Você pode não acreditar, mas esse foi um dos corres mais aguardados da minha vida. Sempre tive uma paixão platônica por Sharon Den Adel. Lógico que sei que ela é casada, mãe de três filhos, mas e daí, eu também era casado, é apenas admiração de fã. Mesmo se fôssemos solteiros, eu jamais tentaria nada, pois sei me colocar no meu lugar.
No dia em que a banda desembarcou no Brasil, lá estava eu e Sheila no aeroporto, assim como alguns outros fãs e hunters. Nunca tínhamos visto o segurança que foi recepcionar a banda, mas ele veio falar conosco pouco antes dos músicos desembarcarem: "é o mesmo grupo de sempre, sei que vocês são de boa. Eu não vou atrapalhar se a banda quiser atender". A partir de então, ele tornou-se meu amigo, a ponto de me convidar para seu casamento anos mais tarde. Ele sempre deixou claro que jamais me passaria qualquer tipo de informação, mas também jamais atrapalharia se os músicos quisessem atender.
Meu plano era abordar os músicos primeiro, pois todos os fãs se concentrariam em Sharon. Depois, quando já tivéssemos foto com todos, tentaríamos com ela também. O problema é que simplesmente paralisei quando vi aquela deusa na minha frente. Eu só tremi em frente a um artista 4 vezes: com Steve Harris, Paul McCartney, John Travolta e... Sharon Den Adel.
O plano falhou completamente: ao invés de abordar os outros músicos, fiquei olhando Sharon atender os outros fãs. Tava bobão, aéreo mesmo, era como se estivesse na frente de uma deusa. Não gostei da foto que tirei com ela, eu estava com cara de medo. Quando fui tentar os outros músicos, todos já estavam na van, exceto o gente-finíssima baixista Jeroen van Veen.
Sharon den Adel, vocalista do Within Temptation |
Jeroen van Veen, baixista do Within Temptation |
Como Leo não conseguiu foto com todos também, decidimos ir ao Espaço Victory, onde aconteceria o show, já que não tínhamos a menor ideia de em qual hotel a banda estaria. A ideia era seguir a van para o hotel depois da passagem de som. Quando a van saiu, se inciou uma longa perseguição. Seguimos da estação Carrão ao Anhangabaú. De repente, sem mais nem menos, o motorista estacionou na rua Alvaro de Carvalho, desceu e caminhou para longe. Eu e Leo ficamos com aquela cara de "wtf?!", então resolvemos tentar ver através dos vidros escurecidos da van se havia algum papel ou alguma coisa que nos indicasse o hotel.
Estávamos de cara colada nos vidros da van, quando fomos surpreendidos por um senhor, que disse: "vocês estão procurando pelo motorista dessa van?". Respondemos "sim", e ele nos disse que ele tinha ido a um hotel ali perto - e apontou para o Braston da Martins Fontes. Simplesmente não acreditávamos na sorte que tivemos, então fomos rapidamente para lá. Mal entramos e já vimos que Martijn Spierenburg estava sentado em uma das mesas do restaurante, tomando um café, mas não o incomodamos.
Quando os outros músicos começaram a descer para ir à passagem de som, fomos conseguindo as fotos que faltavam. Era fevereiro, então um bloquinho descia a rua ao som de marchinhas de carnaval. Sharon ficou encantada e começou a dançar ali, na nossa frente. Mágico, surreal... Paralisei de novo, nem pedi outra foto para ela.
Mike Coolen, baterista do Within Temptation |
Stefan Helleblad, guitarrista do Within Temptation |
Ruud Jolie, guitarrista do Within Temptation |
Martijn Spierenburg, tecladista do Within Temptation |
Quando a van partiu, retornamos ao carro e voltamos para o Carrão, para assistir ao show. Antes de começar, houve o meet & greet para os sorteados em uma promoção - eu não me inscrevo nessas porcarias, seria tirar a chance de alguém que não tem as mesmas habilidades que eu. Foi a coisa mais ridícula e deprimente que já vi. Fotos individuais? Autógrafos? Interação com a banda? Que nada, foi uma foto coletiva e olhe lá. O tempo total do meet foi de inacreditáveis 38 segundos!!!!
Decepcionada, Jess me perguntou onde a banda estava. Eu falei, mas disse para ela guardar a informação para ela e no máximo mais um amigo. Eu não retornaria para o hotel depois do show, pois já tinha conseguido o que queria, mas ainda assim não gosto de bagunça. Não tem porquê levar um batalhão para encher o saco da banda. Todos querem tirar fotos, mas cada um que se vire e consiga sua própria informação, né não?! Fiquei muito puto quando soube mais tarde que mais de 50 fãs apareceram no hotel. Ela começava a se queimar comigo...
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