Fazia algum tempo que pedi meu almoço pelo iFood. Ouvi uma buzina em minha porta que indicava a chegada do entregador. Peguei o pacote e sentei em frente ao computador, onde comecei a comer. Mal tinha dado a primeira garfada, quando recebi uma mensagem da Anebelle, dizendo que estava em frente ao meu portão. Porém, não havíamos combinado nada. Nem consegui responder e já ouvi berros que diziam "Adriano, Adriano". Apaguei o que estava respondendo e enviei "para de gritar, doida". "Vem aqui fora um pouco, vamos conversar". "Não, to almoçando". Ela insistiu, mas me mantive irredutível em minha intenção de não interromper a refeição.
Após perceber que eu realmente não sairia, ela também foi comer em uma padaria próxima, retornando em meia hora.
A essa altura, eu já estava pronto para fazer um corre, que ocorreria somente horas mais tarde. Para evitar mais berros e showzinhos desnecessários, já esperei em frente de casa. Arrumei um canto, sentei e fiquei fumando, até que ela retornou. "Eu estava um pouco chateada hoje, precisava conversar". Fazer as coisas desse modo simplesmente não funciona comigo, até porque eu ainda nem havia dormido na noite anterior. Planejava fazer isso após comer, mas os planos de uma tarde tranquila foram interrompidos pela doida. Entrei no carro mas já reclamando "com você é tudo sempre na loucura, não é assim que as coisas funcionam".
Seguimos até o Hyatt. Em frente ao hotel tudo estava calmo demais, o que fez com que as reclamações começassem: "Eu acho que você errou o hotel, não há sinal de que possa ser aqui". Realmente não havia mas era apenas 13hs e eu previa que a saída do Grêmio para o estádio, onde enfrentaria o São Paulo, aconteceria por volta das 19hs, duas horas antes do início da partida. Certeza de hotel eu não tinha, mas estava convencido que seria Hilton ou Hyatt.
Deixamos o carro estacionado próximo ao hotel e caminhamos ao Hilton, onde também não havia sinal algum de que o time de futebol estaria por lá. Mais uma vez, era cedo demais, então propús que fôssemos ao shopping D&D, onde poderíamos comer alguma coisa e esperar o tempo passar. Apenas por gula, peguei uma coca-cola e dois cheeseburguers no McDonalds. Ela tomou um sunday, enquanto fuçava o Instagram dos jogadores, tentando encontrar alguma pista que entregasse o hotel correto, mas isso não aconteceu.
Retornamos para o Hyatt, mas ainda era cedo demais. Em certo momento, ela disse que iria a uma padaria próxima para comer um pedaço de pizza. Como era cedo, concordei. A acompanhei com mais uma coca-cola e um pão de queijo. Retornamos ao Hyatt onde, após algum tempo, concluímos estar calmo demais. Mais uma vez, decidimos passar no Hilton. Bastou chegar que já vimos o que estávamos procurando: o ônibus do Grêmio. Era um ônibus comum, entretanto, o letreiro entregava que era exatamente o que procurávamos.
Nos posicionamos em frente ao ônibus, tentando nos ocultar dos seguranças do hotel. Quando os jogadores começaram a sair, me concentrei em meu único alvo, o técnico Luiz Felipe Scolari, mais conhecido como Felipão. O hotel preparou uma saída especial, de forma a deixar os jogadores e comissão técnica prontos para já entrar no veículo. Quando avistei meu alvo, disse "Felipão, por favor, eu só quero um autógrafo", no qual fui prontamente atendido.
Ele, porém, mal assinou e já tentou retornar correndo para entrar no ônibus. Neste momento, a doida pediu uma foto com ele, que retornou e a atendeu. Por minha vez, já estava feliz com o autógrafo, então dispensei a foto pandêmica.
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