domingo, 31 de março de 2013

Alestorm

Um tio-avô faleceu na madrugada do dia em que o Alestorm se apresentaria pela primeira vez no Brasil. Cancelei o corre e fui ao enterro? Errado! Fui ao corre e foda-se o enterro. Os músicos estavam hospedados no hotel Braston, na rua Augusta, distante poucos metros do local do show, o Inferno Club. Soubemos que alguns estavam no hotel e outros na casa de shows, então esperamos no meio do caminho, pois desta maneira conseguiríamos aborda-los independentemente de onde saíssem.

No corre, estava eu, Sara, Janice, Dandara, Karina II, Leo e sua namorada Deise. Sheila também, mas somente nos acompanhando, nem quis tirar fotos com ninguém. Para minha surpresa, Ellen também estava por lá. Justo ela, que sempre dizia que só iria em corres de bandas das quais é realmente é fã. Duvido muito que ela conhecia Alestorm, certeza que estava indo em qualquer coisa que viesse. O corre virou para ela o mesmo que é para mim, uma caça pela figurinha nova. Quando voltamos a nos falar e fazer corre juntos, em 2014, ela confirmou que foi exatamente isso. Eu mesmo nunca tinha ouvido falar nessa banda até o dia em que foi feito o anúncio do show, então pesquisei e gostei do som. O falecido Felipe Godoy sempre mexia conosco: "eu não sei como vocês podem ir ao corre de uma banda cujo nome significa Tempestade de Alexandres".

O primeiro que vimos foi Gareth Murdock, que saiu do Inferno e caminhava para o hotel. O segundo foi Dani Evans, que saiu do hotel carregando o case com a guitarra. Eu o abordei e ele aceitou tirar uma foto. Porém, quando o colocou no chão, o case tombou e fez um barulho enorme. Fiquei um pouco constrangido, esperando que tenha sido apenas barulho e que a guitarra estivesse inteira. Bandas pequenas sofrem, nem roadie tinha, era tudo no "faça você mesmo". A seguir, Christopher Bowes saiu do hotel. Por fim, abordamos Peter Alcorn, quando saiu da casa de shows. Menos de uma hora para conseguir todas as fotos a partir do momento em que abordamos o primeiro. Todos foram gente boa, é muito difícil encontrar um mala entre bandas das séries C e D.

Missão cumprida?! Esta sim, mas agora iríamos ao Manifesto abordar o Vision Divine, do vocalista Fabio Lione.

Christopher Bowes, vocalista do Alestorm
Dani Evans foi o baixista do Alestorm de 2006 a 2008 e guitarrista de 2008 a 2015, quando saiu da banda
Gareth Murdock, baixista do Alestorm
Peter Alcorn, baterista do Alestorm
Mais uma foto devidamente autografada para a coleção

domingo, 17 de março de 2013

Anneke van Giersbergen

Sempre ouvi dizer que Anneke van Giersbergen é uma artista diferenciada no tratamento com os fãs. Sua última vinda a São Paulo foi três anos antes, em 2010, acompanhada pelo guitarrista do Anathema, Daniel Cavanagh. Amigos me convidaram para fazer o corre na ocasião, mas eu estava envolvido com um projeto no trabalho, então não fui. Como é tradição em qualquer show em solo brasileiro, já havia fila horas antes do Blackmore abrir as portas. Quando a van chegou com os artistas para a passagem de som, Anneke simplesmente foi para a galera. Falou com todos, tirou fotos, distribuiu autógrafos. Eu mal conhecia o som que ela fazia, mas esse relato me animou demais, fiquei interessado em conhece-la.

Agora, ela estava novamente na cidade para uma apresentação no Hangar 110. Eu e Sheila fomos até a porta do local com a intenção de conhece-la quando saísse após o show. Diversos nomes conhecidos se interessaram em fazer o mesmo, incluindo Sara, Karina, Samii, Thiago Lino, Fernando e Leo. Foi interessante porque houve vazamento de som, então ouvimos boa parte do show.

Para ser honesto, eu estava focado apenas em Anneke, nem sabia quem eram os músicos que a acompanhavam. Uma das meninas alertou quando o guitarrista saiu para fumar. Eu e Leo fomos falar com ele, que não se importou em tirar fotos conosco. Nem demorou para que Anneke saísse também. Quando percebeu que queríamos falar com ela, imediatamente foi para a galera, com o maior sorriso do mundo. Que mulher absurdamente simpática!

Deste momento em diante, eu faria o possível para me tornar um fã de seu trabalho. Hoje gosto de alguma coisa de sua época no The Gathering e alguma coisa de sua carreira solo, mas não consigo curtir tudo que ela gravou. Mas com certeza prefiro gastar dinheiro com uma artista como ela do que com Megadeth, por exemplo, com aquele Pato Donald do inferno que nunca está a fim de atender seus fãs.

O guitarrista Gijs Coolen não se incomodou de nos atender enquanto fumava
Anneke van Giersbergen é uma das artistas mais fofas que ja conheci, super atenciosa

quarta-feira, 13 de março de 2013

Ian Anderson's Jethro Tull

Nunca fui grande fã de Jethro Tull, sempre achei o som um tanto chato. Porém, quando seu principal integrante, Ian Anderson, veio ao Brasil, com sua própria versão da banda, decidi conhece-lo, principalmente devido aos então recentes vídeos que circularam na internet, de uma apresentação que sua banda fez com Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden. Eu gostei muito do resultado final, então Ian Anderson era alguém que definitivamente eu gostaria de conhecer e conseguir uma foto.

Não me recordo exatamente como descobrimos o hotel, mas ele estava no Grand Mercure São Paulo Ibirapuera. Éramos apenas 4 pessoas no corre: eu, Marcio, Kevin e um amigo de Kevin. Estávamos no hall, sentados em um sofá, quando o guitarrista Florian Opahle sentou-se no sofá encostado ao que estávamos, às nossas costas. Não tínhamos certeza de se era ele mesmo, então perguntamos. Quando ele confirmou, pedimos para que tirasse fotos conosco, o que aceitou imediatamente. Um a um, todos os integrantes foram descendo, os abordávamos, e nos atendiam numa boa.

Florian Opahle, guitarrista do Ian Anderson's Jethro Tull
David Goodier, baixista do Ian Anderson's Jethro Tull e também do próprio Jethro Tull
Scott Hammond, baterista do Ian Anderson's Jethro Tull
Ryan O'Donnell, vocalista do Ian Anderson's Jethro Tull

Quem não gostou muito da estória foi a manager de Ian Anderson - uma argentina bastante chata, responsável por traze-lo ao continente - que tentou a todo custo nos expulsar do hotel. Sem nenhuma educação, falou diretamente conosco, dizendo que estávamos incomodando os músicos - embora ainda estivéssemos batendo papo com Florian, que conversava conosco animadamente.

Não houve nenhum tipo de problema em nossas interações com os outros músicos, era o mesmo de sempre: foto, autógrafo, e os deixávamos em paz. Ninguém reclamou para ela, ela que foi intrometida. Como simplesmente a ignoramos, ela se dirigiu aos seguranças do hotel e, depois, à recepção, para tentar nos expulsar mas, mais uma vez, foi ignorada.

Quando Ian Anderson apareceu, surgiu a chance de se vingar. Ele não foi simpático, autografou a minha foto, os álbuns de Kevin e de Marcio, mas disse que tiraria apenas uma foto coletiva. Não curtimos muito mas, fazer o que, estávamos apenas entre amigos, que seja... O problema é que só havia uma pessoa disponível para tirar a foto: a argentina. Posamos, ela tirou a foto e me devolveu a câmera. Rindo, disse "ficou mui grande", e entrou na van, que fechou as portas e partiu para o Teatro Bradesco, onde aconteceria o show.

Argentina filha da puta teve a chance de se vingar e não desperdiçou, acionando propositalmente o máximo de zoom

De noite, após o show, retornamos ao hotel para tentar a foto, já que ela "nos fez o favor" de estragar a que conseguimos. Ian Anderson, mala, passou apressado pelo hall, como se não existíssemos. Naquela época, ainda era possível fazer "corre na conexão". O último show dele no Brasil era em Recife, portanto ele teria que retornar a São Paulo para conseguir sair do país. Absurdo, né?

Um voo de Recife a São Paulo dura 3 horas, mas ele precisava faze-lo para voar à Inglaterra. Isso não fazia sentido nenhum, mas era assim que os voos no Brasil funcionaram até mais ou menos 2017. Foi a Copa de 2014 que mudou isso, embora com atraso - melhor para os viajantes, pior para nós. Hoje ele teria a opção de voar pela TAP de Recife para Lisboa e, lá, tomar um voo a Londres. Muito mais lógico!

Enfim, naquela época era possível encontra-lo no aeroporto de Guarulhos. Para fazer a conexão entre o voo nacional e o voo internacional, ele deveria desembarcar e caminhar ao embarque internacional. Quase ninguém sabia dessa possibilidade, mas nós sabíamos. Kevin me chamou para tentar, mas eu já estava de saco cheio desse mala, então não fui. Ele foi e conseguiu.