente, não me atrapalha. Ela sabe o que vou fazer e como vou fazer, ou seja, se a banda ajudar, em apenas cinco minutos estarei a caminho de minha casa, com as fotos e autógrafos. Algumas vezes vou aos shows, algumas vezes não, e está tudo bem!
Por outro lado, existem profissionais cujo trabalho relaciona-se diretamente com as produtoras que trazem bandas ao Brasil, que parecem bobos. Eles incomodam-se com o fato de haver fãs que querem conhecer e tirar fotos com os integrantes de suas bandas favoritas. Aqui darei nome ao boi: no caso, me referiro a Costábile, assessor de imprensa independente que trabalha com diversas produtoras de São Paulo.
Houve mais, mas citarei dois exemplos: em 2013, quando veio o Anvil, ele estava em frente ao hotel quando cheguei e abordei Robb Reiner. Assim que me viu, fez um "tsc" de desaprovação. No mesmo dia, fomos estranhamente expulsos de um hotel de 3 estrelas, e eu poderia apostar que foi recomendação dele ao gerente. Se neste caso ficou a dúvida, dois anos depois houve a certeza: no corre do Opeth, nos viu no hotel, foi reclamar na recepção, que reagiu enviando um segurança "estagiário" para nos expulsar. Em ambas as ocasiões, ele atrapalhou pouco, pois conseguimos as fotos do mesmo jeito.
Se trabalhasse com uma produtora grande, que traz as bandas gigantes - aquelas que lotam estádios - talvez fosse capaz de nos atrapalhar de verdade, instruindo aos seguranças para não aliviar em nada. Trabalhando com produtoras de bandas pequenas, no máximo consegue nos irritar. Eu me pergunto porquê um cara desses quer me ver irritado? E se eu me irritasse de verdade e fosse à porta do show para avisar todos os fãs da fila em que hotel a banda está?! A coisa poderia tomar proporções inesperadas.
Já imaginou produtora pequena tendo que gastar mais dinheiro hospedando as bandas em um hotel melhor ou contratando seguranças? Isso certamente impactaria o preço dos ingressos, que já estão caros. E tudo por que? Porque um assessor de imprensa se incomoda em me ver nos hotéis, mesmo sabendo que não sou problema, não arrasto uma multidão comigo, geralmente resolvo tudo em cinco minutos e vou embora.
Essa implicância sem sentido atingiu outro patamar quando, em 2015, foi o responsável pela coletiva de imprensa do CJ Ramone. Nas redes sociais, divulgou o seguinte comunicado:
Puta merda... Quem vê pensa que é a coletiva de imprensa do Ozzy Osbourne 😆 A sorte de Costabile é que C.J. Ramone veio ao Brasil diversas vezes, então todos que fazem corre já têm foto com ele. Apenas por esse motivo, nenhum "picture hunter" prestigiou o evento. Se fosse algum artista que algum "picture hunter" não tivesse foto ainda, a coisa seria bem diferente.
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