sábado, 25 de abril de 2015

Steel Panther

Uma das atrações anunciadas no Monsters of Rock 2015 foi o Steel Panther, uma banda satírica de glam metal conhecida por suas letras humorísticas. É totalmente normal mulheres mostrarem os seios nos shows da banda, seja no palco, seja no público. A Ellen foi absolutamente poser ao abordar os integrantes, pois não colocou as mamas para fora quando tirou fotos com eles.




A primeira grande surpresa foi descobrir que, dos 4 integrantes, apenas o vocalista realmente tem cabelo comprido, todos os outros usam perucas. Porém, reconhece-los não foi uma tarefa tão difícil, pois quando cheguei no hotel, alguns hunters já os haviam abordado e sabiam quem era quem. Na primeira noite de corre, consegui conhecer dois, que foram muito gente boa.

Stix Zadinia (Darren Leader), baterista do Steel Panther
Lexxi Foxxx (Travis Haley), baixista do Steel Panther

Nesse festival, minha prioridade não era o Steel Panther, mas o Kiss, especificamente Paul Stanley. Passei os dias seguintes tentando conseguir conhece-lo, então as fotos que faltaram com os outros integrantes ficou para depois. No domingo, eu e Léo passamos a tarde no Renaissance, como convidados da Ellen, que estava hospedada.

Os funcionários do hotel não queriam permitir nossa entrada. A bem da verdade, todo hóspede tem direito a entrar com um convidado, mas quando bandas estão hospedadas, muitos hotéis tentam dificultar ao máximo. Sabíamos que éramos dois convidados, e que seria difícil a entrada de ambos, mas Ellen tinha uma carta na manga, pois observou que, em noites anteriores, cada integrante do Steel Panther levou para o quarto 5 mulheres. Então, bateu o pé, jogou isso na cara do gerente que, sem alternativas, teve que nos liberar.

"Eu também sou hóspede e também estou pagando. O meu dinheiro vale menos do que o dinheiro dos integrantes da banda? Sou menos hóspede que eles? Por que eles podem entrar com 5 mulheres em cada quarto e eu não posso receber dois convidados?"

Ficamos com Ellen a tarde inteira, mas nada aconteceu, então eu e Léo decidimos ir ao hotel onde estava o Kiss para tentar mais uma vez. A banda saiu sem atender, então retornamos ao Renaissance para conseguir as fotos que faltavam com o Steel Panther e o Judas Priest. O problema foi quando chegamos. Embora tivéssemos saído há menos de uma hora, o mesmo segurança que nos barrou horas antes, tentou impedir nossa entrada novamente, alegando que Ellen deveria autorizar mais uma vez. O problema é que não conseguíamos falar com ela, então tivemos que aguardar fora do hotel, na área dos fumantes.

Nisso, o vocalista do Steel Panther, Michael Starr, saiu para fumar um cigarro e sentou-se exatamente ao nosso lado. Iniciamos uma conversa, foi bem legal. Ele contou que a banda retornaria aos Estados Unidos somente no dia seguinte, mas que conseguiram adiantar as passagens, então já estavam quase de saída para o aeroporto. Não se importou em tirar fotos e dar autógrafos. 

Michael Starr, vocalista do Steel Panther

Quando Satchel, o único integrante que faltava, saiu, aconteceu algo absolutamente surreal: eu e Leo nos levantamos para aborda-lo, e o mesmo segurança se colocou na frente, de forma tão estabanada que pareceu um goleiro fazendo uma ponte, foi bizarro. No Renaissance, os seguranças atuam como se trabalhassem para a banda, não para o hotel. Até mesmo hospedado já tive a entrada negada, o que me obrigou a esfregar o cartão do quarto na fuça do infeliz. Enfim, a porta da van se fechou e a banda seguiu seu caminho para o aeroporto.

Mas eu e Léo não estávamos a fim de desistir tão fácil. Eu olhei para ele, ele olhou para mim, e decidimos: vamos para o aeroporto! Corremos para o carro e fomos, mas sabíamos que estávamos alguns minutos atrás da van. No caminho, enviei uma mensagem para Sheila, comunicando nossas intenções. Quando ela soube porquê iríamos ao aeroporto, respondeu, em caixa alta: "vocês são RETARDADOS!".

Embora o terminal 3 não fosse exatamente uma novidade - fora inaugurado há pouco menos de um ano - essa foi a primeira vez que fomos para o embarque. Léo estava receoso de ser multado, pois leu em algum lugar que a fiscalização estava pesando com quem não cumpria a determinação de parar apenas para embarque ou desembarque de passageiros. Portanto, a ideia era eu descer e localizar os caras, enquanto ele permanecia no veículo. Quando eu comunicasse onde a banda estava, Léo me encontraria, tiraríamos a foto rapidinho, e retornaríamos o mais rápido possível para o carro.

O terminal 3 é bonito, bem diferente dos terminais 1 e 2 (hoje unificados como terminal 2). No alto, há letras enormes que indicam onde ficam os guichês de check-in F, G e H. Demorei um pouco para descobrir que os músicos estavam no check-in H, e passei essa informação para o Léo, mas ele demorou para me encontrar. Me enviou uma mensagem "mano, não estou achando o check-in H, já rodei tudo e não acho". Pensei "fala sério!" e respondi "olha para cima". Dessa vez foi ele que deve ter se sentido como um personagem de desenho animado, quando crescem as orelhinhas de burro, mas pelo menos a partir de então nos encontramos rapidamente. Mas tudo isso demorou tanto que a banda não estava mais ali.

Saímos procurando pelo portão de embarque. Quando encontramos, Satchel já estava no corredor que serpenteava. Quando passou por nós, separado por uma barreira, eu mostrei a foto e pedi o autógrafo. Ele parou e assinou, mas toda a fila de passageiros atrás dele parou por causa disso. Pedimos para tirar uma foto com ele, que percebeu que estava atrapalhando, então respondeu que não poderia. Seguiu em frente, serpenteando por todo o caminho. Bem próximo ao portão de embarque, achou um canto que não atrapalhava os outros passageiros, então a foto rolou. Ele estava com o passaporte na mão e embarcou na sequência. Por pouco não perdemos essa foto.

Satchel (Russ Parrish), guitarrista do Steel Panther

Seguindo o plano, eu já estava pronto para correr para o carro, mas Léo disse que precisava ir ao banheiro. Eu não estava tão apertado mas, já que ele iria, aproveitaria para dar uma aliviada também. O banheiro fica a poucos metros do portão de embarque, e logo que nos encaminhamos, vimos um cara enorme vindo em nossa direção. Reconhecemos Yngwie Malmsteen imediatamente. Porém, como o abordamos na véspera, e ele é um puta de um chato, simplesmente desviamos para o banheiro e o deixamos embarcar sem ser incomodado. Então retornamos ao hotel para tentar conseguir as fotos com o Judas Priest.


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