quinta-feira, 26 de abril de 2012

Anthrax e Misfits

Antes mesmo de iniciar o corre já sabíamos que Scott Ian era o mais chatinho do Anthrax. Pelas informações de hunters mais experientes, como Léo e Carlos, sabíamos que provavelmente ele seria o que daria mais trabalho. O grande diferencial do corre foi a presença de Vinicius. Ele não é hunter, apareceu em poucas ocasiões. Nessa época tinha 15 anos e... levou a mãe!!! Até que era uma senhora simpática, mas...

Eu, Sheila, Marcio, Rafael, Jonas, Vinicius e mãe dele estávamos sentados em torno de uma mesa, próxima ao bar do Blue Tree Morumbi, quando Scott Ian apareceu para tomar um café. Decidimos que não era a hora certa para agir. Já que era chato, uma abordagem no momento errado teria resultado desastroso. No entanto, a mãe de Vinícius não se conformava, nos incentivava a ir falar com ele a todo custo, até parece que queria nos ensinar a fazer corres. É claro que a ignoramos. Ela e Vinícius eram os únicos ali que destoavam, o resto estava em todos os corres. 

Quando ele terminou e caminhava para o elevador, o chamamos à distância. Ele compreendeu que respeitamos seu momento no bar, e atendeu, sem problemas. Foi mais fácil do que pensamos.

Dizem que Scott Ian é mala, mas nesse dia não foi, nem um pouco. Foi calado, mas tirou fotos, é o que importa

O segundo a aparecer foi Rob Caggiano. Ele é bem caladão, na dele, mas aceitou tirar fotos, numa boa. Posso dizer o mesmo de Charlie Benante, o terceiro. A seguir foi a vez de Frank Bello, o mais animado de todos, que ficou ao menos meia hora conversando conosco. Breno lhe disse algo como "você é muito legal, mas sabe que a maioria dos músicos não é assim, né?!". Bello respondeu "Não?! Pois deveriam ser. Conhecer os fãs, interagir com culturas do mundo inteiro é o que mais gosto em meu trabalho".

Aqui, uma pausa se torna necessária para uma estória adicional. Fernando é um brasileiro que sempre vai ao exterior e paga meet & greet para conhecer as bandas. Ele sempre conta que foi ver um show do Anthrax nos Estados Unidos e pagou para conhecer a banda. De acordo com ele, o show foi em um lugar minúsculo, "comparável ao Manifesto" e que tinha no máximo 50 pessoas.

Após o show, ao se apresentar para participar do meet & greet, descobriu que era o único participante. Por isso, perguntaram se ele se importaria de conhecer a banda no tour bus. Os músicos ficaram surpresos ao descobrir que o único pagante era brasileiro. Como Fernando é uma pessoa mais velha, que sabe se comportar, a coisa rolou mais como um encontro entre amigos do que como um meet & greet.

Com efeito, tornou-se amigo de alguns dos integrantes, e essa era primeira vez que a banda vinha ao Brasil depois da ocasião. No meio de nosso papo com Bello ele apareceu, e realmente foi recepcionado como amigo, com direito a abraço e "que bom te ver novamente".

Rob Caggiano era guitarrista do Anthrax, ele saiu da banda em 2013
Charlie Benante não se importou em atender a galera que o esperava
Frank Bello foi o grande nome da noite, confraternizou conosco por pelo menos meia hora

O último a dar as caras foi Joey Belladonna, que também foi de boa. Na verdade a banda inteira foi fácil, até mesmo Scott Ian. Não vimos, porém, nenhum integrante do Misfits. Será que ainda não haviam chegado ao país? Como não sou tão fã, deixei pra lá, não retornei ao hotel só por causa de Misfits.

Joey Belladonna foi o último a aparecer e também atendeu a todos os fãs que o esperavam

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Megadeth

Até 2016, os voos para o Brasil eram um tanto imbecis, pois os hubs aeroportuários ficavam todos na região sudeste, especificamente em São Paulo (Guarulhos) e no Rio de Janeiro (Galeão), o que obrigava os viajantes estrangeiros a voar muito mais horas. Dave Mustaine, que estava em Los Angeles, teve que voar até São Paulo (12 horas e 49 minutos de voo) para fazer conexão para São Luís (3 horas e 14 minutos). Se considerar a espera mínima de uma hora entre as conexões, o tempo total de viagem foi de 17 horas e 03 minutos, com um voo longo e um curto.

Sabendo disso, resolvi espera-lo no aeroporto, para tentar aborda-lo quando desembarcasse do voo internacional e tivesse que subir uma escada rolante e caminhar cerca de 300 metros até o portão de embarque nacional. Seria a oportunidade ideal, já que a maioria dos hunters da época não manjava de conexão - para dizer a verdade, acho que fui o primeiro a estudar e tentar fazer corres dessa maneira. 

Em 2010, desisti cedo demais, quando não acompanhei Leo, Renata e Rafael ao aeroporto. Eles conseguiram uma foto com Mustaine irreconhecível, de óculos escuros e touca, mas ainda assim era uma foto com Dave Mustaine. Desta vez, eu estaria sozinho ou acompanhado de no máximo uma pessoa, então quem sabe conseguisse convencer um cara chato como ele a tirar uma foto.

Em 2011, quando a banda veio para o SWU, uma amiga, que sempre foi apaixonada por ele (como homem, não apenas como artista) conseguiu realizar seu sonho mais profundo: não apenas o conheceu, como ainda passou uma noite com ele. Ela não é groupie, não era do tipo que sempre estava nos hotéis, pronta para transar com qualquer integrante de qualquer banda. Seu lance era único e exclusivo com Mustaine.

Sabendo disso, decidi convida-la para tentar comigo. Era uma aposta arriscada: ou ele a atenderia facilmente, ou poderia fugir dela como o diabo foge da cruz, mas decidi arriscar ainda assim. Em ambos os casos, a reação seria estendida para mim. Se ela fosse atendida, eu também seria. Se fosse naba, seria em ambos.

O voo pousou cedo, por volta das 07:15. Quando chegamos ao aeroporto, já avistei o segurança que esperava por ele, era o mesmo que fez a segurança da banda no ano anterior, um cara com quem já tive certa amizade, mas que estava estranho há algum tempo. Ele me viu e não esboçou reação, então não nos cumprimentamos.

Quando Mustaine passou pelo portão de desembarque, ambos se abraçaram e o segurança carregou suas malas. Logo que nos viu, Mustaine ignorou-nos completamente. Ele e o segurança caminharam para o portão de embarque nacional, no andar superior. Incrédulos, eu e minha amiga caminhamos também, mas mantendo certa distância.


Antes de embarcar, ele decidiu descer novamente a escada rolante para tomar um café. Nessa hora, disse algo para o segurança, que olhou para nós e comunicou que ele iria atender, desde que soubéssemos esperar, deixando-o em paz para tomar café. É claro que concordamos. Quando terminou e retornou, passou por nós e apressou o passo, compreendi que aquela oportunidade estava realmente perdida. Nem ao menos o chamei quando isso aconteceu. Ele ainda passou próximo a nós mais uma vez - mais uma vez nem chamei - e desta vez encostou a passagem na catraca e embarcou.

Kevin chamou-me para tentar encontrar Mustaine na conexão de retorno, mas eu não aceitei acompanha-lo. Hoje essa tentativa seria impossível, já que a partir de 2016, quando novas passagens internas foram inauguradas, não é mais necessário aos passageiros sair pelo desembarque nacional e caminhar para entrar no embarque internacional. Agora tudo é feito internamente.

Quando Mustaine passou, Kevin tentou aborda-lo, oferecendo um "presente" (na verdade era um livrinho que ele comprou no próprio aeroporto por 5 reais, apenas para ter algo que talvez fizesse Mustaine parar). Os músicos do Megadeth estavam com ele, e atenderam Kevin sem problemas, mas Mustaine aceitou apenas autografar. Tão logo conseguiu se livrar, passou por uma lixeira e jogou o presente, sem ao menos abrir para saber o que era. Cara chato do inferno!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Queensrÿche + Fates Warning + Mike Portnoy

Sempre fui fã de Queensrÿche, desde que vi o clipe de "Take Hold of the Flame" nos antigos programas de video-clipes na TV, por volta de 1984. Por isso, conhecer Geoff Tate e cia. seria uma honra. Meu único lamento é que Chris DeGarmo não fazia mais parte da banda, mas ainda assim eu poderia conhecer 4 integrantes clássicos e o guitarrista que o substituiu.

Quando chegamos, eu e Sheila aguardamos no restaurante do hotel, enquanto outros hunters chegavam: Breno, Kevin, Leo, Rafael e Raphael. O primeiro a aparecer para beber foi justamente Geoff Tate. Que cara educado, sensacional, um verdadeiro gentleman. Conversou conosco numa boa, como se fôssemos os únicos fãs que ele tinha. O segundo a dar as caras foi Michael Wilton. Ele é quietão, na dele, mas nos atendeu sem problemas também.

Geoff Tate, um cara absurdamente educado e gente boa com os fãs
Michael Wilton, guitarrista do Queensrÿche

Os caras do Fates Warning desceram e se reuniram no hall. Aproveitamos para conseguir as fotos com eles, que foram muito amigáveis, e contaram estar à espera de Mike Portnoy, o baterista sustituto, já que o baterista oficial, Bobby Jarzombek, excursionava com Sebastian Bach. O bizarro dessa história é que os shows das duas bandas aconteceram no mesmo dia, em locais diferentes, ou seja, o batera do Fates Warning também estava em São Paulo, mas tocando com Sebastian. Enquanto nos atendiam, Mike Portnoy entrou apressado no hotel e subiu direto para o quarto.

Fates Warning: Jim Matheos (guitarrista), Ray Alder (vocalista), Joey Vera (baixista) e Frank Aresti (guitarrista)

Quando Portnoy desceu, veio direto falar conosco, com um sorriso no rosto, nem precisamos chamar. Disse que fez uma viagem de mais de 24 horas, saiu de Los Angeles, fez escala no Panamá, e então chegou a São Paulo na hora do rush. Por isso, foram mais 3 horas de van do aeroporto até o hotel. Disse também que estava de saída, pois iria ensaiar com o Fates Warning. Ficamos com aquela cara de "wtf?". Como assim, ainda iria ensaiar?? Pois é, o show era no dia seguinte e eles jamais tocaram juntos, aquele seria o primeiro e último ensaio. Ok que é um baterista muito acima da média mas, mesmo assim, que loucura, que disposição!

Mike Portnoy, sempre um cara legal, com disposição invejável

Mais tarde, Eddie Jackson e Parker Lundgren também desceram para beber, mas faltou Scott Rockenfield, que não deu as caras. O jeito seria retornar no dia seguinte...

Eddie Jackson, baixista do Queensrÿche
Parker Lundgren, guitarrista do Queensrÿche. 14 anos mais jovem que eu, o moleque é gente boa!

Ao chegar em casa, tivemos uma surpresa: nossa câmera tinha uma configuração que não conhecíamos, onde ao encostar no botão para tirar a foto, iniciava a gravação de um vídeo, que só era interrompido quando a foto era batida. Automaticamente, a câmera já produzia um único vídeo a partir de todos os pequenos vídeos capturados desta maneira. Nesse dia, por acidente, esse modo estava ativo. Apelidamos essa configuração como "modo picture hunter", e passamos a utiliza-la em todos os corres durante muito tempo.

Nesses vídeos, é possível ver como a coisa rola na maioria dos corres, ao menos os que não tem Jonas, Anebelle, hunters do bem ou algum outro imbecil: tudo na maior tranquilidade, educação e descontração.


No dia seguinte, retornamos com uma amiga, Tânia, que tinha por volta de 17 anos, e uma beleza que realmente chamava atenção. Ao menos o segurança que acompanhava a banda ficou impressionado. Eu e ele sempre nos encontrávamos nos corres - eu tentando conseguir as fotos, ele trabalhando - e mantínhamos uma relação cordial, inclusive éramos amigos no Facebook e tínhamos o número do celular um do outro.

Ele dificilmente ajudava com informação, mas também jamais atrapalhou em nada - ao menos até então. Após conseguir a foto com Rockenfield, eu, Sheila e Tânia caminhávamos para a estação de trem, pois voltaríamos para casa. Era o que chamamos de "abril maldito", o mês que mais teve shows interessantes em todos os tempos, então era impossível assistir todos, até porque a grana não estava sobrando.

Scott Rockenfield, baterista do Queensrÿche
Fiz algo que não costumo: levei um vinil para autografar. Não gosto, porque quase sempre volta amassado

Recebi uma mensagem do segurança no celular, questionando se iríamos ao show. Respondi que não, pois estávamos sem dinheiro. Ele respondeu "volte, eu tenho alguns ingressos cortesia e colocarei vocês 3 no show". Claro que foi um presentão, e sempre vou agradecer, mas sacamos logo que a verdadeira intenção do segurança era se aproximar de Tânia.


Assistimos aos shows "na cara do gol". Tão perto que, durante a apresentação do Fates Warning, Mike Portnoy olhou em nossa direção, nos viu e acenou, tudo sem parar de tocar. Quando tudo parecia bem, o mesmo segurança se aproximou de nós e disse que o show principal, do Queesrÿche, seria cancelado. Mais uma vez, o olhamos com cara de "wtf?", e ele disse que o vocalista surtou, pegou uma faca, e saiu tentando esfaquear todos da banda, ressaltando que ele e os demais seguranças foram obrigados a intervir.

O Fates Warning estava no palco quando recebemos a notícia inacreditável

Foi difícil de acreditar... como isso pode acontecer justo com quem foi o mais educado e amigável da banda? Ele, Michael, Eddie e Scott se aguentaram por mais de 30 anos, por que isso agora? Na noite anterior, quando o vimos, ele parecia bem, estava feliz... Acho que seria mais fácil de acreditar se dissessem que os outros tentaram esfaquea-lo, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário! Que loucura!

Após a apresentação do Fates Warning, já esperávamos pelo anúncio de cancelamento. Aquilo daria uma merda tão grande... A produtora teria que devolver o dinheiro de todos, isso se a galera não saísse quebrando tudo. Quem iria acreditar no que aconteceu?! No entanto, após um intervalo bem maior que o normal, enfim o Queensrÿche subiu ao palco. Desnecessário dizer que foi o último show de Geoff Tate com a banda. Foi substituído por Todd La Torre. Encontrei Tate em muitas outras ocasiões nos anos seguintes, e ele sempre foi o cara gentil, simpático e educado que conheci. É surreal demais ter que imagina-lo correndo atrás de todos com uma faca...

Imagino o arrependimento que teria se nunca tivesse visto Geoff Tate cantando com o Queensrÿche

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tarja

Assim que cheguei ao aeroporto de Congonhas para fazer o corre da Tarja, observei algo interessante: de costas, parecia que a Floor Jansen estava esperando por ela. É claro que não era a Floor, aliás na época Floor nem ao menos era cotada para substituir Anette no Nightwish. Era apenas uma mulher alta com cabelo que lembrava um pouco, mas ainda assim foi engraçado.

Havia uma movimentação anormal de repórteres, todos com câmeras e luzes prontas para alguém que estava prestes a desembarcar. Só descobri porquê quando o Santos desembarcou. A maioria dos jogadores deu entrevistas e/ou atendeu os fãs. Apenas Neymar passou que nem um raio, correndo com um monte de repórter atrás. Bizarro!
Foi o melhor que pude fazer, ele passou correndo, muito rápido. Nem parece o morto que é dentro de campo

Quando Tarja Turunen finalmente desembarcou, não me preocupei muito, pois já tinha conseguido a foto com ela no ano anterior, então fui direto no Mike Terrana. Eu ainda não havia engolido o fato de ter perdido a foto quando ele já estava posando comigo, no ano anterior. Ele disse que atenderia, mas somente quando chegássemos na van. Ok, fomos andando e conversando, atravessamos todo o aeroporto, foi um longo percurso.

Marcelo Cabuli, o marido de Tarja, que é conhecido por ser chato com os fãs, estava bonzinho nesse dia, ele mesmo tirou minha foto com sua esposa. Eu deveria ter pedido para tirar uma foto com ele também. Bem ou mal, faz parte da história, assim como Yoko Ono, que separou os Beatles, ou Gloria Cavalera, responsável pela treta que praticamente acabou com a maior banda brasileira de todos os tempos, o Sepultura. Cabuli foi o principal responsável pela demissão de Tarja do Nightwish, então merece uma foto também. Ficou pra próxima.

Tarja, a segunda maior mala entre as vocalistas femininas, também estava boazinha nesse dia
Mike Terrana, então baterista da Tarja. Saiu da banda em 2014
Alex Scholpp, guitarrista da Tarja
Kevin Chown, baixista da Tarja
Max Lilja, violoncelista conhecido por seu trabalho com o Apocalyptica, é músico de turnê de Tarja desde 2007

domingo, 1 de abril de 2012

Roger Waters

O ex baixista do Pink Floyd, Roger Waters, é série A, sem dúvida nenhuma. Seus shows sempre são garantia de estádios e arenas lotados, seja no Morumbi ou no Allianz Parque. Seria ele um mala?! Na verdade, considerando o tamanho e a importância de suas obras, é um dos mais acessíveis, senão o mais acessível. Em 2012, quando esteve na cidade, 25 pessoas esperavam em frente ao hotel Fasano, onde ele estava hospedado, mas não pense que esse número o intimidou: todos foram atendidos.

Relembrando, ele é série A, portanto, para conhece-lo, as coisas podem ser um pouco diferentes. O segurança brasileiro que o acompanha é o responsável por falar com os fãs, passando orientações como "não gritar" e "não encostar". Para nós isso é básico dos básicos, mas infelizmente é necessário, pois estamos no Brasil e tem muita gente que gosta de passar vergonha na frente do artista.

Depois vieram instruções mais específicas: "Ou ele tira foto, ou dá autógrafo. Você decide. Mas se escolher autógrafo, é permitido que tirem fotos dele autografando com você do lado". Como eu tinha uma foto para autografar, preferi o autógrafo. Sheila não tinha nada, então é claro que optou pela foto. Foi combinado com o segurança que utilizaríamos uma câmera para todas as fotos, para agilizar ainda mais.

Após passar todas as instruções, o segurança foi busca-lo. A partir daí é jogo rápido, foto ou autógrafo. Não rola tentar iniciar uma conversa, você seria expulso na hora. A fila já estava organizada e nós também. O único que burlou o combinado foi o Mestre, pois tentou fazer uma selfie enquanto Roger assinava, mas foi imediatamente impedido pelo segurança. Todos seguíamos o que foi acordado, somente ele tentava ser diferente, que cara bobo!

Hotel 5 estrelas, escoltado por seguranças... Comunismo para vocês, capitalismo para mim. Por que não me surpreendo?!
Sheila teve que berrar para eu olhar para a câmera

Embora as minhas não fossem fotos perfeitas, posadas, dei-me por satisfeito. Waters ficou mais 4 dias em São Paulo, e não retornei, mas houve quem retornasse todos os dias, cada dia com um álbum diferente para autografar. Foi bem ridículo: em todos os dias eram as mesmas pessoas. Por sorte, ele é legal, e atendeu ao menos uma vez por dia, mas se fosse um artista chato, ao constatar que eram sempre os mesmos, provavelmente não atenderia. Então, alguém que estivesse ali pela primeira vez, ficaria sem. Uma coisa é ser fã, outra bem diferente é ser bobo, e os corres começavam a ficar repletos de bobos.