quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Jane Fonda

Eu morava a apenas duas quadras de onde meus avós moravam, portanto, desde que fiquei desempregado, minha avó simplesmente esperava que eu fosse almoçar "com ela" todos os dias. Geralmente eu comia sozinho, pois chegava em um horário em que ela e meu avô já haviam comido. Então ficava sozinho à mesa, enquanto meu avô assistia às notícias na TV e minha avó ficava na cozinha assuntando com a cozinheira. Isso me possibilitava ter "maus hábitos", como ficar mexendo no celular enquanto como (adoro!). Entrei em um site de notícias e meu coração quase parou:

Como assim, Jane Fonda estava em São Paulo e eu simplesmente não tinha a menor ideia?! O evento, em um shopping center em um bairro próximo, aconteceria das 12:00 às 14:00 hs e, pior, já era 13:00 hs. Desesperado, engoli a comida o mais rápido que pude e me despedi dos avós, dizendo que tomaria um táxi. Minha avó, entretanto, ofertou uma carona, que aceitei imediatamente. Chegamos por volta das 13:40hs no local, ela me deixou e retornou para casa. Até então eu nunca tinha participado desses eventos de livraria, e demorei alguns minutos para descobrir que era necessário comprar o livro para garantir acesso à fila da sessão de autógrafos.

Quando cheguei ao caixa, faltando 15 minutos para o término do evento, a atendente alertou que a pessoa que estava na minha frente seria a última que poderia participar: a partir de mim, mesmo comprando o livro, não seria mais possível. Fiquei indignado, argumentei que já deveria estar na fila, mas o segurança avisou que era necessário comprar o livro. Enfim, o que eu poderia fazer?! Se fosse hoje, eu correria para a garagem e procuraria por carros "suspeitos", o que é relativamente fácil de fazer, ainda que o shopping tenha diversos andares de estacionamento; mas nesse  dia eu era completamente inexperiente nesse tipo de corre. É claro que não comprei o livro, tive que me contentar em tirar algumas fotos dela assinando para outras pessoas.

Decidi tentar abordagem direta quando ela saísse do local. Quando aconteceu, acompanhada por um segurança, ela passou direto e entrou em um porta ao lado da loja, que certamente a levaria à garagem, enquanto outro segurança estava estrategicamente posicionado, garantindo que ninguém pudesse segui-la. Que pena! Tão perto e tão longe, tive a sorte de ver a notícia a tempo, mas tive azar em não conseguir finalizar a compra... Ao menos serviu para que eu ficasse esperto com eventos de livrarias, pois passei a monitorar todos. Entretanto, nunca houve um tão interessante quanto seria uma foto com Jane Fonda.

sábado, 24 de novembro de 2012

Arch Enemy

Parecia um corre simples, era só ir ao hotel, conseguir as fotos e fim, mas não foi o que aconteceu. Quando tivemos a confirmação de que a banda chegou no aeroporto, já que alguns amigos tentaram lá, Leo saiu da casa dele, em Guarulhos, passou em casa, e seguimos para o hotel, Meliá Jardim Europa. Embora tenhamos chegado cedo, naquela noite conseguimos encontrar somente Nick Cordle, Sharlee D'Angelo e Michael Amott, não houve sinal de Daniel Erlandsson ou Angela Gossow.

Nick Cordle, então guitarrista do Arch Enemy. Ele saiu da banda em 2014
Sharlee D'Angelo, baixista do Arch Enemy
Michael Amott, guitarrista do Arch Enemy

Eu, Leo, Sheila, Sara e Karina passamos algumas horas esperando no hall, sem conseguir ver os dois músicos faltantes. Como nada acontecia, comecei a mostrar para Karina fotos da época em que Leo passava chapinha no cabelo, ela rachou o bico. Isso rendeu ao Leo o apelido de "Chapinha", pelo qual é conhecido até hoje.

Estávamos sentados bem em frente aos três elevadores do hotel, quando um hóspede chegou, apertou o botão e esperou em frente ao terceiro, sem perceber que o primeiro chegou e abriu a porta. Como o elevador não chegava nunca - pois já estava lá, sem que ele se desse conta - ele, impaciente, apertou várias vezes o botão antes de perceber a porta aberta. Quando percebeu, tentou entrar, mas o elevador fechou a porta e ele tomou um tranco. Foi engraçado, mas a sempre escandalosa Karina explodiu de dar risada.

Percebendo que nada mais aconteceria naquele dia, decidimos ir embora, para retornar no dia seguinte cedo. No caminho, na rua de acesso entre a Marginal Pinheiros e a Avenida Eusébio Matoso, Leo estava parado, aguardando por uma oportunidade para entrar na via, quando sentimos o impacto. Um carro, conduzido por um moleque bem playboyzinho, bateu na traseira do carro de Leo. Nunca vou esquecer a cara de pânico dele e da namorada, quando viram que, do nosso carro, desceu um monte de cabeludo com cara de mau. 😆😆

Aquele não foi um bom dia para Leo. O pai dele enviava uma mensagem atrás da outra, desesperado porque o PCC fez ameaças de que fuzilaria qualquer um que estivesse na rua após o anoitecer. Leo não apenas estava, como ainda voltaria para casa com o carro batido.

Karina e Sara dormiram em casa, no quarto de hóspedes. Leo não poderia nos buscar na manhã seguinte, então nos viramos e fomos de táxi logo cedo, por volta de 07:30. A ideia era conseguir Daniel e Angela quando aparecessem para tomar café da manhã. Daniel deu as cara somente por volta das 10:30 hs, justamente no horário em que o café parava de ser servido. Será que veríamos Angela somente quando a banda saísse para almoçar?!

Daniel Erlandsson, baterista do Arch Enemy

Foi uma longa tarde, sem que absolutamente nada acontecesse. Angela só apareceu às 17:00 hs, quando a banda estava de saída para o show. A menos que tenha pedido comida no quarto, não jantou no dia anterior, não tomou café da manhã, não almoçou, não foi passar som, simplesmente ficou 24 horas trancada no quarto.

Já me hospedei em alguns hotéis por causa de bandas, hotéis bem melhores do que esse, e jamais o quarto foi tão bom para que eu decidisse permanecer recluso mais do que o tempo necessário para dormir. Fico pensando como pode existir artista tão apegado a ficar no quarto, sem sair para nada. A menos que tenha curtido a piscina ou a academia, foi o que ela fez.

Como iniciamos o corre por volta das 17 hs do dia anterior, quando Leo passou em casa, e como uma noite com Karina e Sara em casa não foi exatamente uma noite de sono bem dormida... eu estava no ar há bem mais que 24 horas. Acho que é possível notar isso em minha expressão quando tirei a foto com Angela.


Valeu a pena esperar? Sim, é claro! Angela nunca retornou ao Brasil pois, em 2014, anunciou o encerramento de sua participação como vocalista do Arch Enemy, dando lugar a Alissa White-Gluz. Ela continuaria trabalhando na banda, cuidando dos negócios exclusivamente como empresária. Se eu tivesse desistido, pensado "na próxima vez que a banda vier ao Brasil eu conseguirei", teria perdido para sempre essa oportunidade.

Essa estória é dedicada àqueles que acham que corre é fácil, que é chegar e conseguir as fotos sem dificuldade nenhuma. Corres são investimento de tempo e dinheiro. Perdi ao menos 24 horas da minha vida tentando conseguir fotos com o Arch Enemy nesta ocasião, e felizmente consegui. Também gastei uma grana que não deveria para comer alguma coisa e me manter de pé naquele dia. Como dizem por aí: que sorte!


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Formula 1 2012

Através de informações de amigos que faziam corres da Formula 1, fiquei sabendo que os pilotos e equipes ficavam espalhados em muitos hotéis da zona sul, incluindo Hilton, Hyatt, Sheraton, Transamerica e até mesmo Blue Tree Morumbi - isso em 2012, hoje são bem mais opções. Durante o período do Grande Prêmio do Brasil de Formula 1, meu objetivo principal era conhecer o hepta campeão da principal categoria do automobilismo, Michael Schumacher. Ele havia se aposentado em 2006, mas retornou à categoria em 2009. Agora, em 2012, o alemão anunciara sua aposentaria definitiva ao final da temporada, então provavelmente seria minha última chance para tentar conhece-lo.

Eu e Sheila fomos ao Sheraton e aguardamos no hall. Um dos seguranças que sempre trabalha com bandas nos viu e veio conversar conosco, curioso para saber quem tentávamos conhecer naquele dia. Ele ficou surpreso quando respondemos, o que significou que certamente ele não estava fazendo a segurança dos pilotos. Sheila perguntou quem era o artista que ele acompanhava, e seus olhinhos até brilharam quando ele respondeu "Alejandro Sanz". Quando Alejandro apareceu, ela correu para tirar uma foto com ele, que foi muito atencioso. Para dizer a verdade, tirei a foto dela, mas nem quis tirar uma com ele. Depois, é claro, me arrependi, mas já era tarde demais.

O tempo passou e alguns amigos, como Julio e Arthur, também chegaram ao hotel. Um pouco mais tarde, Felipe Massa deu uma passada por lá, e aproveitamos para tirar uma foto com ele. Após o treino classificatório, Schummy retornou ao hotel e foi direto à recepção, onde permaneceu por alguns minutos. Vimos mas não reagimos, apenas observamos. Seria ok aborda-lo quando ele saísse de lá, não enquanto estava tentando resolver algum problema.

Quando terminou, já estávamos perto o suficiente. Mostrei a foto (que já estava autografada por Felipe Massa), ele pegou a caneta, a pasta (para apoiar) e a foto, mas não autografou imediatamente. Saiu do hotel, saímos também. Então, autografou e devolveu tudo. Ele, no entanto, deixou a tampa da caneta cair, que saiu quicando por alguns metros. Fui pega-la e, nesse intervalo, ele tirou foto com todos.

Só faltava a foto comigo, e o corre terminaria. No entanto, ele se recusou, dizendo que havia finalizado. Então afastou-se e procurou se esconder atrás de uma pilastra, enquanto esperava o carro que o levaria para jantar ou para algum outro lugar, ou seja, esperava a toa, sem fazer absolutamente nada. Resolvi ir até lá e dar uma insistida, mas ele fez uma cara que dizia claramente “que saco!” e um gesto com a mão, como se espantasse um cachorro. O corre, é claro, acabou ali.

Um repórter que estava no hotel contou que, no autódromo, havia um menino de uns quatro anos, vestido de Michael Schumacher, que tentou contato com ele. Schummy passou direto, não atendeu. No fim, acho que não perdi muita coisa. Não vale insistir com quem não quer tirar foto nem mesmo com uma criança.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Rick Wakeman

O ex tecladista do Yes, Rick Wakeman, viria a São Paulo para se apresentar no Teatro Bradesco. A procura pelos ingressos foi tão grande que uma segunda apresentação foi agendada para logo após a primeira. Eu e Kevin estávamos confusos, pois não sabíamos fazer corres nesse teatro, que fica dentro do shopping Bourbon. Nesse dia, teríamos que descobrir. Exploramos as possibilidades de maneira tão absurda, que descobrimos uma escadaria que nos levou diretamente para o camarim. Porém, sabíamos que não poderíamos permanecer por muito tempo, pois logo alguém nos descobriria e expulsaria, então continuamos a exploração.

No andar E2, localizamos uma portaria, cujo porteiro negava ou permitia acesso ao backstage do teatro. Paramos um tempo para observar, mas temíamos que Wakeman passasse por outras entradas, haviam muitas. Chato e sem noção como sempre, Kevin decidiu conversar com o porteiro, para tentar extrair alguma informação. Foi o mesmo bla bla bla de sempre: "vim de Taubaté, sou muito fã"... Impressionantemente, ele conseguiu. O porteiro disse não apenas o hotel onde Rick Wakeman estava, mas também o hotel onde ficavam todos os artistas contratados pelo teatro em 2012: Blue Tree Morumbi.

Após o primeiro show, fomos para lá. Calculamos que ele chegaria por volta de 00:30 hs, mas já era quase 03:00 hs e nada aconteceu, o que nos fez crer que o porteiro havia nos enganado. Já estávamos quase desistindo quando uma van estacionou em frente ao hotel. Quando o abordamos, Wakeman pediu apenas que fôssemos muito rápidos, pois teria apenas duas horas de sono. Era só eu e Kevin, duas fotos e alguns autógrafos, agradecemos e fomos embora. Kevin me deixou em casa e seguiu para Taubaté.

Rick Wakeman, uma verdadeira lenda dos teclados
Dave Colquhoun, guitarrista do Rick Wakeman

Assim que postei a foto no Facebook, Marcelo Zava me chamou no Messenger, perguntando qual era o hotel. Eu disse, mas salientei que Wakeman sairia para o aeroporto às 05:00 hs, e já era 03:40 hs. Ele teve que se apressar. Depois contou que, assim que chegou, Wakeman saiu do hotel com a mala na mão. Por pouco não conseguiu. Ao menos sabemos que ele falou a verdade, quando disse o horário de saída.

As perguntas que ficam: por que Wakeman estava em um hotel na zona sul, se o teatro fica na zona oeste? Por que, tendo um flat exatamente em frente ao shopping onde fica o teatro, ou tendo vários hotéis próximos ao aeroporto de Guarulhos, decidiram coloca-lo em um hotel na zona sul, sabendo que ele teria que pegar um voo para Santiago tão cedo? Quem foi o gênio que decidiu isso???

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Crucified Barbara

Sobre o corre em si, não há muito o que dizer: as meninas do Crucified Barbara, uma banda que não existe mais, estavam em um hotel que também não existe mais, o Linson, na rua Augusta. Eu, Sheila e Leo passamos a tarde esperando. Conforme desciam, conseguíamos, fácil.

Mia Coldheart, vocalista e guitarrista do Crucified Barbara
Klara Force, guitarrista do Crucified Barbara
Ida Evileye, baixista do Crucified Barbara
Nicki Wicked, baterista do Crucified Barbara


Mas há duas estórias extras

A primeira aconteceu enquanto eu conversava com o produtor do show.  Ele queria saber como sabíamos o hotel, e eu explicava que sempre fazíamos isso, e que existiam padrões que identificávamos com facilidade, quando o vocalista do Sepultura, Derrick Green, apareceu no hotel para encontrar suas amigas do Crucified. Por acaso, eu tinha uma foto já autografada por Andreas Kisser, então pedi para que ele autografasse também.

O produtor pirou, simplesmente não acreditava que eu tinha uma foto do Sepultura pré-autografada ali comigo. Na verdade eu não a carregava 100% do tempo, mas fazia sentido leva-la quando estivesse fazendo corre. Aquela não era a primeira vez que encontrei Derrick ao acaso, isso já aconteceu no SWU, em 2011. Se acontecesse novamente, eu estaria preparado, e aconteceu... Não tiramos uma foto desta vez, pois ele parecia apressado e eu já tinha foto com ele, mas Sheila não tinha, então tirei a dela.

A segunda é bem mais sinistra e precisa ser contada do começo. Quando o Kiss anunciou shows no Brasil em 2012, muitos hunters decidiram pagar pelo meet & greet. Valia muito a pena, pois garantia uma foto com a banda mascarada e um show acústico exclusivo, onde os pagantes escolhiam na hora o setlist. É claro que se uma música muito obscura fosse pedida, provavelmente a banda não seria capaz de toca-la. Quando alguém sugeria alguma, os músicos verificavam com os outros integrantes se era possível tocar, se todos concordassem, mandavam ver. Para se ter uma ideia, este foi o setlist do show acústico do meet & greet no Rio de Janeiro:

  1. Hide Your Heart
  2. Do You Love Me
  3. Wall Of Sound
  4. Shandi Plaster Caster
  5. I
  6. Spit
  7. Tears Are Falling
  8. Sure Know Something

Sensacional, não!? Nem estava tão caro: 900 dólares. Isso, para quem é fã, simplesmente não tem preço, conhecer seus ídolos, tirar fotos, conseguir autógrafos e ainda assistir a um show acústico do Kiss como se fosse no Manifesto Bar, de tão próximo que estaria de Paul Stanley & cia.

Mas havia um problema: eu estava desempregado e não tinha sequer como sonhar em pagar esse valor. Vagabundo e sustentado pela mãe, Jonas também não. Por isso, desde que o show foi anunciado, ele dizia insistentemente que esse corre deveríamos fazer juntos, pois éramos os únicos que não teriam dinheiro para pagar pelo meet. Era algo que enchia o saco, pois todas as vezes que ele me via, falava nisso.

Pois bem, o show do Crucified Barbara foi um dia após o show do Kiss em Porto Alegre, o próximo show seria em São Paulo. Eu queria tentar conhecer o Kiss, e abandonaria o corre das meninas, se necessário. Jonas disse que estava em contato com um amigo do sul, que lhe avisaria quando a banda saísse da cidade. Jonas, como Kevin, é bem chato. Eu no hotel do Crucified Barbara, e ele ligando o tempo todo.

Houve um momento em que recebi uma nova informação, que dizia que a banda saíra do hotel rumo ao aeroporto. Liguei para Jonas e contei-lhe o que fiquei sabendo. Ele respondeu que seu amigo lhe disse que a banda nem saiu do hotel ainda. Tranquilizado, concentrei-me no corre do Crucified Barbara. Eu estava no Linson, a 5 minutos de carro do Emiliano. Leo estava conosco, logo tínhamos carro à disposição se fosse necessário correr para lá.

Após o corre do Crucified Barbara ser completado com sucesso, como não havia novas informações, retornamos para casa. De noite, Jonas ligou, dizendo que estava muito nervoso com a proximidade do corre. Contou que, de tarde, resolveu sair de casa para esfriar a cabeça e que, por acaso, estava em frente ao Emiliano quando o Kiss chegou. Fiquei simplesmente sem reação. Como assim, alguém sai para esfriar a cabeça passeando em frente ao Emiliano?! Esse filho da puta do Jonas nos enganou, caímos como patos.

Não bastasse todo seu histórico de imbecilidade, como no dia em que "atropelou" Sheila, que estava usando um robofoot, apenas para chegar primeiro em A.J. Pero, no corre do Twisted Sister; ou no dia em que saiu carregado por dois seguranças, berrando como uma menininha, balançando as perninhas no ar, ao tentar chegar em Steven Tyler, no corre do Aerosmith; ou no dia em que chegou com Anebelle no corre do Saxon... Agora mais essa!

Jonas testou a minha amizade e a da Sheila a todos os limites, estava na hora de colocar um basta definitivo. Portanto, desse dia em diante, o excluí e bloqueei de tudo. Até falo com ele quando o encontro em corres, ele sempre fala em reatar a amizade, mas jamais conseguirá.

Esse corre do Crucified Barbara foi em 2012. Depois disso, saímos na porrada em 2013, ele conseguiu estragar um hotel que era tão bom com fãs, o Meliá Jardim Europa, que adotou políticas anti-fãs depois que ele chegou bêbado e causou com hóspedes, no corre do Testament, em 2016. No mesmo 2016, puxou o cabelo de Steven Tyler, no ano seguinte estragou completamente o corre do Ace Frehley. Graças a Deus ele vai a poucos corres mas, quando vai, geralmente estraga, é um imbecil completo.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Edguy e Slash

Slash já é um cara difícil, quase inacessível, ainda tive que aguentar um bando de retardados que se concentrou em frente ao hotel, cerca de 30 fãs cantando músicas do Guns, fala sério! Mas eu tinha uma carta na manga, fruto da experiência de corres anteriores: eu sabia onde ele jantaria naquela noite. Então, chamei Sheila e Larissa, que estavam comigo, e fomos somente nós para a churrascaria. Chegando lá, bingo! O carro que saíra do hotel pouco antes, em meio à cantoria dos fãs, estava no estacionamento.

Decidimos ficar bem em frente à porta de entrada e saída do lugar, não haveria como não dar de cara com ele. E foi exatamente o que aconteceu: quando saiu, o chamei, e mostrei a foto, dando a entender que gostaria de um autógrafo. Ele virou e fez um sinal para que eu me aproximasse, autografou minha foto e os dois CDs de Larissa. Sheila não tinha nada para autografar, então pediu uma foto e ele negou. Ela insistiu, dizendo que poderia ser uma única foto com os 3. Ele deu aquela vacilada, estava quase aceitando, quando foi empurrado para dentro do veículo que o aguardava pelo segurança.


Fica a pergunta: segurança chato? Não! Exceto raras exceções, ele apenas cumpre ordens, é tudo encenação. Já soube de artistas que disseram ao segurança "se algum fã me abordar eu vou atender, mas você está fudido!". Ou seja, não quer atender, mas também não quer se passar por mala. Então quem passa por mala é o segurança. Mais uma vez: existem exceções, existe segurança que é babaca trabalhando com qualquer artista, em qualquer situação.

Marcelo Zava sempre conta:

"No corre do Tears for Fears, eu, Kevin, Leandro Caíque, Deca e Bono estávamos na porta principal do Hilton e o Orzabal saiu pela lateral. Nós corremos e chamamos, ele viu e ignorou. Aí peguei o carro e corremos. Estava muita chuva, e eu caí pra pista expressa, eles ficaram na local e pegaram trânsito. Fui pela Dutra e eles pela Ayrton Senna. Quando cheguei no trevo, onde as duas rodovias se juntam, eles passaram e eu colei. Quando descemos do carro, o segurança (velho conhecido de quem faz corres), nos viu e falou "não acredito!!!", com cara de bravo. Orzabal não queria atender, mas falamos "Você não vai nos atender?! Olha o nosso estado, estamos todos molhados", aí ele atendeu. Depois que os caras entraram pra sala de embarque, o segurança veio até nós e disse "Bora tomar um café?".

Retomando a estória, retornamos ao hotel e conseguimos chegar antes que Slash o que, teoricamente, é impossível, já que ele estava na nossa frente. Com certeza passou em algum outro lugar antes de retornar. A van com a banda chegou antes, e os músicos pararam para nos atender. O problema é que eles fizeram "boi de piranha". Enquanto a banda atendia, Slash passou às nossas costas, sem que ao menos percebêssemos, até que fosse tarde demais para tentar aborda-lo. 

Ainda assim, os músicos, especialmente Todd Kerns, foram gente finíssima. O hotel tem um corredor um pouco longo que conduz à porta giratória que dá acesso às áreas internas. Após atender a todos, ele já estava na metade do caminho, quase na porta, quando uma fã de última hora atravessou a rua,  berrando pelo nome dele, que parou e retornou para atende-la. A bem da verdade: pouquíssimos músicos fariam isso, mesmo os que são conhecidos por ser legais. Ponto para ele!

Todd Kerns, gente finíssima, baixista do Slash
Frank Sidoris, guitarrista do Slash

Na mesma noite, ainda conseguimos uma foto com Tobias Sammet, do Edguy.

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No dia seguinte, eu e Larissa tentamos no Espaço das Américas, mas conseguimos apenas uma foto com Jens Ludwig, do Edguy, que saiu para fumar um cigarro enquanto rolava a apresentação do Slash. Para mim, foi um corre bem decepcionante. Eu não esperava conseguir uma foto com o Slash, já sabia que ele é chato, mas esperava ao menos conseguir as fotos com todos os integrantes do Edguy e também uma foto com Miles Keneddy, vocalista da banda do Slash e do Alter Bridge. Ficou para uma próxima ocasião.

Jens Ludwig, guitarrista e co-fundador do Edguy