Muitas pessoas dizem que não se deve tentar conhecer os ídolos, pois a decepção pode ser grande e o encanto pode se quebrar. Meu conselho é exatamente o oposto. Se todos fossem malas insuportáveis, eu já teria desistido de fazer corres há muito tempo. Garanto que mais de 90% dos músicos que conheci são bacanas ou, no mínimo, são ok. Os chatos são menos de 10%. Mas é bom saber quem é quem para não idolatrar alguém que, se não fosse artista, seria apenas um bosta. Foi o que aconteceu com o Megadeth.
Deixei de ser fã, de acompanhar, e até mesmo de ouvir as músicas. Em quatro oportunidades (2010, 2011 e duas vezes em 2012), fiquei cara a cara com Dave Mustaine, mas sempre fui solenemente ignorado, mesmo quando, acompanhado por apenas uma pessoa, o encontrei acompanhado apenas pelo segurança, o que aconteceu nas duas oportunidades de 2012. É claro que entenderia se ele não atendesse caso fossem 50 fãs loucos, berrando... Mas eram apenas dois, numa boa, então que merda de ídolo é esse que recusa-se a perder 10 segundos para tirar duas fotos?!
Se ele nunca tirasse fotos com ninguém, eu entenderia e respeitaria, ele não é obrigado, é direito dele não querer, há muitos outros músicos que não querem. A partir do momento que parece que é apenas comigo que ele nunca tira foto, a coisa muda de figura e passa a ser pessoal. O Megadeth apresentou-se em São Paulo em 2013 e 2014, mas desencanei completamente, não quis saber de fazer corre e muito menos de assistir aos shows.
Observei, no entanto, que a cada vinda para a América Latina, Mustaine tirava fotos com meus amigos e conhecidos no Rio de Janeiro, em Santiago, na Cidade do México e em outras cidades. Mesmo em São Paulo, atendeu Leo, Renata e Rafael em 2010. Nessa turnê, a do Endgame, fui ao show e curti demais, mas a atitude de Mustaine com os fãs é tão ruim que simplesmente larguei mão após tentar conhece-lo em mais algumas tentativas frustradas.
Em 2016, Mustaine tirou foto com Fernando, o único que aguardava em frente ao hotel Renaissance quando a banda saiu rumo ao aeroporto. O problema não foi ele ter conseguido, fico feliz, é meu amigo e já me ajudou em corres. A questão é: qual o critério que esse pato donald do inferno usa para atender ou não?
Os shows na América Latina foram próximos ao meu aniversário. Minha mãe falecera há menos de dois meses, então acostumei a almoçar frequentemente no apartamento dos avós maternos, até para dar uma força, pois perder a única filha os deixou muito fragilizados. Talvez por isso, estavam mais bonzinhos do que o habitual. Em um desses almoços, perguntaram se havia algo que eu queria ganhar de presente. Respondi que sim, mas era meio caro, então poderia ser um empréstimo: 600,00.
É claro que quiseram saber o que eu faria com o dinheiro, eu disse que iria a Assunção para assistir um show. Claro que a ideia sempre foi fazer o corre. Eles ficaram de pensar no assunto, e pouco tempo depois, responderam que não emprestariam, pois "eu não saberia me virar fora do Brasil". Mal sabia que aquele era meu último aniversário com eles, pois no seguinte, ambos também estariam mortos. Mas é mais claro ainda que, em 2017, usei a grana que herdei deles para fazer a viagem que não fiz no ano anterior.
Deixei de ser fã, de acompanhar, e até mesmo de ouvir as músicas. Em quatro oportunidades (2010, 2011 e duas vezes em 2012), fiquei cara a cara com Dave Mustaine, mas sempre fui solenemente ignorado, mesmo quando, acompanhado por apenas uma pessoa, o encontrei acompanhado apenas pelo segurança, o que aconteceu nas duas oportunidades de 2012. É claro que entenderia se ele não atendesse caso fossem 50 fãs loucos, berrando... Mas eram apenas dois, numa boa, então que merda de ídolo é esse que recusa-se a perder 10 segundos para tirar duas fotos?!
Se ele nunca tirasse fotos com ninguém, eu entenderia e respeitaria, ele não é obrigado, é direito dele não querer, há muitos outros músicos que não querem. A partir do momento que parece que é apenas comigo que ele nunca tira foto, a coisa muda de figura e passa a ser pessoal. O Megadeth apresentou-se em São Paulo em 2013 e 2014, mas desencanei completamente, não quis saber de fazer corre e muito menos de assistir aos shows.
Observei, no entanto, que a cada vinda para a América Latina, Mustaine tirava fotos com meus amigos e conhecidos no Rio de Janeiro, em Santiago, na Cidade do México e em outras cidades. Mesmo em São Paulo, atendeu Leo, Renata e Rafael em 2010. Nessa turnê, a do Endgame, fui ao show e curti demais, mas a atitude de Mustaine com os fãs é tão ruim que simplesmente larguei mão após tentar conhece-lo em mais algumas tentativas frustradas.
Em 2016, Mustaine tirou foto com Fernando, o único que aguardava em frente ao hotel Renaissance quando a banda saiu rumo ao aeroporto. O problema não foi ele ter conseguido, fico feliz, é meu amigo e já me ajudou em corres. A questão é: qual o critério que esse pato donald do inferno usa para atender ou não?
Os shows na América Latina foram próximos ao meu aniversário. Minha mãe falecera há menos de dois meses, então acostumei a almoçar frequentemente no apartamento dos avós maternos, até para dar uma força, pois perder a única filha os deixou muito fragilizados. Talvez por isso, estavam mais bonzinhos do que o habitual. Em um desses almoços, perguntaram se havia algo que eu queria ganhar de presente. Respondi que sim, mas era meio caro, então poderia ser um empréstimo: 600,00.
É claro que quiseram saber o que eu faria com o dinheiro, eu disse que iria a Assunção para assistir um show. Claro que a ideia sempre foi fazer o corre. Eles ficaram de pensar no assunto, e pouco tempo depois, responderam que não emprestariam, pois "eu não saberia me virar fora do Brasil". Mal sabia que aquele era meu último aniversário com eles, pois no seguinte, ambos também estariam mortos. Mas é mais claro ainda que, em 2017, usei a grana que herdei deles para fazer a viagem que não fiz no ano anterior.
Por tudo isso, era hora de conseguir essa foto de uma forma ou de outra. Decidi comprar o meet & greet, que estava barato, apenas 99 dólares (o que não é muito se comparado com o meet de bandas como Ozzy (700 USD), Kiss (900 USD) ou Metallica, que pode chegar a 2500 USD). Como o Megadeth se apresentaria em Santiago com outras bandas, incluindo King Diamond, decidi que iria para lá, não apenas fazer o primeiro corre fora do país e, portanto, completamente fora da minha zona de conforto, como aproveitaria essa oportunidade para conhecer meus amigos hunters chilenos, seria um interessante intercâmbio de informações.
Na véspera de meu voo para Santiago, o Megadeth chegou à cidade. Os hunters chilenos, incluindo Diego e Eduardo, conseguiram uma foto com ele, sem problema algum. En Santiago es siempre más facil.
Na véspera de meu voo para Santiago, o Megadeth chegou à cidade. Os hunters chilenos, incluindo Diego e Eduardo, conseguiram uma foto com ele, sem problema algum. En Santiago es siempre más facil.
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O mala atendeu Diego assim que o Megadeth chegou à Santiago |
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Mapa indicando o ponto de encontro |
Dois dias depois, já na cidade, fui à Movistar Arena, permanecendo no local onde deveria encontrar com Dave, o responsável pelo meet & greet, de acordo com o mapa que recebi por e-mail. Entre os fãs que compraram o meet e também aguardavam, havia um chileno que é meu amigo no Facebook, Cristobal. Ele me viu e veio conversar, mas não consegui entender uma palavra que ele disse. O jeito foi nos comunicar em inglês.
Logo Dave veio nos buscar. Entre o horário no ponto de encontro (17:00) e o horário do meet (18:30), permanecemos isolados em um salão, enquanto rolavam os shows das bandas menos expressivas do festival. Se estivesse interessado em assisti-los, problema meu. Pouco antes de trazer a banda e iniciar o meet, Dave explicou como seria, perguntando se alguém tinha alguma dúvida. Levantei a mão e disse que já tinha fotos com todos os integrantes da banda em outras ocasiões, exceto Mustaine, e que gostaria que minha foto fosse apenas com ele. Dave não concordou, deixando claro que eu teria que tirar a foto com todos, assim como todo mundo que estava ali. Palhaçada da porra!
Enquanto os shows aconteciam, tínhamos que aguardar pelo início do meet & greet |
A foto é paga, mas ainda assim não foi possível consegui-la como eu gostaria. Custava me deixar por último na fila e pedir para David Ellefson, Kiko Loureiro e Dirk Verbeuren saírem, permanecendo somente o Pato Donald?! Quando chegou minha vez, cumprimentei os integrantes com um aperto de mão, exceto Donald. Ele também me estendeu a mão, mas fingi que não vi. Foi justo eu dar naba nele depois de ter tomado tantas! Me posicionei ao lado dele, e permaneci pelo um segundo que o meet dava direito. Então, saí de lá, e pude baixar a foto alguns dias mais tarde.
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Não foi como eu queria, mas enfim minha foto com o Pato Donald do inferno |
Quando entrei na arena, King Diamond ainda estava no palco. Assisti uma ou duas músicas e fui embora. Caminhei até o metrô e logo estava de volta ao hotel. Não, não assisti aos shows, especialmente do Megadeth. Dane-se o show, se ficasse eu perderia o corre do King Diamond (que será contado em outro relato desta viagem).
Quanto ao Megadeth, é claro que haveria o corre também, em Santiago e em São Paulo. Eu estava no aeroporto quando, de madrugada, o carro trazendo Mustaine chegou. Acompanhado pelo mesmo segurança de sempre, foi o mesmo babaca de sempre. Eram pouquíssimos fãs, mas ele não parou, entrando direto na sala de embarque. Foi então que percebi o quanto as coisas são realmente mais fáceis em Santiago.
Quanto ao Megadeth, é claro que haveria o corre também, em Santiago e em São Paulo. Eu estava no aeroporto quando, de madrugada, o carro trazendo Mustaine chegou. Acompanhado pelo mesmo segurança de sempre, foi o mesmo babaca de sempre. Eram pouquíssimos fãs, mas ele não parou, entrando direto na sala de embarque. Foi então que percebi o quanto as coisas são realmente mais fáceis em Santiago.
Diego e seus amigos tentaram entrar na sala de embarque, mas foram barrados pelo segurança que controlava o acesso. Alegaram, porém, que tentariam apenas conseguir o autógrafo de Mustaine. Inacreditavelmente, a entrada do grupo foi liberado. Agora me diz: quando isso seria possível nos aeroportos brasileiros???? Eu não os acompanhei, pois sabia que a naba seria certa, preferi tentar filmar a cena inusitada. Eles conseguiram autógrafos, mas foto que é bom nada.
Kiko chegou pouco depois e também não estava muito a fim de atender ninguém. Eu já tinha foto com ele de outras oportunidades. Sabendo que eu iria a Santiago, Samii me entregou o encarte de um CD do Angra e pediu para tentar conseguir o autógrafo, se o encontrasse. Quando falei em português, ele se assustou um pouco, acho que não esperava. Deu uma estancada, então aproveitei para pedir o autógrafo. Ele pegou o CD, voltou a caminhar, assinou andando e devolveu.
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Missão dada é missão cumprida! Essa foi pra você, Samii! |
Apesar de permanecer no aeroporto até o horário do meu voo, na tarde seguinte, não vi quando Ellefson embarcou, provavelmente ele o fez depois de mim. Dirk eu vi, mas não o abordei, pois foi uma situação desfavorável. Ao passar pelo portão de embarque, enfrentei, como todos os passageiros, a longa fila para passar pelo controle alfandegário. Eram muitas fileiras que serpenteavam.
Dirk estava muito atrás de mim, mas houve um momento em que ficamos lado a lado, mas em fileiras paralelas. Até dava para tentar uma selfie com o celular, mas não tentei, imaginando que talvez pudesse reencontra-lo quando passássemos pelo controle. Mas não foi possivel aguardar, pois com a demora dos procedimentos, faltava apenas 20 minutos para meu voo de volta a São Paulo. Deixei para lá e fui procurar o portão de embarque. É claro que me certifiquei que não fomos no mesmo voo, se fôssemos eu o abordaria ou ainda em Santiago ou já em São Paulo. Aliás, não o abordei em São Paulo, pois quando cheguei Samii já estava me esperando. Passamos a noite juntos e eu aproveitei para devolver o encarte autografado.
No dia seguinte fui ao Renaissance, onde encontrei Karina e Janice. Apenas nós aguardávamos pela saída da banda. Duas meninas e eu, será que enfim daria certo?! Enquanto esperávamos, David Ellefson, sempre gente finíssima, saiu do Starbucks e veio em nossa direção, já pronto para falar conosco, nem precisamos chamar. Finalmente consegui uma foto legal com ele, pois em todas as outras estou com cara de enterro, com cara de louco, ou com o segurança fazendo careta ao fundo.
Eu não tinha e até hoje não tenho uma foto individual com Dirk Verbeuren. Eu, Jessica e Carlos falhamos miseravelmente no corre do Soilworks, no ano anterior. Mas desta vez Dirk não era o alvo, como sempre a ideia era conseguir uma foto com Mustaine, em corre, sem as regras imbecis do meet & greet. Quando Donald saiu, entrou no carro sem ao menos olhar para os lados. É claro que chamamos, mas fomos ignorados novamente. 3 fãs, cara, 2 mulheres! Pato Donald é mesmo um cuzão! É provável que esta seja minha última história com ele, pois definitivamente não pretendo ve-lo novamente.
Enquanto o chamávamos, os demais músicos também saíram do hotel, entrando na van, então não tive como pedir a foto ao Dirk. Tive tantas oportunidades para consegui-la e fiquei sem.