domingo, 31 de janeiro de 2021

Aquiles Priester

Era 07:30hs do dia da final de Libertadores. Às 17:00hs, Santos e Palmeiras disputariam o direito de ser o melhor time da América do Sul. Logo cedo, porém, recebi uma mensagem da Samii, perguntando se eu gostaria de acompanha-la para tirar uma foto com Aquiles Priester, que estava em turnê de aulas particulares de bateria, acompanhado pelo também baterista Kiko Freitas. Em tempos de corona vírus, cada um se vira como pode, até mesmo alguém consagrado como o Aquiles.

Eu já tenho algumas fotos ótimas com ele, então não correria o risco de esperar o dia inteiro e acabar perdendo o jogo, mesmo que apenas parcialmente. Além do mais, certeza que o máximo que conseguiria seria uma foto pandêmica com quem já tenho foto boa. Em dia de um jogão desses, definitivamente não! Recusei.

Eu sabia, porém, que Anebelle ainda não tinha foto com ele, então entrei em contato e disse que ela poderia se encontrar com Samii. As duas não morrem de amores uma pela outra, mas o corre poderia dar certo: enquanto Samii tem um celular horrível que só tira FOTASSA, Anebelle não gosta de ir sozinha em corres. Melhor ainda: na Freguesia do Ó, próximo de onde as duas moram. A mim, parecia perfeito como juntar a fome com a vontade de comer. Porém, Anebelle não foi, alegando que também estava interessada no jogo.

Duas horas depois, Samii conseguiu a foto, ou melhor, a FOTASSA toda desfocada. Anebelle, então, começou a reclamar, dizendo que deveria ter ido. Ela descobriu que no dia seguinte haveria outro evento igual, também em São Paulo, e ficou me enchendo o saco para acompanha-la. Embora não houvesse jogo, meus motivos continuavam os mesmos, ou seja, não estava a fim de correr o risco de esperar várias horas para conseguir uma foto pandêmica.

Porém, como ela me ajudou em diversos corres pandêmicos, acabei aceitando acompanha-la, embora ela estivesse fazendo tudo errado, pois queria ir às 14hs, mesmo sabendo que Samii conseguiu a foto às 09:30hs. Na minha cabeça, teríamos que estar de prontidão às 09:00hs; na cabeça dela às 14hs "porque eu não gosto de acordar cedo". Adianta falar?! 

Quando ela chegou para me buscar, pedi para que passasse em um endereço em Higienópolis, que fica no caminho, pois eu havia vendido um LP e precisava entregar ao comprador. Ela respondeu algo como "como assim, fica no caminho? Estamos indo para a Freguesia do ó". "Não doida, o evento na Freguesia foi ontem, hoje é na Vila Mariana". "Ah, é?". Pelo visto, ela estudou esse corre direitinho, só que não!

Após a entrega, chegamos à rua do evento e já avistamos o mini-ônibus estilizado que foi utilizado em toda a tour (que incluiu diversas cidades e estados). Anebelle fez questão de estacionar logo atrás. Um dos participantes do evento postou um vídeo no Instagram onde é possível notar o carro branco atrás do ônibus. É onde estávamos.

A espera poderia ser de apenas 2 minutos, assim como poderia durar o dia todo. Só havia um jeito de descobrir. E foi assim que passamos longas horas até que, por volta das 22:30, o evento finalmente acabou e Aquiles saiu. Anebelle o abordou e pediu para tirar uma foto, foi prontamente atendida. Ele já estava pronto para tirar uma comigo também, mas apenas agradeci. Anebelle insistiu para que eu tirasse "por educação", mas salientei que já tenho diversas fotos com ele, sem máscara, em outras ocasiões. Ele, então, entendeu e cumprimentou-me pandemicamente, apenas encostando os punhos.

A bem da verdade: toda vez que surge o assunto Aquiles Priester alguém aparece dizendo que ele é mala,  contando a história de como foi ignorado por dele. Eu o encontrei pelo menos meia dúzia de ocasiões nos últimos dez anos, e ele sempre foi gente boa. Fica a questão: será que ele é realmente mala e eu estou sempre com sorte quando o encontro, ou a abordagem/interação de quem tem história para contar é uma merda?!

Após a foto, ele notou que em frente ao lugar existia uma farmácia, e aproveitou para fazer algumas compras. Anebelle também já havia dito que após o corre iria comprar um remédio, mas ficou completamente sem graça quando viu que ele foi para lá. "Vai ficar chato, dar a impressão de que o estamos perseguindo". "Todos compram na farmácia, porra. É só deixar o cara em paz, não aborda-lo novamente". Ainda assim, ela somente aceitou entrar na fila do caixa após verificar que ele pagou e saiu. Que bobagem...

sábado, 23 de janeiro de 2021

Palmeiras

A bem da verdade: eu não sei fazer corre de futebol! Quando quero fotos com jogadores de um time específico, como o Palmeiras, geralmente vou diversas vezes ao aeroporto, na saída ou na chegada, quando o time joga fora e, a cada vez, foco em apenas dois jogadores. É uma correria do inferno e é o que da pra fazer para conseguir fotos e autógrafos com eles. Não conheço, por exemplo, nenhum esquema para entrar no CT da Barra Funda e conseguir com todos de uma vez. 

Com o sucesso do Palmeiras na Libertadores 2020, Anebelle, com quem fiz a maioria dos corres pandêmicos, ficou me enchendo o saco. Decidiu que queria porque queria uma foto com a "tia Leila" (a patrocinadora Leila Pereira, dona da Crefisa e da Faculdade das Americas). Toda vez que me enviava mensagens no Messenger, lá vinham umas três mensagens extras que diziam "tia leila, tia leila, tia leila". Era um indicativo para que eu me virasse e conseguisse um jeito para nos aproximarmos dela. 

Meu advogado, Tercio, é palmeirense, frequenta o clube há algumas décadas e tem algumas amizades fortes por lá. Portanto, em dezembro de 2020, eu perguntei se havia alguma maneira de conseguir uma foto com a Leila. Ele disse que sim, que em janeiro haveria um evento com ela, com o presidente Maurício Galiotte, com o presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim Del Grande, e alguns outros nomes que poderiam interessar. Isso ficou no ar, mas no meio do mês seguinte, o cobrei, já que ele é conhecido por ser enrolão. Ele confirmou que no sábado seguinte haveria o tal evento, e que conseguiria me colocar para dentro. 

O problema é que acho que ele não entendeu direito: o corre era muito mais para Anebelle do que para mim. Ele conseguiu confirmar o meu nome no evento, mas o dela não. É claro que quero uma foto com eles, mas definitivamente não fotos pandêmicas, de máscara, e isso é o máximo que conseguiria. Mesmo sendo o Palmeiras muito próximo de casa (15 minutos de caminhada), pensei dez vezes se deveria ir ou não. Mas fui.

O evento era a promoção da candidatura de Leila para conselheira. Havia pipoca, sorvete e água grátis. Era só pegar e consumir. Além disso, todos ganharam uma sacola com boné, camiseta e máscara da campanha de Leila. Assim que cheguei, Tercio já estava me esperando na entrada combinada, na Avenida Francisco Matarazzo. Tive, é claro, que me identificar para o pessoal que cuidava do controle de acesso, e minha entrada foi liberada.

Assim que entrei, ganhei a sacola com os brindes e avistamos Leila dando atenção a alguns dos presentes. Nos aproximamos e aguardamos a oportunidade de falar com ela. Quando consegui, foi tudo muito rápido, porque ela estava realmente requisitada, mas a foto pandêmica rolou sem problemas.

Leila disputava uma vaga no conselho, o que a tornaria elegível para ser a próxima presidente

Tercio, que veio apenas me recepcionar, disse que estava almoçando com a família, que iria terminar o almoço, e que voltaria para me encontrar em meia hora. Aproveitei para dar uma volta pelo clube e consegui colocar ao menos o boné e a máscara que ganhei. Retornei e fiquei enrolando, tomando sorvete grátis, até que Tercio reapareceu com uma notícia inusitada. Existe um gandula famoso no Palmeiras, pois ele trabalha no clube desde a década de 1990. Jornais e TVs fizeram diversas reportagens com ele. Tercio me pediu para aborda-lo para tirarmos uma foto com ele, mas alertou "ele é mala".

Quando o tal gandula desceu, foi chamado por um pessoal que estava sentado em uma mesa - provavelmente seus conhecidos, pelo papo animado que rolou. Quando se despediu e se afastou, veio em nossa direção, então educadamente o abordei e pedi para tirar uma foto com ele. Ele disse "não, não" e saiu andando, me deixando com cara de tacho. Mano, não creio, levei naba do gandula, com certeza uma das piores nabas de todos os tempos, digna de ser descrita nas nabas mais absurdas, uma grande mancha para meu "curriculum". O cara é mais mala que Bruce Dickinson, Paul Stanley, Robert Plant, Yngwie Malmsteen - ao menos com eles consegui a foto, por mais que tenha sido difícil. Da forma como ele negou, não restou outra alternativa senão aceitar e engolir a naba.

Em seguida, o presidente Mauricio Galiotte apareceu e, simpático, aceitou tirar a foto numa boa. O que o tal gandula não contava é que o conselheiro amigo do Tercio que autorizou a minha entrada viu a naba que levamos, e assim que me afastei, ele contou o que aconteceu ao presidente. Mais a noite, quando eu já estava em casa, Tercio me mandou a seguinte mensagem de áudio: "mano, o gandula levou uma carcada do diretor e do presidente, por causa da naba... que ele deve estar procurando o caminho de casa até agora. Diretor, aquele camarada que você viu, estava do nosso lado... Ele levou direto pro presida. Diz que a comida foi fenomenal! HAHAHAHA Ta bom, a gente levou naba do gandula, mas o gandula se fudeu".

Mauricio Galiotte era presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras

Após a foto com o presidente, eu e Tercio fomos passear pelo clube. Eu era sócio do Palmeiras quando era criança e adolescente, então frequentava de vez em quando. Algumas coisas, como a piscina, estão exatamente iguais ao que era, mas muita coisa mudou, principalmente devido à construção do estádio.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Crypta

Após saber que fui duas vezes ver Sonia Anubis, um amigo meu, colecionador de autógrafos, perguntou se eu seria capaz de conseguir para ele uma foto autografada pela Crypta. Respondi que sim, combinamos um preço, e aceitei a missão. Comentei com outra amiga que iria mais uma vez atrás da banda, dessa vez para ver todas e conseguir os autógrafos, e ela perguntou se eu conseguiria uma foto autografada para ela também. Mas é claro que sim!

No dia seguinte, montei e mandei a foto da banda com o padrão que sempre uso (margem, nome da banda e das integrantes, com seus respectivos instrumentos), solicitando a revelação de duas cópias. Encontrei com Anebelle e fomos mais uma vez ao estúdio Family Mob. Alguns momentos após nossa chegada, Tainá apareceu, mais uma vez sem máscara. A abordamos (usando máscara), pegamos o autógrafo, tiramos as fotos e retornamos para o carro. 

Após alguns minutos, ela saiu do estúdio e percebeu que ainda estávamos ali, mas não a incomodamos novamente. Ela caminhou até a casa onde toda a banda estava hospedada, trocou de roupa e retornou ao estúdio. Mais uma vez, não reagimos. Em algum tempo, ela voltou com a Fernanda Lira, que veio falar conosco. Por uns 15 minutos, falamos sobre a saída dela e de Luana do Nervosa, sobre a gravação do álbum, sobre a possibilidade da banda voltar a se apresentar ao vivo... Foi enfim, uma experiência muito legal!


Até então, eu tinha apenas uma foto com a Fernanda, tirada em 2012, em um evento no EM&T com Nervosa e Aquiles Priester. Já a vi diversas outras vezes - ela é amiga de amigas minhas, como a Karina -  mas não vou ficar pedindo foto cada vez que a encontrar, não sou chato a esse ponto (embora, com Sonia, eu estava prestes a ser). Em um passado remoto, Fernanda Lira era hunter como eu sou hoje. Ela tem fotos incríveis com Lemmy, Steve Harris, e várias outros músicos, e chegou a fazer alguns corres com o Leo Wacken, mas parou mais ou menos na época em que comecei.

Eu estava receoso que a Fernanda pudesse se importar de haver fãs em plena pandemia tentando conhecer a banda mas, pelo contrário, acho que foi uma experiência agradável para todos, músicos e fãs. As meninas adoraram as fotos e autografaram com prazer. Era uma foto novíssima, tirada há menos de uma semana, com a formação completa, já que Sonia no Brasil enfim tornava isso possível - até então todas as fotos eram montagens a partir de fotos individuais das integrantes.

Ainda rolou uma foto comigo entre Tainá e Fernanda. Como Tainá estava sem óculos (adoro!) e sem máscara, perguntei se elas se importavam se eu eu baixasse a máscara rapidinho, apenas para o click. Fernanda não gostou da ideia e entendi e aceitei isso.

Após, as duas retornaram para o estúdio e retornamos para o carro. Esperar não é a coisa mais divertida do mundo, mas não nos importamos. As meninas estavam ali fazendo o trabalho delas, nós que estávamos de enxeridos, então queríamos incomodar o mínimo possível. Porém, após pouco tempo, eu estava fumando fora do carro, quando Tainá veio até o portão e disse que telefonou para Luana e Sonia, e que elas viriam nos ver em alguns minutos. Ficamos muito agradecidos pela simpatia.

Com efeito, em alguns minutos, elas vieram. Eu já estava morrendo de vergonha, era a terceira vez em 13 dias em que eu estava cara a cara com Sonia. Será que ela me reconheceu? Será que ela já estava achando que sou algum stalker louco??? Quem me conhece sabe que não faço essas coisas de ficar abordando, geralmente uma vez é suficiente, gosto de perturbar o mínimo possível, mas desta vez não teve jeito... Ainda assim, tanto ela como Luana foram simpaticíssimas e tiraram fotos e deram autógrafos, sem problema nenhum.


Por uma dessas coincidências do destino, o pai de Fernanda Lira, Marcelo, era meu amigo no Facebook, sempre conversávamos via Messenger. Ele contou que Sonia estava deslumbrada por estarmos no aeroporto: "Isso nunca aconteceu, nem mesmo na Europa". Ela jamais imaginaria que alguém se interessaria em espera-la apenas para conseguir uma foto ou um autógrafo. Mas nós estávamos! E fico muito feliz de participar da primeira leva de fãs a fazer isso, com certeza haverá muito mais, no Brasil e no mundo! Sucesso, Sonia, amei te conhecer. E não fui ao aeroporto no dia em que você retornou para a Holanda porque aí sim você acharia que sou um stalker louco!

Quanto à Tainá... Foi a primeira vez na vida em que ela deu um autógrafo! E, mais uma vez, eu estava envolvido e senti-me honrado por isso! Crypta é formada por meninas simpáticas e muito gente boa, merecem todo o sucesso do mundo!

Se você que está lendo é uma das integrantes da banda, me desculpo, mas entenda que estamos em pandemia, está difícil para todo mundo ganhar dinheiro, e não vi problema em usar minhas habilidades em encontrar bandas por alguns trocados. Meus compradores também são fãs, mas de outras cidades e até mesmo outros estados e não tem as possibilidades que eu tenho para ficar cara a cara com vocês ou com qualquer outra banda, ainda mais neste momento.

Eu jamais faria isso em tempos normais, mas isso não significa que eu não as respeite ou não seja fã; pelo contrário, estou mega curioso para ouvir o CD e conhecer o resultado final, assim como todo mundo. A propósito, deixo uma dica: vendam fotos autografadas no website oficial. Tem muita gente que gosta e pagaria por isso, e é sempre uma fonte de renda a mais, com pandemia ou não. You rock! 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Sonia Anubis (Crypta) - parte II

Não vou esconder que fiquei decepcionado com o fato de Carlos preferir uma foto com máscara, quando Sonia se dispôs a tirar uma foto sem, no aeroporto. Fiquei pensando nisso por alguns dias, e foi surgindo a ideia de ve-la novamente, para conseguir a foto sem máscara. Seis dias após o primeiro corre com Carlos e Jessica, eu estava em casa, na internet, quando Marcus perguntou se eu estava a fim de ir com ele ao estúdio Family Mob, onde o Crypta estava gravando o CD, para tentar tirar uma foto com Sonia. Por outro lado, Anebelle, que não se interessou na semana anterior, também estava a fim de conseguir essa foto, então marcamos de ir ao estúdio no dia seguinte.

Anebelle passou em casa de carro e fomos. Era um dia chuvoso, portanto ficamos no carro quando chegamos. Marcus já estava nas proximidades, abrigado sob uma banca de jornais, mas nem percebemos. Vimos quando uma menina, que parecia ser a Tainá, parou em frente ao estúdio, tocou a campainha, esperou alguém abrir a porta e entrou, mas eu não tinha 100% de certeza que era ela. Foi somente quando a chuva passou que eu e Anebelle descemos do carro, então Marcus percebeu que estávamos ali e veio falar conosco. Ele confirmou que era a Tainá. A chuva recomeçou e esperamos dentro do carro novamente. Num dos poucos intervalos em que a chuva parou, Sonia saiu do estúdio. Marcus e Anebelle desceram e fizeram a abordagem. Eu demorei um pouco mais para descer, pois fui pegar a câmera.

Quando me aproximei, surpresa! Sonia segurava um prato de comida em uma das mãos. Eu jamais a abordaria se percebesse isso, mas já que eles a abordaram, e ela não se imporou, ok. As fotos rolaram com a coitada segurando o prato mesmo... E finalmente consegui a foto não pandêmica que tanto queria. Observamos que ela caminhou para uma casa a poucos metros do estúdio. Sabíamos que toda a banda estava nessa casa, uma espécie de "concentração" para a gravação do CD. Sabíamos também que a casa era próxima ao estúdio, mas não imaginávamos que fosse tão próxima. Só que, como não somos malas, jamais teríamos a coragem de tocar a campainha para incomoda-las.

Tanto Sonia como Tainá estavam sem máscara quando entraram ou saíram do estúdio. Até pensamos em ficar para tentar ver as outras integrantes da banda, mas logo a chuva recomeçou e percebemos que seria má ideia. Logo, cada um retornou para sua própria casa. Missão cumprida!


Em fevereiro de 2021 foi postado um vídeo no Youtube, onde a própria Fernanda Lira demonstra onde fica a casa:


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Sonia Anubis (Crypta)

Após surpreender a todos com o anúncio de que estavam abandonando o Nervosa, a baixista/vocalista Fernanda Lira e a baterista Luana Dametto não ficaram muito tempo inativas, e logo montaram uma nova banda, Crypta, com a guitarrista Tainá Bergamaschi, além da guitarrista holandesa Sonia Anubis, conhecida por seus trabalhos em bandas como Burning Witches (que abandonou para se dedicar melhor ao Crypta) e Cobra Spell.

No começo de janeiro, Jessica alertou a mim e ao Carlos que Sonia estava prestes a vir ao Brasil para participar da gravação do primeiro ábum do Crypta. Passamos a monitora-la. Em um domingo (no horário brasileiro), mas já segunda-feira na Holanda, ela postou no Instagram que faltavam três dias para o embarque ao Brasil. Assim ficou fácil demais.

Na quinta-feira de manhã (no Brasil), ela postou uma foto da aeronave, com a mensagem "Brazil, here I come". Nossas suspeitas de que ela viria nesse dia se confirmaram. Calaculado o horário do voo de chegada, eu, Carlos e Jessica seguimos ao aeroporto separadamente, onde nos encontramos.

Foi a primeira vez que usei o trem após as melhorias anunciadas no final de 2020, que incluiam a liberação da linha Expresso Aeroporto para todos pelo preço de uma tarifa normal. Então, para quem já estava dentro do sistema, não era necessário pagar mais uma passagem, como foi até então. Logo, para chegar ao aeroporto, eu embarcava em um trem na estação Água Branca e seguia até o Brás (se fosse meio de semana) ou Luz (aos finais de semana). Se fosse Luz, era uma baldeação a mais, sendo necessário tomar outro trem até o Brás. Do Brás, mais uma baldeação até a estação Engenheiro Goulart, onde, enfim, a baldeação para a estação final, Aeroporto Guarulhos. Com sorte, era um trajeto de 2 horas, com 3 a 4 baldeações e muitas subidas e descidas de escadas, ainda que rolantes. Não era meu caso, mas imagino que fazer isso carregando malas não seja muito agradável.

A partir de agora, basta ir da Água Branca para a Luz, e baldear para a estação Guarulhos Aeroporto. Fiz esse trajeto em uma hora e vinte e cinco minutos na ida, e em apenas uma hora na volta. Sensacional!!!!! Para ser melhor que isso, só após a conclusão das obras de ligação da estação final aos terminais do aeroporto. Hoje isso é feito de ônibus (tosquisse máxima do ex governador Alckmin), mas já existe um projeto para prolongar a linha e corrigir esse absurdo.

Como cheguei um pouco cedo, aproveitei para comer um lanche no McDonalds. Após, segui ao terminal, onde encontrei Carlos e Jessica. Todos esperávamos ver as meninas da banda à espera de Sonia, mas não havia ninguém, o que nos deixou um pouco intrigados. De fato, quando ela desembarcou, parecia totalmente perdida. Empurrando um carrinho com a bagagem e a guitarra, deu alguns passos após passar pelo portão de desembarque, parou, e parecia não saber bem o que fazer. Foi a nossa deixa para aborda-la. No começo pareceu não entender o que queríamos, mas compreendeu quando Jessica lhe estendeu CDs e a caneta para autografar. Carlos pediu uma foto, e Sonia até ensaiou abaixar a máscara pandêmica para a foto ficar mais bonita, como tem que ser. Mas era uma má idéia, pois estávamos dentro do terminal e não era permitido.

Fiquei animado com a possibilidade de conseguir uma foto sem máscara, bastava esperar que saíssemos do terminal. Porém, para minha surpresa, Carlos disse que não se importaria em tirar a foto com máscara. Sendo assim, todos tiramos. Agradecemos, perguntamos se ela precisava de alguma ajuda, e ela disse que não, pois já havia visto quem a veio buscar: o dono do estúdio "Family Mob", onde o álbum seria gravado.


No caminho para o trem, perguntei para o Carlos porquê ele aceitou a foto com máscara, se ela mesmo deu a entender que tiraria sem, mas ele disse que essa era a graça de fazer um corre pandêmico. Enquanto eu voltei aos corres em outubro, esse era, na verdade, o primeiro corre dele e da Jessica em 10 meses. Mas enfim, os hunters do mal voltaram!