O corre de Rita Pavone foi um dos mais aguardados por mim em 2018, não porque sou um grande fã, definitivamente não sou, mas seria oportunidade única para conhece-la. Rita é uma artista rara no Brasil, não fazia shows por aqui desde 1987. Então seria bom conseguir, pois provavelmente não retornaria, até porque já estava com 72 anos.
Felizmente ela não é uma artista que atrai muitos hunters. Apenas eu, Marcelo Zava e Leandro Caíque estávamos interessados. Imaginávamos que ela estava em um dos hotéis da zona sul, provavelmente Hilton ou Hyatt, mas não tínhamos certeza, então o plano era tentar a saída dela no Tom Brasil. Caso não conseguíssemos, seguiríamos o carro ou a van. Mas esse corre ainda nos reservava uma surpresa não muito agradável.
Rita passou mal na última música, chegando a desmaiar no palco, de onde foi retirada carregada no colo por seu filho. Quando soubemos, pensamos "fudeu". Porém, quando ela entrou no carro, com o portão já aberto, conseguimos falar com o filho, que nos autorizou a tirar fotos com a mãe, desde que fosse na porta do carro. Não era o ideal mas, diante das circunstâncias, foi extremamente aceitável. A alternativa seria tentar no aeroporto no dia seguinte, quando Rita iria para o Rio de Janeiro, mas acredito que nenhum de nós gostaria de continuar o corre no dia seguinte. Se tínhamos a chance de finalizar ali, deveríamos aproveita-la.
Conseguir uma foto com Ozzy Osbourne não é missão impossível mas é muito, muito trabalhoso. Não é tão difícil ficar cara a cara com ele, mas geralmente ele não atende. Se você estiver em seu dia de sorte, consegue. Se não, tente em outra ocasião. Não adianta imaginar, as coisas são como são e Ozzy não é tão legal quanto parece, aceite isso!
Em 2015, no Monsters of Rock, eu estava focado em Paul Stanley. Como ele não atendia, essa tarefa me ocupou tempo demais, de forma que não houve como tentar conhecer Ozzy. Por outro lado, Jonas já tinha fotos com o Kiss, então foi algumas vezes ao hotel onde ele estava hospedado, para tentar a sorte no café da manhã. Não foi de primeira, mas ele conseguiu tirar uma foto com o Príncipe das Trevas.
Por isso, não foi difícil decidir pagar pelo meet & greet: poupa tempo e esforço. O problema eram as regras quase absurdas do evento, que era caro: 700 dolares (ou 2300 reais na cotação da época). Você não poderia levar nenhum item para autografar. O meet concedia apenas o direito a uma foto com ele. Dane-se se não ficasse boa, dane-se se algo chamasse a atenção de Ozzy e ele olhasse para outra direção, o fotógrafo jamais teria a sensibilidade de dizer "não ficou boa, vamos tirar outra", era simplesmente problema seu. Como as fotos eram publicadas em um site conforme o meet acontecia nas diversas cidades da turnê, logo observei algumas que chamaram minha atenção, pois ele nem ao menos olhava para a câmera.
Por outro lado, observei que, em algumas delas, Ozzy aparecia "enforcando" quem estava com ele na foto, e sua expressão era sempre boa, focada na câmera, geralmente fazendo caras e bocas. Portanto, decidi pedir para que me enforcasse também.
Em São Paulo, 83 pessoas participaram do meet & greet. São mais de 58.000 dólares por 10 minutos de "trabalho" de Ozzy - ou ainda menos, já que quando é apenas foto acontece muito rápido. Você fica literalmente um segundo ao lado dele.
Pior: no Brasil, quem organiza o meet é a produção brasileira, e brasileiros adoram se achar donos do artista. Um dos participantes retirou um álbum do casaco e entregou para Ozzy autografar no momento da foto. Ele não se importou, mas os integrantes da produção ameaçaram todos os que ainda não haviam tirado foto: "o próximo que entregar algo para ele autografar será expulso e ficará sem foto!". Foi comovente, parece até que faziam o favor de nos deixar ficar...
Quando chegou minha vez, eu disse "Please, hang me!", e ele respondeu "no! no! no! no! no!". Sinceramente, vai se fuder, Ozzy! Eu paguei 700 dólares por essa foto, você não estava me fazendo favor algum! Menos mal que minha foto ficou boa.
Ao menos o meet também dava direito ao ingresso de pista VIP. Porém, logo após tirar a foto, saí do estádio e fui embora. Não, não assisti ao show. Bruce Dickinson estava em São Paulo para palestrar no VTex Day, um evento voltado para empresários de e-commerce. A palestra seria apenas no dia seguinte, mas ele já estava na cidade e, bem... para mim o corre sempre será importante que o show, ainda mais se for corre de Iron Maiden versus show de Ozzy Osbourne.
Logo após o show, Carlos e Jéssica estavam no aeroporto para tentar algum contato com Ozzy. Não os acompanhei, pois já tinha a foto, então preferi ficar hospedado no hotel onde Bruce Dickinson estava. No mesmo dia, Dandara, uma das representantes dos "hunters do bem" postou algo como "Fui andando do terminal 1 até a base militar que tem ao lado do hotel Pulmann e descobri corretamente de que era por lá que Ozzy entraria. Infelizmente lá não é possível tentar, mas eu sou foda, a CIA deveria me contratar". Seria uma pena se Ozzy usasse outra entrada, não?!
Carlos e Jéssica o encontraram no terminal 2 embarcando normalmente, ele aceitou autografar, mas recusou-se a tirar fotos. Desde então, em nosso grupo "Hunters do Mal" no whatsapp, nos referimos a essa criatura e seus amigos - com as mesmas habilidades investigativas que ela - como "melhores que a CIA".
Sabe aquele dia em que se está em casa de bobeira, sem fazer nada?! Não sei você, mas eu gosto quando surge um corre bom e inesperado. E foi o que aconteceu: Eric me ligou, dizendo que havia a pré-estreia do musical "Os Produtores", apenas para convidados. Ele conseguiu algumas fotos na entrada, e estava me convidando para acompanhar a saída com ele. Citou alguns nomes de quem viu entrar: Fafá de Belém, Hortência, Paulo Ricardo, Eliana, Marco Luque, entre outros. É claro que aceitei. Tomei um uber e fui para lá.
Quando terminou, e a galera começou a sair, a primeira que abordamos foi Rosana Jatobá. Como Eric não esperou eu terminar de falar para bater a foto, foi necessário um ajuste tosco em meu rosto, recortando-o de outra foto. Não, não vou mostrar a foto original, está muito horrível.
Rosana Jatobá
A próxima foi a ex jogadora Hortência. Sempre ouvi dizer que ela é um pouco chata com os fãs, não gosta de atende-los. Não foi a maior simpatia do mundo, mas ao menos atendeu sorrindo, e isso é o que interessa.
A ex jogadora de basquete Hortência, diversas vezes campeã por clubes e pela Seleção Brasileira
Na sequência, conheci a atriz e humorista Marlei Cevada e a apresentadora Eliana. Ambas foram simpáticas, mas o marido de Eliana não a soltou nem mesmo para que ela tirasse as fotos conosco. Após o segundo flash, apressado, já a puxou para longe do teatro, antes que fosse abordada por mais alguém.
Marlei Cevada é conhecida por interpretar Nina e Sangue no humorístico A Praça é Nossa.
Marcos Caruso saiu a seguir, bem como Natália Guimarães. A cantora Fafá de Belém, logo atrás, percebeu quando abordamos Natália, então pegou o celular e tentou aplicar "o golpe da ligação", onde simula uma conversa para evitar abordagens. Eu vivi os anos 70/80, era peitos da Fafá de Belém para cá, peitos da Fafá de Belém para lá, só se falava nisso nos programas do Chacrinha e do Bolinha, que minha avó insistia em assistir. Logo, Fafá foi um ícone da minha infância e adolescência, então eu estava disposto a conseguir essa foto. Insisti um pouco, ela cedeu, mas sem desligar.
Marcos Caruso é diretor, autor e ator
A ex Miss Brasil 2007 Natália Guimarães, que hoje é modelo, atriz, empresária e apresentadora
Sempre com o celular na mão, é a tática utilizada por Fafá de Belém para não ser abordada por fãs
Milene Domingues foi muito simpática, foi um grande prazer conhece-la. Marco Luque também foi gente boa. Paulo Ricardo saiu apressado e passou por nós, então tivemos que segui-lo por alguns metros. Nos atendeu, mas foi bem seco. Sempre ouvi falar muito bem de suas interações com fãs, dizem que ele sempre fica conversando, então acredito que não o conheci em um bom dia. Acontece... Pra finalizar, Cesar Filho e Daniele Winits. Saldo final: 12 fotos, incluindo algumas que eu queria há muito tempo. Grande noite 👍
Conhecida como rainha das embaixadinhas, Milene Domingues é ex futebolista
Marco Luque é um ex-futebolista, ator, dublador, humorista, locutor e ex-apresentador de televisão brasileiro
Paulo Ricardo é cantor, ator e compositor, conhecido por liderar a banda RPM, fenômeno de vendas nos anos 80
Cesar Filho é jornalista, apresentador de televisão e ex-ator. Desde 2015, apresenta o programa Hoje em Dia, na Record
A atriz Daniele Winits é sempre simpática. Este foi meu segundo encontro com ela
O ensaio de Luciana Vendramini na Playboy sempre foi o meu predileto. Antes que alguém venha com alguma piadinha sobre pedofilia, ela é dois anos mais velha que eu. Logo, quando posou aos 17 anos, eu tinha 15. Claro que ela era uma das pessoas que eu mais gostaria de conhecer e tirar uma foto.
Arroz de festa, ela sempre aparecia em diversos eventos, shows, peças de teatros, e todos os meus amigos já a encontraram diversas vezes, mas eu simplesmente não conseguia vê-la. Portanto, "dei pulinhos de alegria" quando postou no Instagram: "Estarei amanhã dia 02/05 as 17h, na abertura da “Semana Freud”, na escola de psicanálise". Sensacional! Com horário marcado ainda! Era só chegar e conseguir a foto!
Foi exatamente o que aconteceu. Quando eu e Ricardo Ramalho chegamos, ela estava em frente ao local. Me apresentei e disse que queria conhece-la há muito, muito tempo. Muito simpática, autografou a foto que levei e tiramos uma foto, sem problemas. Claro que não fiquei para o evento, era melhor deixar para quem realmente se interessasse pelo assunto - o que não é o meu caso.
Provavelmente meu maior sonho na adolescência, agora realizado com sucesso
