sexta-feira, 29 de maio de 2015

Leave's Eyes

Fazia apenas três meses que Liv Kristine apresentou-se no Brasil com o projeto The Sirens. Agora ela retornou ao país com sua banda principal, Leave's Eyes. O show de abertura ficaria a cargo do Atrocity, que era praticamente o Leave's Eyes sem Liv Kristine, pois os músicos eram exatamente os mesmos. O tecladista do Leave's Eyes e do Atrocity, Alexander Krull, era o marido de Liv Kristine nesta época.

A banda ficou hospedada no EZ Aclimação. Fui até lá com Juliana e Ellen e aguardamos por algum tempo pela chegada da banda, que vinha do aeroporto. Quando chegou, Liv veio correndo falar conosco, toda feliz. Ela ainda lembrava-se de nós, nos abraçou com o maior sorriso no rosto e disse que gostaria de nos apresentar alguém.

Liv é um ser iluminado mesmo, europeus não gostam de muita intimidade fora do circulo familiar e de amigos mais próximos, mas ela trata seus fãs como se fossem da família, então abraços são totalmente permitidos. Ela afastou-se um pouco de nós, então aproveitamos para tirar fotos com Joris Nijenhuis e Thorsten Bauer. Liv retornou com seu então marido, que era quem queria apresentar para nós. Estava no maior orgulho, como se nos apresentasse a coisa mais importante de sua vida.

Liv não apenas nos reconheceu, como fez questão de nos abraçar e dizer que estava muito feliz em nos ver novamente
Joris Nijenhuis, baterista do Leave's Eyes e do Atrocity
Thorsten Bauer, guitarrista do Leave's Eyes e do Atrocity
Alexander Krull era o tesouro que Liv fez tanta questão em nos apresentar. Que pena! Que pena...

Dá uma dor no coração quando lembro desta cena, principalmente porque sei o que aconteceu depois. Alexander não apenas a traiu, o que a levou a deixar a banda que praticamente leva seu nome e da qual era a principal compositora, como - dizem as más línguas - colocou a mulher com quem traiu Liv como a nova vocalista da banda. Não sei o quanto de verdade tem aí, mas é o que dizem...

Como diabos um cara consegue trair uma mulher como ela?! Se ainda ficasse em casa enquanto Liv excurssionasse com a banda pelo mundo, até consigo entender. Mas eles viajavam juntos, dividiam o mesmo palco, dava para perceber bem o quanto era louca por ele. Enfim, nem sempre as estórias terminam com o final feliz...

Finalizamos o corre quando conhecemos o último músico, Pete Streit. Mais uma banda fechada com sucesso! Desta vez não levei uma foto para autografar, pois faltou dinheiro para fazê-la. Se eu não tinha grana para revelar uma foto, tinha menos ainda para ir ao show. Logo, não fui. Karina sim, e foi convidada para subir ao palco do Atrocity.

Pete Streit, baixista do Leave's Eyes

domingo, 24 de maio de 2015

Nile + Satan

Leo passou em casa para me buscar e seguirmos para o corre. Era um acordo nosso: eu lhe dava um dos LPs de minha coleção a cada vez que ganhasse carona, era só escolher qual. Eu não tinha mais toca discos mesmo... Ao chegarmos no hotel, EZ Aclimação, já vimos o guitarrista do Satan, Russ Tippins. Fomos falar com ele, que nos atendeu numa boa. Ellen e Carlos também já estavam lá.


Os músicos começavam a sair dos quartos para ir ao show, tanto os do Satan como os do Nile. Como o Nile faria a primeira apresentação internacional da noite, seus integrantes estavam um pouco mais apressados. Karl Sanders passou apressadamente pelo lobby, só conseguimos falar com ele fora do hotel. Enquanto nos atendia, Dallas Toler-Wade passou por nós e entrou na van, onde o abordamos. Na sequência, veio Brad Parris.

Quando George Kollias saiu do hotel, Carlos, portando um CD da banda, fez a abordagem. Ele atendeu numa boa. Ellen aproximou-se e pediu uma foto, mas ele a olhou de forma estranha e perguntou "what's my name?". Ela entendeu muito bem a pergunta, mas não sabia a resposta, então espertamente respondeu "sorry, I don't speak english". Ele a ignorou e passou por mim e por Leo, que fizemos uma nova abordagem. Provavelmente com receio de parar para nós e ter que atender Ellen também, respondeu que atenderia depois do show, pois estava atrasado. Ah, que se foda, não iríamos ficar até tarde ou retornar mais tarde, quando poderia ter nos atendido numa boa agora. Frescura da porra!

Pelo menos conseguimos ver Karl Sanders, o único integrante da formação original que ainda estava no Nile
Dallas Toler-Wade foi vocalista e guitarrista do Nile de 1997 a 2016
O baixista Brad Parris era o novato na banda, tinha acabado de entrar e não havia no Google nenhuma foto com ele na formação
Fiz o que deu pra fazer, sem Brad Parris. Mas ficou sem o rabisco de George Kollias

De volta ao lobby, e ainda meio atônitos com a reação de Kollias, Ellen explicou que chegou bem mais cedo que nós e viu quando ele passou pelo lobby diversas vezes. Chegaram a trocar alguns olhares, mas não o abordou pois não sabia quem era. Ela estava no corre para conhecer o Satan, não o Nile. Quando viu Carlos fazendo a abordagem, pensou "ah, ele é do Nile?! Legal! Está dando sopa, vou aproveitar também". Por isso a reação esquisita do baterista, eles já tinham se visto diversas vezes e ela nem "tchum" pra ele.

Sean Taylor foi o próximo a descer. Nos atendeu dentro do hotel e saiu para embarcar na van. Leo decidiu falar com ele novamente para pedir para gravar uma mensagem para a rádio Exmera. Após gravar, retornamos para dentro, onde encontramos Graeme English.

Sean Taylor, baterista do Satan
Graeme English, baixista do Satan

Ainda não sabíamos, mas estávamos prestes a vivenciar uma das cenas mais épicas de todos os corres. Os integrantes que ainda não tínhamos visto, Brian Ross e Steve Ramsey desceram juntos. Como todos os outros músicos do Satan, nos atenderam numa boa, todos são extremamente amigáveis. Leo aproveitou para pedir a Brian Ross também gravar uma mensagem para a rádio Exmera. Brian, assim como Sean Taylor, aceitou prontamente.

Durante a gravação, ele esqueceu o nome da rádio que deveria dizer - Exmera - o que foi engraçado e causou risadas gerais, especialmente em Eric de Haas, o holandês/brasileiro que acompanhava a banda como responsável da Dynamo Records, que lançou os ábuns do Satan no Brasil. A cada nova tentativa, Ross se enrolava ainda mais e Eric rachava o bico. Só a risada de Eric já faz valer a pena ver o vídeo: "Esta foi a melhor, vai ficar assim". Foram quase dois minutos de ataque de riso até que Ross conseguisse, enfim, gravar a mensagem e seguir com o resto da banda para o show.

O gente finíssima Brian Ross, vocalista do Satan e do Blitzkrieg teve uma crise de riso incontrolável ao gravar o vídeo
Steve Ramsey, guitarrista do Satan
Mais uma completa para a coleção

sábado, 16 de maio de 2015

Antonio Celso Barbieri

Apesar de residir desde 1987 no Reino Unido, Antonio Celso Barbieri é um dos nomes mais relevantes da imprensa roqueira do Brasil, com diversos textos publicados na revista Dynamite como correspondente do UK. Em 2015, ele fez uma convocação para o lançamento de "O Livro Negro do Rock", de sua autoria, acompanhado por uma sessão de autógrafos. Fiquei pensando quais nomes do metal nacional poderiam comparecer ao evento, pareceu interessante prestigiar. E lá fui eu, acompanhado de Sheila.


Após comprar um exemplar do livro, que foi devidamente autografado, fiquei monitorando a fila, à espera de alguém potencialmente interessante. Infelizmente eu não estava acompanhado por algum amigo como Raphael, grande especialista em bandas nacionais. Eu até sabia como alguns músicos se pareciam, mas 30 anos antes, visual dos anos 80 ainda. Portanto, estava desatualizado e não consegui reconhecer muita gente, apenas dois músicos do Vulcano e o ex Made in Brazil Tony Babalu. No entanto, enquanto era atendido por Zhema Rodero e Arthur Von Barbarian, Babalu sumiu de vista e não consegui mais encontra-lo. Alerta de spoiler: consegui uma foto com Babalu em 2017.

Arthur Von Barbarian, guitarrista do Vulcano de 1987 a 1990 e 2004 aos dias de hoje. Tambem foi baixista do Vulcano de 1981 a 1986
Zhema Rodero, guitarrista do Vulcano

Para finalizar, pedi para tirar uma foto com Ricardo Batalha, que trabalha na Roadie Crew desde 1996 e é um dos diretores da ASE Press. Além do trabalho de consultoria e assessoria, vem colaborando para diversos veículos de mídia ligados ao heavy/rock desde os anos 1980. Também é um dos editores do Rockarama, que estreou em março de 2017.

Ricardo Batalha é um nome importante na cena heavy metal do Brasil

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Joss Stone + Steve Hackett

O primo de Sheila, Marcos, nunca me pediu nada, mas entrou em contato para perguntar se eu poderia ajuda-lo a conhecer Joss Stone. Sem problemas, seria um prazer ajudar. Eu já tinha uma foto com Joss, não estava muito preocupado em tirar outra, mas havia alguém no mesmo hotel e no mesmo dia que me interessava bem mais: Steve Hackett.

Marcos passou em casa e seguimos para o hotel. Quando chegamos, encontramos Kevin e Marcelo Zava. Logo percebemos que muitos fãs da Joss estavam espalhados pelo saguão. Felizmente Joss chegou disposta a atender a todos, bem diferente de quando a encontrei no ano anterior.

Joss Stone

Enquanto esperávamos pela chegada de Hackett, encontramos, ou melhor, fomos encontrados por um bônus inesperado: Bell Marques, do Chiclete com Banana. Normalmente eu não tiraria uma foto com ele, pois não consigo ver valor artístico na música dele, mas como chegou interagindo conosco, brincando, foi gente boa, então valeu.

Bell Marques, do Chiclete com Banana, é gente finíssima

Eu não cometeria o mesmo erro de três anos antes com o cantor sertanejo Daniel. Eu estava em Congonhas com Jonas, o voo de Daniel adiantou 20 minutos, e quem viria busca-lo atrasou 10 minutos, então ele ficou ao menos meia hora conversando conosco, foi gente finíssima, mas na ocasião não pedi para tirar uma foto com ele, apenas tirei a de Jonas. Depois me arrependi, continuo não sendo fã da música dele, mas me tornei fã da pessoa que ele é. Felizmente consegui corrigir esse equívoco, pois tirei uma foto com ele em 2019.

Quando Steve Hackett chegou, o saguão estava vazio, somente pessoal de corre mesmo, já que os fãs de Joss foram embora. O segurança de Hackett nos conhecia, sabia que nosso esquema é jogo rápido, somente foto, autógrafo e tchau mas, ainda assim, pediu para agilizarmos, pois "ele estava cansado". Sempre a mesma estorinha...

Steve Hackett