Após surpreender a todos com o anúncio de que estavam abandonando o Nervosa, a baixista/vocalista Fernanda Lira e a baterista Luana Dametto não ficaram muito tempo inativas, e logo montaram uma nova banda, Crypta, com a guitarrista Tainá Bergamaschi, além da guitarrista holandesa Sonia Anubis, conhecida por seus trabalhos em bandas como Burning Witches (que abandonou para se dedicar melhor ao Crypta) e Cobra Spell.
No começo de janeiro, Jessica alertou a mim e ao Carlos que Sonia estava prestes a vir ao Brasil para participar da gravação do primeiro ábum do Crypta. Passamos a monitora-la. Em um domingo (no horário brasileiro), mas já segunda-feira na Holanda, ela postou no Instagram que faltavam três dias para o embarque ao Brasil. Assim ficou fácil demais.
Na quinta-feira de manhã (no Brasil), ela postou uma foto da aeronave, com a mensagem "Brazil, here I come". Nossas suspeitas de que ela viria nesse dia se confirmaram. Calaculado o horário do voo de chegada, eu, Carlos e Jessica seguimos ao aeroporto separadamente, onde nos encontramos.
Foi a primeira vez que usei o trem após as melhorias anunciadas no final de 2020, que incluiam a liberação da linha Expresso Aeroporto para todos pelo preço de uma tarifa normal. Então, para quem já estava dentro do sistema, não era necessário pagar mais uma passagem, como foi até então. Logo, para chegar ao aeroporto, eu embarcava em um trem na estação Água Branca e seguia até o Brás (se fosse meio de semana) ou Luz (aos finais de semana). Se fosse Luz, era uma baldeação a mais, sendo necessário tomar outro trem até o Brás. Do Brás, mais uma baldeação até a estação Engenheiro Goulart, onde, enfim, a baldeação para a estação final, Aeroporto Guarulhos. Com sorte, era um trajeto de 2 horas, com 3 a 4 baldeações e muitas subidas e descidas de escadas, ainda que rolantes. Não era meu caso, mas imagino que fazer isso carregando malas não seja muito agradável.
A partir de agora, basta ir da Água Branca para a Luz, e baldear para a estação Guarulhos Aeroporto. Fiz esse trajeto em uma hora e vinte e cinco minutos na ida, e em apenas uma hora na volta. Sensacional!!!!! Para ser melhor que isso, só após a conclusão das obras de ligação da estação final aos terminais do aeroporto. Hoje isso é feito de ônibus (tosquisse máxima do ex governador Alckmin), mas já existe um projeto para prolongar a linha e corrigir esse absurdo.

Como cheguei um pouco cedo, aproveitei para comer um lanche no McDonalds. Após, segui ao terminal, onde encontrei Carlos e Jessica. Todos esperávamos ver as meninas da banda à espera de Sonia, mas não havia ninguém, o que nos deixou um pouco intrigados. De fato, quando ela desembarcou, parecia totalmente perdida. Empurrando um carrinho com a bagagem e a guitarra, deu alguns passos após passar pelo portão de desembarque, parou, e parecia não saber bem o que fazer. Foi a nossa deixa para aborda-la. No começo pareceu não entender o que queríamos, mas compreendeu quando Jessica lhe estendeu CDs e a caneta para autografar. Carlos pediu uma foto, e Sonia até ensaiou abaixar a máscara pandêmica para a foto ficar mais bonita, como tem que ser. Mas era uma má idéia, pois estávamos dentro do terminal e não era permitido.
Fiquei animado com a possibilidade de conseguir uma foto sem máscara, bastava esperar que saíssemos do terminal. Porém, para minha surpresa, Carlos disse que não se importaria em tirar a foto com máscara. Sendo assim, todos tiramos. Agradecemos, perguntamos se ela precisava de alguma ajuda, e ela disse que não, pois já havia visto quem a veio buscar: o dono do estúdio "Family Mob", onde o álbum seria gravado.
No caminho para o trem, perguntei para o Carlos porquê ele aceitou a foto com máscara, se ela mesmo deu a entender que tiraria sem, mas ele disse que essa era a graça de fazer um corre pandêmico. Enquanto eu voltei aos corres em outubro, esse era, na verdade, o primeiro corre dele e da Jessica em 10 meses. Mas enfim, os hunters do mal voltaram!
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