Na manhã de 12 de novembro de 2016, um sábado, a notícia da morte de Milton se espalhou rapidamente entre os que o conheciam. São as vantagens (ou desvantagens) da era digital. Não tenho muitos detalhes, pois não era mais tão próximo dele nem de sua filha Sthefany, mas basicamente sofreu infarto fulminante. Era, em primeiro lugar, a perda de um amigo, ainda que não fôssemos mais próximos, mas também o fim do sonho de vê-lo recuperar-se financeiramente e voltar a produzir shows, que era o que ele realmente gostava de fazer. Eu não sei exatamente sua idade quando se foi, mas estimo cerca de 55, jovem demais para morrer.
Graças a ele, tive a oportunidade de conhecer bandas e artistas que com certeza não conheceria se dependesse de outros produtores. Por exemplo, quem diabos traria ao Brasil o quase desconhecido Nick Simper, baixista original do Deep Purple, que tocou entre 1968 e 1969 - quando eu nem nascido era - e gravou os três primeiros álbuns, para tocar no Blackmore quase jogado às moscas?! Absolutamente ninguém! A AWO também foi responsável pela única vinda do Dio Disciples ao Brasil, em 2013; pela primeira tour do UFO no Brasil em 2010 e do Y&T em 2013 - a qual me arrependo pra caralho de ter pulado o corre. Em outras palavras, somente raridades que nenhuma outra produtora teve coragem de bancar. Milton não se importava de assumir o prejuízo, desde que ele próprio assistisse ao show. Abaixo, alguns flyers de shows produzidos pela AWO:
Miltão, esteja onde estiver, espero que esteja em paz, e com a consciência de que fez muita gente feliz, pois trouxe bandas que ninguém teve coragem. E que sua amada filha Stephany, de quem você era inseparável quando vivia entre nós, também esteja bem e em paz. Não é nada fácil ficar orfã com apenas 17 anos.
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