domingo, 4 de março de 2012

Hail!

Era pra ser apenas o corre de uma superbanda, mas logo que chegamos ao Blackmore, encontramos Jonas, com quem eu e Sheila não tínhamos ideia desde o corre do Twisted Sister, quando, na esperança de ser o primeiro a ser atendido pelo facílimo e amigável A.J. Pero, “voou em cima dele”, quase derrubando Sheila, que estava com o tornozelo imobilizado.

Infelizmente demos ouvidos ao que tinha a dizer. É claro, desculpou-se pelo ocorrido, não apenas na ocasião citada, como também quanto ao que aconteceu em outros corres, como, por exemplo, quando foi posto para fora do Skye, carregado por seguranças, berrando e balançando os pezinhos no ar, no dia do Aerosmith. Usou o mesmo lenga-lenga de sempre, “a banda vai, os amigos ficam”, e prometeu tentar não agir mais assim. Infelizmente demos um voto de confiança, tão pleno, que fiz com ele quase todos os corres de 2012. Depois, o rompimento foi definitivo.

O lado bom é que antes achávamos que ele era idiota, agora temos certeza. Entre outras mancadas, em 2016, foi bêbado ao hotel do Testament e incomodou hóspedes, fazendo com que um hotel que sempre fosse fácil adotasse políticas anti-fãs. No mesmo 2016, puxou o cabelo de Steven Tyler, como uma menininha, foi ridículo! Em 2017, seu auge, conseguiu foder com o corre do Ace Frehley, apenas para conseguir uma FOTASSA. Eu tenho pouquíssimos arrependimentos, mas com certeza, se pudesse repensar uma decisão, não teria falado com ele nesse dia.

Sobre o corre: todos atenderam quando a banda chegou ao Blackmore, mas não atenderam a todos. Além de mim, Sheila e Jonas, também estavam Felipe Godoy, Rita, Arthur e o Mestre. Sete pessoas, não era muito. Enquanto abordamos Tim "Ripper", o mestre abordou Paul Bostaph. Depois, abordamos Andreas Kisser e James Lomenzo, mas Bostaph não esperou e entrou. Como sempre, queríamos a banda completa, seria terrível perder alguém que, por ser apenas ex Slayer, poderia não retornar - não tínhamos como saber que ele retornaria à banda no ano seguinte.

Tim "Ripper" Owens, ex vocalista do Judas Priest, do Iced Earth e de Yngwie Malmsteen
James Lomenzo, ex baixista do Megadeth
Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, era o único que eu já conhecia pessoalmente

Dessa forma, como todos estávamos sem dinheiro para ir ao show, o jeito foi caminhar até o shopping Ibirapuera, próximo ao local, e enrolar até a hora em que estivesse acabando. Nesse dia, eu e Sheila também nos tornamos um pouco mais próximos do casal Felipe Godoy e Rita.

Godoy revelou um grande segredo: ele retirou seu inseparável boné exibindo uma assustadora calvície, em contraste total ao seu longo rabo de cavalo. Era cabeludo e careca ao mesmo tempo. Felipe faleceu 2 anos e meio depois, aos 34 anos, vítima de infecção hospitalar. Essa foi uma grande tarde com ele, que jamais será esquecida.

Quando retornamos, esperamos ainda um bom tempo depois que o show terminou para que Bostaph saísse do local. Ao menos, quando saiu, nos atendeu sem problemas. Também conseguimos um bônus, o guitarrista Sílvio Golfetti, ex Korzus.

Paul Bostaph, baterista do Slayer no passado e no futuro dessa foto
Sílvio Golfetti, guitarrista fundador do Korzus

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