Slash já é um cara difícil, quase inacessível, ainda tive que aguentar um bando de retardados que se concentrou em frente ao hotel, cerca de 30 fãs cantando músicas do Guns, fala sério! Mas eu tinha uma carta na manga, fruto da experiência de corres anteriores: eu sabia onde ele jantaria naquela noite. Então, chamei Sheila e Larissa, que estavam comigo, e fomos somente nós para a churrascaria. Chegando lá, bingo! O carro que saíra do hotel pouco antes, em meio à cantoria dos fãs, estava no estacionamento.
Decidimos ficar bem em frente à porta de entrada e saída do lugar, não haveria como não dar de cara com ele. E foi exatamente o que aconteceu: quando saiu, o chamei, e mostrei a foto, dando a entender que gostaria de um autógrafo. Ele virou e fez um sinal para que eu me aproximasse, autografou minha foto e os dois CDs de Larissa. Sheila não tinha nada para autografar, então pediu uma foto e ele negou. Ela insistiu, dizendo que poderia ser uma única foto com os 3. Ele deu aquela vacilada, estava quase aceitando, quando foi empurrado para dentro do veículo que o aguardava pelo segurança.
Fica a pergunta: segurança chato? Não! Exceto raras exceções, ele apenas cumpre ordens, é tudo encenação. Já soube de artistas que disseram ao segurança "se algum fã me abordar eu vou atender, mas você está fudido!". Ou seja, não quer atender, mas também não quer se passar por mala. Então quem passa por mala é o segurança. Mais uma vez: existem exceções, existe segurança que é babaca trabalhando com qualquer artista, em qualquer situação.
Marcelo Zava sempre conta:
"No corre do Tears for Fears, eu, Kevin, Leandro Caíque, Deca e Bono estávamos na porta principal do Hilton e o Orzabal saiu pela lateral. Nós corremos e chamamos, ele viu e ignorou. Aí peguei o carro e corremos. Estava muita chuva, e eu caí pra pista expressa, eles ficaram na local e pegaram trânsito. Fui pela Dutra e eles pela Ayrton Senna. Quando cheguei no trevo, onde as duas rodovias se juntam, eles passaram e eu colei. Quando descemos do carro, o segurança (velho conhecido de quem faz corres), nos viu e falou "não acredito!!!", com cara de bravo. Orzabal não queria atender, mas falamos "Você não vai nos atender?! Olha o nosso estado, estamos todos molhados", aí ele atendeu. Depois que os caras entraram pra sala de embarque, o segurança veio até nós e disse "Bora tomar um café?".
Retomando a estória, retornamos ao hotel e conseguimos chegar antes que Slash o que, teoricamente, é impossível, já que ele estava na nossa frente. Com certeza passou em algum outro lugar antes de retornar. A van com a banda chegou antes, e os músicos pararam para nos atender. O problema é que eles fizeram "boi de piranha". Enquanto a banda atendia, Slash passou às nossas costas, sem que ao menos percebêssemos, até que fosse tarde demais para tentar aborda-lo.
Ainda assim, os músicos, especialmente Todd Kerns, foram gente finíssima. O hotel tem um corredor um pouco longo que conduz à porta giratória que dá acesso às áreas internas. Após atender a todos, ele já estava na metade do caminho, quase na porta, quando uma fã de última hora atravessou a rua, berrando pelo nome dele, que parou e retornou para atende-la. A bem da verdade: pouquíssimos músicos fariam isso, mesmo os que são conhecidos por ser legais. Ponto para ele!
Todd Kerns, gente finíssima, baixista do Slash |
Frank Sidoris, guitarrista do Slash |
Na mesma noite, ainda conseguimos uma foto com Tobias Sammet, do Edguy.
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No dia seguinte, eu e Larissa tentamos no Espaço das Américas, mas conseguimos apenas uma foto com Jens Ludwig, do Edguy, que saiu para fumar um cigarro enquanto rolava a apresentação do Slash. Para mim, foi um corre bem decepcionante. Eu não esperava conseguir uma foto com o Slash, já sabia que ele é chato, mas esperava ao menos conseguir as fotos com todos os integrantes do Edguy e também uma foto com Miles Keneddy, vocalista da banda do Slash e do Alter Bridge. Ficou para uma próxima ocasião.
Jens Ludwig, guitarrista e co-fundador do Edguy |
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