quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Ringo Starr & His All Starr Band

Florinda Meza, que interpretou a inesquecível Dona Florinda no seriado mexicano Chaves, desembarcou em São Paulo para dar uma entrevista ao Programa do Ratinho - a primeira desde o falecimento de seu marido Roberto Bolaños, que interpretava Chaves. Não fui ao aeroporto mas fiquei sabendo que Anebelle foi, e que foi a única a conseguir uma foto posada com Florinda.

Ao perceber que Anebelle não estava sozinha, Florinda foi antipática demais. Cercada por seguranças, caminhou apressadamente ao carro que a esperava, sem atender mais nenhum fã. Enzo ficou inconformado por não ter conseguido. Em fotos postadas em sites de fofocas, é possível ver seu desespero tentando aborda-la e sendo ignorado, ao mesmo tempo em que tentava inutilmente tirar uma selfie. Como essa galera se humilha por uma foto. Fico sem, mas não faço isso.

Saber que Florinda é mala deixou-me broxado e com pouca vontade de fazer o corre, até porque não tinha a menor ideia de em qual hotel ela estava hospedada. Havia, além do mais, outros corres para fazer, alguns bem mais importantes que o dela. Por exemplo, Ringo Starr. Quando Marcelo Zava passou de carro em minha casa para irmos ao aeroporto tentar conseguir uma foto com o Ringo, era um pouco cedo ainda, então sugeri que déssemos uma passada no hotel Hollyday Inn, pois no ano anterior Maria Antonieta de Las Nieves, a Chiquinha, ficou hospedada lá, bem como Édgar Vivar, o Senhor Barriga, ficou em 2012. Era apenas um chute, mas não custava verificar.

Tão logo chegamos, caiu uma daquelas intensas tempestades de verão. Nem descemos do carro para verificar, porque faze-lo significaria o mesmo que se enfiar de roupa em um chuveiro de água fria. Os minutos se passaram e começou a ficar apertado para seguir ao aeroporto e tentar ver Ringo. Sugeri a Zava que fôssemos com ou sem chuva mas ele recusou-se, alegando que seu carro não aguentaria tanta água. O corre começava a dar errado aí...

Quando a chuva amenizou era tarde demais para tentar ir ao aeroporto, então Zava sugeriu que fôssemos ao Hyatt para tentar ver Ringo quando ele chegasse ao hotel. Detestei a ideia mas concordei. Não havia muito o que fazer mesmo. Em minha opinião, perdemos a grande chance quando não fomos ao aeroporto. Isso de fato se confirmou quando, já no lobby do hotel, fuçando no Instagram, achei uma foto de Ringo com um fã que o abordou tão logo o ex Beatles passou pelo portão de desembarque.

No hotel, aconteceu o que eu já esperava: realmente ele passou em frente a nós, o chamamos, mas fez apenas o sinal de "paz e amor" e seguiu apressado para os elevadores. Nesta noite vimos apenas Gregg Bissonette, a quem já tínhamos visto dois anos antes.

É sempre um prazer rever alguém tão gente boa como Gregg Bissonette
No dia seguinte, não retornei. Ringo não atenderia mesmo e minha única esperança era tentar a sorte que Denis e Guilherme tiveram em 2013. Se eu teria que retornar no dia em que Ringo saísse do hotel, não fazia sentido tentar no dia seguinte. Marcelo Zava não pensou desta maneira, retornou e passou o dia inteiro com sua esposa no hotel, mas não conseguiram nada. Alvaro também estava no lobby e fez o que era possível fazer quando Ringo saiu para o show: forçar uma selfie. Quando Ringo percebeu que seria inevitável, ainda ajudou, fazendo o sinal de "paz e amor".


Mais um dia se passou e era quase hora da banda deixar o hotel rumo à próxima cidade de turnê. Eu e Marcelo Zava estávamos no hotel desde manhã. Ganhamos a companhia de Sheila, que aproveitou seu horário de almoço no serviço para também tenhar conhecer Ringo. Para sorte dela, a ação nem demorou a acontecer. Às 13:06hs de 27 de fevereiro, uma sexta-feira, encontramos Warren Ham, saxofonista que substituiu Mark Rivera. Ele nos atendeu sem problema nenhum. Gregg Rolie e Todd Rundgren desceram juntos e nos atenderam a seguir, tão simpáticos e educados como há dois anos.


Então apareceu quem Zava mais queria rever, o gente finíssima Steve Lukather. Antes, Zava nos disse que queria fazer um vídeo abraçando Lukhater. Sheila explicou para Lukather o que Zava queria e obteve confirmação de que poderia ser feito. Zava, no entanto, pareceu um pouco travado no momento, meio sem saber o que fazer ou como fazer, então Sheila teve que incentiva-lo.


Às 13:16hs, apenas onze minutos após conseguirmos a primeira foto do dia, vimos o baixista que não conseguimos ver em 2013, Richard Page. Com ele, estava completa a foto que levei para a banda assinar, pois tinha certeza que Ringo não assinaria nem mesmo se atendesse.


Quando Ringo apareceu, às 13:34hs, apenas 28 minutos depois que conseguimos a primeira foto... NABA! Éramos apenas cinco pessoas: eu, Sheila, Zava e dois fãs aleatórios. Aguardamos do lado de fora do hotel. Sabendo da dificuldade deste corre, quando Ringo passou, pedimos uma foto apenas, ele com nós cinco. Recebemos como resposta "estou atrasado para ir ao aeroporto". O filho da puta não pode perder cinco segundos da vida dele, inacreditável! Sheila ainda tentou tirar uma foto onde ele aparecesse ao fundo, mas isso não me animo de fazer, é derrota demais... 

Sugeri que corrêssemos ao aeroporto e só desistíssimos depois de levar naba lá, mas Sheila teria que retornar ao trabalho e Zava já estava broxado o bastante. Se eu tivesse carro ou grana para táxi teria ido sozinho, mas não tinha. Infelizmente, Ringo nunca retornou ao Brasil para que pudesse tentar pela quarta vez!

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Anathema + Krisiun

Eu, Leo e Sara fomos ao aeroporto de Guarulhos para esperar pelo Anathema. Antes da banda chegar, uma surpresa: sem que estivéssemos esperando, os caras do Krisiun passaram pelo desembarque internacional. Bônus! Eu e Leo fomos falar com eles, são muito gente boa.

Alex Camargo, baixista e vocalista do Krisiun
Krisiun: Max Kolesne, baterista e Moyses Kolesne, guitarrista

Quando nos despedimos, voltamos a nos concentrar em nosso alvo prioritário, ou seja, o Anathema. Daniel Cavannagh passou sozinho pelo portão de desembarque. Isso é um pouco anomal, geralmente a banda sai toda de uma vez, mas ok, fomos falar com ele. Na hora da foto, fiz como sempre faço, o sinal de chifres imortalizado por Ronnie James Dio, mas pelo visto Daniel não ficou muito satisfeito, pois pediu para que eu não o fizesse. Ele fez sinal de positivo com a mão, e disse "faça assim". Ok, que seja!

Daniel não gostou da mão chifrada, me pediu para fazer o sinal de positivo

Após as fotos, perguntou onde era o banheiro e também onde poderia beber alguma coisa. Enquanto explicávamos onde era o sanitário, ele foi mais específico, dizendo que gostaria de tomar um café no Starbucks. Ok, explicamos também como chegar. E ele foi...

O próximo a passar pelo portão de desembarque foi o português Daniel Cardoso. Como não tínhamos certeza da nacionalidade dele, apesar do nome, o abordamos em inglês, mas ele respondeu em português, o que foi bom, pois o papo fluiu bastante. A seguir, Jamie Cavanagh passou e o abordamos também. Enquanto falávamos com ele, a vocalista Lee Douglas passou por nós e foi direto para fora do saguão, talvez para procurar pela van. Fomos atrás dela e conseguimos mais uma foto. Por fim, Vincent Cavanagh foi o último a sair. John Douglas não veio, não entendi bem o porquê até hoje.

Daniel Cardoso toca bateria, teclados e baixo. É uma salada de frutas que não consigo entender bem
Jamie Cavanagh, baixista do Anathema. Ele saiu da banda, pela segunda vez, em 2018
Lee Douglas, vocalista do Anathema
Vincent Cavanagh, guitarrista, tecladista e vocalista do Anathema

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Mr. Big + Arch Enemy

Dois shows diferentes, ocorrendo em lugares diferentes. Mr. Big se apresentaria, com abertura do Winger, no HSBC Brasil (hoje Tom Brasil). Arch Enemy se apresentaria no Carioca Club. Felizmente o aeroporto era um só neste caso, pois ambas as bandas vinham de destinos nacionais. Parecia que seria fácil, não havia tantos fãs esperando em Congonhas. O único problema a vista era Anebelle. Luciano, que tornou-se meu amigo desde o corre do Within Temptation em 2012, apareceu. Mais um bom sinal: ele faria a segurança do Mr. Big. Veio diretamente a mim e perguntou se havia algum fã problemático que ele não conhecia. É claro que apontei para Anebelle e contei algumas situações em que ela causou.

Quando a banda desembarcou, todos os músicos evitaram os fãs, correndo apressados para a van, incluindo os facílimos e gente finíssimas Eric Martin e Billy Sheehan. Inacreditavelmente, o único que parou para atender, já ao lado da van, foi Pat Torpey, o único do Mr. Big com quem eu ainda não tinha foto. Ellen conseguiu uma foto linda com ele, Sheila também.

Na minha vez, entreguei para Pat autografar o LP "Lean Into It", onde faltava apenas a assinatura dele. Ele assinou mas quando ia tirar foto comigo, Anebelle se intrometeu, tentou se enfiar no meu lugar e foi impedida por Luciano. Pat devolveu-me a caneta e entrou o mais rápido que conseguiu na van. Sheila tirou algumas fotos enquanto ele me atendia, mas fiquei sem uma foto decente. Alerta de spoiler: Felizmente consegui em 2017, na última vez que ele veio antes de falecer.

Aguardando minha vez para falar com Pat Torpey
Minha vez chegou, eu o cumprimentei e entreguei o LP para autografar
Achei que ia rolar a foto primeiro e já fiz a pose, mas ele preferiu assinar antes
Anebelle se intrometeu, ele me devolveu as coisas e correu para a van. Desta vez fiquei sem uma foto decente com ele

Não houve nem sinal da banda de abertura, Winger, e não lembro porquê. Talvez tenha vindo por Guarulhos, realmente não sei. Restava tentar o Arch Enemy. Daniel Erlandsson foi o primeiro a passar pelo portão de desembarque. Atendeu numa boa, foto e autógrafo. Michael Amott e Sharlee D'Angelo autografaram caminhando até a van, sem parar para fotos. O novato da banda, Jeff Loomis, nem ao menos isso, pois correu para a van sem ter contato com ninguém, assim como a mala Alissa White-Gluz, que só trata os fãs bem quando vem com o Kamelot.

Presença constante no Brasil, pois namora ou é casado com uma brasileira, Daniel Erlandsson foi o único que atendeu numa boa

Indignados, eu, Sheila, Karina e Ellen corremos para o carro do Leo e fomos ao hotel. Por mim, se eu conseguisse ver apenas Jeff Loomis já estaria bom. Bem ou mal, com os outros eu já tinha fotos e autógrafos. Todos os que estavam comigo concordaram com essa tese, pois todos já tinham fotos com os outros integrantes. Como Loomis foi o primeiro a aparecer e atendeu, nos contentamos e finalizamos o corre.

Jeff Loomis poderia ser legal e atender logo no aeroporto. Mas não, nos fez ir até o hotel também
A foto ficou sem a assinatura de Alissa White-Gluz. Se um dia voltar com o Kamelot, completarei as assinaturas

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

The Sirens

A produtora do show do The Sirens, Dark Dimensions, não tem hotéis padrão como quase todas as produtoras. Marcos, o proprietário, diz que "hospeda a banda onde for mais barato". Eu tenho outra teoria, pois realmente acredito que ele se diverte tentando escondê-la de nós. Hoje em dia nem tanto, mas nessa época eu apostaria nisso com força. A cena mais comum era ele chegar ao hotel, nos ver sentados no lobby e exclamar "é! vocês descobriram de novo...", com uma certa cara de decepção.

Se existe um produtor criativo o bastante para hospedar uma banda em um hotel que não conhecíamos, é claro que é o Marcos. The Sirens ficou no San Juan, na rua Aurora. Como descobrimos?! Simples! Karina, Sara e Thiago caminhavam pelo centro de São Paulo quando viram alguns integrantes comendo em um boteco. Concluíram corretamente que estavam próximos e resolveram verificar os hotéis da região. Continuaram caminhando na mesma rua e descobriram esse hotel que ninguém sabia que existia até então. Foi, aliás, a primeira e última vez que vi uma banda lá. A região, claro, é péssima, especialmente à noite, mas até que curti o hotel, é ajeitadinho.

Ao se aproximar, observaram que Marcos estava de saída, pronto para conduzir o guitarrista Gijs Coolen ao hospital público mais próximo, ou seja, a Santa Casa. Gijs escorregou no banheiro, batendo o nariz e sofrendo fratura. Felizmente o show era apenas no dia seguinte, senão provavelmente seria adiado ou cancelado.

Karina contou-me sobre a descoberta, mas não mencionou o que aconteceu com Gijs. Quando chegamos, eu e Sheila nos acomodamos nos sofás do lobby, à espera dos músicos. Por lá também estavam Givaldo e Wesley, além de quem já foi citado. Após uma hora de espera, Kari Rueslåtten, Viktorija Anselmo, Jochem van Rooijen e Johan Van Stratum, que ainda estavam na rua, retornaram e atenderam todos numa boa. Ferry Duijsens apareceu uma hora depois, e como os demais, atendeu super bem.

Kari Rueslåtten é fofinha, atenciosa, tudo de bom. Deu vontade de levar para casa, mas desconfio que Sheila não aprovaria 😕
Jochem van Rooijen, baterista do The Sirens
Viktorija Anselmo, tecladista do The Sirens
Johan Van Stratum, baixista do The Sirens
Ferry Duijsens, guitarrista do The Sirens
A porta do elevador se abriu e aquela que eu mais queria conhecer, Liv Kristine, surgiu bem diante de nós. Simpática ao extremo. Aliás, fica difícil saber quem é a mais simpática das três cantoras. Liv é mais desinibida, vai pra galera mesmo. Aproveitando-se deste fato, Wesley propôs fazer um video entrevista com ela, que aceitou imediatamente. Em minha opinião, o resultado ficou maravilhoso. Confira:


Liv Kristine é alguém que sabe tratar bem os fãs que tem. Uma pessoa muito iluminada!
Nem percebemos quando Wesley, sentado no sofá, tirou essa foto de eu e Sheila batendo um papo com Liv Kristine

Todos então tiramos fotos com ela, que ficou um bom tempo ainda confraternizando conosco. Só faltava vermos Anneke van Giersbergen e o corre poderia ser finalizado com sucesso. Porém, quando ela desceu e fomos aborda-la, parecia aflita. Nos disse apenas "agora não" e saiu do hotel apressada. Foi quando Karina nos contou o que aconteceu ao guitarrista, completando que provavelmente Anneke foi vê-lo no hospital. Foi exatamente isso!

Muitas horas se passaram até que Anneke e Gijs retornassem. Quando voltou, ela veio direto falar conosco, desculpou-se e explicou o que tinha acontecido. Sem problemas Anneke, o motivo foi mais do que justificável! Sabíamos bem que você, que nos atendeu tão bem em 2013, não poderia ter virado essa mala em apenas dois anos. Ela também tirou fotos e ficou um tempinho conosco. Mesmo com o nariz quebrado, Gijs tirou foto com geral. Cara bacana! Aliás, a banda toda é!

Anneke é desde sempre uma das mais legais quando atende seus fãs
Gijs Coolen não estava nem aí para o nariz quebrado, tirou foto com todos!
Como levei apenas a foto para as vocalistas autografarem, pedi para que os músicos assinassem no verso da foto

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Philm

Em 2014, pouco mais de um ano após sair do Slayer, Dave Lombardo veio a São Paulo para ministrar um workshop no Manifesto Bar. Fui vê-lo na Kiss FM, mas não fui ao hotel, mesmo sabendo onde ele estava hospedado. Lombardo sempre foi um dos meus bateristas favoritos. Agora, trouxe ao Brasil pela primeira - e última - vez sua então nova banda, Philm, que infelizmente não atingiu o sucesso e foi desfeita logo depois, com apenas dois álbuns gravados.

Tal como no ano anterior, quando veio só, o show aconteceu no Manifesto Bar, no dia 8 de fevereiro. Cinco dias antes, eu já tinha conseguido fotos com os músicos, pois Lombardo, acompanhado por seus companheiros de banda, retornou à Kiss FM para um bate papo.









Este definitivamente foi um dos corres mais legais de todos os tempos, pois todos os músicos, especialmente Lombardo, são muito amigáveis e divertidos. Foram fotos e mais fotos e mais fotos, a banda estava nem aí de posar concosco. O próprio Lombardo pedia para eu e Ellen tirarmos mais.

Gerry Nestler, vocalista e guitarrista do Philm
Pancho Tomaselli, baixista do Philm
Nesta foto o flash falhou, mas observe que Pancho está fazendo palhaçada atrás de nós
O flash disparou na segunda tentativa, me dei por satisfeito
Lombardo queria mais fotos e pediu para Ellen tirar mais uma
Não me recordo porquê Lombardo colocou a mão na frente nesta foto
A segunda valeu, não foi interrompida novamente pelo baterista
Lombardo revidou a brincadeira de Pancho ao invadir a foto de Ellen com o baixista
Eu e Ellen agradecemos e nos despedimos. Para nossa surpresa, os músicos saíram conosco, ainda conversando e brincando. Caminhamos todos até a Rua Augusta, distante poucos metros do edifício onde fica a Kiss FM, onde a banda virou à esquerda. O farol estava fechado para nós, então, enquanto esperávamos para atravessar a rua e seguir ao ponto de ônibus, observamos, atônitos, que Lombardo e seus amigos foram a uma barraca que vendia milho verde. Apenas imagine, um dos melhores bateristas do mundo comendo de boa um milho verde quase na esquina da rua Augusta com a avenida Paulista. Simplesmente surreal!