quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Patricia Marx

No final dos anos 80, a cantora Patricia (hoje Patricia Marx) representava, para mim, o que a molecada atual chama de crush. Ela era meu crush. Eu pagava um pau violento toda vez que a via na TV, cheguei até mesmo a ter dois álbuns dela. Sim, também fui adolescente bobo, de paixões platônicas. Essa era tanta que, quando montei minha primeira banda, Thrashers, convenci os outros integrantes a tocar um cover da música "Festa do Amor", gravada no primeiro álbum de Patricia.



Fizemos um único show, no Orvalho's Bar, em Interlagos, se não me engano em setembro de 1990. É claro que o cover estava no set, e jamais me esquecerei a cara de "wtf?!" dos presentes quando começamos a tocar. Felizmente eles gostaram quando a música acelerou. Abaixo, um vídeo pessimamente gravado, mas que da uma ideia de como foi a desgraceira (eu sou o baterista).


Muitos anos se passaram, quando percebi que agora eu tinha habilidades para conhece-la. Eu já estava casado, acho que ela também, e ela não era mais meu crush mas, em nome do saudosismo, de uma época gostosa da minha vida, passei a monitora-la à espera de uma oportunidade, que aconteceu quando ela anunciou um pocket show no estúdio Espaço Som, na rua Teodoro Sampaio. Foi um corre como qualquer outro, levei até foto para autografar.

Quando chegou, contei um pouco dessa estória para ela, da banda e tudo mais - só não disse sobre a parte dela ser minha paixão juvenil, pois eu não iria pagar esse micão, ainda mais na frente da esposa. Acho que ficou surpresa de encontrar um cabeludo à sua espera, mas ok. Ela perguntou se eu e Sheila assistiríamos à apresentação, mas era um evento para convidados, não havia ingressos a venda para o público em geral. Respondemos que não ficaríamos, e explicamos o porque. Ela pediu para que a menina que controlava o acesso chamasse algum responsável, para incluir nossos nomes na lista de convidados dela: "são meus fãs, eles vão assistir ao meu show sim!".


O som que ela fazia quando cantora-mirim não era metal, mas ao menos era rock, dava para ouvir de boa. O atual era reggae, eu realmente não consigo curtir, mas mesmo assim reconheço o quanto ela foi fofa de nos colocar para dentro. 




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