Quando o Air Supply anunciou um show em São Paulo para o começo de 2012, não me animei muito. Sheila, pelo contrário, queria ver o show e fazer o corre. Ok, o problema é que eu não tinha muita ideia de em que hotel a banda ficaria. O jeito foi ir ao show, que aconteceu no HSBC (hoje Tom Brasil), e tentar arrumar uma maneira de seguir a van depois, possivelmente de táxi.
Até que foi legal, embora não seja o tipo de música que eu escute no dia a dia. Teve até uma música que eu sabia cantar, "The Power Of Love". Seria uma pena se eu tivesse cantado "Como eu Deusa", deixando a Sheila puta da cara, não?! 😆
Quando terminou encontrei, sem querer, com Breno, um então amigo com quem já tinha feito alguns corres antes. Ele estava acompanhado de Raphael, que tinha carro e estava disposto a seguir também. Quando a van com os músicos deixou o local, foi uma perseguição relativamente rápida, pois em pouco tempo chegamos ao hotel, Blue Tree Premium Verbo Divino. No caminho, percebemos que ninguém era capaz de diferenciar quem era Graham Russell e quem era Russell Hitchcock, então combinamos que, se fosse preciso, chamaríamos ambos de Mr. Russell 😆😆😆
Os músicos desembarcaram e eu, Sheila e Breno nos apressamos para aborda-los, enquanto Raphael estacionava o carro para poder tentar também. Mas não foi necessário, pois um outro casal de fãs teve a mesma ideia. Eles tiravam fotos, conversavam, tiravam mais fotos, conversavam... E a gente ali, de saco cheio com aquele lenga-lenga. A Sheila estressou e deu um esporro no casal, que simplesmente não parava de "alugar" os músicos.
Quando enfim tivemos nossa vez, Graham comentou sobre minha camiseta do Dio, dizendo que era fã, e que foi uma pena seu falecimento. Fiquei completamente surpreso em saber que ele conhecia o trabalho de Dio, pois são músicos de estilos totalmente diferentes, mas sem problemas, eu também sou fã de metal e os estava abordando...
Na época, não havia ônibus noturnos. Se alguém estava na rua após a meia noite, ficava quase sem opções para retornar para casa até pelo menos às 04:00 hs. Sobrava os táxis, mas era uma opção cara. Como esse horário já fora ultrapassado, Raphael gentilmente nos ofereceu uma carona, mas era algo que não fazia sentido, ao menos para ele, pois ele morava em Santo André e, nós, na zona oeste. Ainda assim, ele insistiu e aceitamos.
No caminho, reparamos que Breno tratou mal o Raphael por todo o percurso. Nos oferecemos para deixar uma grana com Raphael, pelo menos para cobrir o custo da gasolina, mas Breno disse que não precisava. Deixamos R$50,00 ainda assim. Eu e Sheila já desconfiávamos do mau-caratismo de Breno, pois tivemos alguns problemas em corres anteriores, como no do
Blue Oyster Cult, mas ainda não estávamos plenamente convencidos. Naquela noite vimos que ele realmente não é uma boa pessoa. Ainda assim, a amizade durou mais alguns meses, até que eu resolvesse corta-la de vez. Sou amigo de Raphael até hoje.