sábado, 29 de outubro de 2011

Aerosmith

Após passar o dia todo no aeroporto, conseguir fotos com o Sirenia, e descobrir que o Aerosmith desembarcou no outro terminal, era hora de radicalizar. Eu e Sheila decidimos nos hospedar, mas com receio, já que poucos dias antes, Steven Tyler sofreu uma queda no banheiro, no Paraguai, o que obrigou o cancelamento do show no país, além da necessidade de reconstruir alguns dentes quebrados. Será que ele tiraria fotos com o rosto roxo e inchado? Teríamos que descobrir.

Fomos direto à recepção do Unique, onde, após o check-in, nos ofereceram champanhe de boas vindas. Uau! Já nos hospedamos em outros hotéis 5 estrelas antes, como Hilton, Hyatt e Tivoli, mas champanhe de boas vindas foi a primeira vez. A seguir, uma funcionária nos acompanhou até o quarto. Logo ao entrar no elevador, percebemos que era totalmente escuro com uma leve iluminação sobre nossas cabeças. Neon?! Não sei. Os corredores mantinham o mesmo estilo. Sinceramente, eu adorei!

Corredores do Hotel Unique. Imagem: reprodução da internet

De noite, decidimos jantar no Skye, um sofisticado restaurante contemporâneo e bar, localizado na cobertura do hotel, com piscina e vista panorâmica. Sabíamos que não seria barato, mas aquele era dia de aproveitar. Pizzas de 60 reais, imagina quanto valia isso em 2011. Não eram tão grandes, mas estavam absolutamente deliciosas.

Sheila: "A Brazuca", molho de tomate, mussarela e catupiry, carne seca desfiada, farofa de mandioca e queijo coalho
eu: "A Bacana", molho de tomate, mussarela e alho poró refogado, camarões, gengibre, gergelim e toque de queijo cheddar

Enquanto comíamos, Steven Tyler chegou, rodeado por alguns seguranças do hotel e o segurança brasileiro, Sombra. Ele sentou-se em um banco em volta de uma mesa próxima aonde estávamos. Não reagimos, continuamos a comer, apenas comentamos como aquele momento era surreal. Quando terminamos, partimos para a sobremesa.

Escolhi esse sorvete que veio em um formato meio esquisito e nem era tão bom assim
Sheila também quis sorvete, a escolha dela foi melhor que a minha

Após o jantar, permanecemos sentados, esperando por uma oportunidade para abordagem. Houve um momento em que Sheila precisou ir ao banheiro. Antes que ela retornasse, Steven Tyler também foi, acompanhado por um segurança do hotel. Eles se encontraram no corredor enquanto ele ia e ela retornava. Ela pediu para tirar uma foto com ele, que pegou a câmera da mão dela, fez uma selfie e devolveu.

Quando, bem mais tarde, Tyler tentou sair do local, nosso amigo curitibano Vergil, que também estava hospedado, levantou uma placa com os dizeres "Dream On a photo with Steven Tyler until my dream comes true...". Steven viu e resolveu atender, ele foi o primeiro a conseguir foto e autógrafos. O que se seguiu foi uma loucura: o bar estava infestado de fãs, todos esperando por uma oportunidade. Ele foi completamente cercado por muitos que não tinham a menor noção de civilidade ou respeito. Sozinho, Sombra não daria conta de todos. Solícito, Steven Tyler até tentou atender, mas estava uma zona generalizada.


Mas Sombra tinha um problema adicional: Jonas. Completamente descontrolado, ele se jogava em cima dos fãs, enquanto berrava "Sombra" diversas vezes. Revoltado com o que acontecia, Vergil pegou a caneta prata e rabiscou várias vezes a camisa branca de Jonas, que nem percebeu, pois se comportava como uma menininha na frente de todos.

Ele tanto fez, que foi retirado à força do local por dois seguranças do hotel. Um veio de um lado, outro veio de outro, e só o vimos berrando, sendo arrastado para longe, balançando as perninhas no ar. Mais um papelão de nosso "amigo" desequilibrado. Sem Jonas, Sombra conseguiu colocar seu cliente em segurança, conduzindo-o ao elevador. Naquela noite, nada mais aconteceu.

Na manhã seguinte, acordamos cedo. Após o café, descemos ao hall, onde estava Deca e uma amiga, que decidiram se hospedar nesse segundo dia. Eu e Sheila não renovaríamos nossa estadia, mas sabíamos que não teríamos hora para sair. No começo da tarde, Tom Hamilton apareceu, acompanhado por um segurança. Ele nos atendeu e saiu para atender o pessoal que o aguardava fora do hotel.

Tom Hamilton, baixista do Aerosmith

Após retornar com Tom Hamilton, o segurança trouxe, um pouco mais tarde, o baterista Joey Kramer, que fez o mesmo. Mas foi só, nem sinal dos outros integrantes. Depois de certo horário, sabíamos que a banda já deveria estar no estádio, e somente então conseguimos relaxar.

Tantos anos tirando fotos e eu nunca aprendo a fazer uma cara boa

Após o show, Tyler apareceu mais uma vez no Skye, mas os fãs estavam bem mais tranquilos que na noite anterior. Todos se organizaram em uma fila e a coisa rolou. Quando chegou minha vez, eu quis fazer tudo o mais rápido possível, pois havia muitas pessoas na fila, e eu queria que todas fossem atendidas. Então, após a foto, saí rapidamente, mas Tyler correu até mim e disse algo que não consegui compreender. Jamais saberei o que ele tentou dizer, nem porque foi tão importante interromper o atendimento para me falar o que quer que fosse. Quando retornou para atender quem faltava, eu e Sheila fomos para o quarto, era hora de dormir.

Tyler estava nem aí com o olho roxo e tirou fotos com todo mundo

Sombra, o segurança, era meu amigo no Facebook - na vida real também, mas isso é outra estória. Ele postou essa estória incrível:

"Por volta das 02:00 hs, começou a chover. Me aproximei da janela do Skye e percebi que haviam alguns fãs na rua, debaixo de chuva, na esperança de que algo ainda acontecesse. Eu contei para Steven Tyler, que imediatamente fez questão de descer. Ele ordenou que colocássemos todos os fãs dentro do hotel e atendeu a todos. Depois disse a eles "agora que eu atendi vocês, por favor, saiam da chuva e vão para suas casas". Isso me emocionou, nunca trabalhei com um artista que tivesse tanto respeito pelos seus fãs."

Vergil também contou essa estória, disse que quando chegou do show - já que estava hospedado - viu Tyler no saguão atendendo a todos, e não era má ideia tirar mais uma foto. A diferença é que não foi algo rápido, Tyler fez questão de conversar com todos e, inclusive, lembrou-se que Vergil era o cara da placa, da noite anterior. Depois, certificou-se que todos foram atendidos, se despediu e falou para todos se cuidarem, pois realmente estava começando a chover. No dia seguinte, antes da banda partir para o aeroporto, havia umas 70 pessoas do lado de fora do hotel, ele atendeu todo mundo. Quase todos os músicos atenderam, exceto Brad.

Faltam as assinaturas de Brad e Joe

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Saxon

Na primeira vez que tentei conhecer os integrantes do Saxon, fomos ao hotel errado. Após esperar por algum tempo, surgiu a informação de que a banda estava em outro hotel, então seguimos para lá. Quando a banda retornou do jantar, conseguimos abordar apenas três integrantes. Não lembro se os outros subiram para seus quartos sem nos atender ou não foram jantar mas, enfim, só conseguimos abordar Biff Byford, Doug Scarratt e Nigel Glockler.

Todos foram legais, mas Biff estava muito, muito doido. Ele perguntou quantos fãs éramos ali, no hotel, quando respondemos "8", ele disse que éramos todos convidados dele para o show, que bastava dar uma lista com os nomes que entraríamos na pista vip. Exceto as groupies, Sheila era a única mulher na ocasião, então tirou um papel da bolsa, fizemos a lista e entregamos para ele, que seguiu para o merecido descanso. Doug também se despediu e subiu.

Nigel, por sua vez, estava com Yolanda e queria comprar preservativos. Foi uma cena muito engraçada: os dois bêbados, quase que entrelaçando pernas, tentando se manter de pé, caminhando para a farmácia, que ficava a umas duas quadras de distância. 

Biff Byford, vocalista do Saxon
Doug Scarratt, guitarrista do Saxon
Nigel Glockler, baterista do Saxon

No dia seguinte, eu e Sheila decidimos primeiro ir ao show, depois ir ao hotel para tentar as fotos que faltaram. Por sua vez, alguns "amigos" que estavam conosco na noite anterior, resolveram retornar ao hotel de tarde. Um deles, Breno, nos disse depois que, quando encontrou Biff, perguntou se estava tudo ok com os nomes na lista. Confuso, Biff respondeu: "Lista?! Que lista?!". Ele estava tão louco que nem lembrava mais. Quando Breno explicou, Biff disse que não estava mais com o papel, e pediu para que ele fizesse uma nova lista. Ele fez, incluiu alguns nomes, e excluiu alguns, incluindo o meu e de Sheila. 

Quando chegamos para o show, fomos a um guichê especial, apenas para a retirada de ingressos para quem tinha nome na lista. Ficamos surpresos em saber que nosso nome não constava na relação. Explicamos a estória para a mulher que nos atendeu, e ela foi compreensiva. Disse que não poderia fazer nada, mas também disse que havia muitas pessoas que não haviam retirado os ingressos, acrescentando que se ao menos duas não os retirassem, ela permitiria nossa entrada. Foi o que aconteceu.


Aquele foi um show no mínimo inusitado: só tinha a galera do corre na pista VIP. Eu, Sheila, Breno, Leo, o Mestre, Kevin e nem me lembro mais quem. Sacrificamos a última música - justo a que eu mais queria assistir, Power & the Glory - para assegurar que chegaríamos ao hotel antes da banda.

Quando o show terminou, não apenas a galera do corre, muitos fãs foram ao hotel. Muitos mesmo. Sorte que o Saxon é uma banda cujos integrantes são todos legais. Apesar do elevado número de pessoas, a banda atendeu a todos.

Nibbs Carter, baixista do Saxon
Paul Quinn, guitarrista do Saxon


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Red Hot Chili Peppers

Nunca fui fã de Red Hot Chili Peppers, e não via muito sentido em fazer um corre dessa banda. Ana Paula, uma amiga de Manaus, viria para São Paulo e passaria alguns dias no quarto de hóspedes de minha casa, justamente para esse show. Ela me pediu para leva-la ao hotel da banda. Ok, isso eu poderia fazer, mas ainda assim não estava muito disposto a tirar fotos.

Quando estávamos a caminho do hotel, Anebelle apareceu. Pra variar, estava desesperada, sem saber onde a banda poderia estar. Resolvi fazer um teste: enviei uma mensagem para Marcio, dizendo "a banda está no hotel tal, NÃO passe para Anebelle". Não se passou nem 20 segundos e Anebelle disse que descobriu o hotel. Perguntei como, e ela me mostrou a mensagem que Marcio enviou. Minhas suspeitas estavam mais do que confirmadas! Sabe-se lá porquê, ela não ficou para fazer o corre, nem nesse dia, nem no seguinte: simplesmente desapareceu.

No primeiro dia, apenas Chad Smith e Anthony Kiedis apareceram para confraternizar com os fãs. Chad é um cara legal, mas Anthony, de acordo com Carlos, é bem mala, e essa foi a primeira vez que aceitou atender fãs brasileiros em pelo menos 20 anos. Ainda assim, tirei uma foto apenas com Chad, por ele ser o baterista (lembre-se: sou ex baterista).

Chad Smith, baterista do Red Hot Chili Peppers, tem trabalhos interessantes com Glenn Hughes e Chickenfoot.

Eu não sabia reconhecer nenhum dos integrantes, estava na completa dependência de Ana Paula e dos demais fãs. Para "mexer" com Ana Paula, disse algo como "Que porra é essa?! Um Hitler emo?!", quando Kiedis apareceu. Ela ficou puta da cara! 😆

Ah, se arrependimento matasse! Quando o corre se transforma em "doença", uma foto "difícil" parece ser tão boa quanto uma foto com quem você é fã. Foi somente um tempo depois, quando percebi o quanto é difícil esse cara atender, é que percebi a cagada que fiz. Eu simplesmente deveria ter tirado, até porque, após tirar a foto de Ana Paula com ele, ele ainda perguntou se eu também queria foto, mas respondi "no, thanks".

Anthony Kiedis, uma das fotos mais difíceis do mundo, que eu simplesmente deixei passar
Momento em que Anthony Kiedis autografou as costas de Ana Paula
A ideia era tatuar, mas a tinta saiu antes que ela conseguisse fazer

Quando chegamos em casa, Sheila perguntou se conseguimos, respondi que sim, mas que apenas tirei as fotos de Ana Paula. Ainda levei "comida de rabo":

- Você não tirou fotos?!

- Somente com o baterista.

- Vocês voltarão ao hotel amanhã?

- Sim.

- Então pode tratar de tirar, você tira foto com tanta banda que ninguém conhece, vai ficar de besteira com essa que é famosa?!

No dia seguinte, retornamos. O primeiro a dar sinal de vida foi Chad Smith. Os fãs o abordaram, ele atendeu de boa e saiu para caminhar. Sem perceber que Chad estava do outro lado da rua, em sentido contrário, um fã que não conhecíamos chegou ao hotel, esbaforido. Perguntou se algum músico já apareceu, e eu apontei para onde estava Chad, a essa altura já um pouco distante de nós. Ele olhou e se jogou no chão, chorando de soluçar, foi uma das cenas mais ridículas que vi na vida. Eu e Ana Paula o ajudamos a se recompor e o fizemos prometer que isso não se repetiria. Afinal, um comportamento desses poderia por tudo a perder, não apenas para ele, como para todos que estavam ali.

Anthony Kiedis foi o segundo a sair, mas desta vez não foi tão solícito, pois os fãs não souberam se comportar, agindo como idiotas, cercando e empurrando. Não souberam organizar uma fila e muito menos tentaram ser educados. Ele se encheu e parou de atender, bem antes que eu conseguisse a foto que recusei no dia anterior. O mesmo aconteceu com Flea e com Josh Klinghoffer.

Os fãs que se comportaram mal não aparecem nas imagens abaixo, eles estavam mais atrás, forçando a barra para chegar mais próximos aos músicos.

Anthony Kiedis até tentou atender mas uma vez, mas os fãs não souberam se comportar e ele desistiu
Flea até tirou uma foto ou outra, mas veio mesmo para autografar 
O jeito foi ficar por perto e tentar uma FOTASSA
Josh Klinghoffer também tentou atender, mas rapidamente mudou de ideia
No segundo dia consegui foto apenas com Mauro Refosco, percussionista brasileiro que acompanha o Red Hot Chili Peppers


sábado, 10 de setembro de 2011

Blind Guardian

O corre do Blind Guardian interrompeu temporariamente o corre do Judas Priest e Whitesnake. Eu estava com amigos de Manaus hospedados em casa, que vieram para São Paulo apenas para esse show. A ideia, portanto, era fazer o corre e assistir ao show. O problema é que a banda não ficou no hotel que eu esperava que ficasse, o Radisson São Paulo Vila Olimpia, eu e meus amigos passamos parte da tarde e começo da noite lá, mas não houveram sinais que indicassem que a banda poderia estar hospedada lá.

Não havia muito o que fazer, então fomos ao show. No meio do espetáculo, recebi um SMS (na época não havia whatsapp) de uma amiga, comunicando o hotel correto, o Estanplaza Funchal-Faria Lima. Mas havia um problema: se fosse mesmo esse hotel, fudeu, mas fudeu grande. O motivo será visto a seguir:

As setas indicam o fluxo da maior parte dos fãs após o show. Observe que ele passa em frente ao hotel

Tão logo o show terminou, me encontrei com os amigos (ficamos em setores diferentes) e seguimos para o hotel, que ficava a menos de 100 metros do local. Estávamos só nós 4, quietinhos, em frente ao hotel, nos passando apenas por fãs que saíram do show, quando aconteceu a desgraça que previ: a van passou nos fundos do Via Funchal para embarcar os músicos, deu a volta, e entrou no hotel, enquanto dezenas de fãs ainda passavam em frente. Os fãs perceberam, é claro, e invadiram a área de manobras de veículos.


Hansi e Andre, os mais acessíveis, aceitaram atender a galera. Marcus e Frederik entraram direto, sem atender aos apelos de ninguém. Ao mesmo tempo, Lia fotografava tudo. Ainda bem, senão não haveriam essas imagens para ilustrar o relato.

Marcus foi abordado mas disse não, Frederik entrou direto
Marcus seguiu Frederik e entrou também, sem atender ninguém

Fazer o que, o jeito foi me enfiar no meio dos fãs para tentar ao menos Hansi e Andre. Quando consegui me aproximar de Hansi, pedi uma foto. Ele já posava comigo, quando uma fã veio à direita e pediu uma foto. Confuso, ele tirou com ela, mesmo já estando abraçado comigo

FOTASSA
Ok, vamos tentar de novo: tinha tudo para ser uma foto boa, mas ficou fora de foco
Com Andre a foto ficou perfeita, nem parece que estávamos no meio de uma muvuca infernal

Quando Hansi e Andre atenderam a todos, a multidão se dispersou e eles entraram no hotel. Andre subiu logo, mas Hansi foi direto ao bar. Eu, Lia, Fabiana e Marcelo poderíamos voltar para casa, mas decidimos passar a noite em frente ao hotel. Seria uma perda de dinheiro ir àquela hora para retornar de manhã cedo para tentar as fotos que não conseguimos, sem contar a chance de retornar depois que a banda tivesse saído para o aeroporto.

Um dos roadies da banda chegou da rua, nos viu e veio falar conosco, numa boa: "ninguém vai mais sair, os músicos já foram dormir, por que vocês não vão embora?". Explicamos que teríamos que retornar em poucas horas, e mostramos que Hansi ainda estava no bar, dava para ver pelos vidros do hotel. Ele entrou e foi falar com ele, foi então que o impensável aconteceu.

Hansi saiu e veio conversar conosco. O papo se iniciou com ele perguntando o nome de cada um de nós. Foi algo de no mínimo 20 minutos, meia hora. Minha foto com ele não ficou boa, mas ali tornou-se uma reunião de amigos, não era hora de pedir foto. Ele disse que a banda sairia às 06:30 do hotel para ir ao aeroporto, que era para irmos para casa descansar um pouco. Aceitamos. Tomamos um táxi, fomos, e retornamos 3 horas depois.

Fabiana e Marcelo, que voariam cedo para Curitiba, próxima cidade onde o Blind Guardian se apresentaria, preferiram seguir ao aeroporto, no mesmo táxi que me deixou com Lia no hotel. O primeiro a sair foi Frederik, que nos atendeu numa boa, era somente nós 2 no hotel. Enquanto ele nos atendia, Andre e Marcus saíram juntos e já entraram na van. Fui até lá e falei com Marcus, explicando que éramos apenas 2 fãs, e queríamos tirar uma foto com ele. Na maior má vontade do mundo, ele saiu para nos atender. Observe: não abordei Andre novamente, não era necessário, minha foto com ele estava boa.

Mas a maior surpresa foi quando Hansi desceu. Ele olhou para mim, sorriu, e disse: "good morning, Adriano". Como assim, ele lembrava do meu nome?! Eu já era fã de Blind Guardian, fiquei muito mais a partir desse dia. Pedi outra foto, para corrigir a da noite anterior, e fui atendido imediatamente. Não vimos nenhum dos músicos de apoio, é provável que tenham saído antes de chegarmos ao hotel.

Frederik foi bacana, pena que a foto não ficou boa
Marcus foi o único mala da banda, mas mesmo de má vontade, saiu da van para atender
O Hansi sabe meu nome! Por essa eu não esperava!


sábado, 9 de julho de 2011

Mr. Big

Esse corre começou com um ponto negativo: foi a primeira vez que vi Anebelle. Não nos falamos, mas houve um momento onde ela estava sentada em torno da mesma mesa que eu e os outros hunters, dentro do Hilton, onde estava o Mr. Big. A culpa dela começar a fazer corres é totalmente do Marcio, que fica passando os hotéis para todas as mulheres, achando que vai pegar alguma. Não pega ninguém e também não aprende.

Kevin trouxe uma amiga para o corre, um pouco cheinha, mas nada muito catastrófico. Sabendo como Marcio é, ele perguntou:

- E aí, Marcio?! O que achou da minha amiga??

Marcio olhou, olhou, pediu para ela dar uma voltinha, e disparou:

- Está gorda, pesada! Mas ainda não está como eu gosto, com mais 15 pizzas ela fica no ponto!

Para quem não conhece: ele é assim mesmo. Aliás, certa vez Marcio disparou que mulher, para ele, tem que ser gorda, bunduda e com a cara do Bon Jovi. Wtf?!

Enfim, nesse eu também estava descobri que 2 dos músicos mais legais são do Mr. Big. Para ser sincero, não vi Paul Gilbert ou Pat Torpey, não sei se usaram outra entrada ou se entraram direto, sem atender ninguém. Mas encontrei com Eric Martin e Billy Sheehan em várias ocasiões e eles sempre foram legais. Com certeza estão na lista dos músicos mais legais, principalmente se considerarmos que o Mr. Big é uma banda série B.

Billy Sheehan, um dos maiores baixistas de todos os tempos, se não o maior, é um cara legal
Em muitas bandas maiores, o vocalista costuma ser mala. Não no Mr. Big, Eric Martin vai pra galera, sempre!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Virgil Donati

Dia comum de trabalho, nenhum corre a vista, será?! Eu estava no escritório, trabalhando, quando recebi uma mensagem da Deca, perguntando se eu gostaria de acompanha-la no corre do Virgil Donati, um dos bateristas que fez o teste para entrar no Dream Theater. Em minha opinião, aliás, ele foi o melhor de todos, mas a banda optou por Mangini. Eu nem sabia que ele estava em São Paulo, mas aceitei imediatamente. Foi um workshop no bar "A Lanterna", na Vila Madalena, e começava às 19:30 hs. Eu sairia do trabalho às 20:00 hs, perderia a apresentação mas não perderia a foto, ao menos era isso que eu esperava.

Quando saí do trabalho, encontrei-me com Deca e fomos para a frente do bar. Mesmo ali fora, o som estava animal. Que velocidade, precisão, força e muita, mas muita técnica. Era de se lamentar estar do lado de fora em uma oportunidade como essa. Quando acabou, ele saiu sozinho, sem segurança, sem o acompanhamento de alguém da produção. O abordamos e a foto rolou, fácil. Valeu a pena fazer esse corre inesperado.

Foto de celular mesmo, eu não estava preparado para fazer um corre nesse dia

sábado, 18 de junho de 2011

The Iron Maidens

Quando foi anunciado o show do "The Iron Maidens" em São Paulo, corri para comprar meu ingresso no primeiro dia, por medo de esgotar e não conseguir assisti-lo. O problema é que me baseei por um show delas ocorrido poucos meses antes na Venezuela, que ainda não passava por uma situação tão catastrófica como hoje em dia, então elas foram responsáveis pela venda de 40.000 ingressos. Mesmo quando vivia dias melhores, o país recebia pouquíssimos shows internacionais.

O próprio Iron Maiden chegou a se apresentar por lá, mas somente em 1992 e 2009. Geralmente as bandas concentram-se mais no eixo Brasil-Argentina-Chile. Deste modo, é possível imaginar que a Venezuela vivia uma situação parecida com a de São Paulo nos anos 80, com raríssimos shows, então qualquer banda que aparecesse seria uma grande festa. Eu mesmo, se fosse um fã venezuelano de Iron Maiden, com certeza prestigiaria, é o que tem pra hoje, já que a banda original não visita muito o país.

Também contou o fato de o Brasil ser um país reconhecidamente apaixonado por Iron Maiden. Lógico que eu não esperava um estádio lotado, nem era possível, pois o Estúdio Emme, onde elas tocaram, tinha capacidade para apenas 1.300 pessoas. Justamente por essa baixa capacidade, temi pela lotação esgotada. Se pessoas pagam para ver shows de bandas covers como Children of the Beast, por que não pagariam para ver The Iron Maidens? Era um show internacional, as meninas são competentes, e a banda, aliás, era o único tributo reconhecido pelo Iron Maiden em todo o mundo.

Sobre o corre, elas estavam hospedadas no Hotel Apolo, na rua dos Timbiras. Um lugar horrível para uma banda ficar, só imagina se elas acham que é seguro e saem para dar uma volta de noite... No dia do show, eu, Léo, Kevin, Larissa e Maria Claudia fomos ao hotel. Logo que chegamos, encontramos a guitarrista Courtney Cox utilizando um computador disponibilizado aos hóspedes que precisavam acessar a internet.

Quando ela realizou o log-off no sistema, nos aproximamos e pedimos para tirar fotos com ela. Ela se levantou e simplesmente tirou a calça. Depois, contou que estava no quarto, quando decidiu usar a internet. Como o que tinha que fazer online era rápido, nem se preocupou em tirar o pijama que usava. Isso só não explica a outra calça que estava por baixo. “Mais bonitinha para tirar fotos”. Courtney é conhecida por suas performances sensuais, onde aos poucos se livra de algumas peças de roupa no palco. “Despir-se” sem aviso foi algo totalmente inusitado, mas adoramos! Curiosamente, em nenhuma das fotos, nem na minha, nem dos outros hunters, é possível ver se ela está ou não de calça, então usar uma ou outra não fez diferença alguma.

Em sua melhor forma, a sensual Courtney Cox encantou a todos com um show impecável

Em seguida, desceu a guitarrista de turnê, Satoru Suzuki. A guitarrista Heather Baker saiu em 2010 e a banda ainda não havia recrutado uma substituta, então Satoru foi chamada para tocar nesse turnê. Quando foi anunciada, meses após esse show, a substituta era Nita Strauss, que tornou-se mais conhecida ao integrar a banda de Alice Cooper. 

Satoru Suzuki, guitarrista de turnê do The Iron Maidens

Léo levou um vinil da Phantom Blue, banda feminina ativa entre 1987 e 2001, cuja única baterista foi Linda McDonald, agora no comando das baquetas das The Iron Maidens. Kevin ficou curioso e perguntou o porquê dele ter levado o álbum. Quando Léo explicou, Kevin correu até a Galeria do Rock, próxima ao hotel, apenas para comprar um também.

Léo ficou revoltado. "Nem conhece a banda, por que tem que ir correndo comprar um álbum? Quer aparecer, agora?". Eu não vi nada de mal nisso. O dinheiro era de Kevin, ele fazia o que bem entendesse. Se é fã, se não é, problema dele, desde que não atrapalhasse o corre com suas chatices. Quando Linda, a mais comunicativa, apareceu, ambos entregaram o álbum para ela autografar, para mais resmungos do Léo. Curioso como ele ficou bravo com isso 😂

A ex baterista do Phantom Blue, Linda McDonald

Wanda e Kirsten demoraram muito para descer. Quando apareceram, já de noite, Léo as abordou e pediu para tirar uma foto com elas, que aceitaram. Porém, ao perceber que havia mais fãs, se desculparam, dizendo que não atenderiam, pois estavam atrasadas para ir ao show. Quando a van partiu, partimos também. Na casa de shows, havia no máximo 300 pessoas, mas adorei, pois isso me deu a oportunidade de colar no palco e, por sorte, fiquei exatamente em frente onde Courtney Cox passou a maior parte do tempo.


Quando terminou, toda a banda foi para um canto da casa, onde era comercializado o merchan, composto por CDs, camisetas, adesivos, fotos autografadas e palhetas. Elas não se incomodaram em tirar fotos com os fãs que quisessem. Era uma boa chance, mas estava numa desorganização total, a galera se acotovelava para se aproximar delas, então preferi sair com Kevin e Arthur e tomar um táxi, foto no hotel é sempre melhor que foto na muvuca. Mas foi uma longa espera, a banda demorou algumas horas para retornar.

Nesse intervalo, um táxi parou em frente ao hotel, e uma mulher, muito puta da vida, berrava ao celular, totalmente descontrolada. Não vou mencionar exatamente o que aconteceu, nem citar o nome do produtor, pois é uma história que envolve terceiros e não me compete, mas o fato é que ela veio em nossa direção, sentou-se ao nosso lado e pediu dinheiro para pagar o táxi.

Acabei falando com o produtor - que eu não conhecia, assim como não conhecia a mulher - ao celular, que garantiu que devolveria o dinheiro assim que chegasse ao hotel com a banda. Com o cu na mão, confiei e acertei com o taxista. Ele foi um homem de palavra: quando chegou, não apenas me pagou, como ainda perguntou quem faltava para completar as fotos. Eu respondi e ele pediu para que  Wanda e Kirsten me atendessem.

Wanda Ortiz é a baixista do The Iron Maidens
Kirsten Rosenberg, que adotou o nome Bruce Chickinson, é a vocalista do The Iron Maidens