terça-feira, 9 de outubro de 2018

Roger Waters

Como consegui o autógrafo de Roger Waters em 2012, faltava conseguir a foto posada. Em maio de 2013, Waters retornou à cidade para  apresentar, em 4 datas, a ópera "Ça Ira - A Esperança", no Teatro Municipal. Ele passou cerca de um mês hospedado em São Paulo. Embora o espaço entre a primeira e a última apresentação fosse de menos de 10 dias, chegou muitos dias antes para ensaiar e preparar o espetáculo.

Como houveram muitas datas para tentar, quem tentou se deu bem. Foto posada, autógrafos, tudo o que se tem direito. Eu tentei em duas oportunidades. A primeira foi em 02 de maio, quando eu estava próximo ao Fasano, fazendo o corre da atriz Sarah Jessica Parker. Durante o corre, fiquei sabendo da morte do guitarrista Jeff Hanneman, do Slayer, que me deixou chocado e arrasado, já que esperava que ele se recuperasse da picada de aranha, voltasse a tocar e eu pudesse ter a chance de conhece-lo. Como o corre se estendeu mais do que deveria, Roger Waters foi para o teatro e eu perdi a oportunidade. Retornei na data da última apresentação, no dia 09, mas cheguei atrasado, pois ele já tinha saído para o evento. Decidi deixar para uma próxima vinda dele, o que foi um erro terrível.

Em 2018, já com Arianne, era hora de tentar corrigir o erro. Ela quis me acompanhar, o que achei surpreendente, já que ela costuma se interessar apenas por corres de bandas power metal, tais como Helloween, Stratovarius, Gamma Ray ou Sonata Arctica. Quando chegamos ao hotel, entretanto, o  segurança veio passar as instruções, e não gostei nada das novas condições. Desta vez seria apenas autógrafo, um por pessoa, e mesmo assim somente de material oficial - LPs, CDs, ou seja, nada de fotos, como a que levei em 2012.

Eu e Arianne não levamos nada para autografar, mas isso não foi um problema, já que Guido levou um monte de vinils, então pegamos os autógrafos para ele. O problema é: eu não queria autógrafo! Queria foto. Em 2012, foi possível escolher entre foto posada ou autógrafo com foto autografando. Mais uma vez, consegui as fotos com ele autografando, mas achei completamente decepcionante, uma verdadeira perda de tempo.


Na mesma noite, Waters apresentou-se no Allianz Parque, com um show marcado por críticas ao presidente democraticamente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Se fodeu, levou vaia da geral. Se for para voltar ao Brasil e fazer essas palhaçadas, de atender só com autógrafo e criticar o presidente de países alheios, é melhor que se aposente e não retorne nunca mais.

Sei bem que as músicas do Pink Floyd sempre tiveram críticas ao sistema, mas vapaputaquepariu, ele que cuide do primeiro ministro dele, não do nosso presidente! Vá se foder, Roger Waters! É muito fácil pagar de comunista e ficar hospedado em hotel 5 estrelas, voar de primeira classe, estar sempre acompanhado por seguranças, e cobrar R$810,00 pelo ingresso do show!


sábado, 6 de outubro de 2018

Peter Murphy

O ex vocalista do Bauhaus, Peter Murphy, sempre teve a fama de ser uma foto difícil. Em 2013, eu não fui ao corre, mas vários amigos foram e quase nenhum conseguiu. Ok, havia muitos fãs no hotel esperando por ele, mas os relatos que recebi dão conta que não foi nada simpático.

Em 2014, Murphy retornou a São Paulo para um show no mesmo Carioca Club. Mais uma vez, não fui no corre. Até onde sei, apenas Anebelle* conseguiu tirar uma foto com ele. Mas sabemos bem como ela faz: sem respeito nenhum, já chega berrando e agarrando. O cara é um artista "pequeno", não tem segurança, deve ter ficado sem muita escapatória para recusar.

Eu não sou fã dele, pra dizer a verdade mal conheço seu trabalho solo ou no Bauhaus, mas eu queria saber como é a experiência de tentar conhece-lo, ver por mim mesmo se era tão difícil assim. Por isso, acompanhei Carlos e Jéssica quando, já em 2018, foram ao hotel tentar conseguir uma foto com ele.

Acredito que dei sorte, porque o cara que nos atendeu em nada lembrava o mala dos relatos. Muito pelo contrário: foi atencioso e educado. Ele mesmo percebeu que não olhou para a câmera na foto comigo, e pediu para o Carlos tirar mais uma. Assinou todos os itens que a Jéssica levou. Foi, enfim, um gentleman. Acredito que algo o fez mudar de atitude, pois vi várias fotos dele com fãs, no Brasil e nos países da América do Sul naquela turnê. Que bom que decidi conhece-lo no momento certo, sem passar stress.

O curioso deste corre é que Carlos é um grande fã de Bauhaus, e há anos tentava conseguir uma foto com Peter Murphy. Esta foi a primeira vez que conseguiu. Ele quase chorou, ficou realmente muito emocionado. 


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Nicole Puzzi

Nicole Puzzi, para quem não conhece, é uma atriz que participou de diversas pornochanchadas - gênero do cinema brasileiro que tem como característica marcante o desenvolvimento de roteiros com ênfase em situações eróticas, malícia e piadas, além da prioridade na exibição da anatomia feminina. Foram filmadas entre os anos 70 e 80, entao era o que eu assistia quando era adolescente. Muitos filmes eram exibidos no saudoso "Sala Especial" - quem é da época com certeza tem boas recordações. Portanto, passei a monitora-la no Instagram. Quando ela anunciasse participação em algum evento ou comunicasse alguma aparição pública, eu tentaria conhece-la. 

A oportunidade surgiu em abril de 2018, na mostra "Eu, Nicole Puzzi, Possuída pelo Prazer" que teve um evento de abertura com a exibição de dois filmes (Lembranças de Mayo e Damas do Prazer) e que contou com a presença de alguns bons nomes do gênero, mas infelizmente sem a presença de Helena Ramos ou Zilda Mayo, assim como minha atriz predileta, Sandra Graffi. 

Acredite se quiser: sou péssimo fisionomista. O problema era reconhecer os atores envelhecidos, pois se passaram décadas desde que os filmes foram feitos. Sinceramente, não acompanhei o trabalho de nenhum deles, exceto o que fizeram no cinema da época. O rosto atualizado de Nicole eu conhecia bem, afinal já a seguia no Instagram há algum tempo.

Para este corre, tive literalmente um reforço de peso. Fábio, que estava há anos entre meus amigos do Facebook, a quem conheci pessoalmente quando fui a Salvador no começo de 2018, se animou quando ficou sabendo do evento e resolveu vir da Bahia para me acompanhar. Nos encontramos diretamente no local do evento, a Cinemateca Brasileira, para o coquetel de inauguração. Mal chegamos e já nos serviram um drink.


Uma "moça", com vestido curto e chamativo, entrou no ambiente e parou próximo a onde estávamos, como se esperasse por alguém. Desta forma, pudemos avaliar melhor, e rapidamente desconfiamos ser um travesti.

Fábio identificou entre os presentes o Ney Latorraca, mas eu garanti que não era, pois havia tirado uma foto com Ney há poucas semanas. Contrariado, insistiu que estava certo e foi tirar uma foto com ele. "Ney" foi simpático e tirou a foto sem problema nenhum. Tirei uma também - se eu estivesse errado, não havia porque ficar sem a foto. Alguns meses depois, confirmamos que realmente não era quem o Fabio pensava, era um diretor dos filmes da época.

Logo, Nicole apareceu no salão, e a abordamos. Ela foi muito simpática, observou que eu estava com uma camiseta do Kiss, a elogiou, e disse curtir muito rock. Em seguida, nos apresentou à filha, Dominique Brand, e pediu licença, para recepcionar os convidados. 

Nicole Puzzi

Dominique era a tal moça que pensamos ser um travesti. Ela foi ainda mais simpática que a mãe, e conversamos por alguns minutos. A voz grave demais apenas reforçou nossa suspeita. Tiramos uma foto com ela também. Alguns dias depois, vi um post da Nicole, puta da cara com seguidores que perguntavam se Dominique era homem ou não. O que Nicole dizia era exatamente o que eu penso após conhece-la: mesmo se for, e daí? Foi simpática, educada, prestativa e tem ótimo papo. Nos ajudou, inclusive, a identificar quais atores da época estavam no ambiente. E foi assim que conhecemos o grandioso David Cardoso e, também, Jussara Calmon.

Dominique Brand
David Cardoso
Jussara Calmon

David foi muito gente boa, e tivemos com ele uma conversa mais demorada. Ele também fez o possível para nos ajudar a identificar quais outros nomes estavam no recinto - e até cheguei a tirar algumas fotos, mas depois não consegui recordar os nomes e jamais as postei em lugar nenhum, como meu Instagram ou no perfil no Facebook. A única que lembro é a Vanessa Alves. 

Vanessa Alves

Geralmente eu já estaria satisfeito e iria embora, sem participar da exibição dos filmes. Mas todos tinham sido tão simpáticos, tão gente boa, que resolvemos permanecer até o encerramento. Após o encerramento, quando o local foi fechado, todos foram para a frente do lugar, onde esperaram Uber ou 99, desde os atores até nós. Pessoal bacana, noite legal.