sábado, 22 de junho de 2019

Michale Graves

Após o show de Michale Graves, fui ao hotel onde ele estava hospedado, e esperei por alguns minutos. Contando comigo, havia um grupo de cerca de 8 fãs. Quando ele chegou, atendeu a todos,  dentro do hotel e ainda maquiado. Fim de corre?! Com certeza!


O que aconteceu depois foi absolutamente bizarro e inesperado. A turnê brasileira foi interrompida, pois o músico deixou o Brasil sem avisar a produtora responsável pelos shows. Os shows aconteceram normalmente em São José dos Campos, Paranaguá, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, e foram cancelados em Limeira, Caxias do Sul, Brasília, Florianópolis, Fortaleza e Recife. A turnê foi organizada pela Venus Concerts e a produção em 4 cidades ficou a cargo da EV7 Live. Três desses 4 shows foram realizados (Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, Brasília foi cancelado).

A verdade é que em 2019, muitos shows da EV7 tiveram problemas ou foram simplesmente cancelados:

Philip H. Anselmo & The Illegals: os shows em Belo Horizonte e Rio de Janeiro foram cancelados. Em São Paulo aconteceu, mas houve problemas com o voo do Chile para o Brasil, e Anselmo chegou ao país quase no horário em que deveria estar no palco.

Eluveitie: Somente o show de São Paulo aconteceu. Os shows em Belo Horizonte, Brasília e Curitiba foram cancelados. De acordo com a EV7, o primeiro por vontade da banda e os outros dois por decisão da produtora. Houve troca de acusações entre banda e produtora pelas redes sociais. A produtora alegou motivos esdrúxulos, dando a entender que o show do Belo Horizonte foi cancelado porque não havia o chá que a banda pediu no camarim.

No fim, a banda anunciou que se apresentaria de graça no Rio de Janeiro - cidade que nem constava originalmente da turnê - para todos os fãs que tivessem ingressos das apresentações canceladas, numa tentativa de minimizar as perdas causadas pelos cancelamentos. Quem não tivesse ingresso pagaria apenas R$60,00 para entrar no evento que, de acordo com o comunicado, serviria apenas para cobrir os custos das produtoras No Class e On Stage, que assumiram o evento na cidade carioca.

Fãs criaram arte para tirar um barato da situação ridícula

Dead Kennedys: turnê brasileira cancelada após polêmica com a divulgação do cartaz do show, com desenhos ofensivos ao presidente Jair Bolsonaro e seus eleitores. 

Glenn Hughes: todos os shows da turnê brasileira foram cancelados, e a produtora alegou ser vítima de um produtor golpista chileno.

Uriah Heep: a banda simplesmente cancelou a turnê brasileira sem oferecer grandes esclarecimentos aos fãs.

Stryper e Narnia: a turnê aconteceu, porém sem a presença da terceira banda anunciada, Tourniquet. Além disso, o show de Brasília foi cancelado.

Combichrist: mais um cancelamento sem grandes explicações

Ainda que a produtora tenha sido vítima de golpistas, como alegou no caso do show de Glenn Hughes, foram muitos os problemas em espaço de tempo muito curto. A produtora perdeu toda e qualquer credibilidade que tivesse no mercado. Após o show cancelado do Dead Kennedys, por exemplo, foi anunciada a venda de camisetas com a arte do cartaz do show, para tentar minimizar os prejuízos com o cancelamento. No site "Reclame Aqui" há reclamações até mesmo de gente que comprou a camiseta e não recebeu. Aliás, são 110 reclamações diversas, todas não respondidas.

Isso me leva a crer que tinham razão os artistas que vieram e abandonaram a turnê antes do término, casos de Eluveitie e Michale Graves, principalmente porque são artistas que já vieram antes com outras produtoras e nunca causaram problemas.


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