Devido à pandemia de COVID-19, a Olimpíada de Tóquio, que seria realizada em 2020, ocorreu apenas em 2021. Ao término da competição eu tinha alvos muito claros, mas o principal era Renan Dal Zotto, técnico da seleção de vôlei. Como jogador, fez parte da "geração de prata" do voleibol brasileiro junto com Montanaro, William, Bernard, Bernardinho, Carlão e outros. Representou o Brasil em Olimpíadas, Jogos Pan-Americanos, Jogos da Amizade, Mundiais, Mundialitos e Sul-Americanos.
Poucos meses antes dos jogos, Renan contraiu COVID-19, ficando intubado por 36 dias, quase se foi para sempre. Outros bons nomes incluiam o tetracampeão de futebol Branco, coordenador da seleção olímpica de futebol masculino, que também recuperou-se de COVID-19; Gabriel Menino e o então jogador do São Paulo Daniel Alves. Monitorei cada um deles, desde a saída de Tóquio, até a escala em Frankfurt. Portanto, sabia que chegariam extremamente cedo, o que me obrigaria a passar a noite no aeroporto, como fiz quando Rayssa Leal, a Fadinha do Skate, retornou com a medalha de prata da competição, poucos dias antes.
Fiquei puto e desesperado quando vi os repórteres começarem a chegar por volta de 04:30hs. Os mesmos que diziam na TV "fique em casa", "não aglomere" e todas essas bobagens, agora estavam na minha frente todos aglomerados. E lembre-se: a população abaixo de 50 ou 40 anos ainda não estava vacinada. A maior parte dos que estavam lá eram mais jovens que isso. Para eles dar o furo será sempre mais importante. Ok.
Um dos primeiros a desembarcar, por volta das 06:20hs, foi Daniel Alves. Imediatamente foi cercado por um pelotão de repórteres e cinegrafistas. Concedeu uma entrevista de quase meia hora e eles simplesmente não largavam o osso. Quando conseguiu se desvencilhar, os poucos fãs tentaram falar com ele, que já estava completamente sem paciência. Ainda consegui um autógrafo, menos mal, mas sem chance de conseguir uma foto com ele desta vez.
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Não aglomere, eles diziam. Mas se for para atrapalhar o corre, pode. Daniel Alves está atrás dessa aglomeração aí |
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Pelo menos o autógrafo eu consegui! |
Retornei ao desembarque, vi passar um monte de jogadores de vôlei e futebol, mas não reconheci nenhum. O fato de estarem de máscara atrapalha bastante. Uma senhora abordou o goleiro Santos, aproveitei e fui no vácuo. A seguir veio meu alvo principal, Renan.
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Como o Palmeiras não liberou Weverton para disputar as olimpíadas, Santos foi o goleiro titular e medalha de ouro desta vez |
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Selfie e com máscara. Uma desgraça, mas foi assim que consegui conhecer Renan |
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Que vergonha! Na hora de fazer a foto, errei o nome de Renan Dal Zotto |
Uma repórter muito simpática avisou a mim e a mais um fã que estava por lá que o desembarque terminou e mais ninguém passaria. Eu disse que estava esperando pelo Branco e ela respondeu que foi um dos primeiros a passar no corredor das conexões, então provavelmente perdi enquanto estava atrás de Daniel Alves. Aproveitei para tirar uma foto de consolação com ela, Bianca Molina, da TV Bandeirantes.
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A repórter Bianca Molina foi muito simpática ao avisar às 07:36hs que mais ninguém desembarcaria |
Quando Bianca se foi, me dei conta que simplesmente esqueci de Gabriel Menino, no entanto fui informado por um fã que conheci no aeroporto que ele passou enquanto eu estava na confusão com Daniel Alves. Os relatos dizem que ele não estava nem aí de deixar quem quisesse posar com a medalha. Que pena que perdi isso!
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