quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Dire Straits Legacy

Na segunda passagem do Dire Straits Legacy pelo Brasil, meu objetivo era conseguir fotos com os músicos que não vieram no ano anterior: o vocalista Trevor Horn (ex Yes) e o baterista Steve Ferrones. Além deles, minha foto com Marco Caviglia em 2017 também não tinha ficado legal. Então, eu me daria por satisfeito se conseguisse fotos com os três.

Na vida pessoal, eu estava curtindo minha primeira semana em um novo lar, pois mudei-me para o apartamento de minha então namorada Mel*. Ela não estava em um dia bom, acamada com dores terríveis causadas pela endometriose, então procurei fazer o corre mais cirúrgico possível. A ideia era ir, conseguir as fotos rapidamente e retornar, mas não foi exatamente isso que aconteceu.

Por volta das 16:30, Carlos e Jessica embarcaram em um ônibus no Terminal Bandeira, com destino à zona sul. Eles sabiam em qual ponto eu estava e me avisaram por mensagem quando o veículo estava próximo, então também embarquei e seguimos ao Hilton. Uma hora depois, quando chegamos, parecia um bom horário para pegar a saída dos músicos para o Espaço das Américas, entretanto, eles já não estavam mais no hotel. Teríamos que esperar pela volta do show.

Encontramos ao acaso com Marcelo Zava, que também estava fazendo o corre. Todos decidimos caminhar até o shopping Morumbi, pois poderíamos esperar conversando e comendo alguma coisa, confortavelmente sentados. É uma opção melhor do que esperar em pé em frente ao hotel.

No caminho, mandei uma mensagem para Mel, que respondeu que não haveria problema, que eu poderia ir de boa, que ficaria me esperando, e que desejava boa sorte para que eu conseguisse as fotos. Para não abusar da confiança dela, enviei uma foto de nós 4 sentados em torno da mesa, assim que colocamos sobre ela os lanches do McDonald's. Isso, imaginava eu, serviria para provar onde e com quem estava.

Quando há um novo relacionamento entre alguém normal e alguém que faz corre, sempre surge a expectativa de como será a reação da pessoa no primeiro corre. A da Mel tinha sido a melhor possível. A gente se conhecia pelo Facebook há anos, e ela sempre soube que faço corres. Ponto positivo para ela. Será?!

Foram longas horas de espera, mas acabamos "expulsos" por volta de 22:30, já que o shopping já estava fechado e o pessoal da limpeza precisava trabalhar. Tudo bem, retornamos ao Hilton.

No caminho, entretanto, uma surpresa não muito agradável. Enquanto eu estava de boa com os amigos, despreocupado com o celular (que sempre era deixado em modo silencioso), Mel enviou diversas mensagens, todas me xingando de forma bem agressiva. Disse que mudou de ideia, que "homem casado tem que ficar em casa com a mulher, não na rua fazendo corre". Respondi que estávamos retornando ao hotel, e que assim que conseguisse as fotos, voltaria para casa. Foi inútil... Mais xingamentos!

A van que trazia a banda apareceu por volta das 23:30 hs. Éramos apenas 5 pessoas (Kevin aguardava em frente ao hotel quando retornamos) e esse número é incapaz de parar 8 músicos, a menos que todos estejam muito a fim de atender. O número ideal de fãs/hunters é sempre o dobro do número de integrantes da banda. No caso, como eram 8 músicos, o ideal seria ter 16 pessoas para aborda-los.

Havendo dois fãs para cada músico, cada dupla pode abordar um integrante da banda, o que garante que todos sejam abordados. Um tira a foto, depois inverte, e o integrante seguinte é abordado. Um número maior que isso começa a atrapalhar, porque a presença de muitos fãs geralmente faz com que os músicos não queiram atender, e um número baixo traz o problema da impossibilidade de abordar todos, sempre alguém escapa. Foi o que aconteceu...

Eu mirei apenas nos meus objetivos, e consegui com todos, embora a foto com Steve Ferrones tenha ficado longe do ideal. Se tiver oportunidade, tirarei com ele novamente no futuro. Os outros, com quem tirei fotos boas no ano anterior, deixei passar. Consegui com quem eu queria, e estava a fim de ajudar o Carlos, que não tinha foto com ninguém, já que não fez o corre um ano antes.


Trevor Horn era o principal nome do corre, pois foi o vocalista do álbum Drama, do Yes. Foi gente finíssima 
Infelizmente Steve Ferrones não olhou para a câmera na minha foto, mas só fui perceber após ele entrar no hotel
Desta vez minha foto com Marco Caviglia ficou bacana, gostei!

Com o fim de corre decretado, era hora de retornar para casa e enfrentar a fera. Kevin, que estava hospedado no centro de São Paulo, me ofereceu uma carona, que aceitei. Quando cheguei em casa, entretanto, Mel estava menos irritada do que eu esperava. Não gostei da postura dela, mas compreendi que poderia estar nervosa de tanto sofrer com as dores, ou o nervosismo ser fruto de algum efeito colateral do remédio. O importante é que, embora não exatamente como planejado, o corre deu certo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário