Nunca fui grande fã de Jethro Tull, sempre achei o som um tanto chato. Porém, quando seu principal integrante, Ian Anderson, veio ao Brasil, com sua própria versão da banda, decidi conhece-lo, principalmente devido aos então recentes vídeos que circularam na internet, de uma apresentação que sua banda fez com Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden. Eu gostei muito do resultado final, então Ian Anderson era alguém que definitivamente eu gostaria de conhecer e conseguir uma foto.
Não me recordo exatamente como descobrimos o hotel, mas ele estava no Grand Mercure São Paulo Ibirapuera. Éramos apenas 4 pessoas no corre: eu, Marcio, Kevin e um amigo de Kevin. Estávamos no hall, sentados em um sofá, quando o guitarrista Florian Opahle sentou-se no sofá encostado ao que estávamos, às nossas costas. Não tínhamos certeza de se era ele mesmo, então perguntamos. Quando ele confirmou, pedimos para que tirasse fotos conosco, o que aceitou imediatamente. Um a um, todos os integrantes foram descendo, os abordávamos, e nos atendiam numa boa.
![]() |
Florian Opahle, guitarrista do Ian Anderson's Jethro Tull |
David Goodier, baixista do Ian Anderson's Jethro Tull e também do próprio Jethro Tull |
Scott Hammond, baterista do Ian Anderson's Jethro Tull |
Ryan O'Donnell, vocalista do Ian Anderson's Jethro Tull |
Quem não gostou muito da estória foi a manager de Ian Anderson - uma argentina bastante chata, responsável por traze-lo ao continente - que tentou a todo custo nos expulsar do hotel. Sem nenhuma educação, falou diretamente conosco, dizendo que estávamos incomodando os músicos - embora ainda estivéssemos batendo papo com Florian, que conversava conosco animadamente.
Não houve nenhum tipo de problema em nossas interações com os outros músicos, era o mesmo de sempre: foto, autógrafo, e os deixávamos em paz. Ninguém reclamou para ela, ela que foi intrometida. Como simplesmente a ignoramos, ela se dirigiu aos seguranças do hotel e, depois, à recepção, para tentar nos expulsar mas, mais uma vez, foi ignorada.
Quando Ian Anderson apareceu, surgiu a chance de se vingar. Ele não foi simpático, autografou a minha foto, os álbuns de Kevin e de Marcio, mas disse que tiraria apenas uma foto coletiva. Não curtimos muito mas, fazer o que, estávamos apenas entre amigos, que seja... O problema é que só havia uma pessoa disponível para tirar a foto: a argentina. Posamos, ela tirou a foto e me devolveu a câmera. Rindo, disse "ficou mui grande", e entrou na van, que fechou as portas e partiu para o Teatro Bradesco, onde aconteceria o show.
Argentina filha da puta teve a chance de se vingar e não desperdiçou, acionando propositalmente o máximo de zoom |
De noite, após o show, retornamos ao hotel para tentar a foto, já que ela "nos fez o favor" de estragar a que conseguimos. Ian Anderson, mala, passou apressado pelo hall, como se não existíssemos. Naquela época, ainda era possível fazer "corre na conexão". O último show dele no Brasil era em Recife, portanto ele teria que retornar a São Paulo para conseguir sair do país. Absurdo, né?
Um voo de Recife a São Paulo dura 3 horas, mas ele precisava faze-lo para voar à Inglaterra. Isso não fazia sentido nenhum, mas era assim que os voos no Brasil funcionaram até mais ou menos 2017. Foi a Copa de 2014 que mudou isso, embora com atraso - melhor para os viajantes, pior para nós. Hoje ele teria a opção de voar pela TAP de Recife para Lisboa e, lá, tomar um voo a Londres. Muito mais lógico!
Enfim, naquela época era possível encontra-lo no aeroporto de Guarulhos. Para fazer a conexão entre o voo nacional e o voo internacional, ele deveria desembarcar e caminhar ao embarque internacional. Quase ninguém sabia dessa possibilidade, mas nós sabíamos. Kevin me chamou para tentar, mas eu já estava de saco cheio desse mala, então não fui. Ele foi e conseguiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário