sexta-feira, 29 de junho de 2012

Rhapsody of Fire

No dia anterior ao show do Rhapsody of Fire, eu, Leo e Ellen fomos ao Blue Tree Berrini para conseguir as fotos. Todos os músicos estavam de saída para jantar, mas nem todos foram para o mesmo restaurante.

O primeiro a aparecer foi o guitarrista Tom Hess, novato na banda. Quando o abordamos, ele se recusou a tirar fotos, disse que não estava arrumado, e seguiu para a van da churrascaria. ̶B̶a̶i̶t̶o̶l̶a̶g̶e̶m̶ ̶d̶a̶ ̶p̶o̶r̶r̶a̶. Quando retornou, Leo o abordou mais uma vez, e novamente ele negou, dizendo que ainda vestia as mesmas roupas, que continuava não arrumado, mas prometeu que voltaria em 20 minutos para falar conosco. Duvidamos, mas fazer o que, era nossa única alternativa.

Enquanto ele não descia, tiramos fotos com os outros integrantes. Fabio Lione olhou para minha camiseta e berrou "yes!".

Fabio Lione, então vocalista do Rhapsody Of Fire. Ele saiu da banda em 2016
Roberto de Micheli, guitarrista do Rhapsody Of Fire
Oliver Holzwarth, então baixista do Rhapsody Of Fire. Ele saiu da banda em 2014
Alex Holzwarth, então baterista do Rhapsody of Fire. Ele saiu da banda em 2016
Alex Staropoli, tecladista e Roberto de Micheli, guitarrista do Rhapsody Of Fire

Tom Hess é um homem de palavra. Após 30 minutos, ele desceu, todo arrumado, cheirando a perfume. Veio até nós e disse "agora podemos tirar fotos". Tivemos com ele ao menos meia hora de boa conversa. Quem diria que aquele  ̶f̶r̶e̶s̶c̶o̶ é um cara legal?!

Tom Hess, então guitarrista do Rhapsody of Fire. Saiu da banda em 2013

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Congonhando pela primeira vez

Por volta de 2002, seis anos antes de eu começar a tirar fotos, voltei de uma viagem a Vitória (ES) por Congonhas; quando saía do aeroporto, vi o ator José Wilker no saguão. Era uma época onde celulares não eram muito populares, e provavelmente eu não tinha uma câmera a mão, então nem pensei em fazer uma abordagem. Nunca mais o vi pessoalmente, ele faleceu em 2014.

Em 2007, após desembarcar de uma nova viagem, parei para fumar um cigarro na área externa do aeroporto, próximo ao desembarque. Após algum tempo, Luiz Carlos Miéle apareceu por lá, também para fumar. Desta vez eu já tinha um celular, mas era um Nokia porcaria, sem câmera. Mais uma vez, não fiz a abordagem, e perdi para sempre a oportunidade de ter uma foto com o homem que comandou o saudoso programa Cocktail, com suas garotas tim-tim. Miéle faleceu em 2015.

Em 2012, Jonas me disse que conheceu um cara, Ricardo Ramalho, que tem fotos com quase qualquer artista nacional que eu imaginasse. O que ele fazia era frequentar o desembarque do aeroporto de Congonhas para fazer o que chamamos de "pescar" ou "congonhar", ou seja: apenas aguardar no desembarque (ou embarque) e abordar quem aparecesse. Parecia bom, resolvi tentar.

A primeira foto que consegui em uma "congonhada" foi com a repórter Ana Paula Padrão. Sendo muito sincero, não a reconheci, mas os "congonheiros" tiraram fotos com ela, então tirei também. A pessoa pode aparecer com óculos escuros enormes (esse, aliás, é praticamente o padrão dos artistas que desembarcam em Congonhas), sem maquiagem, de cabelo preso, de chapéu, coberta da cabeça aos pés, ainda assim eles são capazes de reconhece-la. Eu não tenho nem nunca tive essa capacidade, principalmente porque faz muitos anos que não assisto TV aberta, os artistas que eu conhecia estavam envelhecidos e eu não acompanhei o envelhecimento, assim ficava difícil...

A repórter Ana Paula Padrão foi  minha primeira foto em uma congonhada

A segunda foto veio acompanhada da terceira: a dançarina Valéria Valenssa (mais conhecida como Globeleza) e seu então marido Hans Donner, designer alemão com cidadania brasileira, conhecido pela criação do logotipo da Rede Globo, bem como por ser o responsável por toda a programação visual da empresa e de todos os seus produtos: novelas, linha de shows, jornalismo, programas infantis, desporte, humor e outros. Hans ficou na emissora até março de 2016, quando foi afastado após 40 anos de serviços. Os dois, especialmente Hans, foram muito simpáticos. Eu estava começando a gostar disso mas, mais uma vez, só os reconheci porque Ricardo Ramalho auxiliou.

A Globeleza original, Valéria Valenssa
Hans Donner, um gênio da computação gráfica, é um cara legal

Enquanto eu tirava fotos com o casal, Ricardo percebeu que Sabrina Sato passou por nós, apressada, diretamente para a área externa do aeroporto. Olhei para ele, que disse "Eu já tenho, não quero com ela. Corre atrás, que ela é legal". Foi o que fiz. Perguntei se poderia tirar uma foto com ela, e recebi como resposta "sim, claro. Mas rapidinho, porque estou atrasada".

Sabrina Sato é sempre legal, esse foi apenas meu primeiro encontro com ela

Aproveitei para fumar um cigarro, quando fui abordado por um desses malucos que adora conversar com estranhos aleatórios. Ele olhou minha camiseta e disparou "Então você gosta de AC/DC?!". Como não tenho muita paciência pra papo furado, selecionei minha foto com Angus Young no iPhone e mostrei para ele. "Gosto sim, olha eu e o Angus Young!". Ele ficou sem reação, boquiaberto, e a conversa terminou por ali.

Quando voltei para o saguão, havia uma certa movimentação de reporteres e câmera mans. Ricardo disse que o Palmeiras estava para desembarcar. Excelente! Para quem não sabe, sou palmeirense. Era a chance de tentar conseguir uma foto com alguns jogadores que eu admirava. Porém, a coisa acontece extremamente rápido, não é possível conseguir mais do que 2 ou 3 jogadores. Você escolhe quem você quer e foca. No fim, consegui com o atacante Barcos e o zagueiro Henrique, além do ex meio-campista César Sampaio - essa sim um fotão da porra!

Dono da camisa 9, Barcos marcou 28 gol pelo Palmeiras em 2012 
Em 2012, Henrique era a solução dos problemas da zaga. O resto do time que não ajudava muito
César Sampaio, esse sim, monstro sagrado. Bi campeão paulista e brasileiro 93/94 e da Copa Libertadores 99

Mais algum tempo de espera, e as atrizes Suzana Pires e Nathalia Dill passaram pelo desembarque, separadamente. Mas a cereja do bolo ficou para o meio da tarde, quando desembarcou a atriz Flávia Alessandra. Fiquei absolutamente encantado com a sua interação com os fãs. Não foram apenas fotos, ela ficou um tempão conversando, não foi como a maioria dos outros, que logo após o flash já saiam como se fossem tirar o pai da forca.

Nunca imaginei que uma atriz, protagonista de novela de horário nobre, capa de Playboy (quando a revista valia alguma coisa), alguém que estava consagrada e no topo, poderia ser tão humilde. Sempre achei que uma mulher em sua posição deveria ser uma chata arrogante. Felizmente, estava muito enganado. Otaviano Costa, seu marido, que me desculpe, mas que deu vontade de coloca-la em um potinho e traze-la para casa, ah deu!

Simpática, Suzana Pires também parou para nos atender
Nathalia Dill também foi muito simpática
Flávia Alessandra superou quaisquer expectativas. Além de linda e ótima atriz, ela é muito atenciosa

Para uma primeira experiência em Congonhas, este foi um dia muito bom. Com certeza haveriam outros, eu fiquei bem animado com o que consegui.

sábado, 9 de junho de 2012

Korpiklaani

Na primeira vez em que tentei conhecer os caras do Korpiklaani, eles estavam hospedados em um hotel no centro de São Paulo. Eu e Leo esperávamos pela banda no hall, quando o gerente e dois seguranças se aproximaram. Pensei que seríamos expulsos, mas a conversa que se seguiu foi simplesmente bizarra:

- Vocês estão esperando alguma banda?

- Sim!

- É o Korpiklaani?! Eu adoraria que eles ficassem hospedados com a gente, porque eu adoro o som deles e o produtor sempre nos da ingressos quando as bandas que ele traz ficam aqui. Infelizmente não sei o nome dos músicos, então não posso verificar no sistema.

Quando confirmei, só faltou sair dando pulinhos de alegria. Olhei o celular e havia a mensagem de uma amiga: “eu acho que a banda que você quer está em um bar no Anhangabaú bebendo cerveja”. Pedi para que ela mandasse uma foto. “Acabaram de sair”, foi a resposta, acompanhada de uma foto. Então, ficamos no impasse: se fôssemos, correríamos o risco da banda voltar e haver desencontro. Decidimos esperar.


A van com os músicos chegou, os abordamos assim que entraram no hall e tirávamos fotos e conseguíamos os autógrafos, quando uma hóspede de uns 75 anos perguntou quem eram eles. Eu respondi e ela disse: “eu acho que meu neto gosta”. Então, foi à recepção, pegou alguns papéis em branco e pediu para todos assinarem. Sem dúvida um dos corres mais bizarros de todos os tempos, mas ao menos todos foram legais.

Jonne Järvelä, vocalista e guitarrista do Korpiklaani
Kalle "Cane" Savijärvi, guitarrista do Korpiklaani
Jarkko Aaltonen, baixista do Korpiklaani
Matti "Matson" Johansson, então baterista do Korpiklaani. Saiu da banda em 2019
Tuomas Rounakari, violinista do Korpiklaani
Juho Kauppinen, então acordeonista do Korpiklaani. Saiu da banda em 2013
De lá, encontrei-me com a Sheila e fomos até São Caetano, pois ela queria fazer o corre da seleção de vôlei masculino. Retornamos a São Paulo quando anoiteceu para ir ao show no Clash Club - sob protestos dela, que ainda não tinha conseguido foto com todos os jogadores. Apenas relembrando que ela não é fã de metal, e foi ao show apenas para me acompanhar, é desta maneira que ela descreveu a experiência: "O local era sombrio e mal iluminado, com um monte de cabeludo mau encarado. Foi só o show começar para que todos começassem a dançar alegremente, um dando o bracinho para outro e girando". Que exagero! Mas que o show dos caras é o mais divertido sempre, isso não há dúvidas!