segunda-feira, 12 de abril de 2021

Dudu

Eu estava em casa sossegado, navegando a toa na internet, quando deparei-me com a notícia de que Dudu, nos stories do Instagram, postou uma imagem que anunciava sua vinda ao Brasil para curtir um período de férias, após ser eleito como o melhor jogador da Liga do Catar dos meses de fevereiro e março, pela entidade oficial que organiza o torneio. Imediatamente, a "coceira" começou e logo tomei a decisão: iria ao aeroporto para ve-lo, além de é claro, tentar conseguir um autógrafo e uma foto com ele, ainda que pandêmica (com máscara).

O tempo estava um pouco curto, já era 13:30hs, e o voo de Doha chegaria às 15:40hs. Pelo que consultei no site do aeroporto, o pouso estava confirmado para esse horário. A foto para ele autografar ainda não estava sequer montada. Apressadamente, busquei por uma imagem no Google, fiz a composição com a ajuda dos modelos para Photoshop que tenho, e a enviei por e-mail para revelação. Ao mesmo tempo, perguntei para Anebelle se ela estava afim de me acompanhar, e recebi "sim" como resposta. Nos encontramos às 14:00hs, caminhamos para a Foto Aleska, onde fomos buscar as fotos reveladas - já que ela também queria uma e fiz uma foto extra para mim, totalizando 3.

Em um dia normal, não seria possível conseguir a revelação tão rapidamente, teríamos que nos contentar em tentar apenas tirar uma foto com Dudu. Na fase vermelha da pandemia, entretanto, a Foto Aleska operava quase que na clandestinidade, com as portas abaixadas, recebendo pedidos apenas por email ou whatsapp. Isso, é claro, reduziu a demanda de trabalho, o que proporcionou a rapidez. Quando chegamos, batemos na porta, abriram rapidinho, paguei e retiramos as fotos. É tão estranho, parecia que todos estávamos fazendo algo ilegal, quando eles apenas estavam trabalhando e nós consumindo.

Tomamos um Uber para a estação Barra Funda, onde embarcamos em um trem até a Luz e baldeamos para o aeroporto. Para fazer esse corre, estudamos qual poderia ser a aparência de Dudu - na ida, ele usava máscara e boné. Não queríamos correr o risco dele passar em frente a nós sem que fôssemos capazes de reconhece-lo, como aconteceu no corre do Salt Bae. Sabemos também que ele tem o corpo coberto por tatuagens, inclusive na mão, que seria o único ponto identificável se viesse agasalhado, como no dia em que foi ao Catar. Portanto, decidimos nos guiar por ela. Se víssemos aquela tatuagem, faríamos a abordagem.



Estudamos também a aparência da namorada atual do Dudu. Assim, se ele viesse com ela, mesmo se não o reconhecêssemos, talvez fôssemos capazes de reconhece-la. Foi um corre bem estudado. Quando ele ultrapassou o portão de desembarque, entretanto, o reconhecemos imediatamente. Havia um paparazzi e alguns fãs que também foram ao aeroporto apenas para ve-lo.

Dudu foi simpático e atendeu a todos numa boa, fotos e autógrafos. Anebelle, pra variar, aprontou. Primeiro tirou uma selfie com ele. Não gostou e pediu para eu tirar uma com o celular. Tirei, mas ficou tremida. O abordou novamente, alegando que a foto não ficou boa e pediu outra. Desta vez ficou. Ainda assim, não largou o osso. Foi atrás dele de novo para pedir uma selfie que mostrasse o braço tatuado dele. Conseguiu, mas aparentemente não gostou e pediu outra. Se não bastasse, correu novamente atrás dele para perguntar se ele voltaria para o Palmeiras - e infelizmente ele respondeu que "não agora". Fala sério! Pior é que quando a chamei para o corre, ela perguntou "que Dudu?"...

Esta foi a segunda vez que fiquei cara a cara com Dudu, mas foi a primeira que consegui aborda-lo

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