Eu e Sheila calculamos e fomos ao aeroporto para recepcionar o Dio Disciples. Chegando lá, conhecemos o responsável por recepcionar a banda,
Léo Soares. Ele estava sozinho e, se não fosse por nós, teria problemas. Parte da banda é fumante e estava ávida por um cigarro, mas a outra parte odeia cigarro e se recusava a sair para ficar com os fumantes, ainda que na área externa.
A pedido de Léo, entramos no terminal, localizamos e reunimos todos os não fumantes, que a essa altura já estavam espalhados, e os conduzimos até o portão de embarque nacional, onde encontramos novamente com Léo e o resto da banda. A banda embarcaria para Florianopolis, onde aconteceria o primeiro show da turnê brasileira, no dia seguinte.
Entre os fumantes estava o ex baterista do AC/DC, Simon Wright e o guitarrista Craig Goldy. Craig recusou-se a tirar fotos conosco pois, conforme ele, seu cabelo não estava arrumado. Fala sério! Na hora não percebemos, mas minha foto com Bjorn Englen ficou totalmente desfocada. Sem problemas, eu teria que fazer esse corre novamente por causa da ̶b̶a̶i̶t̶o̶l̶a̶g̶e̶m̶ de Craig.
 |
Simon Wright, ex baterista do AC/DC. Gente finíssima! |
 |
Oni Logan, vocalista do Dio Disciples |
 |
Tim "Ripper" Owens, vocalista do Dio Disciples |
 |
Scott Warren, tecladista do Dio Disciples |
Não estava em nossos planos passar no hotel no dia do show em São Paulo, mas foi necessário. Logo que a banda chegou, abordamos Craig, perguntando se hoje poderíamos tirar fotos com ele. A resposta foi "hoje sim". Mas que diabos! Eu e Sheila concordamos que o cabelo dele estava exatamente do jeito que estava no aeroporto!!! Abordei Bjorn novamente, o resto deixamos em paz.
 |
Craig Goldy, guitarrista do Dio Disciples |
 |
Bjorn Englen, baixista do Dio Disciples |
O produtor - e nosso amigo - Milton chegou ao hotel, e nos convidou para subir com ele e a filha ao quarto deles, aceitamos. Lá, rolou uma conversa bem tensa sobre o show. Menos de 100 ingressos foram vendidos. Ele saiu distribuindo ingressos, inclusive para mim e para Sheila. Porém, eu e ele tínhamos um acordo: em quase todos os corres que fazia, eu pegava fotos autografadas extras para ele, em troca de ingressos dos shows das bandas que ele trazia. Isso já rolava há algum tempo.
Perguntei porquê não cancelou, se vendeu tão pouco. Ele me respondeu que trazia as bandas que ele gostava, não as que davam dinheiro, e ele queria ver o show. Isso eu sabia, o que eu imaginava - mas não tinha certeza - e que ele acabou de confirmar é que ele estava assumindo prejuízo atrás de prejuízo, pegando mais e mais dinheiro com agiotas, arruinando completamente sua vida financeira.
O tamanho da trolha seria revelado no mesmo dia. Outra amiga, Deca, trabalhou para ele nesse show. A coisa estava em um ponto em que simplesmente não havia absolutamente nada do que a banda pediu no camarim. Deca, Léo e outros profissionais que trabalharam no show se uniram para poder comprar alguns lanches no McDonalds, senão a banda não teria o que comer naquele dia. Foi simplesmente ridículo, surreal.
O show, claro, foi fantástico. Independentemente de qualquer problema com a produção, a banda entregou o melhor aos fãs. Mas imagine: cabe mil pessoas no Carioca Club. 100 ingressos foram vendidos, e mais 100 estavam na casa de graça, porque ganharam ingresso. Um puta show, absolutamente vazio!
 |
Enfim, assisti a um show em frente ao palco, uma amiga fotógrafa me enviou esta foto onde eu apareço |
Entre os fãs, presenças ilustres: Sean Jefferies e Gary Young, integrantes da banda inglesa Avenger, que estava no Brasil para shows em Jundiaí, Santos e São Paulo. Sem dúvida um belo bônus.
 |
Sean Jefferies e Gary Young, guitarrista e baterista do Avenger
|