sábado, 28 de março de 2015

Palmeiras 1999 x Amigos do Alex - Parte 2

Esta é segunda parte do relato sobre Palmeiras 1999 x Amigos do Alex. Se ainda não leu a primeira, clique aqui para ler.

A estratégia funcionou por algum tempo, conseguimos ver Júnior, Júnior Baiano, Oséas, Alex, Evair e Edmundo.

O melhor lateral esquerdo que vi com a camisa do Palmeiras. Superou em muito o Roberto Carlos
Alex era o motivo de toda essa galera boa estar reunida
Junior Baiano: chiei pra caralho quando foi contratado, mas acabou como campeão da Libertadores. Vou falar o que?!
O maior dos maiores que ja vi jogar no Palmeiras. Simplesmente o exterminador de gambás!
Edmundo foi um dos maiores craques do Palmeiras, mas o que fez em 95 quando forçou para ir ao Flamengo foi imperdoável

Felipão, o técnico do Palmeiras de 1999, desceu. Lombrigas o abordou e conseguiu uma foto com ele. Dandara seria a próxima, mas ele começou a andar dizendo que estava atrasado. Sheila ainda conseguiu fazer com que ele parasse rapidinho pra uma selfie. Eu tive que me contentar com o que chamo de FOTASSA, e que os gringos chamam de photo bomb, ou seja, uma foto ruim. 

FOTASSA!

Pra finalizar, o único jogador que eu não fazia nenhuma questão de ver, tanto que nem quis foto com ele. Marcos, mais conhecido como borboleteiro, padroeiro de Manchester.

Eu não quis foto com o borboleteiro, mas Sheila não se importou em fazer uma selfie

Mas afinal... e Zico?! Sabe-se lá porquê diabos, não saiu pelo lobby como todo mundo, mas pela garagem, e já entrou no ônibus.

Claro que eu e Sheila retornamos para casa ver o jogo. Retornar ao hotel para conseguir quem faltou depois do jogo não parecia uma opção, primeiro porque é um hotel extremamente fora de mão para chegar de transporte público - e táxi ficaria caro. Segundo porque, de acordo com a programação, a comemoração entraria madrugada adentro. Seria melhor retornar na manhã seguinte para conseguir quem faltou.


Saí de casa exatamente às 06:00hs. Domingão com o "transporte público maravilhoso de São Paulo", esperei quase uma hora no ponto e o ônibus simplesmente não passou. Decidi ir caminhando mesmo, senão correria o risco de não conhecer Zico. Foram mais de cinco quilômetros, mas finalmente cheguei por volta das 08:30hs. Cléber foi o primeiro a sair. Perguntei se ele sabia do Zico, ele disse que o Galinho não participou da confraternização pós jogo e levantou de madrugada para pegar o primeiro voo em Congonhas. Inacreditável! Broxado, tirei uma foto com ele e voltei caminhando. A decepção foi tanta que até desanimei de ficar e conhecer, por exemplo, Paulo Nunes. Até hoje não consegui conhecer o Zico 😞

Foi uma caminhada de mais de cinco quilômetros, cheguei pingando de suor, mas não era o dia de conhecer Zico
Ao menos conheci o Clebão que, em minha opinião, só perdeu o posto de melhor camisa 4 que já vi para Gustavo Gómez

Palmeiras 1999 x Amigos de Alex - Parte 1

Neste dia eu teria a oportunidade de conhecer quase todos os jogadores campeões da Libertadores pelo Palmeiras em 1999. Ainda assim, nenhum deles era meu alvo principal. O treinador do time adversário sim. Zico foi o melhor jogador que já vi atuar. Não ganhou a Copa de 1982, quando estava no auge, nem a de 1986, quando já estava bichado, mas isso é um detalhe. Com a bola nos pés, era um terror. Além do mais, é uma figura extremamente rara em São Paulo, por isso era o alvo principal. Além do mais, eu já tinha fotos com os principais do Palmeiras: Evair e Edmundo.

De manhã eu e Sheila fomos ao aeroporto de Congonhas para tentar interceptar a chegada de Zico, mas não tivemos sucesso. Esta foi a única vez em quatro anos que Dandara ajudou com uma informação. Seu namorado, Lombrigas, sabia que o time estava hospedado no Holliday Inn, então após conseguir um único bônus no aeroporto, o ator Márcio Garcia, seguimos para lá.

O ator Márcio Garcia foi o único que conseguimos reconhecer em Congonhas enquanto esperávamos por Zico

Assim que chegamos ao hotel, onde já estavam Dandara e Lombrigas, o corre já começou com força. Os primeiros jogadores que vimos compunham o time dos amigos do Alex, que seria comandado por Zico. O primeiro foi o ex zagueiro Luisão, ex Benfica, Cruzeiro e seleção brasileira. O segundo foi Sorin, ex-jogador argentino que atuava como lateral esquerdo, com três passagens pelo Cruzeiro. O terceiro foi Mozart que, apesar de ter uma rápida passagem pelo Palmeiras em 2009, destacou-se mais no Coritiba e no Flamengo, onde foi campeão paranaense em 1999 e campeão carioca em 2000.

Luisão veio para jogar no time dos amigos do Alex
Sorín era craque, dava gosto ve-lo jogar. Bem que poderia ter jogado no Palmeiras
Mozart jogou apenas 3 meses com a camisa do Palmeiras. Sinceramente eu nem lembrava que jogou lá

Não me recordo como diabos Lombrigas conseguiu isso, mas ele tinha em mãos toda a programação dos jogadores. De acordo com o que está aí, deveríamos ter conseguido ver Zico, mas ele deve ter viajado realmente cedo.


Abordamos a seguir o árbitro da partida, Sálvio Spínola. O zagueiro Agnaldo chegou vestindo uma camisa da Mancha Verde e não se incomodou em falar conosco. Então, a primeira figurinha repetida do dia: o goleiro Sérgio, que conheci em 2013 em um evento Casa Palmeiras. Simpático, o jornalista Mauro Beting também apareceu e ficou um tempo trocando ideia.

Aposentado desde 2011, o baiano Sálvio Spínola foi o árbitro da partida
Muito orgulho de ver Agnaldo com essa camisa. Eu gostava quando ele jogava no Palmeira, agora gosto aina mais
Sérgio nunca foi o goleiro mais confiável do mundo, mas sempre o preferi, ainda mais sabendo que a opção era o Borboleteiro
Mauro Beting foi gente boa, ficou um tempo trocando ideia concosco, foi bem divertido

Que prazer conhecer Euller, o Filho do Vento. Fiquei muito puto quando, com a camisa do São Paulo, marcou os gols que eliminaram o Palmeiras da Libertadores 1994. Porém, quando vestiu a camisa do Palmeiras, a honrou como poucos. Além disso, transformou um jogo onde o Palmeiras estava virtualmente eliminado no jogo da minha vida. Todo respeito do mundo por esse cara!


Nunca esquecerei o que Euller fez em Palmeiras 4x2 Flamengo pela Copa do Brasil de 1999


Outro que eu queria muito conhecer: Zinho. O homem que fez o primeiro dos 4 gols na final contra  ̶o̶s̶ ̶g̶a̶m̶b̶á̶s̶ o Corinthians em 1993. Eu estava  ̶e̶m̶ ̶L̶a̶ ̶B̶a̶m̶b̶i̶n̶e̶r̶a̶ no Morumbi naquela tarde mágica e fiquei sem voz pelo resto do jogo por causa dele!

A bem da verdade, eu não me interessei muito por futebol até os 16 anos, em 1989. Até então assisti as Copas do Mundo de 82 e 86, lembro da final Palmeiras x Internacional de Limeira 😞, dos 1.238 minutos que Zetti ficou sem tomar gol e dos pênaltis que Gaúcho defendeu contra o Flamengo quando Zetti quebrou a perna, mas nada muito além disso. Em 1989, assisti a Palmeiras X Flamengo, amistoso no começo da temporada. Palmeiras perdeu por 2x1, mas o goleiro, que tinha acabado de subir da base, foi um fenômeno. Seu nome: Wagner Fernando Velloso, ou simplesmente Velloso. 

No campeonato paulista, o que o Bragantino eliminou o Palmeiras 😞, a defesa tomou apenas 9 gols em 25 jogos. O Palmeiras conquistou a Taça dos Invictos, tomando-a  ̶d̶o̶s̶ ̶g̶a̶m̶b̶á̶s̶ do Corinthians. Sim, isso foi importante na época! Neste mesmo campeonato, passei a frequentar estádios de futebol regularmente. Embora de forma tardia, tornei-me goleiro e disputei campeonatos pelo colégio. Quando fazia uma defesa difícil, o grito "defendeu Velloso" era quase obrigatório. Ele era um ídolo para mim.

Infelizmente o rendimento de Velloso caiu demais em 1991. Ele perdeu a posição para Ivan. No final do ano, o Palmeiras contratou Carlos, goleiro que disputou a Copa de 1986 como titular. Velloso foi emprestado por todo o ano seguinte ao União São João. Carlos não foi nada bem e perdeu a posição para o novato César, que foi pior ainda. Velloso retornou em 1993 como titular e estava indo bem, quando machucou-se, dando chance a outro novato, Sérgio, que agarrou a oportunidade pra valer.

Novamente Velloso foi emprestado, desta vez para o Santos. Como titular, Sérgio foi o goleiro do time que tirou o Palmeiras da incômoda fila de quase 17 anos sem títulos. Conquistou o Campeonato Paulista, o torneio Rio-São Paulo e o Campeonato Brasileiro de 1993. Em 1994, estava inseguro e irregular, principalmente na Copa Libertadores da América, perdendo a posição para o paraguaio Fernandez, que conquistou o bi do Campeonato Paulista como titular. Velloso retornou do empréstimo e reassumiu a camisa 1, fazendo um grande Campeonato Brasileiro, onde o Palmeiras consagrou-se bi-campeão 93/94. 

Velloso foi titular até 1999, quando machucou-se novamente. O então novato  ̶b̶o̶r̶b̶o̶l̶e̶t̶e̶i̶r̶o̶ Marcos assumiu a vaga e fez uma grande Copa Libertadores da América, onde o Palmeiras foi campeão pela primeira vez. Velloso perdeu a posição para nunca mais retoma-la. Transferiu-se para o Atlético-MG, onde ficou nas cinco temporadas seguintes. No Palmeiras, conquistou como titular o Campeonato Brasileiro de 1994, o campeonato Paulista de 1996, a Copa do Brasil de 1998 e a Copa Mercosul de 1998.

Conhecer Velloso pessoalmente foi um grande prazer. Até então, foi o melhor goleiro que vi jogar com a camisa do Palmeiras. Claro que depois veio Fernando Prass e Weverton, mas aí são outras histórias. Eu também não poderia deixar de fazer reverência ao até então melhor dos melhores em minha opinião. Ele ficou super sem graça...

Até hoje o gol que Zinho fez em 1993 mexe comigo. Foi o gol que começava a tirar o Palmeiras da fila!
Eu com o melhor goleiro que vi jogar com a camisa do Palmeiras até 2014
Velloso ficou sem graça quando fiz a reverência

Denílson, Ademir da Guia, Amoroso e Roque Junior foram os últimos a dar as caras antes de começar a anoitecer. Foi quando percebemos que eles já estavam descendo e se dirigindo aos ônibus que os levariam ao estádio, e que seria muito mais jogo ficar dentro do hotel, pois os jogadores teriam que percorrer uma distância maior. Isso provavelmente evitaria que deixássemos de falar com um que passou porque outro estava nos atendendo.

Denílson foi outro que, enquanto esteve no Palmeiras, honrou a camisa!
Dizem que Ademir da Guia foi o maior de todos os tempos no Palmeiras. Não sei, não o vi jogar. Ainda assim, respeito máximo!
Esse eu queria ter visto com a camisa do Palmeiras: o multicampeão Amoroso. Foi artilheiro por onde passou!
Nunca gostei de Roque Junior com a camisa do Palmeiras, ele fazia pênaltis demais. Mas pelo menos foi gente boa

Este relato teve que ser dividido em partes devido a limitações do Blogger. Clique aqui para ler a parte 2.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Robert Plant

Em 2012, quando Robert Plant veio ao Brasil, ficou hospedado no hotel Fasano Boa Vista, um hotel fazenda localizado próximo a Sorocaba. As opções de hotéis 5 estrelas em São Paulo eram muitas, mas ele preferiu o isolamento total. Apenas 4 fãs tentaram conhece-lo no local do show. Eles o viram, mas ele não quis saber de papo e entrou sem atender ninguém.

Já em 2015, eu estava no aeroporto de Congonhas esperando alguma modelo que iria desembarcar. Não tinha a menor pretensão de fazer o corre do Robert Plant, pois sabia que seria difícil demais, e nem sou tão fã assim. No entanto, um amigo me enviou uma mensagem dizendo "Robert Plant chegará hoje às 14:00 hs no Fasano". Com uma informação dessas, tornou-se seriamente um caso para se pensar. Mandei uma mensagem para Ellen, a convidando para me acompanhar. Ela aceitou. 

Quando chegamos, não havia outros fãs, somente eu e ela. O carro que trouxe Plant entrou diretamente pela garagem. Isso é coisa que somente artista muito chato faz. Eu pensei em desistir e ir embora, mas o carro saiu, vazio, e parou bem em frente à porta do hotel, o que provavelmente significava que ele sairia em seguida. 

Combinei com Ellen que ela o chamaria, usando sua voz feminina. Eu apenas mostraria a foto que levei para ele autografar. Não funcionou: Ellen chamou, mas ele nem ao menos olhou e já entrou no carro. Mais uma vez, resolvi desistir e ir embora. Ellen, porém, observou que o trânsito estava parado, assim como o carro que levava Plant. Ela resolveu tomar um táxi para segui-lo. Eu respondi que não tinha dinheiro para dividir o valor da corrida com ela, mas ela não se importou, então a acompanhei.

Bastou entrar no táxi e dizer "siga aquele carro!"

Embora tenha levado cerca de 10 minutos, pois o trânsito estava realmente ruim, foi um trajeto muito curto: o carro virou na rua Bela Cintra e subiu duas quadras até a Alameda Lorena, onde virou a esquerda e o perdemos de vista, pois paramos no semáforo. Acreditamos que tivesse virado na avenida Rebouças. Quase na esquina, vimos o veículo estacionado na Galeria de Arte Brasileira. Ellen pagou o motorista, desembarcamos, e vimos que ele estava no interior, negociando alguns quadros. Ellen queria entrar para aborda-lo dentro da loja, mas achei a ideia péssima, seria melhor esperar do lado de fora.

Quando ele saiu, o segurança brasileiro, que me conhecia - já que estou em todos os corres - veio em minha direção, dizendo que eu eu não deveria nem ao menos chamar por Plant. Isso foi excelente, porque ele se esqueceu da Ellen. Ali foi desespero puro: Ellen uniu aos mãos, como se estivesse implorando - na verdade, estava mesmo - e ficou sozinha, cara a cara, com Plant:

- Mr. Plant, por favor, somos apenas dois fãs, só queremos tirar uma foto com você.

- Fique calma. O que vocês querem de mim? Uma foto? Eu tiro, mas uma com vocês dois

Me aproximei com a foto para ele autografar, mas o segurança não permitiu. Eu não me importo tanto quando o artista nega o autógrafo, mas levar naba do segurança é péssimo. De qualquer forma, não era hora de arrumar confusão, então entreguei a câmera para o segurança e conseguimos a foto. O carro partiu e eu e Ellen ficamos nos abraçando, comemorando o feito, que sabíamos ser incrível.


Meu corre terminou ali, mas o de Jonas estava apenas começando. A essa altura, ele já esperava pelo músico no hotel, mas sofreu o mesmo que nós, pois o carro entrou pela garagem. Um dos problemas de Jonas é sua tendência de ser (falso) amigo de todos, então faz o corre com muita gente. Quando o artista é difícil como ele, o ideal é ter no máximo duas pessoas no corre.

Naquele dia, Jonas descobriu que Plant jantaria na churrascaria Fogo de Chão Jardins, na rua Augusta, então foi com a tropa toda para lá, quatro ou cinco pessoas. Tiveram que esperar na frente do lugar. O segurança saiu, contou o número de fãs, retornou e informou Plant. É claro que ele saiu sem atender ninguém. Naba!

Dois dias depois, um pouco mais esperto (mas não muito), Jonas tentou a sorte no aeroporto, tentando conseguir na saída do país. Desta vez estava apenas com Marcio. Quando Plant chegou, despediu-se do motorista (que provavelmente era o mesmo segurança que tentou nos atrapalhar), deu-lhe um abraço e tirou uma foto com ele (sim, segurança te impede de tirar fotos, mas sempre tira foto com o artista que "protege"). Jonas viu que era o momento ideal para aborda-lo e conseguir também. Conseguiu, mas essa foto poderia ter rolado dois dias antes, poupando tempo e dinheiro.


segunda-feira, 23 de março de 2015

Slash + Gilby Clarke

O que parecia ser apenas mais um corre transformou-se em uma aula, não apenas de como fazer corres, mas principalmente de como não fazer - e em nenhum dos casos eu fui o professor.

Meu corre foi simples: fui ao Hilton com Fabi e Fernando. Já imaginava que não conseguiria nem mesmo ver Slash, mas poderia conseguir uma foto com Gilby Clarke, com os músicos da banda do Slash, e com sorte até mesmo com o vocalista, Myles Kennedy. E assim foi: o primeiro a sair do hotel foi o sempre simpático e amigável Gilby Clarke. Depois, vi os mesmos integrantes do Slash que vi em 2012, Frank Sidoris e Todd Kerns. Estavam meio diferentes, quase não os reconheci mas, enfim, eram eles. Mais uma vez, não vi nem sinal do baterista Brent Fitz. Mais a noite, Sheila saiu do trabalho e uniu-se a nós. Que sorte: tão logo chegou, Myles Kennedy saiu do hotel e nos atendeu. Para mim foi suficiente para finalizar o corre.

Gilby Clarke é sempre muito gente fina!

Como em 2012, Frank Sidoris atendeu todos os fãs que aguardavam para ver Slash
Quase não reconheci Todd Kerns de touca e óculos escuros
Mal chegou ao hotel, Sheila conseguiu foto com Myles Kennedy. Que sorte!

No dia seguinte, fiquei sabendo como foram os corres de dois conhecidos. Um excelente, outro catastrófico. O excelente foi o de Denis e Guilherme, a mesma dupla que conseguiu uma foto com Ringo Starr em 2013. Sem saber o que fazer para conseguir encontrar Slash, decidiram ir ao estacionamento do Espaço das Américas, onde ficaram observando por algum tempo.

Quando viram o manager gringo do Slash, foram até ele. Denis explicou que tem um site sobre a carreira de Slash e perguntou se seria possível vê-lo no camarim. Mostrou o site no celular, deu detalhes. Milagrosamente, a jogada deu certo. Após falar com Slash, que se interessou em saber sobre o site, o manager ofereceu a ambos acesso com direito a meet & greet grátis. Não apenas: Denis mantém contato com Slash até hoje: "Eu não fico falando com ele sobre banda, porque todos devem querer isso, deve encher o saco, então falamos mais sobre Fórmula 1, Slash gosta muito de corridas".

Uma cena que tornou-se comum desde esse dia é que quando Slash vem com o Guns ou com sua banda solo, Denis vai ao hotel e fica no meio dos fãs comuns. Ele, entretanto, entra em contato diretamente com Slash, que manda alguém para busca-lo e coloca-lo para dentro. Parece surreal, né? Mas garanto que é verdade! Esse é um esquema apenas dele, não é possível levar mais ninguém com ele. E Denis está certíssimo em manter assim, pois faze-lo provavelmente significaria perder o acesso. Você arriscaria?!

Por outro lado, a sempre perturbada Anebelle causou novamente. Achando-se muito esperta, e aproveitando-se do fato de ter carro, invadiu a garagem do hotel e se escondeu até que Slash descesse para ir embora do hotel. Enzo a acompanhou. Quando Slash finalmente apareceu, foi aquele berreiro.

Slash foi um autêntico filho da puta. Vendo que havia dois fãs, disse "eu tirarei uma foto, mas será uma só. Escolham com qual dos dois será". Isso daria morte se fossem dois fãs de verdade. Por sorte, Enzo só estava acompanhando Anebelle, não era fã nem queria foto, então foi fácil decidir. Anebelle saiu comemorando, mas a história estava muito longe de terminar.

Inconformado com a invasão, o manager do Slash retornou à recepção do hotel, mandou chamar o gerente e o chefe da equipe de segurança e descascou o verbo. Os próprios seguranças do Hilton contaram essa estória para mim e Carlos, pois os conhecemos há anos e sempre conversamos com eles. "Só não fomos todos demitidos porque temos muito tempo de hotel e nossa ficha era limpa até então. Se não fosse isso, todos teríamos rodado".

Já imaginou como seria se uma nova equipe de segurança fosse contratada, sabendo que a anterior foi demitida por causa de fã????? Acho que iriam gradear todo o hotel, teríamos que esperar bem longe, na Marginal Pinheiros. A louca, como sempre, atrapalhando a vida de todos, sem medir as consequências...

sábado, 21 de março de 2015

Emerson Fittipaldi

O bicampeão de Fórmula 1 1972/1974, Emerson Fittipaldi, participou de uma tarde de autógrafos das 18:00 às 19:00hs no Conjunto Nacional. Era o último dia da exposição Velocult, e duas das atrações expostas foram modelos da Copersucar-Fittipaldi, os monopostos FD01 e FD04, pilotados, respectivamente, por Wilsinho, em 1975, e Emerson Fittipaldi, em 1976 e 1977, na Fórmula 1.

Não pude ir para a fila mais cedo, pois na mesma tarde fiz o corre do ex guitarrista do Megadeth, Marty Friedman. Este já era o segundo corre do dia, e ainda por cima estava mancando, pois torci o pé em um acidente na escada de casa, na madrugada anterior. Quando eu e Sheila chegamos, pouco antes das 18:00hs, a fila estava grande, mas não catastrófica.

O problema foram os fãs sem noção, o próprio Emerson Fittipaldi e a produção do evento. Muitos fãs ficavam diversos minutos falando com Emerson, que aceitou a interação numa boa. Nem ele nem ninguém da produção tentou agilizar cortando o papo, já que havia um monte de gente para ver Emerson Fittipaldi também.

Mesmo se cada fã utilizasse um único minuto para interagir com Emerson, ainda faltaria umas quarenta pessoas a ser atendidas ao término de uma hora. Mas houve quem ficasse interagindo numa boa por cinco ou dez minutos, sem ser incomodado. Exatamente às 19:00hs, com mais da metade da fila original ainda aguardando a vez, Emerson finalizou e tentou ir embora. A impressão que deu é que ele foi pago para ficar apenas uma hora e foda-se, não ficaria um minuto a mais.

É claro que a confusão se instaurou. Todos queriam falar com ele, nem que fosse ao menos para conseguir uma foto. Se ele tivesse o mínimo de consideração, faria exatamente isso, tiraria uma foto com cada um, mas agora no modo ágil, foto e tchau. Já vi Xuxa atender mais de 500 pessoas com foto em menos de 10 minutos, então foi má vontade mesmo.

Inconformados, quem estava na fila não queria deixar Emerson ir embora. Me infiltrei, tentando conseguir ao menos o autógrafo
Pelo menos não sairia sem o autógrafo
Esta seria a foto de consolação que eu teria se ele realmente não atendesse. FOTASSA
Para resolver a questão da pior maneira possível, ele se propôs a tirar uma porcaria de uma foto coletiva. Que lixo!

A foto coletiva foi tirada com minha câmera, visto que a maioria dos participantes intencionava tirar fotos de celular. Melhor ter uma foto de verdade, né?! Uma das meninas presentes ainda tirou uma selfie e enviou a imagem em meu e-mail, que ela anotou para entrar em contato e ter como receber a foto coletiva. Ela é minha amiga no Facebook até hoje, mas praticamente não interagimos.


Eu ainda não estava satisfeito. Como intencionava presentear o ex vocalista do Iron Maiden, Dennis Willcock, com o autógrafo de Fittipaldi, e só havia levado uma foto, consegui um poster do evento e fui atrás de uma segunda assinatura. Ainda preso na muvuca, entre os fãs, Emerson não teve saída, senão assinar mais um ítem. O poster seria para mim, mas acabei me desfazendo dele em 2021 quando, durante a crise do corona vírus, tive que vender alguns itens para sobreviver. Infelizmente não tirei foto dele antes de vendê-lo.

Presenteei Dennis Willcock, ex Iron Maiden, com esta foto autografada

Abaixo, algumas fotos dos carros da exposição Velocult: