terça-feira, 28 de outubro de 2014

Rick Wakeman

Dois anos se passaram e mais uma vez Rick Wakeman se apresentaria no Teatro Bradesco. Apenas supor que ficaria no mesmo hotel da outra ocasião não era bom o bastante, pois se não estivesse perderíamos a oportunidade de encontra-lo. Deste modo, eu, Givaldo e Marcelo Zava resolvemos esperar pela chegada dele na garagem do shopping Bourbon. Se não desse certo, a ideia era seguir o carro ou a van até o hotel após o show.

Uma das funcionárias saiu do teatro e passou por nós, retornou após algum tempo. Isso aconteceu diversas vezes, até que não se conteve e perguntou o que fazíamos ali. Respondemos que gostaríamos de tirar uma foto com Wakeman. Ela disse que ele iria tirar fotos com todos após o show, mas respondemos que não iríamos ao show, pois estávamos sem dinheiro - ao menos eu estava.

Inacreditavelmente, disse que sua família viria assistir o show, mas houve algum problema, então simplesmente nos presenteou com os ingressos que eram para seus parentes. O que era para ser apenas um corre transformou-se em show + meet & greet. Claro que ficamos sem palavras para agradecer, mas aceitamos. Foi um showzasso!


O teatro, com 1439 lugares, estava lotado, mas apenas cerca de 10% das pessoas estavam dispostas a conhecer a banda, o resto simplesmente seguiu seu caminho. A banda inteira, incluindo Wakeman, atendeu a cada um dos que se dispuseram a ficar após o término da apresentação. Nada de esquema rápido de foto e passa pro próximo, nada de seguranças. Se alguém quisesse conversar com eles, rolaria de boa. Que atitude, que respeito pelos fãs! Eu já era fã de Rick Wakeman, fiquei muito mais após essa noite!

Ashey Holt, vocalista do Rick Wakeman
Dave Colquhoun, guitarrista do Rick Wakeman
Matt Pegg, baixista do Rick Wakeman
Tony Fernandez, baterista do Rick Wakeman
Rick Wakeman, a lenda dos teclados, é de uma humildade e simpatia únicas. Respeito total por ele!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Roger Hodgson

Kevin pode ser chato e sem noção, mas tem uma vantagem: quando avista alguém que pode fornecer uma informação valiosa, não se acanha em fazer a abordagem para conversar e tentar consegui-la. É o tipo de coisa que tenho dificuldade em fazer. Por exemplo: é claro que todos os motoristas de van sabem qual é o hotel onde as bandas com quem estão trabalhando estão. Todas as vezes que conversei com algum, ouvi algo como "não posso falar". Kevin, entretanto, conta uma estória triste: "eu vim de Taubaté, sou muito fã, tenho vários álbuns, blá blá blá" e consegue a informação.

Nesse dia, parecia que seria fácil. Fomos ao local do show, onde pretendíamos conseguir abordar Roger Hodgson, quando ele chegasse para passar o som. No entanto, quando chegamos, a passagem de som já estava acontecendo. Sem problemas, quando acabasse ele iria para o hotel, então teríamos mais uma chance.

Quando acabou, não foi tão fácil quanto pensamos. Poucos fãs esperavam por ele, mas ele atendeu somente alguns. Parava para tirar uma foto e caminhava. Parava para tirar outra foto e caminhava novamente. Quando chegou na van, entrou, e até aceitou tirar algumas fotos assim. Como sempre sou um dos últimos, minha foto com ele foi na van. Certamente a maioria de nós não ficou satisfeita com o que conseguiu.


Kevin avistou um funcionário da casa de shows, e foi trocar ideia. Voltou com a informação de que existe um hotel próximo ao lugar, que é gratuito para artistas que se apresentam lá, faz parte do pacote de locação. Era a única pista que tínhamos, então decidimos averiguar.

Logo que entramos no hall, reconhecemos o baterista Bryan Head, da banda de apoio de Roger Hodgson, que estava sentado em uma poltrona. Então, foi apenas uma questão de esperar para que Roger descesse para ir ao show, e conseguíssemos uma foto melhor.

Bryan Head, baterista da banda de Roger Hodgson
Roger Hodgson 1x1 nós

sábado, 18 de outubro de 2014

Jon Anderson - o único com quem não funcionou

Existe uma fala que guardo para emergências, eu a utilizo somente com músicos que são considerados muito chatos no trato com os fãs. Funcionou com Yngwie Malsmteen, Paul Stanley, Andy Summers, e alguns outros. Será que funcionaria com Jon Anderson? O ex vocalista do Yes sempre foi conhecido por não ser muito amigável com os fãs.

Para piorar, Anebelle o abordou "daquele jeito" quando ele saiu do hotel para o show. Conseguiu a foto, mas com certeza o incomodou, já que forçou o abraço. Leandro Caíque também estava entre os 3 que conseguiram foto. Porém, além da foto, ele ganhou uma bela patada ao inconvenientemente pedir uma palheta:

- "Se você fosse no meu show, saberia que toco com os dedos" - disparou Anderson.

Na volta do show, apenas 5 pessoas aguardavam no hotel: eu, Marcelo Zava, Carlos, Estéfano e Marcio. Eu era o único que não tinha foto com ele de oportunidades anteriores; na verdade era a primeira vez que eu tentava conhece-lo. Portanto, todos concordaram que eu deveria ser o primeiro a aborda-lo. Às vezes um músico atende apenas alguns fãs, se eu ficasse por último, como costumo fazer, poderia me dar mal.

Quando o carro com Jon Anderson chegou, ele desceu sozinho, sem segurança. Me aproximei para aborda-lo, ele percebeu e tentou desviar. Aquela era hora de tentar usar a frase mágica:

- Por favor, Mr. Anderson, faz 30 anos que eu quero te conhecer e tirar uma foto com você, desde o Rock in Rio 1985.

Ele parou, se aproximou de mim, me deu a mão e disse:

- Obrigado por ter vindo!

Então, correu para dentro do hotel, me deixando com cara de tacho. Após um ou dois minutos, retornou, mas disse que somente autografaria um item por pessoa, nada de fotos. Aquele foi o prêmio de consolação. Que cara chato do inferno!!!!


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Harp Twins

As harpistas gêmeas Camille & Kernelly, conhecidas como Harp Twins, fariam uma apresentação no World Harp Festival, no Paraguai. Como não havia voo direto, teriam que fazer uma escala de algumas horas em São Paulo. O que fizeram para aproveitar esse tempo?! Convocaram todos os fãs da cidade para ir ao aeroporto conhece-las, em uma tarde de confraternização com meet & greet grátis

Na época, eu escrevi uma matéria para o Whiplash.net, para ajudar na divulgação do evento. Fofíssimas, elas fizeram questão de me agradecer, pelo Facebook e pessoalmente.


No dia em que elas passaram pela cidade, eu acordei realmente doente. Estava mal do estômago, mas ao menos não era nada contagioso - se fosse, seria uma grande irresponsabilidade sair de casa para encontra-las. No entanto, eu não poderia esperar por minha recuperação. Se eu deixasse para o dia seguinte, elas já estariam no Paraguai, então fiz o que deveria ser feito: fui doente mesmo. Decisão acertada, pois aquela foi, até agora, a única vez que estiveram no país, ao menos em uma área pública do aeroporto.

Pessoalmente são ainda mais bonitas e muito, muito legais. Preocuparam-se até mesmo em garantir a presença de uma tradutora: Crislayne, uma fã de Recife com inglês fluente, foi convocada por elas para fazer esse papel, ajudando na comunicação com os fãs que não falavam inglês. Eu só soube identifica-las individualmente porque elas mesmas me disseram quem era quem.

Camille & Kennerly
Camille 
Kennerly

Na verdade, as gêmeas poderiam simplesmente passar por São Paulo sem nenhuma interação com os fãs. Sem a convocação delas pelo Facebook, poucos ou ninguém saberia que elas estiveram no Brasil. Amy Lee, do Evanescence, dois anos antes, preferiu ficar três horas na sala de embarque esperando pelo voo, sem fazer nada, quando poderia ter interagido 5 minutos desse tempo com seus fãs. Enfim, há quem mereça ter fãs e há quem não mereça. Elas com certeza merecem o melhor de mim e de qualquer um que as conheceu naquela tarde.

Após esse dia, entrei em contato com produtores, meus amigos, sugerindo o nome delas para uma apresentação no Brasil. Um deles ficou bastante interessado, mas desistiu quando entrou em contato com elas e ficou sabendo que seria necessário pagar duas passagens extras para as harpas viajarem na cabine. Quando ele me contou, achei que estava brincando. Depois reparei que elas postam fotos em aviões, sempre acompanhadas pelas harpas. Acredite ou não, foi por esse motivo que ainda não tocaram em terras brasileiras.

Foto: reprodução do Facebook
Foto: reprodução do Facebook

Em 2016, elas retornaram à América do Sul para uma apresentação no evento Anime Legend, na Argentina. Calculei corretamente que elas passariam por São Paulo no retorno aos Estados Unidos. Entretanto, isso significava que a conexão seria interna, e que eu não teria acesso se tentasse vê-las.

Comuniquei à Lídia, uma amiga que trabalhava no aeroporto, e que tinha aquele "crachá mágico", que garante acesso a tudo. Ela não apenas as encontrou e tirou uma foto com elas, como pode auxilia-las a chegar rapidamente ao portão de embarque correto, já que o voo delas da Argentina para cá atrasou o suficiente para quase faze-las perder o segundo voo. Enquanto as acompanhava até o portão, Lídia falou de mim. Elas lembraram e pediram para que ela me entregasse uma lembrança, então pegaram uma foto na bagagem de mim e autografaram. Demorou meses para que eu pudesse encontra-la, mas hoje a foto está comigo.

Agradecidas, assim que desembarcaram nos Estados Unidos, fizeram uma postagem no Instagram, com a foto delas com Lídia, agradecendo-a por te-las ajudado. Sempre fofas! Sempre diferenciadas! Camille & Kenerly, vocês sempre terão meu carinho e respeito, e espero muito vê-las se apresentando em meu país. You rock!